SUMÁRIO
O presente texto é uma nova visão das missões salesianas com uma tríplice finalidade de motivar os
irmãos a responderem ao apelo missionário, melhorar os procedimentos de discernimento, formação e
inserção e harmonizar as orientações operativas atuais.
Este texto contém cinco pontos-chave:
1. Uma Nova Visão: Nós colaboramos com a Igreja no cumprimento da sua missão de evangelizar
anunciando o Evangelho, especialmente aos jovens. O nosso Fundador transmitiu a nós e a toda a Família
Salesiana o espírito missionário, coração da caridade pastoral, como uma faceta essencial do Carisma
Salesiano. Por isso, as missões interessam a todos os Salesianos de diferentes maneiras. Alguns
Salesianos sentem-se chamados a oferecer-se com total disponibilidade para serem enviados ad exteros,
ad gentes, ad vitam. O missionário, sobretudo, recebe, aprende e mantém vivo o seu ardor pela santidade
através da ‘graça da unidade’. Insere-se na Igreja local e na vida e no projeto educativo-pastoral da
Inspetoria. Hoje as ‘missões’ não podem ser entendidas como antigamente (ir para ‘terras de missão’),
mas também em termos sociológicos, culturais e, até mesmo, de presença no continente digital. Todas
as Inspetorias enviam e recebem missionários. Trata-se do impulso missionário que revigora a fé, dá
novo entusiasmo vocacional e revitaliza a identidade carismática dos irmãos tanto na Inspetoria que
envia como na que recebe missionários.
2. O Discernimento Missionário: Os formandos são encorajados nas diversas fases da formação
inicial a manter vivo o espírito missionário como elemento essencial do nosso carisma. O pós-
noviciado é a fase formativa mais adequada para um discernimento missionário. Aqueles que
manifestam interesse para serem missionários sejam acompanhados mais de perto através de um
processo gradual e progressivo de discernimento com a ajuda do guia espiritual, do diretor e da
equipe de formação. Não há limite de idade para partir como missionário, mas a inculturação e a
aprendizagem da língua são mais fáceis na idade juvenil.
3. A Seleção e o Envio de Missionários: Após um cuidadoso processo de discernimento (guia
espiritual, diretor, inspetor) o irmão escreve uma carta diretamente ao Reitor-Mor apresentando a
sua disponibilidade missionária; O Conselheiro para as Missões dialoga com o candidato e seu
Inspetor; Recebido o parecer favorável do Inspetor e do seu Conselho, o Conselheiro para as
Missões dialoga com o Reitor-Mor e o Conselho-Geral as destinações do candidato. O candidato
missionário vai a Roma para participar do Curso de Orientação de cinco semanas em preparação ao
envio missionário. Após o envio missionário retorna à Inspetoria de origem onde prepara a
documentação e espera o visto. Enquanto isso inicia o estudo da língua da sua destinação, conforme
as possibilidades locais.
4. O Pedido de Missionários: O Inspetor, com o consenso do seu Conselho, apresenta ao Reitor-Mor
um projeto missionário concreto que o avaliará com o seu Conselho. A aprovação do projeto será
condição para o envio de missionários àquela Inspetoria. Uma vez aprovado, o Inspetor apresenta
ao Conselheiro para as Missões o Plano de acolhida ou integração dos novos missionários onde é
identificado um irmão específico para acompanhar os recém-chegados e é assegurado um curso de
língua formal de pelo menos seis meses. Se, por motivos graves, um missionário regressar à sua
Inspetoria de origem, necessita do consentimento do Reitor-Mor.
5. A Experiência Missionária: A possibilidade de trabalhar temporariamente em outra Inspetoria
para responder a uma necessidade específica ou urgente é uma experiência positiva. Para iniciar
uma experiência missionária, os dois Inspetores assinam um acordo de três ou cinco anos que pode
ser renovado, mas não para além de um período total de dez anos. Uma cópia é enviada ao
Conselheiro para as Missões, ao Conselheiro Regional e à Secretaria-Geral. A experiência
missionária pode ser uma oportunidade de discernimento e amadurecimento da própria vocação
missionária. Neste caso, apresentarão a sua total disponibilidade ao Reitor-Mor para ser
missionário.
PARA A REFLEXÃO E PARTILHA
▪ Como podemos ajudar a nossa Inspetoria a passar do antigo ao novo paradigma de missões?
▪ Como pode o impulso missionário da nossa Inspetoria revigorar a fé, dar novo entusiasmo vocacional
e revitalizar a identidade carismática dos irmãos?
