Ao Reitor-Mor P. Pascual Chávez Villanueva,
e a todos os Salesianos do mundo
Caríssimo Reitor-Mor,
Caríssimos Salesianos,
é para nós uma necessidade do coração evocar, no encerramento do ano sacerdotal, aqueles que na Família Salesiana sentimos como Pais, Irmãos, Guias espirituais. Sobretudo Sacerdotes segundo o coração de Cristo e o estilo de Dom Bosco. Pessoas com as quais compartilhamos o carisma que nos faz reconhecer na Igreja quais Salesianos e Salesianas Filhas de Maria Auxiliadora – os dois primeiros grupos de pessoas consagradas que Dom Bosco fundou.
A palavra que brota espontânea do nosso coração é por isso uma palavra de gratidão. Obrigado pelo vosso ministério sacerdotal, de que sentimos o benefício cotidiano em todas as partes do mundo em que trabalhamos; um benefício que atinge não somente a nossa vida de Filhas de Maria Auxiliadora mas também a das jovens e dos jovens que Deus confia aos nossos cuidados educativos.
É também em seu nome que hoje queremos dizer-vos muito obrigado!
Queremos especialmente agradecer-vos pelas jovens que acompanhastes espiritualmente pelo caminho do discernimento mediante o qual descobriram uma vocação de doação, e pelas que orientastes ao nosso Instituto. É um serviço precioso, sinal de estima, afeto e solicitude para cada pessoa e para o desenvolvimento do carisma, também na forma da vida consagrada FMA.
Muitas de nós são hoje FMA por ter tido guias salesianos que as orientaram, apoiaram, ajudaram na descoberta e no discernimento da própria vocação.
Obrigado por este dom que pedimos continueis a oferecer-nos.
Nós também advertimos a responsabilidade de dar apoio aos jovens que em nossos ambientes descobrem um chamado de Deus a doar-Lhe a própria vida na Congregação.
Sentimo-nos em sintonia com o magistério do Reitor-Mor, que percebemos profundamente eclesial e salesiano. Ser Sacerdotes Salesianos segundo o coração de Cristo é uma dádiva incomparável para toda a Família Salesiana.
Compartilhamos a preocupação por que se mantenha viva em todos os seus membros a paixão pelo ‘da mihi animas, cetera tolle’ e se desenvolva uma cultura vocacional, e por que o retorno a Dom Bosco, neste sexênio que nos prepara a celebrar o bicentenário do seu nascimento, tenha uma conotação de volta às raízes evangélicas e carismáticas.
O entusiasmo que a Urna do Fundador está a suscitar nas diversas partes do mundo confirma o acolhimento e a atualidade do carisma: um apelo feito a todos para testemunhá-lo vitalmente.
A vida consagrada convoca os seus membros a serem memória vivente de Jesus. Os nossos últimos Capítulos Gerais sublinharam-no com decisão. Como Salesianos e FMA seremos memória dEle se tornarmos luminosos, em nosso viver cotidiano, os lineamentos do nosso Pai e Fundador comum, Dom Bosco.
Reconhecemos que esta luminosidade pode ser ofuscada: o dom da vocação consagrada se leva em vasos de argila. Mas acreditamos que através a fraqueza humana Deus continua a manifestar ao mundo o Seu amor. Amparar-nos reciprocamente pela oração constitui-se numa força poderosa.
Costuma-se nas recorrências mutuar-se dádivas: o nosso presente nesta ocorrência é a solicitude por uma comunhão maior no interior da Família Salesiana, andando às raízes que a tornam possível: a alegria evangélica de seguir a Jesus com total devotamento; a felicidade de sentir-nos membros desta grande Família; e uma responsabilidade maior em passar adiante, vivo, o carisma às futuras gerações mediante uma pastoral juvenil orientada à vocação.
O pedido, com freqüência implícito, das jovens gerações: «Queremos ver Jesus» (cf. Jo 12,21) tornar-se-á então, de nossa parte, resposta alegre e convincente: «Vinde e vede» (Jo 1,36-39).
Nossa Senhora Auxiliadora é Mãe que reúne a Família e a ajuda a tecer fecundos relacionamentos de comunhão. A Ela confiamos a nossa vida, o nosso desejo de santidade, que queremos também transmitir aos jovens.
A Ela entregamos, hoje, Irmãos caríssimos, a nossa gratidão por vós.
Messina, Colle San Rizzo, 18 de junho de 2010
e Irmãs do Conselho Geral
que interpretam todas as FMA do mundo
