150 MAMÃE MARGARIDA 150
Pascual Chávez Villanueva
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F
BERÇO DA VIDA
AUXÍLIOS À FAMÍLIA
OS AMIGOS
Um dos mais importantes elementos para a "manutenção" familiar é a busca da companhia de pessoas ricas de esperança. A família precisa crescer num ambiente cheio de estímulos positivos. Os bons amigos são necessários para viver melhor.
U
ma das necessidades absolutas da vida è o reforço social. O homem foi criado para a companhia. Como lemos em Gênesis: «Não é bom que o homem esteja só». Deus é Trindade, isto é, é comunhão, é amor. Jesus quis o grupo dos Doze e fundou a Igreja. Os pais devem, em todo caso, ajudar os filhos a terem verdadeiros amigos, e a própria família não pode deixar isso de lado. Por trás de uma amizade há um verdadeiro encontro, algo que faz com que, depois desse encontro, não se seja mais os mesmos. Os pais que vivem experiências de amizade sincera e genuína ensinam realmente aos filhos o que significa ter amigos. É triste ter pais que jamais convidam amigos para sua casa: falta dessa forma uma janela sobre o mundo, e para os pais desse tipo, é difícil, se não impossível, entender o quanto a amizade seja uma valor importante para a vida. A verdadeira amizade dá força para lançar-se numa aventura, olhar longe, comprometer-se pelos amigos e com os amigos. Talvez seja por isso que quase todos os adolescentes dizem que a amizade é, para eles, a coisa mais importante. E isso acontece porque na amizade é possível sentir-se mais fortes, graças à segurança e à confiança em nós mesmos, que nos deriva da confiança de uma outra pessoal que respeitamos, à qual é possível confiar tudo, também aquilo de que não se orgulha, sabendo que será aceito com tolerância.
[ Os amigos são importantes. A sabedoria popular sempre expressou a questão com clareza e simplicidade: «Diz-me com quem andas e te direi quem és». Os filhos são influenciados pelos amigos, pelos que estão ao seu redor, pelo seu grupo. Segundo alguns estudos recentes, a personalidade dos filhos, sendo certo o peso da hereditariedade, é influenciada principalmente pelos contemporâneos, destinados a plasmar o comportamento e as opções muito mais do que a educação paterna e materna. São os companheiros/amigos (de jogo, de escola ou de bairro) que determinam a tonalidade e as atitudes da criança, que a tornam frágil e insegura quando se sente recusada por não aceitar as regras do grupo, que a leva até mesmo a abandonar os estudos. Pode parecer excessivo, mas muitos pais vivem realmente essa preocupação. A pressão dos companheiros e dos amigos é poderosa. No grupo, o garoto mais gentil do mundo pode deixar-se levar a ações que jamais se poderia imaginar. A escolha dos amigos jamais é uma escolha fácil e jamais é uma escolha neutra: pode estar disseminada de desilusões, traições, sofrimentos. Por isso, os pais sabem que devem agir com tato e prudência nesse campo.
[ O discurso dos amigos é importante sobretudo para os filhos. «Porque seus amigos são mais importantes do que sua família?». Embora os pais sejam íntegros e compreensivos, a mãe serena e equilibrada, o pai afetuoso e tolerante, o desapego do filho adolescente parece obrigatório e inevitável, ao menos em parte. Uma certa ruptura faz parte do caminho familiar normal. A partir da puberdade, as prioridades dos filhos são invertidas: «Os amigos antes de tudo!» E a família em segundo lugar. Através das relações amigáveis ou agressivas vividas, o adolescente começa a tomar distância dos pais e descobre a "vida em sociedade". Não há com o que se alarmar: afinal de contas, é o mesmo caminho que os pais fizeram, como prova de que os amigos são não só úteis mas indispensáveis. Com os amigos, começa-se a amar alguém fora da família, a respeitar outras prioridades, a descobrir outras fidelidades. É um aprendizado necessário que não acaba com a adolescência, mas continua por toda a vida. Os amigos inserem no "círculo familiar" idéias novas, obrigam a revisar as próprias, a aprofundar a busca sobre problemáticas candentes, a avaliar os pontos de vista próprios e alheios. São fontes de conhecimento, de confronto e de abertura, estimulando a mudar os próprios interesses, também fora da família, a descobrir e, às vezes, assumir as dificuldades e os problemas do próximo... A amizade, enfim, enriquece, ensina o respeito e a tolerância, satisfaz a necessidade de encorajamento e de apoio sentida e buscada por cada um. Os amigos não servem para fugir das próprias responsabilidades, ao contrário, levam a olhar face a face a realidade para enfrentá-la com as devidas energias.
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