Atencao_renovada_ao_salesiano_coadjutor


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2. ORIENTAÇÕES E DIRETRIZES
2.4. Atenção renovada ao Salesiano Coadjutor
P. Ivo COELHO
Conselheiro para a Formação
A publicação do documento Identidade e missão do irmão reli-
gioso na Igreja, da Congregação para os institutos de vida consagrada
e as sociedades de vida apostólica, no final do ano dedicado à vida
religiosa, oferece-nos uma oportunidade para olhar com renovada
atenção para a vocação do Salesiano coadjutor. O CG27 pediu para
continuar ‘a reflexão tanto na vertente da vida consagrada como na
especificidade dos coadjutores, visando à vida fraterna e à missão’.1
De fato, como veremos em seguida, a reflexão sobre o Salesiano coad-
jutor abre caminho para a compreensão de elementos importantes da
nossa única vocação.
1. O itinerário da Congregação até hoje
Quase todos os Capítulos-Gerais tomaram em consideração o tema da
vocação do Salesiano coadjutor. Sobressai entre outros o documento
do CG21 (1978): “O Salesiano coadjutor. Uma vocação de ‘religioso
leigo’ a serviço da missão salesiana”. A famosa carta do P. Viganò era
um comentário autorizado deste documento: “O componente laical
da comunidade salesiana” (ACG 298, 1980). Em 1984, o CG22 ofe-
receu-nos o texto definitivo das Constituições e, em 1986, O Projeto
de Vida dos Salesianos de Dom Bosco. Em 1989, tivemos outro fru-
to do que fora decidido no CG22: O Salesiano Coadjutor: história,
1 CG27 69.7, e também 28.

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ORIENTAÇÕES E DIRETRIZES 67
identidade, pastoral vocacional e formação.2 Em 2001, o P. Vecchi
escreveu a carta “Beatificação do Coadjutor Artêmides Zatti: uma no-
vidade explosiva” (ACG 376). Temos ainda, no mesmo número dos
ACG uma carta do P. Giuseppe Nicolussi e do P. Antonio Domenech:
“Um empenho renovado e extraordinário pela vocação do Salesiano
coadjutor”. Em 2003, o P. Francesco Cereda ofereceu as orientações
“Cuidado e promoção da vocação do Salesiano coadjutor: um empe-
nho concreto para todo o sexênio” (ACG 382). O CG26 apresentou a
vida salesiana como uma única vocação em duas formas, presbiteral
e laical, evidenciando os elementos comuns e a especificidade e re-
ciprocidade das duas formas. Enfim, em 2013, o Reitor-Mor com o
seu Conselho aprovou a revisão de algumas sessões da Ratio sobre a
formação do Salesiano coadjutor.3
Ao ler todo esse material, há alguns pontos que emergem niti-
damente. O itinerário de reflexão da Congregação sobre o Salesiano
coadjutor pode ser resumido em três palavras: comunidade, missão,
identidade consagrada.
1.1. Comunidade
O CG21 coloca o Salesiano coadjutor e o Salesiano padre no
interior da comunidade salesiana e o faz com ênfase deliberada: “Não
serão, pois, os indivíduos que difundem a sua mensagem, mas as suas
comunidades ‘formadas de eclesiásticos e leigos’, fraterna e profun-
damente integrados num só corpo”. Por isso, diz o Capítulo, “tão so-
mente na comunidade fraterna e apostólica é que pode ser estudada e
avaliada adequadamente a dimensão exata de cada Salesiano” (CG21,
171; ver também 194-196: Correlatividade essencial entre o Salesia-
no Coadjutor e o Salesiano Padre).
2 Dicastério para a Formação, O Salesiano Coadjutor: história, identidade, pastoral
vocacional e formação (Roma: Editora SDB, 1989).
3 Disponível em in www.sdb.org.

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68ATOS DO CONSELHO-GERAL
A grande intuição do CG21 foi corroborada e aprofundada por
desenvolvimentos sucessivos do magistério eclesiástico. Christifide-
les Laici apresenta e compreende os estados de vida cristã no inte-
rior da “Igreja que é Comunhão” e ensina que “Na Igreja-Comunhão
os estados de vida encontram-se de tal maneira interligados que são
ordenados uns para os outros”, diversos e ao mesmo tempo comple-
mentares, cada um com a sua original e inconfundível fisionomia e, ao
mesmo tempo, cada um deles em relação com os demais e a serviço
deles (CL. 55).
Nos três documentos eclesiais sobre os estados de vida na Igre-
ja – Pastores Dabo Vobis, Christifideles Laici e Vita Consecrata
emerge a “teologia do sinal”. O específico de cada estado pertence na
verdade a toda a Igreja, mas encontra-se encarnado eminentemente
naquela particular condição de vida, para que assim possa servir como
sinal e profecia aos demais estados. Por exemplo, o serviço não é um
caráter do diaconato de modo exclusivo; a Igreja inteira é chamada
ao serviço. O diácono, porém, é, para todos, um ícone do serviço, um
apelo à nossa comum vocação ao serviço. Igualmente, o estado laical
é testemunha da bondade e sacralidade das realidades criadas, e os
religiosos são sinal do caráter escatológico próprio de toda a Igreja,
recordando a cada um o apelo supremo a viver assim unidos com Deus
que, naquele dia, não haverá mais o ‘tomar mulher ou tomar marido’,
mas comunhão plena e perfeita n’Ele e entre nós (CL 55).
Quando o CG21 afirma que a característica específica do Sa-
lesiano coadjutor é a dimensão laical,4 fica claro que isso deve ser
entendido em relação à comunidade e ao Salesiano presbítero. O P.
Viganò, com efeito, em sua carta após o CG21 antecipara a breve
distância, a teologia do sinal que fala da “abertura secular” de toda
a Congregação, e do coadjutor como encarnação dessa abertura.5 “O
4 “A dimensão laical é a forma concreta com que o SC vive e age como religioso
salesiano” (CG21, 178).
5 E. Viganò, “O componente laical da comunidade salesiana”, Lettere circolari di
don Egidio Viganò ai Salesiani (Roma 1996) 1,211-213.

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ORIENTAÇÕES E DIRETRIZES 69
aprofundamento da figura do Coadjutor oferece-nos um ‘teste’, dizia
o P. Viganò “para o esclarecimento do componente laical da nossa
comunidade”.6 O Salesiano coadjutor, podemos dizer, é o ícone da
dimensão laical da Congregação. Nas palavras do CG24, “aos irmãos
consagrados, lembra os valores da criação e das realidades secula-
res”, convidando-os a colaborar com os leigos e recordando-lhes que
o apostolado vai além das tarefas estritamente sacerdotais ou cate-
quéticas; “aos irmãos leigos, lembra os valores da dedicação total a
Deus pela causa do Reino. A todos oferecem uma particular sensibili-
dade pelo mundo do trabalho, a atenção ao território, as exigências da
profissionalidade através da qual passa sua ação educativa e pastoral”
(CG24, 154). Aos irmãos e às irmãs pertencentes a outras religiões do
mundo, podemos acrescentar, ele é profeta da beleza e bondade das
realidades criadas.
O Salesiano coadjutor é sinal não só da dimensão laical da co-
munidade e da Congregação, mas também da comunhão e da frater-
nidade, como é sublinhado com força na Identidade e missão do irmão
religioso na Igreja. Este documento causou admiração pela maneira
com que insiste quase unicamente na fraternidade como o sinal ca-
racterístico do religioso irmão. Na verdade, a comunhão não é e não
pode ser realmente um ponto marginal para nós que cremos num Deus
trinitário, mistério de comunhão e de amor. Para o Papa Francisco, a
comunhão é atualmente a questão central na Igreja. A vida consagrada
é confessio trinitatis, e na sua carta de convocação do Ano da Vida
Consagrada, o Papa recordou-nos que a vida consagrada não pode
fechar-se em si mesma: a sua vocação, ao contrário, é expandir a co-
munhão em círculos concêntricos, num estender-se que não conhece
limites.
Assim, o Salesiano coadjutor tem um lugar especial na comu-
nidade salesiana, na comunidade educativo-pastoral, na comunidade
eclesial, na comunidade humana: sempre e em qualquer lugar ele é
6 Viganò 1,211.

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70ATOS DO CONSELHO-GERAL
ícone da fraternidade. O CG21 já dissera sobre o coadjutor: [ele] “é
constantemente encorajado na fidelidade à sua vocação específica e
se torna com seus irmãos sinal da fraternidade nova e definitiva que
Cristo inaugurou” (CG21, 176).
1.2. Missão
O segundo ponto que emerge na reflexão da Congregação é a
centralidade da missão. O CG22 (1984), ao reelaborar o texto defi-
nitivo das Constituições, optou por centrar explicitamente na missão
todos os elementos da vida e da atividade salesiana. Isso é percebido
não só nos artigos, mas também na articulação de base do texto cons-
titucional: “Enviados aos jovens em comunidades no seguimento de
Cristo” (C 45). Portanto, é à luz da missão que devemos interrogar-nos
sobre a identidade do Salesiano coadjutor e do Salesiano presbítero.
Encontramos no índice analítico das Constituições apenas dois
artigos sobre a identidade específica do Salesiano coadjutor e do Sale-
siano presbítero: C 45 e C 117) (e 6 artigos sobre o padre em relação à
sua autoridade!). Infelizmente, o índice não faz qualquer referência a
um artigo de máxima importância a respeito: o artigo 98, a experiên-
cia formativa:
Iluminado pela pessoa de Cristo e pelo seu Evangelho, vivi-
do segundo o espírito de Dom Bosco, o salesiano se empenha num
processo formativo que dura toda a vida e lhe respeita os ritmos de
amadurecimento. Faz experiência dos valores da vocação salesiana
nos diversos momentos de sua existência e aceita a ascese que esse
caminho implica.
Com a ajuda de Maria, Mãe e Mestra, tende a tornar-se educa-
dor-pastor dos jovens na forma laical ou sacerdotal que lhe é própria.

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ORIENTAÇÕES E DIRETRIZES 71
Pastor e educador dos jovens: esta é a nossa identidade funda-
mental, o “gênero supremo”, o que é comum a qualquer vocação sale-
siana; somente depois vem a distinção “na forma laical ou sacerdotal
que lhe é própria”. Esta identidade-na-diferença torna-se concreta nas
fases iniciais da vida salesiana, através da formação “de nível paritá-
rio” (C 106), e sempre através do esforço de aprender da experiência
os valores e o significado da vocação salesiana (C 98), e discernir
nos acontecimentos de cada dia a voz do Espírito (C 119). É no inte-
rior da comunidade educativo-pastoral que manifestamos a identidade
comum de educadores e pastores, juntamente com a especificidade
e reciprocidade das duas formas da nossa vocação. No interior desta
comunidade é importante ser garantida hoje uma maior visibilidade ao
Salesiano coadjutor.
É óbvio que missão não é simplesmente trabalho. A nossa mis-
são de pastores e educadores consiste em revelar Deus. Somos cha-
mados a ser epifania de Deus, como era Jesus: sinais e portadores do
amor de Deus aos jovens, vultus misericordiae.
1.3. Identidade de consagrados
A missão salesiana pertence a todos os membros da Família
Salesiana; nós a vivemos como religiosos. É preciso – como diz o P.
Cereda em sua carta de 2003 – aprofundar a dimensão de consagra-
ção. Especialmente com a insistência sobre a participação da missão
com os leigos, a manifestação e a apropriação da nossa identidade de
consagrados é de importância capital.
As incertezas na compreensão da vida consagrada causaram
graves consequências, não só no entendimento, como também na
vivência da vocação salesiana consagrada em suas duas formas. De
um lado, há a tentação de reduzir a vocação do Salesiano padre ex-
clusivamente ao aspecto sacerdotal, e com muita frequência à visão

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72ATOS DO CONSELHO-GERAL
meramente funcional do sacerdócio, quando não até mesmo a um cle-
ricalismo que busca poder, dinheiro e dignidade. De outro lado, há a
incapacidade de compreender a vocação do Salesiano coadjutor, com
tendências a uma compensação clericalista ou a uma redução secula-
rista.7
Neste contexto, Vita Consecrata (1966) providencialmente es-
clareceu e definiu bem o lugar que a vida consagrada ocupa na Igreja.
Mas o que significa dizer ser “memória viva” de Jesus (VC 22)? Que
diferença fazem os nossos votos no modo com que compartilhamos a
missão salesiana?
Podemos perguntar-nos: qual é o significado do celibato de
Jesus? Como sempre, nada do que Jesus faz esgota-se num plano pu-
ramente funcional, como se fossem estratégias adotadas para facilitar
o seu ministério. É claro que Jesus reconhece plenamente o valor do
matrimônio; entretanto, faz a opção de ser celibatário, numa sociedade
em que não existia o celibato. Por quê? Porque Jesus é a epifania de
Deus Pai. Com a palavra e o exemplo de sua vida, traz-nos a boa notí-
cia de que a nossa vocação suprema é a comunhão plena com Deus. O
celibato de Jesus é uma antecipação e revelação poderosa da “vida da
ressurreição”, onde não haverá mais mulher ou marido. E as pessoas
consagradas são chamadas precisamente a serem memória viva de
Jesus, sinal escatológico, pela sua vida de castidade, pobreza e obe-
diência.
Em um mundo que descobriu a beleza do corpo e da sexuali-
dade, da criação e da liberdade, mas que corre continuamente o risco
de destruir tudo pelos exageros, distorções, absolutizações do que é
apenas relativo e frágil, as pessoas consagradas são terapia espiritual,
sinal, profecia.
7 Abraham M. Antony, “On the Sublime Vocation of the Religious Brother,”
Consecrated Life Today, ed. Paul Vadakumpadan and Jose Varickasseril (Shillong,
2015) 107; e Andrea Bozzolo, Sapientiam dedit illi. Studi su don Bosco e sul
carisma salesiano (LAS, 2015) 318.

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ORIENTAÇÕES E DIRETRIZES 73
É a vida, o nosso modo de viver, que é sinal. O ministério de
um padre permanece válido mesmo se o padre fosse indigno pelo seu
estilo de vida; a pessoa consagrada, entretanto, só é sinal através da
transparência genuína da sua vida. Não existe a castidade de quem não
é casto.8
Há na Igreja Pedro, mas há também Maria, e a Igreja é maria-
na antes de ser petrina. Nem todos são chamados a serem Pedro, e o
ministério petrino passará com este mundo – como afirma o mesmo
Catecismo da Igreja Católica.9 Contudo, todos são chamados a ser
Maria, a vocação última de toda a Igreja, a parte que jamais será ti-
rada. As pessoas consagradas são um sinal e um apelo desta vocação
e destino definitivos para toda a Igreja. E também aqui o coadjutor é
sinal para os seus irmãos padres na comunidade. A sua vocação é vida
salesiana numa forma pura e transparente,10 in statu nascendi,11 um
apelo permanente aos seus irmãos presbíteros pela sua consagração.
2. O itinerário diante de nós
O itinerário de reflexão sobre o Salesiano coadjutor na Congre-
gação leva-nos a redescobrir o tesouro da vocação salesiana consagra-
da em suas duas formas. Nestas orientações, contudo, como já dito no
início, desejamos chamar a atenção para a forma laical da nossa vo-
8 Ver Bozzolo 335.
9 Catecismo da Igreja Católica, n. 773.
10 Filipe Rinaldi in ASC 4, citado por Viganò, “O componente laical da Comunidade
Salesiana”, ACG 298 (1980), 5.
11 In statu nascendi: o ‘estado nascente’ é o ‘estado de alguns elementos no momento
em que se libertam de uma reação química ou eletrolítica, caracterizado por uma
elevada reatividade’. O termo é usado por analogia em outros campos, para indicar
a grande potencialidade que algumas experiências/situações contêm em seu
início, capaz de influenciar todos os desenvolvimentos futuros. Veja-se o uso que
Francesco Alberoni, que fala de ‘estado nascente’ para identificar o período no qual
um grupo de pessoas, unidas por esperanças comuns, se unem para criar uma força
nova (ex.: movimento), vendo nestes inícios dinâmicas muito semelhantes àquelas
que se encontram na relação a dois no enamoramento.

1.9 Page 9

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74ATOS DO CONSELHO-GERAL
cação. As estatísticas permitem ver que está diminuindo o número de
irmãos coadjutores nas fases iniciais da formação: apenas 7,90%, en-
quanto o percentual de coadjutores no total dos irmãos na Congrega-
ção é de 11,92%. Contudo, o percentual desce ainda mais nas regiões
com maior crescimento vocacional (5,06% - dados de 31 de dezembro
de 2015). Diante destes números não se pode dizer que tudo caminhe
bem devido ao grande número dos que aspiram ao presbiterado. A
questão da identidade religiosa salesiana é urgente para as duas formas
da nossa vocação.
Pós-
Noviciado.
SL
Formação inicial em 31 de dezembro de 2015*
Tirocínio
Especiali-
zação
antes da
formação
Formação
específica
específica
Total da formação inicial
S L S L S L S L Total % L
Total SDB
Total % L
África Madag. 265 19 123 10 31 4 146 4 565 37
Ásia Leste –
Oceania
55 16 55 9 9 12 105 10 224 47
Ásia Sul
310 13 201 11 206 15 217 4 934 43
Europa Cent.
Nor te
52
4
46 7
2
1 81 8 181 20
Mediterrânea 36 6 40 5 24 3 62 7 162 21
América Cone
Sul
53
17
42 1
3
4 69 7 167 29
Inter-américa 90 11 57 2 0 0 108 4 255 17
602 6.15 1479 12.51
271 15.47 1408 14.48
977 4.40 2682 5.59
201 9.95 2416 8.73
183 11.48 3117 17.97
196 14.80 1337 13.24
272 6.25 1817 10.89
UPS + RMG** 1 0 1 0 0 0 2 0 4 0 4
0 204 9.75
Total
862 86 565 45 275 39 790 40 2492 214 2706 7.90 14460 11.92
* Formação inicial, nesta tabela, inclui os Salesianos depois da primeira profissão até o
diaconato (incluído) ou até o quinto ano depois da profissão perpétua para os Salesianos
coadjutores.
** Inclui a Eritreia.
Nós últimos anos, a Congregação fez grandes esforços para
acompanhar o crescimento vocacional do Salesiano coadjutor; exem-
plo disso é a revisão da Ratio sobre a formação inicial do Salesiano
coadjutor e o surgimento de centros para a formação específica dos

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ORIENTAÇÕES E DIRETRIZES 75
Salesianos coadjutores (CRESCO, na Cidade da Guatemala; Sunya-
ni, em Gana; Yaoundé, em Camarões; Shillong, na Índia; Parañaque,
nas Filipinas; Turim – embora Turim e Sunyani não estejam mais em
atividade, e a atividade em Shillong tenha sido temporariamente sus-
pensa). Com esta carta, gostaríamos de indicar outras direções para o
itinerário de futuro.
Reflexão
sobre a
identidade
da vida
consagrada
salesiana em
suas duas
formas
Estratégias e linhas de ação
Orientações nos ACG
Subsídios sobre a identidade
salesiana consagrada e a identidade
específica do Salesiano presbítero e
do Salesiano coadjutor
Esclarecer os critérios para o
discernimento entre as duas formas
da nossa vocação
Projetos de animação da Inspetoria
na área da identidade salesiana
consagrada em suas duas formas
Setor para a
Formação
Setor para a
Formação
Setor para a
Formação
Inspetor e
delegado
inspetorial para a
formação
Animação
vocacional
Valorização das duas figuras-modelos
de Salesiano coadjutor e presbítero
(Beato Coadjutor Estevão Sandor e
P. Tito Zeman, que será beatificado
em 2017), como ocasião para a
promoção da nossa vocação em suas
duas formas.
Delegado
inspetorial para
a Formação
com o delegado
inspetorial para a
Pastoral Juvenil
Formação
inicial
Cursos regionais para os
encarregados de pré-noviciados em
2017
Coordenadores
Regionais para a
Formação, com o
Setor

2 Pages 11-20

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2.1 Page 11

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76ATOS DO CONSELHO-GERAL
Formação
inicial dos
Salesianos
coadjutores
Itinerário personalizados de
formação inicial em linha com o
capítulo renovado da Ratio (2013)
sobre o Salesiano coadjutor
Preparação e presença dos Irmãos
coadjutores nas esquipes formadoras
Inspetor e cada
Irmão coadjutor
Inspetor
Formação Reforçar os centros já existentes
específica dos (CRESCO, Yaoundé, Parañaque) e
Salesianos estudar como ativar também outros
coadjutores centros (Europa; Ásia Sul; África e
Madagascar, de linha inglesa)
Setor com
Conselheiros
regionais e
Inspetores
envolvidos
Estudo dos currículos existentes
e a metodologia de ensino, para a
formação específica dos coadjutores,
também com a ajuda de uma
consulta entre os coadjutores do
mundo todo.
Setor da Formação
Estudos
Salesianos
Cursos online para facilitar a
Setor da formação
formação dos formadores em estudos
salesianos
3. Conclusão
A vocação do Salesiano coadjutor na Igreja-comunhão só pode
ser compreendida em relação à do Salesiano presbítero, à comunida-
de, à missão e à vida consagrada. Como Salesianos, pessoas consagra-
das, somos sinais e portadores do amor de Deus aos jovens, memória
viva de Jesus. Em sua carta no início do Ano sobre a Vida Consagrada,
o Papa Francisco insistiu precisamente sobre isto:
«Espero que “desperteis o mundo”, porque a nota característica
da vida consagrada é a profecia. Como disse aos Superiores-Ge-
rais, “a radicalidade evangélica não é própria só dos religiosos:

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ORIENTAÇÕES E DIRETRIZES 77
é pedida a todos. Mas os religiosos seguem o Senhor de uma
maneira especial, de modo profético”. Esta é a prioridade que
agora se requer: “ser profetas que testemunham como viveu
Jesus nesta terra (...)”».12
E novamente:
«Que espero eu, em particular, deste Ano de graça da vida con-
sagrada? Que seja sempre verdade aquilo que eu disse uma
vez: “Onde estão os religiosos, há alegria”».13
Mediante a intercessão do beato Artêmides Zatti, do beato Este-
vão Sandor e do venerável Simão Srugi, rezemos pela vida salesiana
consagrada para que seja transparente, visível e sobretudo alegre. A
alegria é contagiosa, e Salesianos alegres são a publicidade mais bela
da nossa vocação. Não nos esqueçamos da via pulchritudinis! (EG
167).
12 Francisco, Carta apostólica a todos os consagrados, 21 de novembro de 2014, II.2.
13 Francisco, Carta apostólica a todos os consagrados, 21 de novembro de 2014, II.1.