SSCS_2011_pt


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Diretrizes para a Congregação Salesiana
SISTEMA SALESIANO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Segunda Edição
Roma – 2011
Tradução: Dom Hilário Moser

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1
Editora SDB
Edição extracomercial
Direzione Generale Opere Don Bosco
Via della Pisana, 1111
00163 Roma-Bravetta
Casella Postale 18333 – www.sdb.org
SIGLAS E ABREVIAÇÕES
ACG
ANS
ASC
BS
C.
CG
DCS
F/LOSS
Atos do Conselho Geral
Agenzia iNfo Salesiana
Arquivo Salesiano Central
Boletim Salesiano
Constituições
Capítulo Geral
Dicastério da Comunicação Social
Free/Libre and Open Source Software

1.3 Page 3

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2
MB
PAS
PICS
POI
R.
SPS
SSCS
Memórias Biográficas
Plano de Ação do Setor
Plano Inspetorial de Comunicação Social
Plano Orgânico Inspetorial
Regulamentos
Scritti Pedagogici e Spirituali
Sistema Salesiano de Comunicação Social
PRIMEIRA PARTE: SISTEMA SALESIANO DE
COMUNICAÇÃO SOCIAL
“As nossas publicações tendem a formar um sistema ordenado que, em vasta
escala, abraça todas as classes que formam a sociedade humana” (Dom Bosco).

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3
1. PREFÁCIO
Caros irmãos salesianos,
amigas e amigos da Comunicação Social
Tudo muda, somente Deus permanece para sempre. Atualmente, na nova época
da comunicação em que vivemos, este fato é mais evidente do que nunca. As
novas tecnologias não somente evoluíram, como também influenciam
notavelmente a cultura, ou seja, a maneira de pôr-se em comunhão com Deus,
com os outros e com a natureza, o modo de hierarquizar os valores, de
produzir, distribuir e adquirir bens, a forma de dar sentido e plenitude à vida.
Não sem razão o papa Bento XVI deu como título à sua mensagem para o Dia
Mundial das Comunicações Sociais de 2009: “Novas tecnologias, novas
relações”. Além disso, em suas mensagens sobre o tema, começou a referir-se à
Comunicação Social como a um novo “continente”. Daí a urgência de atualizar
o Sistema Salesiano de Comunicação Social (SSCS), cuja última edição é de seis
anos atrás, do então Conselheiro Geral padre Tarcísio Scaramussa, meu
predecessor, e do pessoal da comunicação daquele tempo, que, em grande
parte, continua trabalhando neste setor.

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4
O trabalho de atualização exigiu dois anos de encontros, reflexões e sínteses
com o pessoal da Congregação mais comprometido com o campo da
comunicação: os membros do Dicastério, os Delegados inspetoriais e suas
equipes, os diretores de editoras e tipografias, de rádio e TV, dos Boletins
Salesianos e das presenças no campo das multimídias, dos webmasters e
também do Conselho Mundial para a Comunicação Social.
A qualidade dessa reflexão, a variedade das participações e a
representatividade das Regiões estão fora de dúvida. Desejo agradecer a todos
pelo elevado sentido de pertença à Congregação e pela corresponsabilidade
demonstrada em favor deste setor que, em sinergia com os demais, cumpre a
missão salesiana. Congratulo-me com todos porque este documento reflete a
vida de todos os participantes, suas convicções, sua preparação, sua experiência
e, por conseguinte, é obra de todos e nos pertence.
O nome e os conceitos fundamentais foram mantidos, embora, em relação à
primeira edição, tenha sido modificada a estrutura. Por essa razão, falamos de
atualização, não de revolução! Apesar disso, no documento existem algumas
temáticas transversais que, além de atualizá-lo, conferem-lhe novidade e
procuram promover uma nova mentalidade na Congregação, isto é, uma
perspectiva que impulsiona a sinergia dos setores da Congregação centrados na
missão comum, a prioridade da formação dos salesianos, dos colaboradores e
dos jovens para a comunicação, uma consistente participação dos leigos e leigas
num campo que lhes é conatural, uma apresentação de princípios e de critérios
necessários para a unidade que exigem uma aplicação local adequada e flexível
e, finalmente, uma visão e aplicação do SSCS como um ecossistema.
O primeiro elemento significativo e transversal é o da rica participação de
representantes dos setores da Formação, da Pastoral Juvenil e das Missões no
Conselho Mundial que elaboraram o documento final. Isso corresponde ao que
foi pedido pelo CG26 117:
Considerada a complexidade da missão salesiana; vista a necessidade de maior
coordenação entre os Dicastérios para a Pastoral Juvenil, a Comunicação Social
e as Missões, particularmente na animação dos setores de atividades
compartilhadas; pede que o Reitor Mor com seu Conselho promova equipes de
animação interdicasterial para esses setores e confie sua coordenação a um ou
outro Conselheiro, salvaguardando em todo caso a unicidade e a organização
da pastoral salesiana.
A unidade e a coordenação dos setores em favor da missão são uma exigência
carismática que, longe de empobrecer os setores, enriquece e aumenta sua
identidade, dado que se parte da mesma fonte e se caminha na mesma direção.
Isso também requer uma nova mentalidade, uma nova maneira de viver, de
organizar-se e de formar-se, em comunhão com os outros, visando ao
cumprimento da missão comum.
Em segundo lugar, o SSCS está impregnado de uma convicção: a formação dos
salesianos, dos colaboradores e dos jovens à Comunicação Social é prioritária.

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5
As novas vocações de consagrados e as gerações de adolescentes e de jovens aos
quais somos enviados pertencem a uma nova era e a um novo continente no
qual vivem. Mesmo nós e os nossos colaboradores, queiramos ou não, vivemos
dentro desse continente, compreendendo e usando, bem ou mal, as diversas
tecnologias e linguagens. Uma formação que desconhece ou não valoriza
suficientemente aquilo que é óbvio corre o perigo de não dispor de novas
vocações, de não enculturar o Evangelho e de não conseguir fazer-se
compreender pelos destinatários.
Sem dúvida, a formação para a comunicação vai muito além de ditar normas
para o uso da tecnologia e da rede social, de oferecer temas e laboratórios
casuais para uma percepção crítica. Trata-se de uma dimensão transversal que
inclui os formadores e os formandos, os educadores e os educandos. Para estes
é indispensável a educação à liberdade responsável; para os consagrados, além
disso, é indispensável a formação para a autenticidade de vida que inclui o
amor à própria vocação, à missão e aos destinatários a quem somos enviados.
Por isso, posso assegurar que nos encontramos diante da mais bela e mais
desafiadora oportunidade de evangelização-educação, a do continente mais
salesiano porque é o continente que congrega mais adolescentes e jovens e que
tem maior necessidade de atualização e aplicação do Sistema Preventivo, onde
a manifestação do amor de Deus é mais indispensável: o continente digital, no
qual convivem da mesma maneira ricos e pobres, crentes e agnósticos.
Repito o que disse acima: há necessidade de salesianos formados integralmente,
de uma pastoral que parta das necessidades e das situações dos últimos, de
salesianos que, com renovado ardor missionário, não confundam as obras com
a missão, de salesianos comunicativos, dotados de profundidade espiritual,
testemunhas de Deus entre os jovens da era digital.
Por outro lado, os leigos comprometidos com a missão salesiana por meio da
comunicação nos ofereceram uma mentalidade e uma contribuição nova e
aberta. O CG24 ressaltou que “os salesianos consagrados e os leigos
compartilhamos o mesmo espírito e a mesma missão”. Trata-se de uma
realidade enriquecedora no setor da comunicação. Há sempre mais Delegados e
Delegadas inspetoriais para a comunicação, sempre mais leigos e leigas
especializados e peritos nas equipes inspetoriais e no próprio Conselho
Mundial de comunicação.
Para a revisão do SSCS, sua contribuição foi bem mais do que técnica: foi uma
contribuição de caráter eclesiológico e carismático, continuando, dessa forma, a
dinâmica nascida em Valdocco em favor da evangelização-educação dos jovens
que vivem dentro de uma nova realidade e, portanto, necessitam de novas
testemunhas e de novos apóstolos que os acompanhem no discernimento da
sua vocação. É muito significativo que, em 2010, o episcopado italiano tenha
celebrado um encontro com o tema: “Testemunhas digitais”. A realidade digital
e a nova evangelização são a novidade e o fio condutor deste documento. Nisto,
Dom Bosco continua a ser o nosso pai e inspirador.

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6
Este documento apresenta critérios globais unificadores que exigem reflexão e
aplicação locais. A unidade do carisma respeita a aplicação dos princípios e a
diversidade dos níveis e dos ritmos devidos à história, à cultura e às
possibilidades. O estudo, a aplicação do documento, dado que têm como centro
e motor de impulso o carisma, a missão e os destinatários de uma era nova,
cabem em primeiro lugar ao Inspetor e seu Conselho e, sem dúvida, ao
Delegado para a comunicação com sua equipe.
Não seriam admissíveis, como foi afirmado acima, nem a ausência da dimensão
da comunicação na Inspetoria, nem a falta de um animador/a, salesiano ou
leigo, que ajude a todos a se situarem no novo continente dos jovens,
assegurando a fidelidade a Deus, a Dom Bosco e aos destinatários. Nem seria
admissível a ausência ou pelo menos um mínimo de consideração a respeito da
comunicação no POI e no PEPS.
Por isso, é fundamental que haja um Delegado ou Delegada que seja a “alma”
que dá vida e confere dinamicidade ao corpo social e fraterno de serviço que é a
Inspetoria. Trata-se de levar adiante, junto com os demais setores e as obras, a
própria missão desde a perspectiva necessária da comunicação. Dispomos de
grandes e válidos princípios que nos unem, bem como precisamos de sua
inteligente e apaixonada aplicação em cada Inspetoria, em favor da missão.
Por fim, observo que propositadamente quisemos focar e queremos aplicar o
SSCS como uma espécie de ecossistema, como uma realidade dinâmica,
harmoniosa, envolvente e flexível, que facilita um desenvolvimento equilibrado
e solidário em busca de uma unidade. Dom Bosco foi criador de ambientes
evangelizadores e educativos porque era capaz de inventar espaços
harmoniosos, relações equilibradas e um grande desejo de transcendência.
Isso é evidente na sua ideia e na sua experiência de oratório e de pátio. Por meio
de certo tipo de relações, de sistematização dos espaços, de protagonismo
alegre dos jovens, cada ambiente convidava à expansão e ao sentido da vida. As
pessoas, educadores e educandos, podiam apalpar, ouvir, expressar-se,
saborear, tocar com as mãos em cada momento e lugar aquilo que lhes era
proposto, ficando livres para decidir.
A casa onde se ama e se é amado como em família, o pátio onde é possível
alegrar-se e difundir a vida com os amigos, a escola onde se educa a mente a
fim de ser produtivos e construtores de uma sociedade justa, a paróquia onde se
celebra Deus como fim último da vida, são a melhor expressão de um
ecossistema onde as pessoas comunicam mais por aquilo que são do que por
aquilo que dizem. Com isso se insiste ainda uma vez sobre a importância da
sinergia dos setores em favor da missão salesiana.
Renovo meu agradecimento aos que participaram da atualização do SSCS e
àqueles que, estudando-o, saberão valorizá-lo e aplicá-lo nas próprias
Inspetorias.
Fraternalmente em Dom Bosco,

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7
P. Filiberto González Plasencia SDB
Conselheiro Geral para a Comunicação Social
Roma, Itália – 31.01.2011
2. COMUNICAÇÃO
2.1 O que é comunicação?
A comunicação é um tema de estudo e reflexão de grande interesse e
atualidade. Não somente porque a tecnologia a potenciou de uma forma que
alguns decênios atrás era impossível de se imaginar, mas também porque
tomamos sempre mais consciência de que sua qualidade corre grandes riscos.
Acontece com a comunicação o que acontece com o ar que respiramos:
compreende-se sua importância quando ele se torna irrespirável e somos
obrigados a intervir. O mesmo ocorre com a comunicação. Hoje, cientistas e
técnicos, filósofos e psicólogos, educadores, todos se interessam pelo tema.
Dessa maneira, cresceu a compreensão do que seja a comunicação. Pelo menos
compreendemos as seguintes “verdades”.
a) A comunicação humana não se reduz ao fluxo de informações que
partem de uma emitente e que chegam a um receptor (superação do
modelo linear). Esse esquema talvez sirva para as máquinas, não para as
pessoas. A comunicação autêntica exige atenção recíproca e diálogo; ela
acontece quando se verifica uma recíproca colaboração entre os
participantes para definir um conteúdo realmente compartilhado
(modelo circular, dialógico).
b) Quando nos comunicamos, não elaboramos somente mensagens, mas
nos envolvemos em relações. Trabalhamos contemporaneamente em
dois planos, o dos conteúdos (as idéias, as afirmações...) e o das relações
(definimos o tipo e a qualidade da relação que nos liga ao interlocutor). É
muito importante dar-se conta deste fato porque, com frequência, o que
bloqueia a comunicação não são as ideias, mas a constatação de que o
interlocutor não está interessado em mim, não me estima, até me rejeita.
c) A comunicação não pode reduzir-se a uma ação específica. Sem dúvida,
por meio da palavra procuro comunicar-me com o meu interlocutor, mas
a mensagem não se reduz à palavra. Além das palavras (às vezes, até
contra elas), são meios de comunicação também o gesto, a expressão do
rosto, o contato visível, a roupa, a posição do corpo, o fato de estarmos
em determinado ambiente. Portanto, a comunicação é uma dimensão
presente em todas as minhas ações. Neste sentido, tudo é comunicação.
d) A qualidade da comunicação não é garantida somente pelo respeito da
gramática e da sintaxe da língua que ela utiliza. Há todo um contexto,
um conjunto de valores que devem mover-se de forma coerente. No
passado, usaríamos a imagem dos “vasos comunicantes”: não posso

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8
iludir-me de elevar o nível do seu conteúdo enchendo somente um dos
vasos; o líquido se distribui de forma idêntica em todos os vasos e o nível
cresce neles de maneira uniforme. Não é suficiente intervir somente num
aspecto da minha comunicação, é preciso melhorar todo o conjunto.
Hoje se usa uma metáfora mais eficaz: fala-se de “ecossistema”. A qualidade da
comunicação num determinado contexto somente pode ser garantida por uma
pluralidade de fatores que interagem reciprocamente. Resulta que cada pessoa,
mas também cada organismo somente comunica de forma eficaz, se houver
coerência entre a sua mensagem intencional e as mensagens que ela envia “por
meio do que faz e do que é”.
2.2 Jesus, nosso modelo como Perfeito Comunicador
Se concebermos desse modo a “comunicação”, será muito interessante referir-
nos à figura de Jesus Cristo1, não somente para ouvir aquilo que Ele disse de
forma explícita e direta sobre o assunto, mas muito mais para meditar sobre sua
forma “comunicativa” de ser e de agir com o povo, com os discípulos, com as
crianças, com os pecadores, com as autoridades, com o Pai. O próprio fato de
ser Deus e Homem revela-se importante (o princípio da Encarnação). Vamos
reler o que diz Communio et Progressio 11:
Durante sua existência terrena, Cristo revelou-se perfeito Comunicador. Por
meio da sua encarnação, Ele se tornou semelhante àqueles que receberiam a sua
mensagem, expressa por suas palavras e por todo o seu estilo de vida. Ele
falava plenamente inserido nas condições concretas do seu povo, proclamando
a todos indistintamente o anúncio divino da salvação com força e com
perseverança e adaptando-se ao seu modo de falar e à sua mentalidade.
2.3 Dom Bosco, nosso inspirador
Igualmente fecundo é referir-nos a Dom Bosco. Não somente para verificarmos
a sua atividade como escritor, editor, difusor de escritos... e meditar sobre a
apaixonada recomendação para que seus filhos continuassem a sua intensa ação
no campo que depois foi chamado de “Comunicação Social”; esta è somente
uma parte dos ensinamentos que Dom Bosco nos deixou no âmbito da
comunicação.
Há muito mais a descobrir e atualizar em nossa experiência atual. Dom Bosco é
grande pela qualidade comunicativa que soube infundir por meio de sua
presença entre os jovens, por sua prática educativa de valor excepcional (o
“Sistema Preventivo”, como ele o chamou), pela organização do seu oratório,
por dispor de cada recurso para o seu bem.
1 De particular interesse é a seguinte contribuição: Cesare BISSOLI, ‘Cristo comunicatore’ em F.
LEVER-P. C. RIVOLTELLA-A. ZANACCHI, La Comunicazione. Dizionario di scienze e tecniche,
Rivoli (To)-Roma, ELLEDICI-RaiEri-LAS, 2000, pp. 325-328.

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A esse propósito, vale a pena ouvir um dos especialistas no estudo da
comunicação, Umberto Eco. Num artigo2, ele atribui a Dom Bosco o mérito de
uma “grande revolução” no campo da comunicação. Dom Bosco propôs e
realizou no seu oratório a utopia de “um novo modo de estar juntos”, que terá
sempre a capacidade de apresentar-se como estratégia eficaz em relação a uma
sociedade das comunicações de massa, não mais caracterizada pela presença de
alguns dinossauros (a rádio, a televisão, os jornais, o cinema), mas pela
pulverização de uma série de comportamentos (“de fato, fazem parte das
comunicações de massa também os jeans, a droga, o comércio das guitarras
usadas, o modo de agregar-se em grupos e tribos”). Nesse contexto, “a urgência
não está em produzir outros dinossauros, mas em tomar consciência dessa
pulverização dos canais e elaborar novas maneiras de usá-los, modificá-los,
alterná-los, confundi-los”.
“Dom Bosco inventa [essa revolução], depois a exporta para a rede das
paróquias e da Ação Católica. O núcleo, porém, está lá, quando esse genial
reformador se dá conta de que a sociedade industrial requer novos modos de
agregação, antes juvenil, depois adulta, e inventa o oratório salesiano: uma
máquina perfeita na qual cada canal de comunicação, do jogo à música, do
teatro à imprensa, é gerenciado pessoalmente sobre bases mínimas, revisto e
discutido quando a comunicação procede de fora. Lembremos que nos anos
Cinquenta uma rede de doze mil pequenas salas paroquiais tinha chegado a
influenciar os produtores de cinema. A genialidade do oratório consiste em que
ele prescreve a seus frequentadores um código moral e religioso, mas depois
acolhe também aqueles que não o seguem. Nesse sentido, o projeto de Dom
Bosco afeta toda a sociedade italiana na era industrial.”
Para que o “projeto de Dom Bosco” conserve a sua eficácia – continua Eco – é
necessário “alguém ou um grupo que tenha a mesma imaginação sociológica, a
mesma sensibilidade dos tempos, a mesma inventiva organizadora. Fora desse
contexto, nenhuma força ideológica pode elaborar uma política global de
massa, e deverá limitar-se ao uso (frequentemente inútil e muitas vezes
prejudicial) dos meios dos grandes dinossauros, que têm menos importância do
que se imagina”.
2.4 São Francisco de Sales, pastor zeloso e doutor da caridade
A “grande revolução” realizada por Dom Bosco resultaria pura utopia se não
nos referíssemos à pessoa que sabemos que o inspirou: São Francisco de Sales.
Olhando para o santo bispo de Genebra como excelente comunicador sob
muitos aspectos (foi jornalista criativo e envolvido em muitos outros aspectos
da atividade de comunicação) e percorrendo com simplicidade os inícios do
Oratório de Valdocco, descobrimos como São Francisco de Sales inspirou
profundamente Dom Bosco. Deixamos ao nosso famoso historiador padre
Pietro Stella a tarefa de esclarecer este ponto:
2 Eco U., ‘A lezione da Don Bosco’, em “L’Espresso”, 15.11.1981, p. 105. Todo o parágrafo que
segue é tomado de F. LEVER-P. C. RIVOLTELLA-A. ZANACCHI, La Comunicazione, p. 114.

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No oratório de Dom Bosco, desde os inícios, o centro e o coração de tudo era o
quarto-escritório de Dom Bosco e a capela: esses ambientes podiam ser
considerados como os depositários de uma série de mensagens que Dom Bosco
dirigia aos seus interlocutores. Jovens e adultos que entravam no seu quarto
podiam ler num quadro pendurado na parede estas palavras: “Da mihi animas,
coetera (sic) tolle”, que, além de serem um lema, eram também uma oração
jaculatória dirigida a Deus. A capela, posteriormente substituída por uma igreja
maior, era significativamente dedicada a São Francisco de Sales para sinalizar,
segundo a precisa explicação de Dom Bosco, qual era o seu estilo educativo: não
a disciplina severa, mas a doçura do educador e a alegria como manifestação da
íntima adesão à graça divina que os jovens deveriam buscar e expressar3.
Podemos ter a certeza de que Dom Bosco não olhou para São Francisco de Sales
somente como seu inspirador a respeito de específicos aspectos da atividade de
comunicação. O que realmente caracterizou São Francisco e Dom Bosco foi a
capacidade criativa, o otimismo, o amoroso e ao mesmo tempo constante
empenho em superar todos os obstáculos para a difusão do Evangelho da
salvação. Em tempos e lugares diferentes (embora não muito diferentes do
ponto de vista geográfico e cultural; afinal, ambos admiraram a beleza dos
Alpes e dos lagos que os rodeiam), ambos foram autênticos comunicadores do
Evangelho do amor de Deus e construtores do seu Reino.
3. GLOSSÁRIO DE TERMOS
Animação: Característica própria do estilo da liderança salesiana que deriva de
“animar”, no seu sentido pleno de comunicar a vida e a alma a alguém ou a
alguma coisa; motivar.
Blog: “Site” da web ou uma parte dele, normalmente mantido por um
indivíduo, em geral com postagens em ordem cronológica inversa. Pode conter
comentários ou reflexões pessoais. O termo nasce da construção de duas
palavras inglesas: “web” e “log”.
Boletim Salesiano: Revista voltada para a missão (salesiana), fundada por Dom
Bosco e destinada à opinião pública mais do que à institucional. Significa que é
indispensável estarmos imersos na experiência eclesial e histórica do nosso
tempo e oferecer aos salesianos uma leitura dos acontecimentos,
particularmente dos que se referem à juventude e à educação.
3 P. STELLA, ‘Don Bosco e La comunicazione’, em Salesianum, Ano LXXI, n°. 4, pp. 635-650.

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Chat: Sistema imediato de comunicação que permite aos usuários comunicar-se
por meio do teclado, principalmente enviando mensagens de texto em tempo
real. Normalmente se exige do usuário que tenha um “nick” ou “nickname”
(apelido). Os chats são organizados em “salas”, conforme o assunto.
Ciberespaço: Termo cunhado por William Gibson no seu Neuromancer (1984).
Ele se refere a um espaço imaginário, uma espécie de alucinação coletiva gerada
por potentes computadores em interação com seres humanos. Atualmente o
termo expandiu seu sentido semântico e se refere a um ambiente virtual criado
por meio de toda espécie de instrumentos ligados à web, que se transforma
numa espécie de universo paralelo.
Comunicação: O termo “comunicação” se refere a pessoas envolvidas num
processo de relação interpessoal ou de grupo, mas também a um ambiente
cultural e social que envolve cada pessoa numa rede por meio de grande
quantidade de mediações de instrumentos e tecnologias. São intrínsecos ao
sentido da palavra “comunicação” os valores de reciprocidade, de participação
em dar e ter. Este é o motivo pelo qual podemos dizer que todo aquele que está
envolvido no processo de comunicação é um sujeito de comunicação “social”.
Comunicação Social: “Entre as maravilhosas invenções da técnica que,
principalmente nos nossos dias, o engenho humano extraiu, com a ajuda de
Deus, das coisas criadas, a santa Igreja acolhe e fomenta aquelas que dizem
respeito, antes de mais, ao espírito humano e abriram novos caminhos para
comunicar facilmente notícias, ideias e ordens. Entre estes meios, salientam-se
aqueles que, por sua natureza, podem atingir e mover não só cada um dos
homens, mas também as multidões e toda a sociedade humana, como a
imprensa, o cinema, a rádio, a televisão e outros que, por isso mesmo, podem
chamar-se, com toda a razão, meios de comunicação social”. (Inter Mirifica,
Vaticano II, introdução).
Continente digital: O termo foi cunhado pelo papa Bento XVI na sua
mensagem para o Dia Mundial das Comunicações de 2009. O papa não define o
termo, mas o usa como uma metáfora espacial dirigida à “geração digital”,
pedindo que ela “assuma a responsabilidade de evangelizar o ‘continente
digital’”.
Dicastérios da missão: Diretriz do CG26 com vistas a uma melhor coordenação
entre os Dicastérios da Pastoral Juvenil, da Comunicação Social e das Missões,
particularmente para animar os setores de atividades compartilhadas,
salvaguardando, todavia, a natureza única e orgânica da pastoral juvenil
salesiana.
Digital: (e, por extensão, geração digital, mídias digitais, divisor digital, inclusão
digital, etc.). A informação digital é armazenada por meio de uma série de um
(1) a zero (0). Os computadores são máquinas digitais porque permitem ler
somente uma informação como on ou off -- 1 ou 0. Esse método de numeração,
conhecido também como sistema binário, parece um tanto simplista, mas pode
ser utilizado para representar enorme quantidade de dados. CDs e DVDs são

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12
usados para armazenar e reproduzir sons e vídeos em alta definição, embora
eles sejam constituídos somente por um (1) e zero (0).
Diversamente do computador, os humanos captam a informação de modo
analógico. De fato, os seres humanos extraem informações por meio de todos os
sentidos, ao passo que os instrumentos digitais avaliam as informações como
um (1) e zero (0). O grau dessa avaliação, chamado “grau de amostra”,
combinado com a quantidade de informação contida em cada amostra (a
intensidade do bit), determina o grau de perfeição da avaliação digital.
O assim chamado “divisor digital” não aparece no documento. O significado do
termo é ainda muito debatido, bem como o que ele pode significar para os
salesianos, se excetuarmos um superficial consenso a respeito do termo que
nem é aceito por todos. Mas é assumido pelo conjunto das atitudes e das
considerações propostas neste documento; ou seja, o SSCS supõe a inclusão
digital e rejeita toda forma de exclusão digital.
Ecossistema comunicativo: Significa o envolvimento e a atitude das pessoas
que, interagindo, criam um ambiente de verdadeira comunidade, de partilha de
ideais, de valores, de relações em nível de convivência cotidiana dentro da
comunidade e com o território. (De uma nota ao pé da página da edição original
do SSCS).
Editoria: A preparação e publicação (impressos, mas agora se inclui também a
forma digital) de material de difusão e para vender.
Educomunicação: O conjunto das políticas e das atividades atinentes ao
planejamento, à realização, à avaliação de processos e produtos orientados a
criar e consolidar ecossistemas de comunicação no campo educativo, sejam eles
de ordem pessoal direta ou de ordem virtual.
Evangelização: A difusão da Boa Nova em todos os âmbitos da vida humana,
de modo a induzir processos novos nela inspirados... A Igreja evangeliza
quando se empenha em converter a consciência pessoal e coletiva, as
atividades, a vida e o ambiente das pessoas exclusivamente por meio do poder
divino da mensagem que proclama (EN 18).
F/LOSS: Software livre e aberto que garante aos usuários o livre acesso e uso:
poderão estudá-lo, modificá-lo e implementá-lo à vontade, dado que permite o
livre acesso aos códigos-fonte.
Formação permanente: O natural, essencial e contínuo processo de que se fez
experiência na formação inicial (Ratio 520).
Linguagem: A distinção entre “palavras”, “langue” (linguagem) e “langage”
(discurso), segundo o vocabulário da linguística teórica de Ferdinand de
Saussure. Curso em linguística geral, publicado póstumo em 1915, após ter
recolhido as anotações dos estudantes.
Linguagem no sentido de palavras, enquanto elas formam um discurso,
um modo de falar.

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Linguagem no sentido de langue, que normalmente entendemos como
“linguagem”, um sistema de sinais.
Linguagem no sentido de langage, um modo particular de se expressar,
ou a noção abstrata de linguagem que podemos atribuir aos animais, às
pessoas, ao cinema, ao teatro...
Mídias convergentes: Um conjunto de produtos que, depois de reunidos, forma
um único produto em condições de realizar múltiplas atividades. (Definição da
União Europeia).
Network, networking: Embora os dois termos não sejam idênticos, no SSCS se
referem principalmente ao conceito de pessoas que trabalham junto,
estabelecendo contatos, quer individualmente, quer em grupo. Todavia, é
importante tomar consciência de que a troca e o desenvolvimento de idéias
num network, ou em atividades de networking, entendida no sentido de
“social”, não se pode reduzir à imagem de um conjunto de nós interconectados,
como frequentemente aparece na descrição dos network. A “rede social”
atualmente é objeto de estudos cuidadosos que põem em evidência novas “leis”
e dinâmicas, acentuando as modalidades de envolvimento nesse processo.
Novas fronteiras: “Não se trata somente de fronteiras geográficas, sociais,
culturais e religiosas” (Padre Chávez na conclusão do CG26).
Novas tecnologias: Conjunto de novas tecnologias que oferecem um
significativo incremento (seja em termos de maiores e melhores prestações, seja
de contenção de despesas) em relação a tecnologias já consolidadas por um
processo específico num particular contexto histórico. Entendido assim, é obvio
que aquilo que se considera “novo” está sujeito a contínuas revisões e
redefinições, à medida que a tecnologia muda. (Gordon Marshall. “Novas
tecnologias”. Dizionario di sociologia, 1998).
Personal media: O emergir de meios de comunicação que incluem a
interatividade na sua estrutura e permitem aos usuários não somente consumir
produtos multimidiais, mas também criá-los. (Shiregu Miyagawa, professor de
linguística e comunicação no Massachusetts Institute of Technology).
Projeto de animação e de governo do Reitor Mor e seu Conselho:
Planejamento do programa, iniciado pelo Reitor Mor, mas desenvolvido com a
ajuda do seu Conselho, elaborado no início do sexênio, isto é, imediatamente
após a conclusão do Capítulo Geral e que contém as diretrizes para os próximos
seis anos. (Cf. Vademecum do Conselho Geral, 2003).
Projeto Orgânico Inspetorial (POI): Plano estratégico para a animação e o
governo da inspetoria que analisa em sua totalidade a vida, a missão, a situação
atual, as opções fundamentais que devem guiar a sua organização.
Quadro de referência: Sistema de princípios e modelos que indicam o
procedimento que se deve ter e que o motivam.

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Ratio: Guia prático para a formação dos Salesianos de Dom Bosco, a Ratio
Fundamentalis Institutionis et Studiorum, como é conhecida pelo seu título
completo (também como Formação dos Salesianos de Dom Bosco ou FSDB), “expõe
e desenvolve, de maneira orgânica e didática, o conjunto de princípios e normas
da formação que se encontram nas Constituições, nos Regulamentos Gerais e
em outros documento da Igreja e da Congregação” (R. 87).
Recursos de comunicação: O termo aparece frequentemente nestas páginas e,
em sentido amplo, refere-se a tudo o que é proveitoso e útil para alcançar um
objetivo final. Pode tratar-se de recursos físicos (recursos quantificáveis) ou
pessoais (recursos intelectuais ou para desenvolver um assunto) ou técnicos.
Em alguns casos são especificados como recursos educativos, financeiros ou
semelhantes.
Sistema Salesiano de Comunicação Social (SSCS): O título deste texto, “um
projeto integrado e unificado de comunicação”. (Padre Martinelli aos editores
do Boletim Salesiano, 1998).
Translation memory (TM): Depósito de “textos explicitamente conservados e
organizados segundo a correspondente cópia original”. Pode ser considerado
um banco de dados do qual os tradutores podem extrair trechos que estão de
acordo com textos a serem traduzidos. (Bowker, L. (2002). Computer-Aided
Translation Technology: A Practical Introduction. Canadá: University of Ottawa
Press).
Web 2.0 and 3.0: Se considerarmos a Web tradicional como Web 1.0,
percebemos que ela, de preferência, tende a ser estática, isto é, permite ler uma
página da web, ou seja, clicar nos seus links e conseguir que aconteça alguma
coisa: ouvir música ou assistir a um vídeo. Na Web 2.0 passamos do “ler” ao
“ler-escrever”; da html às tecnologias AJAX; do estático ao interativo, incluindo
nisso o blog, o social networking. Não existe uma definição formal de Web 2.0
(é simplesmente um termo que surgiu ao longo do caminho): na realidade trata-
se de um tipo de “Web” que Tim Berners Lee, seu “inventor”, vislumbrou por
primeiro. Todavia, o que ele entreviu é o que nós hoje chamados de 3.0, a Web
semântica, onde tudo, de alguma maneira, está conectado com outra coisa
(numa linguagem chamada OWL, ou linguagem web-ontológica) que permite
às máquinas ler e interpretar o conhecimento em favor dos leitores.

2.6 Page 16

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15
4. VISÃO E MISSÃO
4.1 Introdução
1. Este subsídio recolhe os elementos fundamentais de um quadro de referência
para a comunicação (sempre entendida no sentido de “Comunicação Social”,
conforme consta dos documentos da Igreja) e as linhas e políticas para o
funcionamento do SSCS, tais como se encontram nos documentos da
Congregação depois do CG20 (1971-2) e nas projetações dos últimos anos.
Como tal, é um instrumento de trabalho para aqueles que têm particulares
responsabilidades na política de promoção da Comunicação Social em nível
mundial, regional e local. É preciso ler este documento junto com as
Orientações para a formação dos salesianos à Comunicação Social, dirigidas
especificamente aos salesianos.
2. O subsídio se apresenta em três partes:
(a) SSCS
(b) Orientações para a formação dos salesianos à Comunicação Social
(c) Anexos
Uma quarta parte, o Manual, que traz como título: O Salesiano. Um Comunicador,
atualmente está sendo revisto e por ora não consta deste documento.
A primeira parte do SSCS contém: prefácio, considerações a respeito das idéias
fundamentais, glossário, visão e missão, objetivos estratégicos, políticas,
organização, encargos, funções, anexos.
4.2 A visão de Dom Bosco
3. Dom Bosco tinha uma compreensão ampla da comunicação. A carta que ele
escreveu a respeito da difusão dos bons livros é uma espécie de carta magna:
exprime seu coração apostólico, sua fé e sua visão de empreendedor.
4. Dom Bosco considerava a comunicação como um campo prioritário da
missão4: “A difusão dos bons livros é uma das finalidades da nossa
Congregação... Por isso, peço-lhes e esconjuro a não descuidar essa parte
importantíssima da nossa missão”. É significativo também o fato de que na
primeira audiência com o papa Pio IX, conforme nos é referida pelo clérigo Rua
que o acompanhava, à pergunta do papa “em que o Senhor se ocupa?”, Dom
Bosco respondia com estas palavras: “Santidade, ocupo-me na educação da
juventude e nas Leituras Católicas” (MB, vol. 5).
4 Don Bosco, Lettera Circolare sulla Diffusione di Buoni Libri, 19 marzo 1885, em Epistolario, vol.
4, pp. 318-321.

2.7 Page 17

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16
5. Além da imprensa e da “difusão de bons livros”, Dom Bosco usava todos os
instrumentos e as linguagens de comunicação disponíveis no seu tempo para a
educação: o teatro, as academias, a música...
6. Dom Bosco utilizava uma vasta gama de estratégias para atingir os jovens,
alguns dos quais não tinham nenhuma instrução e às vezes eram também
analfabetos. Sabia contar histórias, fazer apreciar os sacramentos: esses dons o
tornaram um comunicador eficaz. Mas sabia também recorrer aos jogos, às
“boas noites”, à narração vivaz de sonhos, de histórias, e à liturgia...
7. Dom Bosco compreendeu a força da informação para a animação da sua
família espiritual e para a mobilização da sociedade em favor da sua missão. A
criação do “Boletim Salesiano” respondia exatamente a essas finalidades. Hoje,
as possibilidades de oferecer informações e criar comunhão, seguindo os passos
de Dom Bosco, são enormes: por exemplo, a ANS, os noticiários inspetoriais,
incluindo os digitais, os vários sites da web, as redes sociais, etc.
8. Sua visão era orientada para a educação e para a evangelização da juventude
e das classes populares. Ele pensou, então, na comunicação como um
verdadeiro sistema que envolvia a todos: “As nossas publicações tendem a
formar um sistema ordenado que, em vasta escala, abraça todas as classes que
formam a sociedade humana”5. De fato, a palavra “sistema” é cara a Dom
Bosco, que a utiliza particularmente para indicar o conjunto e a articulação dos
elementos que caracterizam o seu estilo de educação: o Sistema Preventivo6.
4.3 A visão dinâmica da Congregação
9. A visão de Dom Bosco foi levada adiante de forma dinâmica pelos seus
sucessores, como se pode demonstrar particularmente pelos escritos de todos os
Reitores Mores, dos Capítulos Gerais, da documentação histórica da
Congregação7.
10. Através do tempo, foi preciso dar maior atenção ao crescimento do
compromisso nesse campo carismático e, por conseguinte, fazer evoluir para
uma atitude positiva e empreendedora posições de tendência defensiva perante
os meios de comunicação. É significativo o que diz o padre Ricaldone: “Não
podemos contentar-nos com essa parte puramente negativa; precisamos opor-
nos à má imprensa com a difusão de bons livros”8.
11. Em sintonia com a evolução dos tempos, com o desenvolvimento das novas
tecnologias e da sua incidência sobre a sociedade e as culturas, particularmente
depois do Capítulo Geral Especial (1971-2), amadureceu uma visão ampla e rica
do campo da comunicação e dos seus múltiplos significados, e também uma
política orgânica e coordenada de desenvolvimento e de organização. De fato, o
5 Idem.
6 ACG 290.
7 Cf. Dicastério da Comunicação Social. I Salesiani e la Comunicazione, Roma, Editrice SDB, 1989,
pp. 9-12.
8 ACS 287, 143.

2.8 Page 18

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17
Capítulo tinha citado a relação do padre Ricceri, o qual reconhecia que “não foi
promovido um compromisso sistemático, coordenado e adequado à
importância e à atualidade dos instrumentos de comunicação social”9.
12. Os Capítulos e ulteriores documentos mostram a consolidação das
convicções e de uma nova prática mais sistemática por parte dos salesianos no
campo da comunicação:
a consciência da importância da comunicação como “presença educativa
de massa, produtora de cultura, escola alternativa”10;
a prioridade desse campo para a educação e a evangelização11;
a visão ampla da comunicação como uma dimensão humana que tem
como escopo primário a comunhão e o progresso da sociedade humana12;
a “valorização de todas as formas e expressões de comunicação:
comunicação interpessoal e de grupo, produção de mensagens, uso
crítico e educativo dos meios da Comunicação Social13;
a valorização da Comunicação Social como novo espaço de agregação
dos jovens14;
a oficialização de serviços, de políticas de animação e de coordenação, de
estruturas: o Conselheiro Geral para a Comunicação Social15; o Delegado
inspetorial16; a função do Inspetor e seu Conselho17; o empenho de cada
irmão18; os canais de informação e os centros de produção19; a missão das
Conferências Inspetoriais20;
a qualificação e a formação do pessoal21.
13. O período posterior aos anos Noventa foi dominado pela novidade de um
desenvolvimento digital prodigioso, de modo particular no universo das
mídias. Foi definido como uma “nova fronteira” pelo CG26 em 2008, onde “nos
sentimos interpelados pelas novas tecnologias da Comunicação Social e pelos
desafios educativos que elas nos propõem”22. O Capítulo reconheceu que
9 CG20, 453.
10 “A Comunicação Social se torna sempre mais uma presença educativa de massa, plasmadora
de mentalidades e criadora de cultura. Por meio dela elaboram-se e difundem-se as evidências
coletivas que se encontram na base de novos modelos de vida e dos novos critérios de
julgamento. Sua eficácia e sua presença sempre mais maciça fazem da Comunicação Social uma
verdadeira e autêntica escola alternativa para amplíssimas camadas da população mundial,
especialmente juvenis e populares” (CG21, 148).
11 A Comunicação Social é um campo significativo de ação que está entre as prioridades
apostólicas da missão salesiana. Nas pegadas de Dom Bosco, que “intuiu o valor dessa escola de
massa, que cria cultura e difunde modelos de vida, e lançou-se a empresas originais e
apostólicas para defender e sustentar a fé do povo..., valorizamos como dons de Deus as
grandes possibilidades que a Comunicação Social nos oferece para a educação e a
evangelização” (C. 43).
12 ACG 302, p. 16.
13 CG24, 129.
14 CG25, 47.
15 C. 137.
16 CG23, 259.
17 R. 31.
18 R. 32.
19 R. 33.
20 R. 142.
21 R. 31, 82; Ratio.
22 CG26, 99.

2.9 Page 19

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18
existem “múltiplos... mundos virtuais habitados pelos jovens e que nem sempre
somos capazes de compartilhá-los e animá-los, por falta de formação, de tempo
e de sensibilidade” (nº. 102), e que a comunidade “use as tecnologias da
Comunicação Social para dar maior visibilidade à própria presença e para
difundir o carisma” (nº. 110).
4.4 A missão
14. O objetivo do SSCS é o de promover um ambiente comunicativo salesiano
como comunhão de pessoas, de obras, de projetos e de atividades, e
implementar o desenvolvimento e a aplicação de recursos de comunicação para
a educação e a evangelização dos jovens, especialmente dos mais pobres, e em
relação à sociedade. Não realiza somente isto, mas age em conjunto com os
demais setores que são corresponsáveis pela missão salesiana.
4.4.1 Convicções e valores
15. As convicções e os valores são as idéias-força que definem, distinguem e
orientam a ação da Congregação no setor da comunicação salesiana.
16. O termo comunicação refere-se a pessoas envolvidas numa relação
interpessoal e de grupo, mas também a uma realidade social e cultural que
inclui todos numa rede, através de uma não desprezível mediação de
instrumentos e tecnologias. É intrínseco ao sentido da palavra comunicação o
valor de reciprocidade, de participação, de dar e receber. Por isso, podemos
dizer que todas as pessoas envolvidas no processo comunicativo são sujeitos da
comunicação “social”.
17. A pessoa humana é um ser em comunicação, em diálogo, um ser para o
outro, condição de possibilidade de todos e de cada ato comunicativo. Somos
todos comunicadores, mesmo que não sejamos profissionais da comunicação.
18. A comunicação humana, verdadeira, eficaz, é um processo de relações
humanas que, além de transmitir com limpidez as mensagens, é capaz de gerar
entre as pessoas:
compreensão;
comunhão;
solidariedade;
participação;
respeito;
mútuo enriquecimento;
aperfeiçoamento das relações humanas;
convivência fraterna.
19. O conteúdo mais alto da comunicação é o dom que Deus faz de si mesmo à
humanidade em Jesus Cristo ressuscitado. A convicção mais importante dos
salesianos a esse respeito é que eles são testemunhas do amor de Deus revelado
em Cristo e que comunicam esse amor por meio dos diversos sinais, símbolos e
da linguagem da comunicação.

2.10 Page 20

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19
20. A evangelização, a catequese e a educação não acontecem sem um processo
comunicativo adequado e humano.
21. Os meios de comunicação são um dom de Deus e têm importância
fundamental para educar e evangelizar no nosso tempo.
22. A comunicação é um amplo e significativo campo de ação que faz parte das
prioridades apostólicas da missão salesiana.
23. O carisma salesiano contém um potencial inovador na área da comunicação.
24. O Sistema Preventivo de Dom Bosco sintetiza o estilo da comunicação
salesiana.
25. Por isso, a política da comunicação da Congregação Salesiana se funda sobre
critérios que caracterizam os diferentes setores da atividade salesiana. Esses
critérios orientam as grandes opções e o estilo de ação nesse âmbito.
4.4.2 Critérios importantes da comunicação salesiana
26. Encarnação: O carisma juvenil e popular da vida salesiana orienta o trabalho
comunicativo da comunidade e de cada comunicador. Nasce daí uma
comunicação que procura estabelecer uma relação positiva, aberta, empática e
de participação solidária com a vida dos jovens e do povo. Por isso, vê as obras
e as atividades salesianas enquanto inseridas nos diversos contextos do mundo.
Precisamente dessa imersão na vida concreta nasce uma leitura atualizada dos
acontecimentos do mundo e das situações que se encontram no amplo universo
juvenil, a partir da visão enculturada do evangelizador e do educador.
27. Testemunho vocacional: O SSCS deve desenvolver esforços para garantir
que a imagem da instituição testemunhe entre os jovens o empenho social e
cristão de transformar a sociedade. Estamos conscientes de que “o primeiro
serviço educativo que os jovens esperam de nós é o testemunho de uma vida
fraterna que se torne resposta à sua profunda necessidade de comunicação,
proposta de humanização, profecia do Reino, convite a acolher o dom de Deus”
(CG25, 7). Para alargar o círculo dos amigos e dos corresponsáveis na ação
juvenil e popular nos empenhamos em suscitar interesse pela situação dos
jovens e de suas necessidades, pela missão de Dom Bosco, pelas suas obras de
promoção e de evangelização, pelas atividades voltadas à libertação dos jovens
e do povo das urgências mais imediatas, com vistas a um crescimento em
humanidade. “Vender” é para nós suscitar novas vocações salesianas: construir
um vasto movimento no estilo de Dom Bosco.
28. Evangelização-educação: O carisma salesiano é um carisma educativo.
Evangelizar educando e educar evangelizando sintetiza a atividade salesiana
também no âmbito da comunicação. Filhos espirituais de Dom Bosco e de São
Francisco de Sales, temos consciência de que essa atividade está em perfeita
sintonia com as opções feitas pelo nosso fundador e pelo nosso patrono. A

3 Pages 21-30

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3.1 Page 21

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20
comunicação salesiana, por isso, tem este traço educativo e o exprime no
empenho pela cultura e pela educação, na salvaguarda da tradição cultural
salesiana, na resposta à demanda de comunicação e de qualificação dos
educadores e dos jovens nesse campo, no conteúdo e na forma de comunicar.
Estamos conscientes de que o empenho pela educação é “a nossa principal
contribuição para a transformação do mundo em favor do advento do Reino”
(CG 24, 99).
29. Sistema Preventivo: “A contribuição original que podemos oferecer à causa
da educação chama-se Sistema Preventivo” (CG24, 99). Ele é o coração do
ambiente comunicativo. “Na mente de Dom Bosco e na tradição salesiana o
Sistema Preventivo tende sempre mais a identificar-se com o espírito salesiano:
ele é ao mesmo tempo pedagogia, pastoral, espiritualidade que associa numa
única experiência dinâmica os educadores (como indivíduos e como
comunidade) e os destinatários, os conteúdos e os métodos, com atitudes e
comportamentos especificamente caracterizados” (CG21, 96). A comunicação
salesiana caracterizada pelo Sistema Preventivo é semeadora dos valores do
espírito salesiano, como o impulso apostólico, o sentido de Deus e da Igreja, a
predileção pelos jovens, o espírito de família, o otimismo e a alegria, o sentido
do concreto, a criatividade e a flexibilidade, o trabalho e a temperança, e a
própria prática do Sistema Preventivo com a assistência-presença feita de razão,
religião e cordialidade. Essas características, no seu conjunto, delineiam o perfil
ideal e invejável do educador.
30. Ética e profissionalismo: Como qualquer atividade humana, a atividade
salesiana de comunicação exige critérios éticos e profissionais, sem descuidar o
caráter educativo e evangélico dessa atividade. A ética exprime a honestidade
profissional do comunicador, chamado à busca permanente da verdade, à
coerência com os valores da instituição, a uma atitude democrática de profundo
respeito pelos fatos e pelos destinatários aos quais é enviado a servir, sem
mistificações, enganos ou manipulações. Faz parte disso o respeito pelos
direitos de autor, de imagem, da privacidade, das leis. O profissionalismo exige
um modo rigoroso de agir, adequado à natureza de cada realidade. Na
comunicação, ele significa: verificação sistemática, crítica e contínua dos dados;
individuação dos destinatários para as diversas interações e informações;
qualidade da forma e dos conteúdos para que sejam adequados ao destinatário
e às suas capacidades, ao instrumento e às suas exigências.
31. Interdisciplinaridade: Para sermos eficazes na missão inspiramo-nos em
Dom Bosco que era promotor de inumeráveis iniciativas e formas de
comunicação por meio de diversas linguagens: o teatro, a música, a arte, a
literatura..., e que buscava todos os meios para comunicar, sem nunca perder a
orientação comunitária da missão educativa. A interdisciplinaridade na
comunicação é uma exigência do carisma salesiano: instrumento de comunhão
na variedade das expressões da missão salesiana; resposta às exigências
próprias da educação integral, que supõe partilha do saber e pluralidade de
linguagens; valorização do protagonismo e da participação, características do
processo educativo salesiano.

3.2 Page 22

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21
32. Direitos humanos: Um desses direitos (da terceira geração dos direitos) é o
direito de comunicar. É um direito muito apropriado para os pobres e, por isso,
trata-se de um direito a ser promovido pela Família Salesiana que pode tornar-
se voz dos que não têm voz e fazer ouvir a voz de quem hoje não consegue
fazer-se ouvir.
33. Sistema: Atuação sistêmica quer dizer agir com visão comum, em sintonia
com a Igreja e a Congregação. Significa inserir nos diversos níveis as políticas e
os projetos; coordenar os setores, os métodos, as obras, as pessoas; entrar em
rede entre nós e com as instituições da sociedade que participam da mesma
missão. Abrir-se a sinergias e a colaborações é uma diretriz que faz parte do
nosso projeto de vida e da organização como Congregação, como Família e
como Movimento Salesiano. Hoje não hesitamos em chamar esse modo de
trabalhar como “ecossistemático”.
34. Networking: A conexão em rede entre indivíduos e grupos exige as virtudes
da autenticidade e da genuinidade, a capacidade de construir e manter relações
baseadas na confiança. Significa também estar conscientes de que os indivíduos
buscam guias capazes de tomar decisões e de provocar dinâmicas operativas
nessa rede de relações entre pessoas.

3.3 Page 23

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22
5 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
5.1 Destinatários, beneficiários, protagonistas e suas necessidades
35. Os destinatários prioritários da Congregação salesiana no setor da
Comunicação Social, como de qualquer obra salesiana, são os jovens,
especialmente os mais pobres; os ambientes populares e as missões. Sendo
destinatários da missão, toda a comunicação é orientada a responder às suas
necessidades de educação e de evangelização. De acordo com a experiência de
Dom Bosco e a nossa compreensão contemporânea de “ecossistema”, os
indivíduos e os grupos não são somente “destinatários”, mas também
protagonistas.
5.1.1 Necessidades dos jovens
36.
Poderem ser criativos e protagonistas, para assumir seu lugar na
sociedade;
Compreensão, trato e utilização dos processos e dos recursos da
Comunicação Social para a sua educação e a sua relação com Deus, com
as pessoas, com a natureza e com a sociedade;
Consciência crítica para interagir com os meios de comunicação e para
viver de forma interconectada da qual fazem parte;
Informações que os ajudem a crescer na vida social, no seu projeto de
vida e na sua relação com o mundo;
Informação a respeito da Congregação, da Igreja e da Vida Religiosa;
Formação das gerações digitais para o uso crítico e responsável dos
diversos tipos de mídias (mass, folk, personal, convergentes, etc), para
um envolvimento competente e ativo como criadores nas oportunidades
dos “social media” (redes sociais, sites da web) e nas formas de
expressão juvenis e populares.
5.1.2 Necessidades dos ambientes populares e das missões
37.
Recursos de comunicação adequados ao trabalho de formação e ao
desenvolvimento social, político, cultural e religioso das camadas
populares;
Fontes de dados e de pesquisas sobre a juventude;
Articulação em rede para o intercâmbio e a consolidação de projetos;
Promoção dos direitos humanos, entre os quais o direito de comunicar;

3.4 Page 24

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23
Consciência crítica para poder interagir com os meios de comunicação e
para viver num mundo interconectado do qual fazem parte.
38. Os outros destinatários são os salesianos, os leigos corresponsáveis, a
Família Salesiana, os amigos de Dom Bosco, a sociedade (meios de
comunicação, entidades e organizações eclesiásticas, civis, governativas e não
governativas, setores específicos). Na ótica da comunicação, a ação tende a fazer
de tal modo que esses serviços resultem em benefício dos destinatários
prioritários.
5.1.3 Necessidades dos salesianos
39.
Consciência de que devem “descobrir [nos jovens] a presença de Deus e
convidá-los a abrir-se ao seu mistério de amor” (CG26, 2);
Consciência da atual linguagem juvenil;
Conhecimento das formas de lógica adequada a um modo não-linear de
representar a verdade (a linguagem das imagens, o desenho multimidial,
a apresentação narrativa...);
Habilitação para a atitude positiva e crítica de acolhida e de domínio
quanto ao uso dos instrumentos e das suas linguagens;
Qualificação como animadores culturais;
Formação contínua para poder trabalhar profissionalmente no âmbito da
comunicação;
Subsídios para a realização da sua missão educativo-pastoral;
Informações sobre a vida da Congregação e da Família Salesiana, sobre
os jovens e a educação;
Conscientização para fazer crescer o sentido de comunhão e de pertença
(sinergia cooperativa);
Competência em integrar a mensagem educativa e evangelizadora na
cultura midiática de hoje;
Difusão dos princípios e dos valores salesianos;
Capacidade para usar corretamente os instrumentos no contexto da
missão, em coerência com os princípios da Vida Religiosa;
Qualificação para trabalhar em rede.
5.1.4 Necessidades da Congregação
40.
Salesianos formados como evangelizadores, educadores, comunicadores;
Dispor de um sistema de comunicação com caráter profissional, estável e
flexível (plano estratégico integrado, articulação em rede, estruturas e
instrumentos adequados, comunicação com a sociedade, ecossistema
comunicativo);
Pessoal qualificado;
Informação e conscientização na linha do Projeto de Animação;
Mentalidade que compreende a importância do envolvimento de leigos
corresponsáveis nesse campo (Cf. CG24);
Centros de formação e de produção (estruturas e meios-empresa);

3.5 Page 25

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24
Formação e consolidação perante a sociedade da imagem da
Congregação como instituição educativa e evangelizadora que trabalha a
serviço dos jovens pobres e das classes populares;
Difusão da informação entre a Direção Geral e as Inspetorias.
5.1.5 Necessidades dos leigos corresponsáveis
41.
Uma visão de verdadeiros corresponsáveis na missão salesiana;
Compreensão da atual linguagem juvenil;
Conhecimento do Sistema Preventivo;
Formação como animadores culturais;
Formação para o uso dos recursos de comunicação na educação;
Documentos e subsídios para o trabalho educativo-pastoral;
Recursos inovadores de comunicação;
Qualificação para trabalhar em rede.
5.1.6 Necessidades da Família Salesiana
42.
Documentos e subsídios para o trabalho educativo-pastoral;
Recursos de comunicação para a missão;
Articulação em rede da Família Salesiana com outros organismos
eclesiais e civis;
Preservação do próprio patrimônio histórico;
Acesso às fontes da história da Família Salesiana;
Informação atualizada dos acontecimentos do mundo salesiano.
5.1.7 As necessidades da Igreja e da sociedade
43.
Informações que despertem o mundo da comunicação e mantenham
ativa a formação da consciência crítica;
Informações corretas e propositivas a respeito da juventude, da
educação, da Igreja, da religião, da sociedade...;
Difusão de valores para uma cultura da justiça, da paz, da solidariedade
e da comunhão;
Novas propostas espirituais apresentadas por meio de novas mídias;
Apelo a pessoas de boa vontade para que nos ajudem em nossa missão
entre os jovens.
5.2 Resultados desejados
44. Os jovens, especialmente os mais pobres, compreendam, dominem e
utilizem criticamente os processos, as linguagens e os recursos da comunicação
na sua relação com Deus, com as pessoas, com a natureza, com a sociedade, e
sejam informados a respeito do desenvolvimento da evangelização, da Igreja,
da Vida Religiosa, da Congregação, da Inspetoria.

3.6 Page 26

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25
45. Os ambientes populares e as missões sejam dotados de recursos de
comunicação adequados ao trabalho de formação e de desenvolvimento social,
político, cultural e religioso, e de informação e pesquisa sobre a juventude.
46. Os salesianos sejam qualificados como animadores culturais, em condições
de conhecer e dominar as novas linguagens da comunicação e sejam ajudados
pelos recursos de comunicação para a sua missão educativa e de informação
sobre a vida da Congregação, sobre a Família Salesiana, sobre os jovens e sobre
a educação, de modo que possam difundir as convicções e os valores salesianos.
47. A Congregação disponha de um sistema de comunicação profissional a
serviço da comunhão e da missão, com pessoal motivado, estável e qualificado,
com visão e projeto comum, com centros de formação e de produção salesiana,
com instrumentos adequados para a informação, com uma imagem consolidada
de instituição educativa e evangelizadora a serviço dos jovens pobres e das
classes populares, que trabalha em rede com outras instituições e grupos que
compartilham as mesmas preocupações em favor dos jovens.
48. Os leigos corresponsáveis compreendam a linguagem juvenil, conheçam o
Sistema Preventivo, sejam formados como animadores culturais, ajudados com
recursos de comunicação para seu trabalho educativo-pastoral, informados
sobre a realidade dos jovens e da educação.
49. A Família Salesiana seja informada a respeito da história e dos
acontecimentos da vida salesiana e apoiada pelos recursos de comunicação em
favor da ação educativo-pastoral, com memória histórica conservada.
50. A Igreja e a sociedade produzam informações que ativem o mundo da
comunicação em favor da formação de uma consciência crítica, de uma cultura
de paz; e sejam corretamente informadas a respeito da juventude e da
educação, da Igreja e da religião.
5.3 Sujeitos da comunicação
51. Para promover o ecossistema salesiano de comunicação devem ser levados
em conta alguns sujeitos com atribuições particulares.
Enquanto educadores, interessamo-nos, em primeiro lugar, pelos sujeitos da
comunicação interpessoal: adultos e jovens, leigos e religiosos. No espírito do
Sistema Preventivo, procuramos que todos se empenhem em desenvolver as
competências comunicativas, uma convivência confiante e amiga, relações e
formas de colaboração.
A comunidade salesiana e as comunidades educativas: embora na diversidade
das funções e das competências, toda a comunidade é responsável pelo
desenvolvimento da comunicação.
Os operadores profissionais que desempenham funções específicas e
responsabilidades de comunicação definidas pela organização, tanto dentro
quanto fora da comunidade.
Os dirigentes e animadores nos respectivos níveis e atribuições:

3.7 Page 27

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26
Em nível geral de Congregação, o Reitor Mor com seu Conselho, o
Conselheiro Geral para a Comunicação Social e a equipe do Dicastério;
Em nível nacional e/ou regional, o Delegado ou Coordenador regional
ou nacional;
Em nível inspetorial, o Inspetor com seu Conselho, o Delegado e a
Comissão de Comunicação Social;
Em nível local, o Diretor com seu Conselho, o Encarregado e a equipe
local de Comunicação Social.
Nós cremos que o sistema deva ser um verdadeiro ecossistema de comunicação
e, portanto, as empresas como as rádios, a televisão, e os simples sites da web
devem ser, por natureza, abertas. Nós incluímos nessa lista a sociedade como
um todo, mas ainda mais a sociedade enriquecida pela contribuição (entendida
também em sentido virtual, além de físico e geográfico) da comunidade
salesiana local e do seu trabalho.
5.4 Áreas de ação do Sistema Salesiano de Comunicação Social
5.4.1 Animação
52. A animação é parte fundamental da mentalidade salesiana e um modo de
proceder que implica uma ação conforme as “Orientações para a Formação dos
Salesianos à Comunicação Social” e para a gestão da Comunicação Social nos
processos educativos e nas relações internas e externas.
5.4.2 Formação
53. Potenciar a formação das competências comunicativas das pessoas e a
gestão da comunicação nos processos educativos e nas relações internas e
externas da Congregação.
5.4.3 Informação
54. Produzir informação salesiana que favoreça a comunhão e o sentido de
pertença, a educação e a evangelização dos jovens, a conscientização e a
mobilização em favor da missão de Dom Bosco e a apresentação de uma
imagem adequada da Congregação.
5.4.4 Produção
55. Produzir e manter programas, recursos, empresas [obras] de comunicação,
sites da web, a serviço da missão educativo-pastoral dos jovens. Significa que
devemos saber discernir na geral atividade de produção e os múltiplos níveis
de comunicação e individuar as possibilidades de responder a solicitações
específicas.

3.8 Page 28

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27
6 POLÍTICAS
6.1 A política comunicativa da Congregação
56. A comunicação se desenvolve dentro do quadro de referência da missão
salesiana em favor dos jovens, como uma dimensão que atravessa toda a
atividade da ação educativo-pastoral, no mesmo nível das outras obras
salesianas. Trata-se de uma atividade que pertence à missão e, por meio da
gestão de processos e produtos, visa a criar e reforçar os ambientes salesianos de
comunicação. No contexto da única missão, a comunicação salesiana se propõe
sempre um trabalho de coordenação em sintonia com os demais setores da
missão salesiana.
57. As atividades do SSCS são orientadas a produzir resultados coerentes com
as convicções e os valores salesianos, a gerar solidariedade e paz em toda a
sociedade, a promover a comunhão carismática interna à Congregação e à
Família Salesiana.
58. A atividade de comunicação da Congregação está inteiramente a serviço da
missão da Igreja, centrada na educação e na evangelização dos jovens,
especialmente dos mais pobres, e a fazer crescer a fé nos ambientes populares
(Cf. C. 6).
59. A promoção da comunicação é responsabilidade de todos, com a animação e
a coordenação do Conselheiro para a Comunicação Social em nível mundial, e
dos Inspetores e Delegados em nível inspetorial, por meio de uma atividade de
sistema, com políticas e planos comuns, tudo integrado no Projeto de Animação
do Reitor Mor e seu Conselho e no Projeto Orgânico Inspetorial.
60. “A Comunicação Social vai além dos estreitos limites de uma Inspetoria.
Portanto, ela deve ser pensada como rede. O que não pode ser feito com as
forças de uma só Inspetoria pode ser realizado com a participação de várias”
(ACG 370, 41).
61. “Tais serviços (de comunicação) assentem em seguras bases jurídicas e
econômicas e encontrem formas de entrosamento e cooperação com centros de
outras Inspetorias e com o Conselheiro Geral para a Comunicação Social” (R.
31). “Os centros editoriais de uma mesma nação ou região busquem formas
convenientes de colaboração para formular um projeto unitário” (R. 33).
62. Nessa linha, onde for oportuno e houver conveniência, os países, as
Conferências ou as Regiões organizem equipes, estruturas ou serviços de
compartilhamento, consultoria e conexão para a comunicação, a serviço das
Inspetorias. Essas estruturas e esses serviços sejam regulados por convênios ou
estatutos específicos acertados entre as Inspetorias, com a participação do
Conselheiro Regional, ouvido o parecer do Conselheiro Geral para a
Comunicação Social.
63. A comunicação é promovida quando as competências comunicativas de cada

3.9 Page 29

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28
um e da instituição forem aperfeiçoadas. As competências (termo muito em uso
entre os educadores de hoje) podem ser avaliadas objetivamente. Essa avaliação
seja orientada por parâmetros ou indicadores objetivos capazes de medir o
índice da consecução dos resultados desejados e da sua atuação de acordo com
os critérios elencados. Tudo se realize com a participação das pessoas
envolvidas, com a finalidade de avaliar a eficácia dos planos e dos processos
encaminhados, de modo a orientar os passos sucessivos.
64. O caráter único e orgânico da missão salesiana indica a possibilidade e a
necessidade de equipes interdicasteriais (p. ex., Pastoral Juvenil, Comunicação
Social, Missões), sobretudo para facilitar atividades compartilhadas.
6.2 Diretrizes políticas para as áreas de ação
6.2.1 Animação
65. A animação e a gestão da comunicação nos processos educativos leva em
conta:
a comunicação de massa, das mídias pessoais e convergentes, sobretudo
em função das mídias sociais, e o desenvolvimento da informática como
veículo de modelos inovadores e de nova mentalidade que exigem uma
cuidadosa atenção no campo educativo;
a valorização da comunicação na comunidade educativa, respeitando o
protagonismo e a participação;
a produção de mensagens;
a educação às mídias, consideradas como instrumentos a serem
utilizadas nos processos educativos gerais, a educação às mídias,
entendida como compreensão crítica das mídias, vistas não somente
como instrumentos mas como linguagem e cultura, e a educação ao uso
das mídias voltado à formação de profissionais;
as expressões artísticas, atividades culturais, musicais, esportivas e de
tempo livre, próprias do estilo salesiano;
o cuidado do ambiente em seus diversos aspectos;
a abertura à “fome de educação e de evangelização, que valorizem a
comunicação como novo espaço vital de agregação dos jovens”.
66. A animação e a gestão da comunicação nas relações internas leva em conta:
o empenho constante em construir uma comunidade de pessoas com
visão comum e partilhada de missão, de espírito salesiano e de projeto,
num clima de família e de vizinhança e compartilhamento entre
salesianos e leigos (Cf. em particular CG24), educadores e educandos;
a visibilidade da comunidade salesiana como núcleo animador de uma
presença acolhedora;
o modo de promover iniciativas que favoreçam o intercâmbio das
experiências;
o modo para superar a pulverização das atividades e obras e das áreas
funcionais (Pastoral Juvenil, Comunicação Social, Missões...) em âmbito
local, inspetorial e mundial;
a promoção da unidade na crescente diversidade das culturas e das

3.10 Page 30

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29
situações em contínua transformação, por meio de um diálogo constante
entre o centro e as Inspetorias, para que se conheçam e levem em conta as
situações e os problemas locais e, ao mesmo tempo, se alargue a visão
para todo o universo da Congregação;
a proximidade por parte da Direção Geral às Conferências e aos grupos
de Inspetorias para projetar intervenções locais em rede em vez de impô-
las do alto, envolvendo o centro e o Delegados regionais e inspetoriais.
67. A animação e a gestão da comunicação nas relações externas leva em conta:
o cuidado das relações públicas da Congregação;
o cuidado da imagem e da publicidade institucional da Congregação;
a assistência ao Reitor Mor e a seu Conselho em âmbito geral, aos
Inspetores e a seu Conselho em âmbito inspetorial, nos compromissos de
relação com pessoas, comunidades, instituições, meios de comunicação,
atividades públicas;
a promoção do conhecimento da Congregação perante os organismos
eclesiásticos, governativos e civis, de maneira a ajudar a realização da
missão salesiana;
a coordenação com os meios de comunicação para seu uso em favor da
educação da juventude e a divulgação da Boa Nova;
a oportunidade de usar os espaços possíveis para entrar no mundo das
mídias, para conhecer os meios de comunicação, usá-los e influenciar
positivamente os conteúdos;
a conexão e a participação com organismos eclesiásticos e civis que
operam e coordenam o setor da Comunicação Social;
a participação nos eventos e nos movimentos eclesiais e sociais no campo
da comunicação que têm relação com a educação e a pastoral.
6.2.2 Formação
68. A formação dos salesianos leva em conta:
o que prescrevem os Regulamentos no artigo 82: “A missão salesiana
orienta e caracteriza de modo próprio e original a formação intelectual
dos sócios em todos os níveis. A organização, pois, dos estudos
harmonize as exigências da seriedade científica com as da dimensão
religioso-apostólica do nosso projeto de vida. Cultivem-se com particular
empenho os estudos e as disciplinas que tratam da educação, da pastoral
da juventude, da catequese e da comunicação social”;
as orientações da Ratio (A formação dos salesianos de Dom Bosco. Princípios e
normas);
a sensibilização e a preparação dos irmãos para que possam inserir-se, de
forma profissional, no campo da comunicação;
os “Orientamenti per la formazione dei salesiani in comunicazione sociale”,
conteúdos e metodologias para as diversas fases formativas, documento
conjunto do Dicastério para a Formação e do Dicastério para a
Comunicação Social (2006).
69. A condução dos projetos de formação dos salesianos e dos educadores leva
em conta os três níveis seguintes (Cf. ACG 370, pp. 22-25):

4 Pages 31-40

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4.1 Page 31

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30
Nível geral de base:
o aprofundamento das razões teológicas e pastorais da comunicação;
o estudo e a atuação do Sistema Preventivo de Dom Bosco como uma das
melhores expressões de comunicação e como referência de base de toda a
formação;
a formação das competências comunicativas do educador a partir das
suas necessidades;
a habilitação a trabalhar em equipe e em formas de aprendizagem
cooperativa;
a habilitação à leitura, à avaliação crítica, à interação com as mídias,
superando a condição de simples consumidor, usuário;
o conhecimento crítico e a sintonia com as linguagens que veiculam a
cultura dos jovens, como a literatura, o teatro, a música, o cinema;
uma preparação para saber mover-se com conhecimento crítico no
“continente digital” de hoje representado de modo particular pelo blog,
chat, texting...
Nível dos animadores e dos operadores educativos e pastorais:
a necessidade de entender a cultura do mundo globalizado, mas também
de estar em condições de contribuir com a criação de modelos
alternativos de cultura solidária;
a interação com o sistema dos meios de comunicação de massa, de modo
a garantir a formação de pessoas criativas e atentas a um uso das mídias
em benefício de toda a coletividade;
a competência no uso da linguagem, dos recursos e dos instrumentos de
comunicação nas atividades educativo-pastorais;
a formação do media educator, do educomunicador, do animador cultural.
Nível da preparação especializada:
a formação tecnológica e profissional específica;
a participação nos programas dos centros de formação à comunicação.
70. A condução dos projetos de formação dos jovens leva em conta:
a formação das competências comunicativas interpessoais e de grupo a
partir das suas necessidades;
a formação de animadores culturais;
a formação para a compreensão crítica das mídias;
a comunicação e expressão nas diversas linguagens do teatro, da música,
da dança, das formas folclorísticas, da imprensa, da arte, do cinema, da
TV, da Internet...;
a competência no uso da linguagem, dos recursos e dos instrumentos de
comunicação.
6.2.3 Informação
71. A informação deve ser cuidada como fator fundamental para criar ambientes
comunicativos salesianos e para mobilizar a sociedade visando às necessidades
da juventude.

4.2 Page 32

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31
72. A informação deve ser diferenciada e adequada para responder às
necessidades de um destinatário concreto – indivíduo ou grupo – numa
linguagem e num meio adaptado e oportuno.
73. A informação deve ser coerente com as diretrizes políticas e com os critérios
da comunicação da Congregação.
74. O intercâmbio de notícias e de experiências deve ser potenciado de modo
que faça crescer o sentido de unidade e de pertença à Congregação e à Família
Salesiana.
75. A informação contribui a manter e a desenvolver o projeto de animação do
Reitor Mor e seu Conselho e o projeto de animação da Inspetoria e da
comunidade.
76. Além do contato e do conhecimento pessoal dos jovens na própria obra ou
local de trabalho, buscamos um bom e documentado conhecimento do mundo
juvenil sempre em evolução. Colete-se uma rica informação a respeito dele para
um melhor conhecimento, para um aumento de apreço e para uma melhor
qualificação do trabalho. Ao mesmo tempo, difundimos essa mesma informação
na sociedade com o escopo de criar opinião e tomada de consciência que
originem políticas e atividades em favor da juventude.
77. Para apoiar a animação e o bom funcionamento da Congregação enquanto
organização prevê-se um banco de dados permanentemente atualizado que
permita conhecer a cada momento e rapidamente, com precisão e segurança, a
situação do pessoal, das obras e das atividades.
78. A informação tem também a tarefa da conservação digital. Ela implica na
elaboração de políticas em diversos níveis que garantam um material digital de
valor, elaborado de maneira a facilitar sua conservação. Cuide-se também dos
diversos processos digitais relativos à conservação dos documentos históricos e
culturais da Congregação: escritos, imagens (fixas ou em movimento),
depoimentos sonoros, objetos. Igualmente, é preciso providenciar uma gestão
adequada dos arquivos, das bibliotecas, dos museus, dos monumentos.
79. A imagem institucional deve ser cuidada por meio de uma informação
correta e completa que exprima claramente a importância social da obra de
Dom Bosco. “Trabalhamos em ambientes populares e em favor dos jovens
pobres. Colaborando com eles, educamo-los para as responsabilidades morais,
profissionais e sociais, e contribuímos para a promoção do grupo e do ambiente.
Participamos, na qualidade de religiosos, do testemunho e do compromisso da
Igreja para com a justiça e a paz. Conservando-nos independentes de qualquer
ideologia e política partidária, recusamos tudo o que favorece a miséria, a
injustiça e a violência, e colaboramos com os que constroem uma sociedade
mais digna do homem. A promoção, à qual nos dedicamos em espírito
evangélico, realiza o amor libertador de Cristo e constitui um sinal da presença
do Reino de Deus” (C. 33).

4.3 Page 33

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32
80. Sejam continuamente potenciadas e qualificadas profissionalmente as
estruturas, os instrumentos e os produtos informativos, de modo especial:
a Agenzia iNfo Salesiana (ANS) com a rede de correspondente nas Regiões
e nas Inspetorias;
os serviços de relações públicas, as salas de imprensa, os porta-vozes;
os Boletins Salesianos;
os portais e os sites da web;
os serviços de documentação e os arquivos;
os noticiários inspetoriais e a multiforme produção informativa salesiana;
as plataformas e os meios tecnológicos de comunicação que permitem
maior rapidez, contenção de despesas e de energias, acesso permanente e
pessoal à informação.
6.2.4 Produção
6.2.4.1 Empresas editoriais
81. A obra educativa de Dom Bosco traz a marca da sua atividade de escritor e
editor. Como autor, redigiu textos devocionais, formativos, educativos e
escolásticos. Para suporte da sua atividade editorial constituiu a Sociedade para
a difusão da boa imprensa e fundou a tipografia do Oratório de Valdocco.
Visão
82.
As Editoras salesianas são empresas inseridas na vida cultural, social e
política do povo, em particular dos jovens dos ambientes populares,
abertas às culturas dos países em que operam a fim de compreendê-las e
encarnar nelas a mensagem evangélica (Cf. C. 7);
Por meio de sua atividade conferem à Congregação uma função ativa no
processo de evangelização e catequese, na sociedade, na escola e na
cultura; regulam a própria política editorial com base na relação fé e
cultura conforme é interpretada pelo magistério; reconhecem a
autenticidade dos valores humanos, sua autonomia e relevância para a fé,
recusam toda forma de integrismo;
Elas são presença educativa e criadora de cultura, com particular atenção
para a sua dimensão popular e humanística, na linha de Dom Bosco e da
tradição educativa e da pedagogia salesiana;
As Editoras salesianas operam no campo da educação, da evangelização,
da catequese, da formação e da instrução. Comprometem-se em favorecer
o anúncio do Evangelho, em acompanhar a descoberta e o
amadurecimento da fé, em facilitar a síntese entre fé e cultura, em educar
ao sentido crítico, estético, moral, e a promover a abertura à dimensão
religiosa (Cf. C. 31 e 34; R. 32).
Estrutura de empresa
83.
Seguindo o exemplo de Dom Bosco, que conferiu estabilidade de

4.4 Page 34

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33
empresa à sua atividade editorial e conforme requerem os Regulamentos
gerais (nº. 31), as Editoras salesianas sejam montadas sobre bases
jurídicas e econômicas;
Como ocorre com qualquer outra obra da Inspetoria, o Inspetor com seu
Conselho defina com clareza a estrutura jurídica da Editora em
conformidade com as leis vigentes no país; a entidade proprietária da
mesma; o objeto da sua atividade; sua estrutura organizativa,
especificando cargos, competências, funções. Exerça seu permanente
dever de controle e orientação;
A entidade proprietária da Editora defina com documento oficial os
valores básicos, as diretrizes a seguir para as decisões, as políticas, as
atividades; o escopo; a razão fundamental da existência da editora; a
missão; os objetivos a perseguir;
A empresa elabore uma estratégia para realizar a missão que lhe foi
confiada por meio de uma avaliação dos seus pontos fortes e fracos, seus
recursos financeiros e humanos, sua capacidade inovadora; identifique o
seu “target” e espaço de mercado, o “core business”; elabore o plano
estratégico, financeiro e de marketing; defina seu organograma e
responsável: quem faz o quê, quando e como.
6.4.2.2 Os sites salesianos da web
84. Podemos individuar três núcleos de um site salesiano da web: identidade,
escopo, natureza da própria web.
Visão – Identidade
85. A identidade de um site salesiano da web é carismática e institucional:
A identidade carismática pode ser expressa dessa forma: a missão
(salvação da juventude); uma referência a Dom Bosco e à sua figura; o
termo “salesianos”; certo estilo inspirado no Sistema Preventivo; o
sentido de uma comunidade e o modo com que se cria uma comunidade;
A identidade institucional. Existem diversos níveis de pertença à
identidade institucional conforme o caráter do site: pode ser um site
“oficial” (da Congregação, da Região ou de uma Inspetoria) ou de uma
obra, de um setor, de uma atividade tipicamente salesiana. Elementos
concretos como o logo e os diversos ‘links’ ajudam a exprimir essa
pertença. Um site oficial deveria incluir um link do portal da
Congregação;
Um site salesiano da web tem sempre como objetivo o de dar testemunho
da sua identidade cristã e evangelizadora.
Escopo
86. Um site salesiano da web tem o escopo de animar, formar, educar, informar
(notícias, vídeos...), conservar (documentos, imagens, sons...), difundir (sem
excessiva autorreferência). Um desses escopos normalmente será o principal do
site.

4.5 Page 35

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34
A natureza da própria web
87. Hoje fala-se de Web 2.0 e amanhã provavelmente de Web 3.0. Um site da web
com dez anos de existência não corresponde mais às expectativas de hoje. É
essencial que um site salesiano da web continue a se desenvolver.
88. Sem dúvida, o desenvolvimento contínuo implica em vários aspectos:
desenho, ícone, navegabilidade, interatividade, acessibilidade, capacidade de
gerenciar sites sempre mais complexos de maneira simples, utilizando os
instrumentos atualmente disponíveis.
89. O webmaster salesiano opera no vasto movimento salesiano com sua
contribuição pessoal. Nesse sentido, podemos falar de uma “comunidade
operativa” que deve ser desenvolvida e reforçada:
Queremos uma comunidade aberta, capaz de diálogo, em condições de
envolver todas as pessoas interessadas;
Nos nossos sites da web é importante saber equilibrar a dimensão
particular e pública;
Estamos convencidos de que um site salesiano da web acrescente valor à
identidade e à missão da vasta comunidade salesiana;
A comunidade operativa dos webmasters salesianos constitui um espaço
acolhedor, como acontece numa sala comunitária ou em outro ambiente
similar;
Cada comunidade tem os seus ritmos e à medida que a comunidade de
prática dos webmasters salesianos tem os seus ritmos, pode demonstrar a
sua vitalidade. Essa comunidade de prática procurará estratégias
concretas com essa finalidade (informação compartilhada, intercâmbio de
e-mails, fórum e outras).
6.4.2.3 Rádio salesiana
Missão
90. Trata-se de estruturas radiofônicas que com estilo salesiano evangelizam a
cultura juvenil e popular, educando, orientando, informando, envolvendo.
Visão
91. Queremos promover o associacionismo, a participação dos jovens e das
classes populares; despertar neles a capacidade crítica para interpretar e avaliar
a realidade; difundir na sociedade os valores humanos e cristãos.
Diretrizes práticas
92.
Implementar programas educativos culturais e pastorais.
Difundir programas especializados com uma identidade salesiana
fundada no Sistema Preventivo;
Produzir programas juvenis com estilo educativo salesiano, estimulando

4.6 Page 36

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35
e envolvendo os próprios jovens;
Difundir uma informação correta que ofereça elementos para uma crítica
construtiva da sociedade;
Colaborar com as campanhas de proteção e promoção dos direitos
humanos;
Tender para a autossustentabilidade das rádios e das TVs por meio de
um apoio local e de projetos em rede;
Promover a vocação salesiana nas suas diversas expressões.
Diretrizes
93.
Informar, educar, evangelizar os jovens e as classes populares utilizando
a linguagem da rádio;
Promover a cultura, a educação e a religião mediante uma programação
ética e de qualidade;
Produzir e manter programas, recursos e empresas radiofônicas a serviço
da missão educativo-pastoral da juventude;
Preparar profissionalmente e formar no carisma salesiano o pessoal da
rádio, de modo a garantir a qualidade evangelizadora da mensagem; com
essa finalidade, programar encontros periódicos de formação;
Abrir espaço em nossas mensagens radiofônicas para os temas da justiça
social e dos direitos humanos com a finalidade de aumentar a tomada de
consciência a respeito desses temas importantes;
Difundir os valores religiosos e da pedagogia salesiana com criatividade,
utilizando recursos adequados;
Promover em todos os âmbitos locais e da Inspetoria o trabalho em rede
com a Congregação Salesiana e a Igreja.
6.3 Os diversos processos e diretrizes políticas
6.3.1 Processos fundamentais
94. Para que um sistema institucional funcione é preciso definir os diversos
processos que o compõem. Esses processos constituem um conjunto de
atividades correlatas, necessárias para concretizar a missão da uma instituição
entendida como um organismo.
95. A definição dos processos indica quanto deve ser feito e como se deva
realizá-lo nas mais variadas atividades. Cabe à arquitetura organizativa definir
as áreas funcionais com as respectivas competências e funções.
96. No SSCS são identificados os seguintes processos:
Projetação;
Desenvolvimento;
Promoção;
Apoio: gestão e serviços;
97. A seguir, apresentamos o diagrama do funcionamento do SSSCS e a

4.7 Page 37

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36
descrição dos relativos processos.

4.8 Page 38

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37
6.3.2 A projetação e as suas políticas
98. Assegurar a atualização constante do SSCS perante as necessidades dos
destinatários a fim de que possam alcançar eficazmente as metas desejadas.
99. A projetação é uma condição estratégica para promover o SSCS, orientar seu
desenvolvimento e fazer convergir as atividades visando aos resultados
desejados.
100. O desenvolvimento do SSCS é orientado por um Plano de Ação de Setor
(PAS) em nível geral, radicado no Projeto de Animação do Reitor Mor e seu
Conselho, destinado a criar sinergia entre as Inspetorias e a desenvolver a
colaboração entre as atividades específicas de formação e de produção.
101. Em nível inspetorial, o SSCS é orientado por um Plano Inspetorial de
Comunicação Social (PICS) integrado no Projeto Orgânico Inspetorial (POI), que
leva em conta as situações específicas de cada Inspetoria e procura aplicar à
Inspetoria as políticas da Comunicação Social da Congregação e a programação
geral feita pelo Reitor Mor e seu Conselho para o sexênio.
6.3.3 O desenvolvimento e suas políticas
102. Favorecer a vitalidade, a dinâmica e o estilo salesiano de comunicação na
sua expressão de dimensão transversal da ação educativo-pastoral, de campo da
missão, de obra com características próprias e de sistema específico e integrado
de comunicação.
103 O desenvolvimento da comunicação e a construção do SSCS devem ser
apoiados por atividades de análise, pesquisa, estudo, reflexão, e monitorados
por atividades de avaliação, consultoria, atividades de formação e de
incremento.
104. Essa função objetiva aprofundar a metodologia pastoral salesiana de
comunicação a serviço da Congregação, da Igreja e da sociedade.
105. Para favorecer essa função foram constituídos Conselhos permanentes em
nível mundial e inspetorial para a Comunicação Social, compostas por equipes
de peritos salesianos e leigos para os diversos âmbitos ou áreas, coordenados
respectivamente pelo Conselheiro Geral e pelos Delegados inspetoriais para a
Comunicação Social.
106. É necessário cuidar da formação de especialistas salesianos e leigos em
comunicação, conscientes da prioridade que lhe é atribuída na missão salesiana.
6.3.4 A promoção e suas políticas
107. Encaminhar, apoiar e potenciar as áreas da atividade, da animação, da

4.9 Page 39

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38
formação, da informação e da produção para uma comunicação eficaz a serviço
da missão salesiana.
108. A promoção da comunicação acontece no interior das seguintes opções:
orientar os esforços para a formação de pessoas, equipes e centros,
dedicados à elaboração de mensagens, mais do que propor-se possuir os
instrumentos ou deixar-se absorver pela gestão das estruturas;
operar com projetos orientados a criar processos comunicativos a serviço
do Projeto Educativo Pastoral Salesiano (PEPS), da comunhão carismática
e da mobilização para a missão, mais do que orientados a atividades e
obras isoladas.
109. Sejam criadas estruturas com pessoal e recursos adequados para gerenciar
a animação, a formação, a informação e a produção, em nível geral e inspetorial.
110. A coordenação da promoção da comunicação é tarefa do Conselheiro para a
Comunicação Social em nível geral e do Delegado para a Comunicação Social
em nível inspetorial.
111. O Inspetor, segundo as indicações do CG23, deve nomear o Delegado para
a Comunicação Social que “assessorará cada comunidade na promoção das
diversas realidades comunicativas, prestará seu serviço aos vários setores de
atividade e manterá contato com os organismos locais, eclesiásticos e civis”
(CG23, 259).
6.3.5 Atividades de apoio e suas políticas
112. Assegurar a disponibilidade e a adequada administração do pessoal, dos
recursos e dos serviços necessários para o funcionamento do SSCS.
113. As atividades de apoio sejam acertadas entre o economato geral e/ou
inspetorial.
114. A gestão do pessoal deve levar em consideração:
a concordância a respeito das convicções e dos valores da Congregação e
o empenho no exercício da missão salesiana;
o apoio e o desenvolvimento de uma política de recursos humanos que
permita ao SSCS contar com pessoal qualificado, estável e motivado;
a formação constante das pessoas para o desenvolvimento de suas
potencialidades e para seu adequado posicionamento na estrutura de
trabalho;
a atuação em conformidade com as exigências legais e normas vigentes.
115. A gestão dos recursos econômico-financeiros deve levar em consideração:
a disponibilidade, o uso adequado e o controle dos recursos necessários
para executar o SSCS na Congregação;
o uso conforme as exigências legais e as normas jurídicas vigentes da
sociedade civil e da Congregação;
o profissionalismo nos procedimentos;

4.10 Page 40

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39
o orçamento econômico correspondente a cada um dos planos.
116. A gestão dos serviços deve tomar em consideração:
a organização e os métodos de trabalho a fim de que as estruturas
organizativas sejam constantemente atualizadas e adequadas aos
resultados esperados, dentro do quadro de referência delineado pelas
constituições e pelos Regulamentos da Congregação de modo a tornar
possível a socialização das experiências e dos resultados entre os setores
e as áreas da Congregação;
o funcionamento adequado de sistemas informatizados que garantem
bases seguras e velozes em tomar decisões de gestão necessárias para
alcançar os resultados desejados pelo SSCS;
a disponibilidade de um suporte jurídico para garantir o respeito da
legalidade do SSCS e para garantir a defesa dos interesses da
Congregação nessa área.
117. A gestão dos recursos linguísticos e da tradução deve levar em
consideração:
A salvaguarda da terminologia salesiana quer internamente, quer
externamente; o cuidado de uma tradução fiel e compreensiva das
mensagens do Reitor Mor e seu Conselho, dos outros organismos de
animação-formação e informação. Por “fiel” entende-se fidelidade à
linguagem e ao contexto original, de tal forma, todavia, que favoreça a
compreensão dos leitores em seu contexto cultural; a promoção de
modelos úteis para os textos editados pela Direção Geral.
118. O DCS cuida da gestão do patrimônio documental da Congregação em
colaboração com o Arquivo Salesiano Central por meio da digitalização dos
textos, a memorização dos textos (TM), etc. O DCS oferece suas competências e
seus conselhos ao Arquivo Salesiano Central e aos outros responsáveis pela
gestão do patrimônio documento da Congregação.
119. O DCS também em colaboração com o Secretário Geral e/ou o Vigário do
Reitor Mor cuida da coordenação do “pool” dos tradutores e oferece serviços
em apoio à sua tarefa.
120. O DCS promove diretrizes de estilo para várias situações, por exemplo,
para a Direção Geral, para os tradutores nas várias línguas.

5 Pages 41-50

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5.1 Page 41

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40
7 ORGANIZAÇÃO, CARGOS E FUNÇÕES
7.1 SSCS: Organização
121. Organizar significa identificar e estruturar o trabalho a desenvolver: definir
e atribuir os encargos e as relativas delegações; instaurar entre as pessoas
relações adequadas para o trabalho em equipe, para alcançar os resultados
desejados.
122. 7.1.1 Diagrama da organização
7.2 Conselheiro Geral par a Comunicação Social
7.2.1 Função
123. Animar a Congregação no setor da Comunicação Social: promove as
atividades no setor da Comunicação Social e cordena, em particular, em nível
mundial, os centros e as estruturas da Congregação nesse campo.
7.2.1.1 Detalhes da função
124. Promove a tomada de consciência do significado da comunicação e da sua

5.2 Page 42

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41
eficácia educativa e apostólica para a Congregação.
125. Acompanha e apoia os Inspetores na execução a eles confiada pelos
Regulamentos Gerais no artigo 33 de promover a Comunicação Social.
126. Cuida da qualidade da intervenção salesiana no campo da comunicação.
127. Coordena os diversos âmbitos de que se compõe o Dicastério para a
Comunicação Social.
128. Coordena e nível mundial os centros e as estruturas gerenciadas pela
Congregação no campo da comunicação.
129. Cuida da implementação da programação geral, da integração da equipe
com todas as suas funções, com o Reitor Mor e seu Conselho e com os demais
Dicastérios.
7.3 Equipe do Dicastério para a Comunicação Social
7.3.1 Função
130. Contribuir com o Conselheiro Geral para promover a comunicação.
7.3.1.1 Detalhes da função
131. Colaborar constantemente com tudo o que se refere aos objetivos do
Dicastério para a Comunicação Social.
132. Desempenhar os encargos atribuídos pelo Conselheiro a serviço do
Dicastério, como:
a agência ANS;
a sala de imprensa;
o Boletim Salesiano italiano;
os Boletins Salesianos;
o portal da web;
a documentação e o arquivo;
os serviços de fotografia.
133. Cumprir os encargos atribuídos pelo Conselheiro e objetivados a atuar a
programação do sexênio. Como:
participar de eventos e organismos de comunicação dentro ou fora da
Congregação;
coordenar os processos e colaborar com eles nos eventos organizados
pelo Dicastério. O site da web da Congregação, com sede na Direção
Geral, se caracteriza por ser um portal que fornece “nichos” de
informação e de serviços no âmbito salesianos. O que foi dito na seção
“Produção” num site salesiano da web se aplica com mais razão ao site
da Congregação.

5.3 Page 43

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42
7.4 Conselho Mundial
7.4.1 Função
134. Acompanhar o desenvolvimento da comunicação da Congregação, fazer
avaliações, pesquisas, estudos; oferecer orientações e subsídios com vistas a uma
constante atualização.
7.4.1.1 Detalhes da função:
135. Oferecer consultoria permanente para a comunicação da Congregação,
particularmente para o Dicastério da Comunicação Social.
136. Os diversos membros salesianos e leigos da equipe, peritos nas diversas
áreas da animação e da formação, da informação e das empresas, colaboram de
forma permanente com o Dicastério por meio dos seus estudos e de suas
sugestões, respondendo às solicitações, mas também oferecendo sugestões
espontâneas em atitude propositiva.
137. O compartilhamento e a comunicação das contribuições pessoais fazem-se
de preferência via Internet. Conforme as necessidades, o Conselho é convocado
para encontros regionais ou mundiais, com a participação de peritos de áreas
específicas ou com a participação de toda a equipe.
7.5 Delegado regional, nacional e/ou de Conferências
7.5.1 Função
138. Promover a sinergia e a colaboração entre as Inspetorias no campo da
comunicação e de suas várias atividades, com uma visão estratégica aberta a
toda a missão e a toda a Congregação.
7.5.1.1 Detalhes da função
139. Realizar a tarefa que lhe foi confiada pelo estatuto ou pelos convênios da
delegação regional ou da Conferência.
140. Manter uma estreita conexão de cooperação com o Conselheiro Geral para a
Comunicação Social e com o Dicastério.
141. Promover a elaboração e a atuação de um plano comum de ação e de
colaboração no setor da Comunicação Social, em conformidade com a
programação geral da Região ou da Conferência.

5.4 Page 44

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43
7.6 O Inspetor e seu Conselho
7.6.1 Função
142. Promover a comunicação na Inspetoria.
7.6.1.1 Detalhes da função
143. Cuidar e verificar a qualidade da comunicação dentro e fora da Inspetoria,
entre os irmãos, com os grupos da Família Salesina, com as comunidades
eclesiais e as instituições civis e sociais, entre os grupos de Inspetorias e com o
Conselho Geral.
144. Nomear o Delegado inspetorial para a Comunicação Social e a equipe ou
Comissão de comunicação.
145. Preparar os irmãos a se inserirem nos circuitos da imprensa, do cinema, da
rádio e da televisão.
146. Instituir e potenciar os centros editoriais para a produção e a difusão de
livros, subsídios e periódicos, e os centros de emissão e de produção de
programas audiovisuais, radiofônicos, televisivos.
147. Definir os revisores das publicações que exigem a revisão eclesiástica.
7.7 O Delegado inspetorial para a Comunicação Social
7.7.1 Função
148. O Delegado (ou a Delegada) pode ser salesiano ou leigo/a e tem a missão
de promover, em nome do Inspetor, a comunicação na Inspetoria. O encargo
deveria ser a tempo pleno.
7.7.1.1 Detalhes da função
149. Trabalhar em colaboração com as diversas equipes que constituem a
estrutura em favor da missão salesiana juvenil, para sua atuação na Inspetoria.
O Delegado põe-se em contato com os Delegados dos outros setores. O
Delegado, de entendimento com o ecônomo inspetorial, promova para si uma
adequada função de representação na gestão das empresas de comunicação da
Inspetoria.
150. Colaborar na elaboração e aplicação do Plano Inspetorial de Comunicação
Social.
151. Segundo as possibilidades, animar e acompanhar aqueles que estão
envolvidos com a comunicação da Inspetoria:

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44
o Conselho inspetorial;
as comunidades salesianas;
os correspondentes locais para a comunicação;
as diversas áreas de ação de comunicação;
a formação permanente dos irmãos no campo da comunicação.
152. Trabalhar em rede com os diversos responsáveis em cada nível na
Inspetoria para coordenar as atividades do SSCS, sublinhando os critérios
salesianos elaborados na primeira parte deste subsídio:
na elaboração e na aplicação dos planos nos diversos níveis inspetoriais e
locais;
na promoção dos processos e na execução dos programas e atividades de
formação, informação e produção;
integrando a equipe ou Comissão inspetorial para a Pastoral Juvenil;
uma presença nos organismos de animação das obras de produção da
Comunicação Social.
153. Ter uma visão de conjunto que permita ao Delegado fazer intervenções bem
calibradas para garantir que haja equilíbrio e sintonia entre a informação
salesiana local e a informação em nível mundial nas seguintes áreas:
ANS (Agenzia iNfo Salesiana): a informação local (correspondentes);
a produção e a difusão da informação dentro da Inspetoria e da Família
Salesiana; os instrumentos, como o Noticiário Inspetorial, o Boletim
Salesiano e outros produtos típicos;
o funcionamento do site da web;
o funcionamento da sala de imprensa;
um contato ativo e positivo com as estruturas, pessoas e os meios de
comunicação presentes no território;
a imagem salesiana no plano da qualidade e da quantidade;
a significatividade da presença nos meios de comunicação e no espaço da
imprensa.
154. Participar dos encontros do Sistema nos diversos níveis regional ou de
Conferência e mundial, contribuindo sempre mais para a instauração de
sinergias dentro da Congregação.
155.
Pôr-se de acordo com os organismos eclesiásticos, religiosos, governativos e civis
que se ocupam de comunicação.
7.8 A equipe (Comissão inspetorial ou semelhante) de Comunicação Social
7.8.1 Função
156. Contribuir com o Delegado e a Inspetoria na promoção da comunicação.
7.8.1.1 Detalhes da função

5.6 Page 46

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45
157. Trabalhar como equipe no Sistema e colaborar constantemente com tudo o
que se refere à missão no setor da Comunicação Social.
158. Contribuir com a redação e a aplicação do plano inspetorial de animação-
formação-consultoria no setor da Comunicação Social.
159. Contribuir com o trabalho do Delegado com a informação, o estudo, o
compartilhamento, a projetação e a experimentação.
160. Assumir os encargos oficiais confiado pelo Inspetor ou pelo Delegado para
a gestão das diversas atividades, ou a participação em eventos e organismos de
comunicação.
161. Valorizar a comunicação em favor da educação e da evangelização dos
jovens e das classes populares.
7.9 Coordenador local da Comunicação Social
7.9.1 Função
162. Promover a comunicação na obra local.
7.9.1.1 Detalhes da função
163. Participar operativamente dentro da equipe de Pastoral Juvenil em todas as
atividades que se referem à educação dos jovens; interagir com os encarregados
dos demais setores com vistas a uma atividade bem coordenada da obra local.
164. Colaborar com a elaboração e atuação do Plano Local de Comunicação
Social.
165. Animar as pessoas que operam na comunicação na obra local:
o Conselho da comunidade educativa;
a comunidade salesiana;
a Comissão local para a comunicação;
as diversas áreas de atividade da comunicação.
166. Coordenar as atividades do SSCS por meio de uma efetiva participação dos
corresponsáveis, garantindo que a gestão do Sistema responda às necessidades
dos destinatários com critérios salesianos:
na elaboração e na aplicação dos planos;
na promoção dos processos e na realização dos programas e atividades
de formação, informação e produção.
167. Fazer funcionar o pólo local da informação salesiana:
promover a produção e a difusão da informação dentro da obra e da
Família Salesiana, e cuidar dos instrumentos, como os noticiários locais e
outros produtos típicos;

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46
acompanhar a atividade dos corresponsáveis locais;
orientar a gestão do site da web;
orientar a atividade da sala de imprensa;
manter um contato ativo e positivo com as estruturas, pessoas e meios de
comunicação presentes no território;
promover a imagem salesiana com a máxima atenção quanto à qualidade
e à quantidade, a significatividade da presença nos meios de
comunicação e no espaço da imprensa;
fornecer à ANS (Agenzia iNfo Salesiana), em âmbito inspetorial e
mundial, as informações locais e difundir inteligentemente no território a
informação produzida.
168. Participar dos encontros inspetoriais do Sistema, contribuindo sempre mais
com vistas a uma ação sinérgica.
169. Pôr-se de acordo com os organismos eclesiásticos, religiosos, governativos e
civis que se ocupam de comunicação.
7.10 A ‘Agenzia ANS’ (Agenzia iNfo Salesiana)
7.10.1 Função
170. Produzir informação salesiana para alimentar os meios salesianos de
informação e colocar os seus produtos nos meios de informação social a serviço
da missão salesiana.
7.10.1.1 Funcionamento
171. Estar à disposição dos diferentes órgãos da Congregação (Reitor Mor,
Conselho Geral, Dicastérios, Inspetorias, etc) para ajudá-los a usar eficazmente a
informação e a comunicação como meio para alcançar os próprios objetivos de
animação e de governo.
172. Pôr em contato, mediante a informação a respeito das diversas realidades,
os membros da Congregação esparsos pelo mundo e os diversos grupos da
Família Salesiana.
173. Recolher as provocações da realidade e ajudar a Congregação, a Família
Salesiana e a sociedade a ler, interpretá-las e lê-las sob o prisma da missão
salesiana.
174. Contribuir com a qualidade dos meios informativos da Congregação e dos
grupos da Família Salesiana. A tais meios a Agenzia pretende oferecer um
serviço com a finalidade de valorizar seus conteúdos e sua apresentação.
175. Fazer conhecer a realidade da Congregação e da Família Salesiana no
mundo, oferecendo informações a respeito de fatos relevantes aos meios
próximos da Igreja e, em geral, aos meios de informação social.

5.8 Page 48

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47
176. Fazer emergir no mundo os problemas da juventude e da educação,
elaborando e distribuindo aos meios de informação social produtos relativos à
situação dos jovens e à educação, realizados segundo a ótica salesiana.
177. Organizar e coordenar a rede de correspondentes em todas as áreas
geográficas salesianas.
178. Qualificar os correspondentes numa atividade profissional no campo da
informação.
179. Agir de acordo com a linha política e os critérios que orientam a
comunicação salesiana.
180. A Agenzia age em dois níveis:
Mundial: em Roma e em íntima colaboração com os
órgãos diretivos da Congregação e da Família Salesiana, o centro da Agenzia,
estabelece os contatos necessários com as agências internacionais, as base de
dados mundiais, o Vaticano e todo o conjunto das comunidades salesianas.
Todos os produtos de caráter mundial, tanto internos quanto externos, são
realizados pelo centro, que os distribuirá diretamente aos clientes ou os enviará
aos seus delegados inspetoriais para que eles os “coloquem” nos meios
informativos nacionais.
Inpetorial: o Delegado Inspetorial (correspondente inspetorial) para a
Comunicação Social, em plena colaboração com os órgãos dirigentes da
Inspetoria, estabelece contatos com as agências e os meios de informação
nacionais, com a sala de imprensa da Conferência episcopal e com as
comunidades salesianas da sua Inspetoriaa. O Delegado (pessoalmente ou
trâmite outro correspondente) transmite ao centro da Agenzia todas as
informações da Inspetoria que sejam de interesse da mesma e, segundo um
critério próprio e de acordo com a política informativa, “coloca” junto às
agências e os meios nacionais as informação ou os produtos informativos que
tiverem chegado à Agenzia. Além disso, o Delegado, como responsável em
relação à Agenzia, elabora e distribui aos meios de informação existentes no
território as informações salesianas que forem de interesse local. Colaboram
com o Delegado os informantes, salesianos ou membros da Família Salesiana,
das diversas presenças (correspondentes locais).
181. Cuidar da produção e da expedição dos produtos à ANS, como:
ANSfoto: impresso mensal;
site da ANS;
outros produtos conforme a necessidade.
7.11 A Sala de Imprensa
7.11.1 Função
182. Manter contatos com as agências de informação, os meios de comunicação e

5.9 Page 49

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48
o grande público; ser porta-voz da atenção aos problemas juvenis e educativos;
cuidar e defender a imagem da Congregação e da atividade salesiana.
7.11.1.1 Funcionamento:
183. A sala de imprensa se caracteriza como sendo um serviço no contexto da
ANS.
184. Organizar e atualizar um banco de dados sobre a realidade salesiana, sobre
a situação juvenil e sobre a educação.
185. Acompanhar a informação difundida pelos meios de comunicação a
respeito de tudo o que se refere à missão salesiana; transmitir a informação aos
interessados imediatos em nível interno e interagir a respeito de tais aspectos
com esses meios.
186. Estabelecer contatos com as agências e em particular com os jornalistas para
informar a respeito da missão salesiana e mobilizá-los em favor da educação da
juventude.
187. Gerenciar o plano de comunicação e de marketing da imagem da
Congregação e da Inspetoria.
188. Organizar as relações dos dirigentes da Congregação nos diversos níveis
com as mídias e vice-versa.
7.12 Relações Públicas
7.12.1 Função
189. Gerenciar as relações oficiais com o Reitor Mor e seu Conselho, com a
Congregação e desta com o mundo exterior, em nível geral, e do Inspetor e seu
Conselho em nível inspetorial.
7.12.1.1 Funcionamento:
190. O Reitor Mor conserva a responsabilidade – que em casos particulares
poderá delegar ao seu Vigário, ao Secretário Geral, ao porta-voz ou a outros –
das relações oficiais do Conselho com a Congregação e desta com o mundo
exterior, em particular as relações com a Sé Apostólica, com a União dos
Superiores Gerais (USG), com outros institutos e congregações, seja no campo
eclesial seja no civil, sobretudo para declarações ou tomadas de posição por
parte da Congregação.
191. O Inspetor com seu Conselho defina o funcionamento dessa instância em
nível inspetorial, em consonância com a sala de imprensa.

5.10 Page 50

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49
7.13 Boletim Salesiano
7.13.1 Função
192. Difundir o espírito de Dom Bosco, fazer conhecer a obra salesiana e suas
necessidades, contatar e animar os diversos grupos da nossa família, promover
as vocações, fazer crescer o movimento salesiano e encorajar a colaboração com
a missão.
7.13.1.1 Funcionamento:
193. O BS é redigido de acordo com as orientações do Reitor Mor e seu Conselho
em várias edições e línguas como órgão de toda a Congregação salesiana, e não
como órgão particular para cada Região.
194. As numerosas edições têm como finalidade encarnar nas diversas áreas
culturais os valores da única vocação salesiana.
195. O Boletim é uma revista em função da missão, dirigida à opinião pública
mais do que à instituição. Isso implica na capacidade de situar-se no contexto da
realidade que as pessoas e a Igreja vivem hoje e de oferecer uma leitura
salesiana dos fatos, particularmente daqueles que se referem à juventude e à
educação.
196. O Dicastério para a Comunicação Social realiza um serviço de coordenação
central para:
coordenar o processo de renovação (acompanhamento, animação e
articulação);
orientar a “política da informação” e da programação do sexênio;
encaminhar planos de acompanhamento, formação e apoio para a gestão
e a ampliação da difusão;
conectar os sites do BS no portal da web.
197. Esse serviço apóia-se num Conselho formado por especialistas da área.
7.14 Portal da Web
7.14.1 Função
198. Gerenciar os recursos da Internet como espaço de informação, formação,
compartilhamento, a serviço do projeto de animação e de governo da
Congregação, como fonte de informação a respeito do carisma salesiano e como
instrumento para a mobilização da sociedade em favor da juventude.
7.14.1.1 Funcionamento

6 Pages 51-60

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6.1 Page 51

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50
199. O portal da web da Direção Geral se caracteriza como uma “plataforma”
para a navegação na Internet, com ofertas de diversos sites com objetivos
específicos, de instrumento e de serviços, por exemplo: a seleção de várias
línguas, o motor de pesquisa, a área reservada/Intranet, links, chat... e
informação especializada para a educação e a evangelização dos jovens.
200. O DCS se ocupa da gestão do portal da Direção Geral:
facilitando a interação entre o centro e as Inspetorias, e a atualização dos
diversos sites salesianos;
mantendo uma estrutura adequada de pessoas e meios tecnológicos para
um funcionamento interativo;
formando as pessoas para a interação;
desempenhando uma função de animação com os demais webmasters
salesianos no mundo.
201. O Delegado em nível inspetorial cuida da orientação salesiana e da
qualificação profissional dos sites da web na Inspetoria, em conformidade com a
política geral de comunicação da Congregação.
7.15 A documentação e o arquivo
7.15.1 Função
202. Recolher, conservar e tornar disponível a documentação sobre o carisma, a
experiência e a obra salesiana.
7.15.1.1 Funcionamento:
203. Em nível geral, a responsabilidade do Arquivo Salesiano Central (ASC) cabe
ao Secretário Geral; funciona de acordo com o “Regulamento do Arquivo
Geral”.
204. No Arquivo se recolhe a documentação “histórica”, isto é, o material que
não está mais em uso ou que pode ser diretamente consultado, mas disponível
por solicitação.
205. Outra seção é o Arquivo Fotográfico, onde se conservam as fotografias e a
documentação filmada, histórica e atual. O encarregado desse arquivo põe à
disposição o material para as publicações de comunicação e para diversas
documentações.
206. O Dicastério para a Comunicação Social gerencia também o arquivo do
Dicastério e dos seus diversos serviços (ANS, BS, Portal) como banco de dados e
como documentação de consulta atual.
207. O Dicastério para a Comunicação Social pode oferecer suas competências
específicas seja ao Secretário Geral seja aos responsáveis pelas diversas seções
do ASC no que tange às políticas e estratégias de conservação, particularmente

6.2 Page 52

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51
aquelas que envolvem aspectos técnicos e digitais.
7.16 O Noticiário Inspetorial
7.16.1 Função
208. Fazer circular entre as comunidades salesianas e as comunidades
educativas e na Família Salesiana a informação salesiana atual útil à comunhão,
ao compartilhamento de experiências, ao crescimento do sentido de pertença e à
renovação.
7.16.1.1 Funcionamento:
209. O Noticiário Inspetorial produz informação a serviço do plano de
animação da Inspetoria dos diversos setores da organização educativo-pastoral.
210. Dentro das coordenadas essenciais do plano inspetorial, o noticiário
informará a respeito da:
história do carisma salesianos: para oferecer uma releitura do carisma
salesiano no território da Inspetoria, sem reduzir-se a simples crônica de
celebrações realizadas ou a realizar;
proposta aos leigos que partilham o estilo de Dom Bosco de colaborar e
de aderir (em sentido vasto) à vocação salesiana.
211. Apresenta a informação a respeito da vitalidade das comunidades e das
obras de uma Inspetoria. Não deve ser um fascículo de histórias, uma espécie de
resenha impressa, nem sobretudo uma coletânea de documentos eclesiais e
salesianos.
212. Apresenta também as informações mais relevantes do mundo salesianos.
7.17 I Centros de Formação
7.17.1 Função:
213. Contribuir para a missão salesiana formando docentes, pesquisadores,
peritos e operadores no campo da Comunicação Social, integrando
harmonicamente os conhecimentos teóricos com as competências operativas.
7.17.1.1 Funcionamento:
214. Os centros de formação à comunicação mantidos pela Congregação têm
perfis diferentes: universitários (acadêmicos) ou informais (com programas de
formação variados na forma e nos tempos).
215. O funcionamento do centro seja orientado por um projeto específico
educativo-pastoral salesiana e dos planos de ação que respondam às

6.3 Page 53

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52
necessidades concretas de todos os usuários, e seja integrado no Projeto
Orgânico Inspetorial (POI).
216. O DCS promove a colaboração recíproca dos centros de formação à
comunicação com as seguintes diretrizes para a ação ou estratégias:
trabalhar em harmonia com os dicastérios para a Formação e para a
Pastoral Juvenil;
pesquisar elementos de conhecimento e relações de colaboração entre as
faculdades de Comunicação da IUS e os diversos centros de formação;
dar uma resposta formativa à solicitação de educomunicação e à
formação de profissionais.

6.4 Page 54

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53
SEGUNDA PARTE: ORIENTAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DOS
SALESIANOS EM COMUNICAÇÃO SOCIAL
Conteúdos e metodologias para as várias fases formativas
O Conselheiro geral para a Formação
O Conselheiro geral para a Comunicação Social
Roma, 24 de maio de 2006
INTRODUÇÃO
Na Congregação, a Comunicação Social sempre foi vista como um campo
necessário e urgente de formação. Dada a sua grande importância para a vida e
a missão salesiana, desde os anos Noventa houve diversas tentativas de
oferecer um programa formativo para as várias fases, particularmente para os
que se encontram na formação inicial.
O impulso para a redação destas “Orientações” veio de uma série de fatos
concomitantes: a promulgação da nova Ratio no ano 2000, a opção feita pelo
CG25 em 2002 de ter um Conselheiro geral exclusivamente para o Dicastério da
Comunicação Social, a indicação do Projeto do Reitor Mor e seu Conselho de
elaborar um itinerário de formação à Comunicação Social em 2004, a publicação
das diretrizes do “Sistema Salesiano de Comunicação Social” no início de 2005 e
ultimamente a Carta do Reitor Mor publicado em ACG 390.
Estas “Orientações” nascem da colaboração entre os Dicastérios de
Comunicação Social e da Formação e são fruto de uma consulta da
Congregação, feita especialmente entre os peritos em Comunicação Social e os
formadores. Sua inspiração se funda nos documentos eclesiais relativos à
Comunicação Social, nas nossas Constituições e nos Regulamentos Gerais, nas
Cartas dos Reitores Mores padre Viganò (ACG 289), padre Vecchi (ACG 370 e
366), padre Chávez (ACG 287 e 390). Esses documentos assumem as
experiências amadurecidas nesses anos nas várias Inspetorias e áreas da
Congregação.
Destinatários
As “Orientações para a formação dos salesianos em Comunicação Social”
destinam-se às mesmas pessoas e aos organismos a que se destina a Ratio, isto é,
a todos os salesianos e de modo particular aos Inspetores e seus Conselhos, aos
Delegados e às Comissões inspetoriais de Formação e de Comunicação Social,
aos formadores e formandos, a todos aqueles que têm encargos na formação
inicial e permanente dos salesianos.
Objetivo
O objeto dessas “Orientações” é a formação do salesiano para que se torne um
“bom comunicador” (FSDB 252), com especial atenção ao âmbito da
Comunicação Social.
Ser um bom comunicador exige a capacidade de recepção crítica e de produção
criativa de informações e de mensagens; ao mesmo tempo, requer a capacidade

6.5 Page 55

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54
de animação e de gestão da Comunicação Social nos processos educativos e
pastorais; exige, finalmente, a capacidade de relações no âmbito da
Comunicação Social, tanto dentro quanto fora da Congregação.
Esse âmbito se refere aos diversos mass media e personal media, como a imprensa,
o cinema, a rádio, a televisão, a Internet, o DVD, o celular; estende-se a todas as
interações no contexto de uma sociedade ou grupo cultural, como a publicidade,
o teatro, a música, as relações públicas; chega inclusive a levar em consideração
a cultura e sobretudo o modelo antropológico que as mídias criam e difundem.
Níveis de formação
Note-se que estas “Orientações” objetivam a formação integral à Comunicação
Social e não exclusivamente ao “training” porque, além de assumir algumas
capacidades e técnicas, pretendem alcançar também a transformação de toda a
pessoa, incluindo suas atitudes e seu senso crítico.
Convém recordar aqui dois aspectos presentes nas diretrizes operativas do
“Sistema Salesianos de Comunicação Social” nos números 56 e 68, que orientam
a formação nesse âmbito. Neles se afirma que a comunicação social se
desenvolve dentro do quadro de referência da missão salesiana para com os
jovens, como uma dimensão que atravessa toda a atividade da ação educativo-
pastoral (nº 56) e propõe quais devam ser as referências da formação à
comunicação social (nº. 68)
Seguindo quanto o magistério da Igreja e os documentos da congregação
apontam as diretrizes operativas a respeito do “Sistema Salesianos de
Comunicação Social” no nº. 69 propõem e especificam quais devam ser os três
níveis de formação.
O primeiro nível de base tem como objetivo a formação dos receptores. Trata-
se de:
educar o salesianos ao senso crítico e formar a sua consciência a fim de
mostrar-lhe as sutis sugestões e manipulações das mídias;
exercitá-lo a fazer opções livres e responsáveis, usando os mas media não
exclusivamente em função da diversão, mas sobretudo de informação e
de formação, para um harmônico crescimento cultural e social;
ensinar-lhe o aspecto técnico de cada instrumento, indispensável para
uma “leitura” correta e uma compreensão objetiva das suas
comunicações;
criar um consciência das implicações sociais, culturais, políticas e
econômicas que estão na base das mensagens e dos valores propostos
pelas mídias, com atenção particular à relação entre mídia e publicidade,
ideologia e poder político;
cuidar da estética da comunicação mediante a valorização da arte, da
literatura e da música numa ótica comunicativa; isto significa promover o
interesse pelas manifestações culturais em geral; competência e apreço
pelas belas artes; estudo da música dos jovens para compreender seus
problemas, as linguagens, os sonhos, e assim poder dialogar e buscar com
eles; leitura de alguma página de literatura moderna.
O segundo nível tem como objetivo a preparação de operadores educadores e
pastorais. Trata-se de:

6.6 Page 56

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55
habilitar os salesianos quanto ao uso correto dos diversos instrumentos
sociais nas atividades educativas e pastorais; formar salesianos e leigos
quanto ao uso da comunicação social no ensino e na educação, na
catequese e na pregação, na promoção da paz e do desenvolvimento e em
dar voz às necessidades dos pobres;
sensibilizar e preparar o salesianos e integrar o Evangelho na “nova
cultura” criada pela comunicação social moderna.
O terceiro nível refere-se à preparação de especialistas de comunicação social
que se destinam a toda a comunidade inspetorial, que necessita:
qualificar alguns irmãos que mostram especiais inclinações para que se
tornem peritos no ensino da comunicação social;
preparar algumas pessoas para trabalhar na produção no campo
midiático e para empenhar sua competência na gestão e na animação de
empresas inspetoriais nesse campo.
Na formação inicial tem-se como objetivo o primeiro e o segundo nível de
formação; na formação permanente faz-se sua atualização e para alguns se
promove também o terceiro nível.
Descrição de cada fase formativa
Para cada fase da formação, seja inicial, seja permanente, este instrumento
apresenta antes de tudo uma breve síntese do que a Ratio diz a respeito da
natureza e do escopo da respectiva fase.
Em seguida sublinha alguns aspectos formativos da fase que de modo particular
têm atinência com a comunicação social. Trata-se dos objetivos da formação à
comunicação social, não apresentado em abstrato, mas em forma de diretrizes a
serem assumidas.
Segue a proposta de alguns estudos que podem promover uma reflexão teórica
a respeito do significado das mídias, de sua função social, de suas linguagens e
de seu uso crítico. Os conteúdos de estudo poderão ser sistematizados melhor
quando se levar em conta a Ratio Studiorum das várias fases.
Finalmente são indicadas as experiências a realizar e as competências a adquirir,
com a finalidade de alcançar os objetivos. É óbvio que as experiências não
devem ser limitadas à fase em que são indicadas, mas devem continuar nas
fases seguintes; como também as competências requerem ser adquiridas de
forma progressiva. Essa parte tem necessidade de ser experimentada; para isso
se requererá a oferta de subsídios por parte dos Dicastérios da Formação e da
Comunicação Social.
Por isso, para cada fase de formação se apresenta: uma síntese da natureza e do
escopo da respectiva fase, os objetivos que se referem à comunicação social, os
argumentos de estudo e de reflexão, as experiências e as competências.
Agradecemos a todos que colaboraram na formulação destas “Orientações”.
Fazemos votos que elas possam ser um auxílio válido para a formação dos
salesianos, constituam uma referência compartilhada da qual partir para fazer
uma frutuosa experimentação, contribuam com a colaboração entre os
Delegados e as Comissões inspetoriais de formação e de comunicação.
Padre Francisco Cereda - Conselheiro geral para a Formação (2006)
Padre Tarcísio Scaramussa -Conselheiro geral para a Comunicação Social (2006)

6.7 Page 57

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56
1. PRÉ-NOVICIADO
1.1. O pré-noviciado é a fase de formação em que o candidato à vida salesiana
aprofunda sua opção vocacional, amadurecendo especialmente nos aspectos
humanos e cristãos de forma a tornar-se idôneo para iniciar o noviciado.
1.2. Como parte desse crescimento humano e cristão, é necessário que o
candidato:
se abra à realidade social e cultural do ambiente e do mundo da
comunicação social;
seja sensível aos problemas dos jovens mais pobres e marginalizados e às
situações de pobreza, injustiça e exclusão;
amadureça quanto ao realismo da vida e cresça no sentido de compaixão
e de solidariedade, que depois manifesta num estilo de vida simples (cf.
FSDB 338);
comece a desenvolver um sério senso crítico que o torne capaz de juízos
respeitosos e objetivos sobre pessoas e acontecimentos e o leve a tomar
posição a respeito dos modelos culturais propostos pela mídia;
saiba, portanto, ler criticamente e usar responsavelmente os meios de
comunicação social (cf. FSDB 69);
amadureça quanto a uma serena afetividade e exerça a vigilância na
própria vida, praticando a guarda dos sentidos e fazendo uso consciente
e objetivado dos meios de comunicação social (cf. FSDB 65).
1.3. Em seguida são propostos ao candidato alguns temas de estudo como
introdução à comunicação social: o que é a comunicação; formas de
comunicação; modelos de comunicação; linguagem dos sinais e dos símbolos;
comunicação social; cultura áudio-visual; história da comunicação social.
1.4. Finalmente sugerem-se ao candidato as seguintes experiências a realizar e
competências a adquirir:
desenvolver as próprias aptidões e capacidades na comunicação: ouvir,
falar, escrever, ler em público, receber feedback;
adquirir, conforme as próprias possibilidades, a capacidade artística,
dramática, musical;
aprender a fazer bom uso do computador e da Internet; interessar-se
pelos meios de comunicação como a imprensa, as revistas, os jornais;
educar-se ao uso adequado do tempo livre e da escolha responsável dos
programas televisivos e da Internet;
saber apreciar e avaliar criticamente os meios e os produtos de
comunicação social;
habituar-se a usar com atenção os jornais, a rádio, a TV, os noticiários, os
boletins;
empenhar-se na análise e na discussão das notícias, particularmente das
que se referem às questões juvenis e populares e aos desafios culturais e
multiculturais do tempo atual para a Igreja, especialmente no campo da
paz, da justiça, da solidariedade, do trabalho, da família.

6.8 Page 58

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57
2. NOVICIADO
2.1. O noviciado é o início da experiência religiosa salesiana enquanto
seguimento de Cristo. O noviço começa a viver a vida consagrada apostólica,
interiorizando os valores salesianos.
2.2. Como parte desse exercício prático da vida salesiana, o noviço:
continua a cultivar o domínio de si e a temperança, e a consolidar as
motivações de sua opção (cf. FSDB 359);
assume essa atitude também em relação aos meios de comunicação
social;
desenvolve um forte apego a Dom Bosco, à Congregação, à Família
Salesiana e ao Movimento Salesiano (cf. FSDB 362);
vê na comunicação social um campo significativo de ação que faz parte
das prioridades apostólicas da missão salesiana;
cresce com uma forte sensibilidade para com a missão salesiana entre os
jovens pobres, sobre cuja condição se mantém informado;
cultiva a atenção para com os necessitados do mundo e um vivo sentido
de Igreja; por isso, nutre em si mesmo um verdadeiro ardor missionário
(cf. FSDB 366).
2.3. Faz parte da sua formação à comunicação social o desenvolvimento de
alguns temas de estudo: Dom Bosco mestre de comunicação; as referências das
Constituições e dos Regulamentos a respeito da comunicação social; o caminho
da Congregação no campo da comunicação social desde o Capítulo Geral
Especial (CG20) até os nossos dias.
2.4. Sugerem-se ao noviço as seguintes experiências a realizar e competências a
adquirir:
usar os “espaços” de liberdade e de responsabilidade oferecidos no
noviciado quanto ao uso dos meios de comunicação social para medir a
si mesmo, exercendo a própria autonomia pessoal, fazendo uso
consciente e objetivado da mídia, com atitude crítica, refletindo sobre as
opções feitas;
desenvolver as próprias aptidões para a comunicação social: foto, vídeo,
teatro, música, jornalismo, Internet, desenho;
usar a mídia para ouvir e meditar a Palavra de Deus, no
compartilhamento da fé e da oração no grupo, na liturgia, nas
experiências apostólicas do noviciado;
exercitar-se mediante fóruns e outras atividades análogas a analisar,
discutir e julgar criticamente espetáculos e mensagens, especialmente
aquelas que têm grande relevo ou são controversas com relação à missão
da Igreja e da Congregação em favor dos jovens;
tomar contato com a comunicação social na Congregação e na Família
salesiana: Boletim Salesianos, ANS, site da Direção Geral Obras Dom
Bosco www.sdb.org, noticiários, etc;
desenvolver o sentido de pertença à Congregação por meio da leitura de
notícias salesianas.

6.9 Page 59

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58
3. PÓS-NOVICIADO
3.1. O pós-noviciado é a fase em que o neoprofesso salesiano consolida o
próprio crescimento vocacional e se prepara para o tirocínio, integrando
progressivamente fé, cultura e vida por meio do aprofundamento da
experiência da vida religiosa e do espírito de Dom Bosco e uma adequada
preparação filosófica, pedagógica e catequística em diálogo com a cultura (Cf. C
114).
3.2. Portanto, faz parte da formação de um pós-noviço que ele:
se habilite a uma séria relação com a cultura, com o mundo juvenil, com
os problemas educativos, com a visão cristã da realidade (Cf. FSDB 401);
adquira uma compreensão ampla e ao mesmo tempo crítica da
comunicação social, sabendo ler, avaliar criticamente e interagir com a
mídia, com a informação e a publicidade moderna, e estando em
condições de compreender os seus efeitos psicológicos e sociológicos nos
ambientes populares e juvenis;
alcance certa competência nas técnicas das diversas formas de
comunicação social com o fim de saber usá-las na educação e na
evangelização dos jovens e dos ambientes populares (Cf. FSDB 410).
3.3. Sendo a formação intelectual o aspecto que caracteriza essa fase, o pós-
noviço se empenha também em estudos no campo da comunicação social:
teoria da comunicação e problemas psicológicos e sociológicos da
comunicação social;
formas de comunicação, em particular as novas tecnologias de imprensa,
rádio, TV, Internet;
a cultura produzida pela comunicação social;
media education;
aplicação da comunicação social nos diversos âmbitos da catequese,
liturgia, ação pastoral em geral, didática e animação cultura.
3.4. Esses estudos sejam acompanhados por diversas experiências a realizar e
competências a adquirir:
desenvolver as próprias aptidões para a comunicação social a respeito de
fotografias, vídeos, teatro, jornalismo, programas de computador,
desenho, pôster, murais, música, audiovisuais;
tomar parte em grupos de análise e discussão que avaliem com senso
crítico cristão os produtos oferecidos pelos mass media, em particular o
conteúdo e a linguagem das notícias, da publicidade, dos jornais, dos
filmes, do vídeo, da Internet e dos “games”, e que reflitam sobre a
globalização da informação;
conhecer a linguagem e a gíria dos jovens;
realizar com eles as formas salesianas de teatro, das festas, das
academias, dos concursos...;
participar da produção de serviços de informática quer locais quer
inspetoriais.

6.10 Page 60

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59
4. TIROCÍNIO
4.1. O tirocínio é a fase de confronto vital e intenso com a ação salesiana,
realizada numa experiência educativo-pastoral, que ajude o irmão a amadurecer
na sua vocação salesiana e a verificar a própria idoneidade vocacional para a
profissão perpétua (Cf. FSDB 428-429).
4.2. Por causa de sua natureza, o tirocínio não possui um verdadeiro currículo
de estudos. É uma experiência, ou melhor, um conjunto de experiências diversas
da vida e da atividade salesiana, entre as quais há também o uso responsável da
comunicação social e seu uso para a própria formação e para o trabalho de
educação e evangelização dos jovens. Em particular, o tirocinante pode aplicar e
verificar o que dizem as diretrizes do “Sistema Salesianos de Comunicação
Social” nos números 51 ss., que se referem aos sujeitos responsáveis pela
comunicação social e pela animação da comunicação social nos processos
educativos.
4.3. É útil programar uma reflexão e um encontro entre os tirocinantes a respeito
das experiências feitas no passado e, talvez, quando for possível, algum breve
programa que trata da comunicação social dentro do quadro da formação
pedagógica, metodológica, educativa e catequética (Cf. FSDB 433). Por exemplo,
poderia ser útil uma reflexão sobre alguns aspectos, como a presença entre os
jovens do ponto de vista de que Mc Luhan trata no livro seu livro “O meio é
mensagem”; a educomunicação na ação educativa pastoral; a globalização da
mídia e seu influxo nas opções e sobre o estilo da vida religiosa.

7 Pages 61-70

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7.1 Page 61

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60
5. FORMAÇÃO ESPECÍFICA
5.1. A formação específica é a fase que completa a formação de base do
educador pastor salesiano na linha da sua vocação específica de coadjutor ou
presbítero.
5.2. Portanto, faz parte dessa fase que o salesiano:
tenha uma base sólida de convicções no campo da comunicação social;
seja preparado para ser um educador, mestre e guia dos outros,
ensinando a usar instrumentos críticos para ler, entender e avaliar os
textos e as mensagens propostas e frequentemente impostas pelos mass
media;
seja capaz de ser um pastor no campo da comunicação social, usando nas
atividades pastorais com sabedoria e capacidade profissional as técnicas
e os processos da comunicação moderna em nível de grupo e de massa, e
integrando o Evangelho na cultura da mídia.
5.3. Portanto, por um lado, requerem-se estudos que ofereçam um quadro de
referência teórico:
teologia da comunicação, documentos eclesiais sobre a comunicação
social;
pastoral da comunicação social, com atenção à ética na comunicação e à
problemática pastoral conexa com as culturas juvenis (Cf. FSDB 468).
5.4. Por outro lado, convida-se o formando a servir-se de certas experiências a
realizar e competências a adquirir:
exercitar-se no uso da tecnologia da informação e da Internet;
usar as técnicas da comunicação social nas homilias, na praxe litúrgica,
na pastoral, na catequese e em geral no mundo do trabalho e no serviço
ministerial, e empenhar-se para criar programas de “media education”
para os jovens;
aprender a falar na rádio e na TV locais, a preparar comunicados da
imprensa, a dar e fazer entrevistas, a preparar uma homepage ou um site
da web, a escrever artigos e publicações diversas; não é preciso que o
formando possua todas estas capacidades; é suficiente que domine de
modo sério uma ou duas dessas técnicas;
usar os instrumentos e as linguagens dos meios modernos de
comunicação social para anunciar o Evangelho, mas também para
transmitir a mensagem evangélica na própria cultura dos meios
modernos; isto faz com que o Evangelho se torne mais compreensível
para os jovens de hoje e seja inserido na sua cultura (Cf. FSDB 466);
favorecer o diálogo com algum profissional da mídia, por exemplo, por
ocasião do Dia Mundial da Comunicação Social;
dessa forma, tem-se a oportunidade de conhecer diretamente as
dificuldades encontradas por eles, seus ideais e seus limites, os
problemas éticos, as questões que eles propõem aos homens de Igreja.

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61
6. FORMAÇÃO PERMANENTE
6.1. A formação permanente é a continuação, o complemento e a atualização da
formação inicial; ela tem como objetivo o empenho para viver o projeto
apostólico salesiano num dinamismo de fidelidade criativa e alegre.
6.2. Esse empenho requer, entre outras coisas, que o irmão:
viva com abertura e inteligência o confronto com a realidade da
comunicação social;
se habilite ao conhecimento das novas linguagens e a ouvir atentamente o
mundo e a cultura juvenil;
possua sólidos critérios de discernimento coerentes com a visão cristã,
com as orientações eclesiais e o carisma salesiano (Cf. FSDB 528-529);
também na idade avançada, procure manter-se atualizado no campo da
comunicação social e nas novas tecnologias;
seja qualificado e atualizado no campo da comunicação social até o nível
necessário para poder enfrentar de modo adequado seu serviço
educativo e pastoral com capacidade de animação e de orientação das
pessoas, dos projetos e das obras (Cf. FSDB 523, 528);
seja capaz de formar os leigos e também de formar-se junto com eles (Cf.
FSDB 529, 542);
acolha, no caso de ter os dotes necessários e isso corresponda às
necessidades da Inspetoria, a solicitação a especializar-se nas
comunicações sociais para um serviço qualificado à Inspetoria e à
Congregação (cf. FSDB 542, 556).
6.3. Nesse período não há cursos formais, a não ser no caso daqueles a quem é
pedido para se qualificarem em comunicação social. Os salesianos participem
junto com a Família Salesiana e os leigos colaboradores de dias de estudo e
reflexão sobre as orientações da Igreja universal e local e da Congregação sobre
a comunicação social e seus temas emergentes nesse campo. Entre esses,
assinalam-se assuntos referentes às novas tecnologias educativas; a formação da
opinião pública; a catequese, a evangelização e as novas linguagens; a psicologia
e a sociologia da comunicação social; a comunicação institucional e as relações
públicas.
6.4. As iniciativas apostólicas no campo da comunicação social são, elas mesmas,
experiências formativas para o irmão salesiano, especialmente quando incluem
a reflexão sobre a atividade realizada. Indica-se, em particular, a necessidade de:
participar junto com os leigos da CEP ou da Família Salesiana de
iniciativas voltadas à reflexão e ao aprofundamento de alguns aspectos
da comunicação social e do confronto das experiências;
empenhar-se na formação específica de animadores, sobretudo entre os
leigos da Família Salesiana, no campo da comunicação social para a
escola, o tempo livre e as associações, organizando grupos de reflexão,
dias de estudo e atividades específicas para ajudá-los a aprender a leitura
e a avaliação crítica dos meios de comunicação social;
inserir-se com profissionalismo, segundo a própria competência e as
solicitações da Inspetoria, no mundo dos mass media, criando,

7.3 Page 63

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62
potenciando e animando os nossos centros editoriais de produção e
difusão e de livros e revistas, ou gerenciando os meios de comunicação
social de propriedade da Congregação: estações de rádio, canais de
televisão, “videoclubes”, com especial atenção às famílias e à pastoral.

7.4 Page 64

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63
TERCEIRA PARTE: ANEXOS
ANEXO 1: DA INTRODUÇÃO À EDIÇÃO ORIGINAL DO SSCS
Nota: esta seção fazia parte da introdução original na primeira edição do SSCS,
preparada pelo então Conselheiro Geral para a Comunicação Social, padre
Tarcísio Scaramussa. Os conteúdos têm valor histórico particular. A numeração
do original foi modificada (de fato, a seção começava no nº. 134 da introdução)
também porque alguns elementos da seção foram situados diversamente na
nova edição do SSCS.
1. Esta visão abrangente demonstra que a Congregação construiu um verdadeiro
Sistema de Comunicação Social.
2. O termo Sistema23 de Comunicação recebeu um primeiro impulso com o
padre Antonio Martinelli na preparação do Encontro Mundial dos Diretores do
Boletim Salesiano (1998). Define-o como “projeto orgânico e unitário de
comunicação”.
3. A expressão “Sistema” é usada pelo padre Vecchi (2000) para chamar a
atenção sobre o aspecto global da comunicação social que investe toda a
presença salesiana: “As nossas comunidades, as obras e as atividades a que dão
origem, como qualquer instituição, entram num sistema mais vasto de
comunicação, com o qual se confrontam e dentro do qual interagem. Parecem
realidades físicas e mudas; ao passo que emitem mensagens antes ainda que nós
tomemos em mãos a pena ou o microfone para explicar-nos e falar de nós. É
indispensável, portanto, prestar atenção não somente ao que se realiza dentro da
obra. É preciso levar em conta a imagem que se oferece, o reflexo que a nossa
ação produz fora da obra. Fala o prédio material com a sua sobriedade e bom
gosto; fala o tipo de jovem que prevalece na obra; comunica o programa e o
estilo educativo; fala o ambiente provado diretamente ou conhecido por outros
caminhos. Além disso, conforme a nossa comunicação, com e no contexto, o que
fazemos pode expandir-se ou ser condicionado”24. E depois acrescenta: “É
indispensável pensar a presença, a comunicação, e a obra salesiana “em rede”’,
como uma emissora intercomunicada”25.
4. Esse “projeto unificado e integrado, verdadeiramente ao serviço de uma visão
compartilhada e de valores do carisma salesiano” é realizado “nas diversas
atividades dos vários setores nas comunidades e na Inspetoria, como está
indicado no Manual “Il Salesianos. Un Comunicatore”26.
23 Fazia referência, então, a dois documentos do Dicastério para a Comunicação Social:
POLITICA INFORMATIVA PER LA CONGREGAZIONE SALESIANA, Roma, 1992, e
PROGETTO ANS, Agenzia Internazionale Salesiana di Informazione, 1993.
24 ACG 370, pp. 12-13.
25 Idem, p. 17.
26 Dicastério para a Comunicação Social. “Libro del Delegato Ispettoriale per la Comunicazione
Sociale”, Roma, 2001, p. 27. O livro recolhe as reflexões e os subsídios do Encontro Mundial dos
Delegados Inspetoriais para a Comunicação Social (Roma, Pisana, 10-20 de dezembro de 2000).
O documento refere-se à atuação do Delegado no “desenvolvimento do sistema informativo e
comunicativo salesiano”, e à conexão em rede dos corresp0ondentes. “Tomando em exame um

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64
5. Finalmente, o “Projeto de animação e governo do Reitor Mor e seu Conselho
para o sexênio 2002-2008” traçava o objetivo geral de “construir e dispor
progressivamente de um Sistema de Comunicação da Congregação Salesiana
com caráter profissional estável, mas flexível”27:
para estimular a criação de um “ecossistema comunicativo”28 que envolva
todos os SDB, a Família salesiana, os educadores e educandos, o território
onde se encontra a obra salesiana no espírito e na missão salesiana, em
nível de Congregação, de Inspetorias e comunidade;
para orientar e qualificar as relações de comunicação e compartilhamento
no organograma da Direção Geral e entre ela e as Inspetorias;
para estimular a comunicação carismática interna – com sentido de
pertença primária à Congregação, para além da própria Inspetoria – e
com a Família salesiana, mediante uma informação cuidadosa;
para habilitar salesianos e leigos corresponsáveis enquanto operadores
culturais, à atitude positiva de acolhida e familiaridade no uso dos
instrumentos e das técnicas de comunicação em ordem ao
desenvolvimento da missão educativo-pastoral;
para dar uma resposta à solicitação de comunicação dos jovens nesse
campo;
para desenvolver na Congregação o sentido da comunicação social como
campo de missão e como espaço de agregação dos jovens (CG25, 47), para
apoiar a convicção de que a comunicação de massa e o desenvolvimento
da informática são veículos de modelos inovadores e de novas
mentalidades (CG25, 3) – modelos culturais;
para prestar serviços especializados de comunicação e informação
ligados à missão salesiana, que impulsionam para uma forte mobilização
da sociedade;
para apresentar mais eficazmente a Congregação à opinião pública.
6. O Sistema Salesiano de Comunicação Social da Congregação Salesiana quer
responder à complexidade e ao dinamismo da comunicação social nas suas
múltiplas expressões e significados. Não basta, para uma visão do sistema, a
simples criação de um setor de comunicação. O sistema de comunicação se põe
a serviço do projeto orgânico da instituição, com o objetivo de envolver a todos
numa visão partilhada de valores de missão.
7.
O Sistema Salesiano de Comunicação Social é concebido como um projeto
orgânico e unitário, com uma visão partilhada de valores e de missão
nitidamente salesiana, com políticas e ações planejadas nas áreas da animação e
da formação, da informação e da produção, e com a gestão de estruturas
projeto completo de presença no setor da comunicação social, o Delegado inspetorial ajudará o
Inspetor e seu Conselho na elaboração de um sistema de comunicação que, construindo
unidade dentro do setor, constroi relações com todos os outros setores pastorais da Inspetoria”.
27 Cf. ACG 380, pp. 46-47
28 “Ecossistema comunicativo” quer traduzir precisamente o conjunto de envolvimento e atitude
das pessoas que permitem criar um ambiente de verdadeira comunicação de compartilhamento
de ideais, de valores, de relações em nível de conivência cotidiana dentro da comunidade e com
o território, no sentido presencial e virtual.

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65
organizativas e dos processos de comunicação e de articulação em rede com os
vários setores dentro da Congregação e da Família salesiana, e fora, com os
organismos da Igreja, com o território em sentido mais amplo.
8. (As áreas) de animação e formação do Sistema destinam-se a potenciar e a
formar competências comunicativas das pessoas e à gestão da comunicação
social nos processos educativos e nas relações internas e externas da
Congregação, com os critérios do Sistema Preventivo de Dom Bosco. A
consciência do valor da comunicação social como geradora de cultura nos leva à
opção prioritária da formação contínua do pessoal. A política do pessoal
considera a necessidade de formar educadores-comunicadores culturais e se
preocupa também em qualificar profissionalmente pessoas, salesianos e leigos,
no empenho em favor da comunicação social. Quanto aos educandos, o projeto
prevê o desenvolvimento das competências comunicativas interpessoais e de
grupo, a partir das suas necessidades, a formação para a compreensão crítica da
mídia, a comunicação e a expressão nas diversas linguagens do teatro, da
música, da dança, da imprensa, da arte, do cinema e da TV, da Internet, a
competência para o uso da linguagem, dos recursos e dos instrumentos de
comunicação social. A Congregação desenvolve programas de formação, mas
dispõe também de estruturas “ad hoc”, como os cursos específicos nos “Salesian
Institutes for Higher Education” (IUS), nas Escolas Técnicas e nos Centros de
Comunicação Social e aproveita outros já existentes fora da Congregação.
9. (A área) de informação do Sistema destina-se á produção e difusão de uma
informação salesiana que favoreça a comunhão e o sentido de pertença, a
educação e a evangelização dos jovens, a conscientização e a mobilização para a
missão de Dom Bosco e para a formação de uma opinião salesiana a respeito
das questões juvenis e educativas, e a apresentação de uma imagem adequada
da Congregação. Com essa finalidade se desenvolveram alguns canais
operacionais constantes, entre os quais:
a Agenzia iNfo Salesiana (ANS), com uma rede de correspondentes e de
numerosos produtos informativos em âmbito local das comunidades,
inspetorial e mundial;
as salas de imprensa;
o Boletim Salesiano, uma revista que mantém intacta a sua vitalidade de
origem;
os Noticiários Inspetoriais, os portais e os sites da web que já estão
presentes por toda parte, consolidando a articulação em rede e
agilizando a informação salesiana.
10. (A área) de produção do Sistema realiza a produção, a manutenção de
programas, os recursos e as empresas de comunicação social, os sites da web a
serviço da missão educativo-pastoral dos jovens. Faz parte dessa função a
promoção da colaboração recíproca e da articulação em rede entre as empresas,
e ainda centros de produção de programas para a mídia local.
11. O Reitor Mor padre Pascual Chávez fez-nos uma nova convocação: “Caros
irmãos, devemos fazer uma “conversão pastoral”. Nesses últimos decênios
trabalhamos muito, mas agora a Igreja e a história nos pedem um maior

7.7 Page 67

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66
impulso a respeito da compreensão do nosso tempo e uma visão mais sábia e
corajosa do nosso apostolado. Dom Bosco nos ilumine e nos dê a coragem para
sermos competentes e críveis educadores, evangelizadores e comunicadores,
como requer a missão de hoje”29.
Padre Tarcísio Scaramussa, Conselheiro Geral para a CS 2002-2008
29 Mensagem par o Conselho Mundial para a Comunicação Social em Roma, em julho de 2004,
ACG 382, pp. 63-70.

7.8 Page 68

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67
ANEXO 2: A COMUNICAÇÃO SOCIAL NOS DOCUMENTOS DA
CONGREGAÇÃO
Constituições
06 – “Somos educadores da fé nos ambientes populares, em particular com a
comunicação social”.
43 – “Trabalhamos no setor da comunicação social. É um campo significativo de
ação, que está entre as prioridades apostólicas da missão salesiana. Nosso
Fundador intuiu o valor dessa escola de massa, que cria cultura e difunde
modelos de vida, e lançou-se a empresas originais apostólicas para defender e
sustentar a fé do povo. Seguindo-lhe o exemplo, valorizamos como dons de
Deus as grandes possibilidades que a comunicação social nos oferece para a
educação e a evangelização”.
84 – (Castidade) usa de maneira discreta e prudente os instrumentos de
comunicação social.
59 - … a comunicação e informação sobre o trabalho dos irmãos, incrementando
a comunhão, aprofundam o sentido de pertença e abrem para o serviço da
comunidade mundial.
137 – “O Conselheiro para a comunicação social tem o encargo de animar a
Congregação nessa área. Promove a ação salesiana no setor da comunicação
social e de modo particular coordena, em nível mundial, os centros e as
estruturas que a Congregação administra nesse campo”.
Regulamentos
06 – A comunicação no nosso serviço pastoral.
31 – Papel e empenho do Inspetor e seu Conselho.
32 – Educação dos jovens à comunicação social.
33 – Potencialização dos canais de informação na Congregação e na Família
Salesiana.
34 – Revisão eclesiástica das publicações.
44 – Nas comunidades, vigilância sobre os meios de comunicação social.
66 – Prudência no uso dos meios no que tange à castidade.
82 – A comunicação social na formação integral dos salesianos.
142 – Tarefas da Conferência inspetorial no setor da qualificação dos salesianos e
no da comunicação social.
Capítulos Gerais
Obs. Além dos números aqui indicados, podem-se ver outros nos índices
analíticos dos documentos.
CG 20 – 1971/72 (Doc. 6: nn. 442 a 462) Realidade cultural e educativa de
primeira importância: colocam-se assim as bases para o artigo 43 das
Constituições.
CG21 – 1978 (nn. 148-153) Um sinal de alerta: necessidade de um salto de
qualidade! A comunicação social: caminho para a evangelização.
CG 22 – 1984 (nn. 73-75) Consolidação da identidade e da orientação operativa:
as Constituições renovadas no CGE recebem a redação definitiva e a aprovação
da Sé Apostólica. Nasce o Dicastério para a Comunicação Social com um
Conselheiro Geral.

7.9 Page 69

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68
CG 23 - 1990 (nn. 254-260) O caminho de fé dos jovens requer da comunidade
uma nova forma de comunicação. O Inspetor nomeie o encarregado (Delegado)
inspetorial para a comunicação.
CG 24 – 1996 (nn. 128-137) Uma das áreas de empenho salesiano para o futuro:
releitura do empenho salesiano à luz da comunicação; o amadurecimento de
adequadas atitudes culturais e espirituais naqueles que desejam comunicar; em
nível inspetorial e em nível local é preciso reforçar a animação por meio do
serviço do Delegado; a avaliação quanto à qualidade das comunicações.
CG 25 – 2002 Novo espaço vital de agregação dos jovens (n. 47). Constituição do
Conselheiro para a Comunicação Social (n. 133). Uma leitura do Capítulo sob o
aspecto da comunicação nos faz entrever múltiplos aspectos: a imagem
autêntica da comunidade: testemunho de vida fraterna que se torna resposta à
profunda necessidade de comunicação dos jovens (n. 7), a relação interpessoal
na comunidade (nn. 13-15), a presença comunicativa com os jovens e o território
(nn. 37-48), a comunicação na sociedade – novas exigências da missão: agir em
defesa e promoção da juventude (nn. 103, 140), a comunicação nas relações
institucionais inspetoriais e mundiais (nn. 111, 159).
CG 26 - 2008 Sentimo-nos interpelados, ainda, pelas novas tecnologias da comunicação
social e pelos desafios educativos impostos por elas. As atuais oportunidades de
comunicação tornam=-se para os jovens um modo habitual de encontrar-se, trocar
mensagens, participar com rapidez. A cultura dos personal media pode comprometer o
amadurecimento da capacidade de relação e expor, sobretudo os jovens, ao perigo de
encontros e dependências fortemente negativas; é nesse “pátio” que devemos estar
presentes para escutar, iluminar, orientar (n. 99). - Cresceram a sensibilidade e o esforço
da Congregação na fronteira da comunicação social. Sinais disso são, por exemplo, a
Instituição da Faculdade de Ciências da Comunicação Social na UPS; a ativação de
diversos projetos para a educação ao uso crítico das mídias; a crescente presença de sites
institucionais na Internet; a maior familiaridade com a rede informática, quer para
intercâmbios pessoais quer para a formação à distância; a nova organização do Dicastério
para a Comunicação Social. Temos consciência, contudo, de que os mundos virtuais
habitados pelos jovens são múltiplos, e nem sempre somos capazes de compartilhá-los e
animá-los por falta de formação, tempo e sensibilidade (n. 102). - Passando: da atitude
tímida de uma presença esporádica nas mídias ao uso responsável delas e à animação
educativa e evangelizadora mais incisiva (n. 104). - A comunidade: preveja projetos
educativos que ajudem os jovens no uso crítico e responsável dos vários tipos de mídia
(mass, folk, personal, convergentes, etc.) e encoraje seu protagonismo no âmbito da
comunicação social e da expressão juvenil e popular; use as tecnologias da comunicação
social para dar maior visibilidade à própria presença e difundir o carisma (109). - A
Inspetoria: defina uma estratégia realista para favorecer uma presença educativa mais
incisiva no mundo das mídias e das expressões artísticas juvenis e populares, e prepara
pessoal qualificado nesse âmbito (110).- O Reitor Mor com seu Conselho: reflita, por
meio dos Dicastérios para a Comunicação Social, Formação e Pastoral Juvenil, sobre os
novos desafios da cultura da personal media para a formação dos Salesianos, a
preparação dos leigos, a ajuda aos jovens (111).
Atos do Conselho Geral – 1977-2005
Cartas do Reitor Mor:
1977 – ACG 287 (p. 3-33): Padre Luigi Ricceri: “As notícias de Família” – Sobre a

7.10 Page 70

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69
informação salesiana, na comemoração do centenário do Boletim Salesiano.
1981 – ACG 302 (p. 3-30): Padre Egidio Viganò: “A Comunicação Social nos
interpela”. A CS na missão, como novidade de presença. Formação à CS.
Promoção da informação”.
2000 - ACG 370 (p. 3-44): Padre Juan Vecchi: “A Comunicação na missão
salesiana”.
2005 – ACG 390 (p. 3-46): Padre Pascual Chávez: “Com a coragem de Dom Bosco
nas novas fronteiras da Comunicação Social”
Orientações e Diretrizes:
1981 – ACG 302 (p. 31-50): Padre Giovanni Raineri: “O Pensamento de Dom
Bosco como programa da editora salesiana”.
1985 – ACG 315 (47-55): Padre Sergio Cuevas: “O Boletim Salesiano”.
1989 – ACG 329 (p. 28-38): Padre Sergio Cuevas: “Salesianos: comunicação e
educação”.
1989 – ACG 329: Dicastério para a Comunicação Social. Padre Sergio Cuevas:
“Os Salesianos e a comunicação”: políticas, metodologias, setores de
intervenção, prioridades operativas.
1991 – ACG 338 (p. 55-64): Padre Antonio Martinelli: “Comunicação Social:
deliberação n. 6 do CG23”. “O caminho de fé dos jovens requer da comunidade
uma nova forma de comunicação” (254). “O Inspetor nomeie o encarregado
inspetorial da Comunicação Social” (259).
1993 – ACG 346 (p. 38-48): Padre Antonio Martinelli: ”O empenho da Inspetoria
para organizar o setor da Comunicação Social”.
1996 – ACG 358 número especial (p. 29-32): Programação do sexênio..
1997 – ACG 361 (p. 48-57): Padre Antonio Martinelli: “Uma expressiva presença
salesiana: o Boletim Salesiano (BS 1999)
ACG 366, (p. 100-118): Padre Juan Vecchi: Intervenção programática para os
diretores do Boletim Salesianos (Roma).
2000 – ACG 370: Padre Antonio Martinelli: “Descobrir a urgência da
Comunicação” (a CS nos Capítulos Gerais – do CG19 ao CG24).
2002 – ACG 380 número especial (p. 46-51): Programação do sexênio.
2005 – ACG 390 (47-56): Padre Tarcisio Scaramussa: “Diretrizes para a editoria
salesiana”
Documentos e notícias:
2004 – ACG 387 (p. 63-70): Padre Pascual Chávez V., Mensagem do Reitor Mor
para o Conselho Mundial de Comunicação Social.
2005 - ACG 390 (p, 3-56); Padre Pascual Chávez V., “Com acoragem de Dom
Bosco nas novas fronteiras da comunicação social”.
RATIO - 2000
O Livro do Delegado: atualmente conhecido como Il Salesianos. Un
Comunicatore.

8 Pages 71-80

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8.1 Page 71

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70
ANEXO 3: MENSAGEM DO SANTO PADRE BENTO XVI PARA O XLIII DIA
DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS (tradução extraída do site do Vaticano).
Amados irmãos e irmãs,
Aproximando-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais, é com alegria que
me dirijo a vós para expor-vos algumas minhas reflexões sobre o tema escolhido
para este ano: Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de
respeito, de diálogo, de amizade. Com efeito, as novas tecnologias digitais estão
a provocar mudanças fundamentais nos modelos de comunicação e nas relações
humanas. Estas mudanças são particularmente evidentes entre os jovens que
cresceram em estreito contacto com estas novas técnicas de comunicação e,
consequentemente, sentem-se à vontade num mundo digital que entretanto
para nós, adultos que tivemos de aprender a compreender e apreciar as
oportunidades por ele oferecidas à comunicação, muitas vezes parece estranho.
Por isso, na mensagem deste ano, o meu pensamento dirige-se de modo
particular a quem faz parte da chamada geração digital: com eles quero
partilhar algumas ideias sobre o potencial extraordinário das novas tecnologias,
quando usadas para favorecerem a compreensão e a solidariedade humana.
Estas tecnologias são um verdadeiro dom para a humanidade: por isso devemos
fazer com que as vantagens que oferecem sejam postas ao serviço de todos os
seres humanos e de todas as comunidades, sobretudo de quem está necessitado

8.2 Page 72

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71
e é vulnerável.
A facilidade de acesso a telemóveis e computadores juntamente com o alcance
global e a onipresença da internet criou uma multiplicidade de vias através das
quais é possível enviar, instantaneamente, palavras e imagens aos cantos mais
distantes e isolados do mundo: trata-se claramente duma possibilidade que era
impensável para as gerações anteriores. De modo especial os jovens deram-se
conta do enorme potencial que têm os novos «media» para favorecer a ligação, a
comunicação e a compreensão entre indivíduos e comunidade, e usam-nos para
comunicar com os seus amigos, encontrar novos, criar comunidades e redes,
procurar informações e notícias, partilhar as próprias ideias e opiniões. Desta
nova cultura da comunicação derivam muitos benefícios: as famílias podem
permanecer em contacto apesar de separadas por enormes distâncias, os
estudantes e os investigadores têm um acesso mais fácil e imediato aos
documentos, às fontes e às descobertas científicas e podem por conseguinte
trabalhar em equipa a partir de lugares diversos; além disso a natureza
interativa dos novos «media» facilita formas mais dinâmicas de aprendizagem e
comunicação que contribuem para o progresso social.
Embora seja motivo de maravilha a velocidade com que as novas tecnologias
evoluíram em termos de segurança e eficiência, não deveria surpreender-nos a
sua popularidade entre os utentes porque elas respondem ao desejo
fundamental que têm as pessoas de se relacionar umas com as outras. Este
desejo de comunicação e amizade está radicado na nossa própria natureza de
seres humanos, não se podendo compreender adequadamente só como resposta
às inovações tecnológicas. À luz da mensagem bíblica, aquele deve antes ser lido
como reflexo da nossa participação no amor comunicativo e unificante de Deus,
que quer fazer da humanidade inteira uma única família. Quando sentimos a
necessidade de nos aproximar das outras pessoas, quando queremos conhecê-
las melhor e dar-nos a conhecer, estamos a responder à vocação de Deus - uma
vocação que está gravada na nossa natureza de seres criados à imagem e
semelhança de Deus, o Deus da comunicação e da comunhão.
O desejo de interligação e o instinto de comunicação, que se revelam tão
naturais na cultura contemporânea, na verdade são apenas manifestações
modernas daquela propensão fundamental e constante que têm os seres
humanos para se ultrapassarem a si mesmos entrando em relação com os
outros. Na realidade, quando nos abrimos aos outros, damos satisfação às
nossas carências mais profundas e tornamo-nos de forma mais plena humanos.
De fato amar é aquilo para que fomos projetados pelo Criador. Naturalmente
não falo de relações passageiras, superficiais; falo do verdadeiro amor, que
constitui o centro da doutrina moral de Jesus: «Amarás o Senhor, teu Deus, com
todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com
todas as tuas forças» e «amarás o teu próximo como a ti mesmo» (cf. Mc 12, 30-
31). Refletindo, à luz disto, sobre o significado das novas tecnologias, é
importante considerar não só a sua indubitável capacidade de favorecer o
contacto entre as pessoas, mas também a qualidade dos conteúdos que aquelas
são chamadas a pôr em circulação. Desejo encorajar todas as pessoas de boa
vontade, ativas no mundo emergente da comunicação digital, a que se

8.3 Page 73

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72
empenhem na promoção de uma cultura do respeito, do diálogo, da amizade.
Assim, aqueles que operam no sector da produção e difusão de conteúdos das
novas “mídias” não podem deixar de sentir-se obrigados ao respeito da
dignidade e do valor da pessoa humana. Se as novas tecnologias devem servir o
bem dos indivíduos e da sociedade, então aqueles que as usam devem evitar a
partilha de palavras e imagens degradantes para o ser humano e,
consequentemente, excluir aquilo que alimenta o ódio e a intolerância, envilece a
beleza e a intimidade da sexualidade humana, explora os débeis e os inermes.
As novas tecnologias abriram também a estrada para o diálogo entre pessoas de
diferentes países, culturas e religiões. A nova arena digital, o chamado
ciberespaço, permite encontrar-se e conhecer os valores e as tradições alheias.
Contudo, tais encontros, para ser fecundos, requerem formas honestas e corretas
de expressão juntamente com uma escuta atenciosa e respeitadora. O diálogo
deve estar radicado numa busca sincera e recíproca da verdade, para realizar a
promoção do desenvolvimento na compreensão e na tolerância. A vida não é
uma mera sucessão de fatos e experiências: é antes a busca da verdade, do bem e
do belo. É precisamente com tal finalidade que realizamos as nossas opções,
exercitamos a nossa liberdade e nisso - isto é, na verdade, no bem e no belo -
encontramos felicidade e alegria. É preciso não se deixar enganar por aqueles
que andam simplesmente à procura de consumidores num mercado de
possibilidades indiscriminadas, onde a escolha em si mesma se torna o bem, a
novidade se contrabandeia por beleza, a experiência subjetiva sobrepõem-se à
verdade.
O conceito de amizade logrou um renovado lançamento no vocabulário das
redes sociais digitais que surgiram nos últimos anos. Este conceito é uma das
conquistas mais nobres da cultura humana. Nas nossas amizades e através delas
crescemos e desenvolvemo-nos como seres humanos. Por isso mesmo, desde
sempre a verdadeira amizade foi considerada uma das maiores riquezas de que
pode dispor o ser humano. Por este motivo, é preciso prestar atenção a não
banalizar o conceito e a experiência da amizade. Seria triste se o nosso desejo de
sustentar e desenvolver on-line as amizades fosse realizado à custa da nossa
disponibilidade para a família, para os vizinhos e para aqueles que encontramos
na realidade do dia a dia, no lugar de trabalho, na escola, nos tempos livres. De
fato, quando o desejo de ligação virtual se torna obsessivo, a consequência é que
a pessoa se isola, interrompendo a interação social real. Isto acaba por perturbar
também as formas de repouso, de silêncio e de reflexão necessárias para um são
desenvolvimento humano.
A amizade é um grande bem humano, mas esvaziar-se-ia do seu valor, se fosse
considerada fim em si mesma. Os amigos devem sustentar-se e encorajar-se
reciprocamente no desenvolvimento dos seus dons e talentos e na sua colocação
ao serviço da comunidade humana. Neste contexto, é gratificante ver a aparição
de novas redes digitais que procuram promover a solidariedade humana, a paz
e a justiça, os direitos humanos e o respeito pela vida e o bem da criação. Estas
redes podem facilitar formas de cooperação entre povos de diversos contextos
geográficos e culturais, consentindo-lhes de aprofundar a comum humanidade

8.4 Page 74

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73
e o sentido de corresponsabilidade pelo bem de todos. Todavia devemo-nos
preocupar por fazer com que o mundo digital, onde tais redes podem ser
constituídas, seja um mundo verdadeiramente acessível a todos. Seria um grave
dano para o futuro da humanidade, se os novos instrumentos da comunicação,
que permitem partilhar saber e informações de maneira mais rápida e eficaz,
não fossem tornados acessíveis àqueles que já são econômica e socialmente
marginalizados ou se contribuíssem apenas para incrementar o desnível que
separa os pobres das novas redes que se estão a desenvolver ao serviço da
informação e da socialização humana.
Quero concluir esta mensagem dirigindo-me especialmente aos jovens católicos,
para vos exortar a levarem para o mundo digital o testemunho da sua fé.
Caríssimos, senti-vos comprometidos a introduzir na cultura deste novo
ambiente comunicador e informativo os valores sobre os quais assenta a vossa
vida. Nos primeiros tempos da Igreja, os Apóstolos e os seus discípulos levaram
a Boa Nova de Jesus ao mundo greco-romano: como então a evangelização, para
ser frutuosa, requereu uma atenta compreensão da cultura e dos costumes
daqueles povos pagãos com o intuito de tocar as suas mentes e corações, assim
agora o anúncio de Cristo no mundo das novas tecnologias supõe um
conhecimento profundo das mesmas para se chegar a uma sua conveniente
utilização. A vós, jovens, que vos encontrais quase espontaneamente em sintonia
com estes novos meios de comunicação, compete de modo particular a tarefa da
evangelização deste «continente digital». Sabei assumir com entusiasmo o
anúncio do Evangelho aos vossos coetâneos! Conheceis os seus medos e as suas
esperanças, os seus entusiasmos e as suas desilusões: o dom mais precioso que
lhes podeis oferecer é partilhar com eles a «boa nova» de um Deus que Se fez
homem, sofreu, morreu e ressuscitou para salvar a humanidade. O coração
humano anseia por um mundo onde reine o amor, onde os dons sejam
compartilhados, onde se construa a unidade, onde a liberdade encontre o seu
significado na verdade e onde a identidade de cada um se realize numa
respeitosa comunhão. A estas expectativas pode dar resposta a fé: sede os seus
arautos! Sabei que o Papa vos acompanha com a sua oração e a sua bênção.
Vaticano, 24 de Janeiro - dia de São Francisco de Sales - de 2009.
BENEDICTUS PP. XVI

8.5 Page 75

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74
ÍNDICE ALFABÉTICO
animação
animação
políticas
Animação
ANS
Bento XVI
blog
Boletim Salesiano
catequese
centros
produção
chat
ciberespaço
cinema
competências
comunicação
animação
áreas
comunicação
Conselheiro
Conselho
coordenador
critérios
delegado inspet.
denvolvimento
dicastério
educação
equipe
formação
informação
interpessoal
ispetor
meios
orientações
plano
política
recursos
sistema
sistema de
social
social, discastério
Conselheiro geral
Conselheiro Geral
Conselho Mundial
Constituições
critérios
7, 13, 15, 16, 19, 21, 32, 33, 36, 44, 45, 48, 50, 51, 53, 56,
57, 58, 61, 62, 65, 66, 68, 72, 75
33
27, 30, 43, 71
19, 37, 47, 51, 53, 54, 57, 64, 72
7, 13, 77
13, 16, 35
13, 16, 19, 47, 51, 56, 64, 70, 72, 75, 76
22, 34, 37, 62, 65, 67, 68
28
13, 35, 57
13
11, 13, 15, 35, 36, 49, 61, 72
33
10, 11, 12, 13, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 28
33
30
26, 27
46
48
52
23, 36
50
43
57
28
47, 51
34
37
30
49
15, 20, 22, 26, 55
60
43
32
16, 26, 28, 29
27, 29
16
13
14
60, 62
9, 21, 30, 32, 43, 46, 47, 49, 73, 74
7, 8, 48, 60, 76
2, 16, 37, 38, 45, 60, 64, 74
7, 8, 20, 23, 36, 54, 68, 72

8.6 Page 76

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critérios
éticos
salesianos
Cuevas
da Internet
digital
conservação
continente
digital
geração
mundo
desenvolvimento
desenvolvimento
políticas
Dom Bosco
Eco, Umberto
ecossistema
Ecossistema
editoria
educação
Educação
educomunicação
Encarnação
evangelização
Evangelização
F/LOSS
família
Família Salesiana
formação
centros de
formação
permanente
González
identidade
imprena
políticas
sala
Imprensa
sala
informação
Informação
internet
Internet
75
24
50, 52
76
65
8, 78, 79
36
13, 35, 79
14, 21
14, 77
77
9, 15, 20, 21, 26, 29, 30, 33, 36, 39, 41, 43, 44, 48, 62, 64,
71, 72, 78
43
11, 12, 13, 16, 18, 19, 20, 23, 24, 26, 27, 31, 35, 37, 38,
56, 58, 64, 65, 72, 76
11
7, 9, 14, 25, 26, 27, 30, 71
71
14, 37, 76
8, 13, 18, 20, 21, 22, 23, 24, 26, 27, 28, 29, 30, 32, 33, 34,
38, 40, 52, 53, 55, 56, 57, 62, 65, 66, 72, 74, 76
74
14, 59, 66
11, 23
8, 14, 19, 20, 21, 22, 23, 26, 29, 31, 32, 33, 37, 52, 57, 65,
66, 68, 72, 74, 79
23
14
9, 19, 24, 25, 33, 56, 63, 77, 78
24, 27, 28, 29, 32, 36, 49, 51, 53, 54, 58, 64, 68, 71, 74
8, 16, 17, 21, 26, 28, 29, 30, 33, 34, 35, 38, 40, 43, 44, 45,
48, 50, 51, 52, 56
28, 58
60
15, 27, 50
9
7, 38, 40, 74, 79
18, 20, 36, 37, 49, 53, 58, 61, 63, 65, 67, 72
38
51, 52, 54, 72
47
14, 21, 27, 28, 29, 30, 36, 39, 40, 44, 45, 48, 50, 1, 53, 54,
55, 56, 58, 61, 65, 67, 71, 72, 74, 75
72
61, 67, 75, 77
36, 48, 56, 57, 63, 64, 65, 72

8.7 Page 77

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leigos
Leituras Católicas
linguagem
Marshall, Gordon
Martinelli
mídia
mídia
convergentes
educação a
mass
novos
personal
pessoais
social
media educator
missão
missão
dicastérios da
educativa
missão
salesiana
Missão
network
networking
Noticiário
novas fronteiras
novas tecnologias
organização
Organização
orientações
Orientações
pastoral juvenil
Pastoral Juvenil
Pio IX
POI
políticas
políticas
informação
Políticas
porta-voz
produção
produção
centros
Produção
projetação
projetação
políticas
76
29, 30, 33, 43, 48, 58, 62, 68, 71, 72, 75
18
15
15
16, 70, 76
21, 34, 35, 36, 55, 61, 62, 63, 64, 65, 67, 72, 77
15
33
26, 51
29
15, 75
33
26
35
8, 13, 17, 18, 19, 21, 28, 29, 31, 32, 38, 39, 43, 44, 49, 51,
56, 64, 71, 72, 75
14
29, 71, 72
16, 23, 24, 26, 27, 33, 51
13, 23, 28, 33, 34, 43, 44, 50, 53, 55, 58, 60, 61, 64, 71, 74
7, 39
15
5, 16, 25
51, 58
15, 76
20, 21, 65, 68, 75, 77, 78
18, 20, 25, 30, 36, 45, 58
46
34, 48
17, 30, 60
33, 75
14, 50, 52, 59
18
8, 16, 43, 59
18, 21, 25, 33, 41, 61, 71, 76
36
32
37, 54, 55
21, 29, 31, 33, 37, 43, 44, 48, 49, 50, 52, 54, 61, 62, 65,
68, 72, 78
21
48
43, 51
43

8.8 Page 78

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77
Projetação
projeto
projeto
de animação
de anim. e governo
de vida
orgânico inspet.
promoção
promoção
políticas
Promoção
protagonistas
quadro de referência
rádio
Ratio
rede
Reitor Mor
Sales
Francisco
Scaramussa
Settor
Settor
sistema
sistema
Sistema Preventivo
sites
sites da web
SSCS
suporte
suporte
políticas
Suporte
testemunho
TM
translation memory
TV
Valdocco
visão
Visão
Web 2.0
webmaster
41
12, 25, 29, 32, 33, 44, 59, 68, 70, 71, 72
27
15, 32, 36, 43, 56, 60, 71
26
16
17, 23, 26, 32, 37, 40, 41, 44, 45, 50, 52, 62, 72, 75, 78
44
75
26
16, 17, 32, 45, 61, 67
7, 11, 13, 30, 39, 49, 61, 63, 65, 67, 68
16, 34, 60, 62
8, 11, 12, 13, 15, 22, 25, 26, 27, 28, 29, 32, 34, 37, 39, 50,
54, 59, 70, 72, 75
15, 30, 32, 34, 36, 43, 45, 47, 53, 55, 56, 60, 71, 72, 75, 76
12, 23
7, 73, 76
7, 8, 22, 26, 34, 39, 47, 49, 51, 71, 74, 76, 78
43
2, 7
13, 14, 15, 16, 19, 27, 29, 30, 35, 41, 43, 51, 70
8, 11, 23, 24, 35, 38
39, 56, 57, 72, 75
19, 26, 30, 31, 37, 38
7, 14, 15, 16, 17, 21, 23, 30, 32, 41, 43, 44, 45, 46, 50, 52,
60, 70, 71
44, 45, 56
44
41
23, 37, 39, 75, 79
16, 45
16
7, 36, 40, 63, 65, 67, 72
8, 12, 37
18, 19, 20, 21, 23, 25, 28, 29, 33, 49, 50, 65, 68, 70, 71, 72
37, 38, 40
16, 39
7, 39, 57