Convido os austríacos a cantar os louvores de Deus
com a mesma melodia, mas com ritmo novo!
D urante o noviciado, após uma breve visita de um dos
inspetores da Espanha, em que nos apresentou a
realidade dos Salesianos e a escassez de vocações em
seu País, pensei comigo mesmo: “Somos 22 noviços para duas
inspetorias. Por que não dar três, ou cinco, à Espanha, para
ajudá-los a decolar novamente?” Passou-se o tempo e esqueci
do meu monólogo até à visita do P. Francis Alencherry, então
Conselheiro das Missões, que nos falou, a nós 60 pós-noviços,
acerca das necessidades missionárias da Congregação. Durante
o Capítulo Geral 26, li a boa-noite do Inspetor do Vietnã, em
que tratara das dificuldades que eles devem enfrentar para
continuar a obra de Dom Bosco. E isso me levou a falar com o
meu Diretor e, em seguida, com o Inspetor.
Com sua licença apresentei o pedido para ir às missões e o Reitor-Mor me enviou para a Áustria. É claro
que não foi fácil decidir-me a ser missionário. Pensei na minha ex-inspetoria da África Trópico-Equatorial
(ATE), nos coirmãos, nos familiares, no típico dinamismo africano salesiano... Mas, quando Deus chama, não
nos podemos esquivar.
O Curso para os Novos Missionários, em Roma, preparou-me para
enfrentar uma nova realidade, noutro continente, noutra cultura.
Quando me defronto com alguma dificuldade, repasso o que aprendi
nesse curso. Às vezes dou até risada porque acontecem coisas que são
exatamente iguaizinhas às que nos foram descritas no curso. E então, é
claro, ‘homem avisado, homem meio salvo’!
Mas minha força está na oração pessoal. Os irmãos são o outro
grande pilar. Ajudam-me com amor e compreensão a ficar em pé, a
superar os momentos difíceis de iniciação a uma nova cultura e numa
nova Inspetoria.
“Ide a todo o mundo...” Qual missionário na Áustria, vejo-me
como um portador do Evangelho, alguém que convida os filhos de Deus a cantar a mesma melodia de amor,
mas com ritmo novo: uma espécie de ‘remix’! Se os jovens não vêm a nós, é necessário que nós vamos a
eles. E quando o fazemos, é Dom Bosco que ali vai. A ideia de ser um outro Dom Bosco me ajuda a entrar em
contato com os meninos. Mas um Dom Bosco africano com freqüência surpreende as pessoas. Entretanto,
considero-o uma boa ocasião para criar uma nova forma de amizade.
Com o amor e o apoio de todos os coirmãos, a Áustria, que era para mim uma terra totalmente
desconhecida, está se tornando cada vez mais a minha Pátria!
Clérigo Simplice Tchoungang
Camaronense, missionário na Áustria
Intenção Missionária Salesiana
ÁFRICA - Pelos jovens salesianos que, na África, se preparam para o sacerdócio
Para que os salesianos candidatos ao sacerdócio na África cresçam
como verdadeiros discípulos de Cristo, bom pastor, que dá toda a sua
vida pelo bem de suas ovelhas.
O Senhor continua a chamar grande número de jovens do Continente Africano
à vida consagrada e à vida sacerdotal. Hoje são três os centros de estudos
Teológicos e diversas as comunidades salesianas que, na África, acompanham
cerca de 150 salesianos candidatos ao sacerdócio na última etapa da formação
específica, em Lubumbáshi (R. D. do Congo), em Nairóbi (Quênia) e em
Yaoundé (Camarões). Rezemos para que cresçam como verdadeiros discípulos de Cristo Bom Pastor, que dá a
sua vida pelo bem de suas ovelhas.
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