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Boletim de Animação Missionária Salesiana
Uma publicação do Dicastério das Missões para as Comunidades salesianas e os Amigos da missão salesiana
Caríssimos irmãos e
amigos das missões
salesianas!
Uma saudação cordial antes
do Pentecostes, que é dia
missionário por excelência.
Lê-se, durante o Tempo
Pascal, o Livro dos Atos dos
Apóstolos no qual
aprendemos da Igreja
primitiva o porquê e o
como do primeiro anúncio de Jesus Cristo aos
pagãos. Aprendemos também o caminho da fé
dos novos cristãos ou as estratégias para
construir a Igreja a partir do nada. A Igreja
deixava-se guiar pelo verdadeiro Protagonista
da evangelização: o Espírito Santo. Assim como
as primeiras perseguições à Igreja em
Jerusalém aceleraram a difusão do Evangelho
pelo Império Romano assim também acontece
em nossos dias em tantos lugares do mundo.
Há 60 anos, quase todas as instituições
eclesiais na China (escolas, hospitais, editoras,
obras sociais) foram nacionalizadas e foram
expulsos mais de 5000 missionários
estrangeiros. Hoje ao invés, com todos os
limites da situação, vemos na China mais
cristãos do que na Itália: e ficamos
maravilhados pela missionariedade operosa dos
leigos. Uma editora protestante, em Nanjing,
imprimiu 100 000 000 (cem milhões!) de Bíblias
nos últimos 30 anos. Entre 1949 e 2012, sem a
presença dos missionários 'ad gentes' externos,
as comunidades protestantes aumentaram,
passando de um milhão a 70 milhões
(estimativa mais modesta), e a Igreja Católica
de 3 milhões subiu a 12 milhões de fiéis. Tudo
graças a uma fé tenaz, intensa e missionária de
muitíssimos simples cristãos e pastores
chineses! A oração pela Igreja na China, em 24
de maio, desejada pelo Papa Bento XVI,
oferece-nos uma oportunidade mui concreta de
acercar-nos ainda mais dos Fiéis da China!
Em tempos de apostasia silenciosa dos cristãos
na Europa (temos tudo, mas perdemos a fé) ou
das deserções de muitíssimos católicos na
América (milhões de fiéis católicos passaram às
seitas), o crescimento da Igreja na China faz-
nos entrever as dinâmicas dos Atos dos
Apóstolos em tempo real.
Desejo-lhes uma celebração frutuosa do
Pentecostes visando um relançamento das
nossas comunidades evangelizadas. E
evangelizadoras!
P. Václav Klement, SDB
Conselheiro para as Missões Salesianas
“Recomendai constantemente a devoção
a Maria Auxiliadora”
E lemento essencial na missão salesiana é a presença de
Maria, convicção tipicamente evangélica (cf. Jo 2,1.12; At
1,14) e certeza de fé vivida intensamente por Dom Bosco.
A presença ativa de Maria na vida da Igreja foi bem descrita pelo
título de Auxiliadora. A “lembrança” de Dom
Bosco aos missionários recomenda esta
“devoção” que deve ser cultivada com assi-
duidade. […]
Com a difusão do título de “Maria Auxilia-
dora”, o carisma salesiano abriu-se ao hori-
zonte missionário e a ação missionária sale-
siana caracterizou-se pela divulgação popu-
lar da devoção a Maria Auxiliadora, a cele-
bração das principais festividades marianas,
a publicação de livretos e imagens, a con-
strução de Santuários marianos em todas as
partes do mundo, expressão tangível de irra-
diação do carisma apostólico e educativo de
Dom Bosco. “A santa Virgem Maria - escre-
veu no ‘Testamento espiritual’ - continuará
certamente a proteger a nossa Congregação
e as obras salesianas, se nela continuarmos
a confiar e a promover-lhe o culto”.[…]
P. Pascual Chávez-Villanueva
(A Inculturação do Carisma Salesiano, AGC 411)
Maria Auxiliadora
Papua Nova Guiné
“Se Deus o chamar a ser missionário
fora do nosso país… ACEITE!”
N asci no Kerala, sul do Índia. Como coroinha pude ouvir um
bom número dos 65 sacerdotes procedentes da minha
Paróquia quando partilhavam suas experiências missionárias,
feitas durante as férias. Naturalmente comecei a perguntar-me: “Se
posso estar perto de um sacerdote no altar, por que não poderei eu
também estar um dia exatamente ali, no Altar?”. Depois da visita de
um promotor vocacional salesiano – eu tinha 14 anos – decidi participar
de uma colônia vocacional. Durante esse encontro, expressei o meu
desejo de ser missionário no norte da Índia, na Inspetoria de Kolkata,
ou Calcutá.
Ali comecei o aspirantado em 1994 a 2 400 quilômetros da
minha casa, numa cultura e língua totalmente novas. No fim do pós-
noviciado comuniquei ao Inspetor o meu desejo de ser missionário ‘ad
extra’. Ele aconselhou-me esperar um pouco mais, para discernir.
(continua na p. seguinte)
Uma entrevista com O P. Camiel Swertavagher,
Inspector de África Grandes Lagos
legendado em italiano http://vimeo.com/64387688
ou Inglês http://vimeo.com/64393565