PERMANENTEMENTE ‘INQUIETO’ BUSCANDO FAZER-ME AO LARGO!
Quando conheci os Salesianos, toda a Congregação era plena de fervor missionário. E
não só devido ao Projeto África mas também porque o P. Viganó pedira a cada Inspe-
toria assumir um território missionário. Muitos salesianos da minha Inspetoria já
haviam partido para as Missões. O meu coração estava inquieto porque também eu
sentia aquele chamado interior de deixar as plagas conhecidas e fixar meu coração
nas amplezas do mar.
Quando o meu pedido foi aceito, minha alegria inicial virou incredulidade ao consta-
tar que seria enviado a Papua-Nova Guiné...: “Sobreviverei em lugar tão difícil?”. Os
meus temores e anseios tornaram-se mui cedo uma firme vontade de aprender bem a
língua e a cultura dessa que agora seria a “minha gente”! Com mais quatro Coirmãos salesianos iniciamos uma nova
presença na Capital. Dom Bosco então era praticamente desconhecido no País. Mas é árduo ser pioneiro: tivemos de
improvisar tudo. Entretanto, foram anos cheios de iniciativas, de entusiasmo, de alegria. Depois da minha ordenação
sacerdotal fui novamente enviado àquela obra. Dessa vez trabalhamos por formar os
nossos Leigos colaboradores autóctones. Iniciamos também o primeiro grupo de Sale-
sianos Cooperadores e a Associação de Maria Auxiliadora (ADMA). Literalmente, via
diante dos meus olhos o carisma salesiano fincar raízes.
Um dia, o Inspetor me disse que a Conferência Episcopal me pedia ser o Dire-
tor do Instituto Litúrgico-Catequético Nacional. Inicialmente recusei por ser um cam-
po totalmente novo para mim: não queria passar além dos horizontes conhecidos!
Entretanto, mais uma vez, estava inquieto: sentia-me instigado no profundo do meu
ser a avançar para além dos temores que me queriam destroçar!
Agora, olhando para trás, dou-me conta que o acompanhar a obra de evange-
lização das 23 Dioceses, alargou os meus horizontes eclesiais e missionários!
Mais tarde, enquanto trabalhava em minha tese em Roma, recebi improvisamente um telefonema do Conse-
lheiro para as Missões, com que me pedia tomar parte do Setor das Missões. Dessa vez fiquei profundamente pertur-
bado. Mas também compreendi que Deus me convidava a sair da minha fortaleza intelectual e a aprender novamente
a ter confiança nEle e a fazer-me ao largo mais uma vez. Só aceitei depois de um agoniante discernimento. Agora,
depois de ter-me encontrado com os missionários nos Cinco Continentes, com frequência em situações difíceis, agra-
deço pela perspectiva mundial da Congregação que pude formar.
Já estava a me preparar para concluir o meu serviço no Setor das Missões. E eis que o Reitor-Mor me chama
ao seu escritório e pede-me para ser o Superior da nova Visitadoria de Papua-Nova Guiné-Ilhas Salomão. Enquanto me
explicava Sua opção, minha mente se atravancava por entre perguntas e dúvidas: entretanto, mais uma vez, senti
uma voz interior que me impelia alvoroçante a ousar, a fazer-me novamente ao largo!
Eis o Missionário para mim: viver num permanente estado de inquietude, sempre pronto a ousar o imprová-
vel, a fim de aprender a confiar naquele Deus que nos convida a fixar constantemente os nossos corações à frente. À
frente e para o Alto!
P. Alfred Maravilla SDB
Filipino, missionário na Papua-Nova Guiné
Testemunho de santidade missionária salesiana
P. Pierluigi Cameroni SDB, Postulador Geral para as Causas dos Santos
O Venerável P. José Vandor (1909-1979), salesiano, missionário húngaro em Cuba, deu sempre uma
grande atenção à formação dos jovens aprendizes pertencentes sobretudo a famílias pobres; e para
eles não hesitava em pedir ajuda: “Esta escola para Aprendizes de ofícios tem como finalidade a for-
mação de trabalhadores técnica e praticamente preparados. Os nossos alunos são quase todos filhos de
Intenção Missionária Salesiana
PELOS SALESIANOS NO ORIENTE MÉDIO
Para que os Salesianos continuem a ser sinais de fé e esperança entre os
cristãos perseguidos do Oriente Médio.
Os Salesianos continuem com sua presença em lugares delicados de conflito: Síria, Sudão, Tuní-
sia, Egito, Palestina, Irã, Israel, Turquia, Líbano. Nesses países, que também são lugares de an-
tigas e profundas raízes cristãs, os discípulos de Cristo são considerados como estrangeiros. Os
Salesianos, mediante a sua missão de educadores e testemunhas de Cristo entre os cristãos dis-
criminados, perseguidos no contexto islâmico, fazem sentir o afeto, a solidariedade, a comu-
nhão e a fé da Igreja Católica, isto é, universal.