A vida missionária como Graça e Vontade de Deus
Gostaria de partilhar três importantes motivações que me ajudaram nestes
últimos meses na Bélgica, na Inspetoria da Bélgica Norte-Holanda (BEN):
Graça de Deus, Visão de Fé, Oração.
Graça de Deus – Vontade de Deus. Nada é impossível a Deus. A história do
profeta Jonas remete-me a pensar em minha vida. Deus mandou Jonas a
Nínive para "facilitar" o arrependimento dos pecadores. Mas ele, logo no início
de sua vocação-missão, tentou fugir. Recusava-se a cooperar com Deus. É interes-
sante notar que ele não esteve em condições de delinear como queria o seu plano. No fim
Deus o fez não só cooperar mas até "alargar" sua própria visão. Perante os desafios de todos os
dias (barreira linguística, choque cultural, frio, estilo de vida, modo de viver a Fé...). eu considero a minha
vida missionária como graça e vontade de Deus. É claro que esses desafios causam impacto em minha vida
missionária. Tentei por vezes agir segundo o meu modo de ver, segundo os meus caprichos. Vi entretanto
que Deus me quer humilde e agradecido, e que vá seguindo por onde Ele quer me
conduzir. É Ele que faz tudo por mim, como o fez por Jonas.
Visão de Fé – É difícil, como ser humano neste mundo secularizado, aceitar
qualquer coisa que venha sem explicação e provas fornecidas pela ciência.
Assim, como achar Deus num mundo tão intensamente influenciado pela
ordem científica?
Primeiramente não acredito no dualismo ciência-fé e afirmo que Deus
intervém em nossa vida. Se me quedo a refletir sobre quanto já vivi, não
poderei jamais negar o cuidado e a proteção de Deus para comigo. Fiel a
quanto prometeu: "Sempre estarei convosco até o fim dos tempos" (Mt 28,20),
sempre esteve comigo em meio às dificuldades e em todas as circunstâncias.
Oração – Quando se enfrentam situações difíceis, é impossível controlar o
mundo. Tampouco a mim mesmo. Preciso, pois, de Alguém que me compreenda
profundamente. Esse Alguém é Deus. Tenho levado a Ele tudo quanto senti e vivi,
expondo-o em minha oração de cada dia. Esta é uma confiança que fui construindo desde quando, como no-
viço, sonhei pela primeira vez em ser missionário. Até hoje, graças a Deus, venho mantendo esse contato
com Deus através da oração cotidiana, tanto comunitária quanto pessoal (terço, agradecimento a Deus
(antes de dormir, ao acordar...), etc. Fazê-lo regular, fiel e devotamente é para mim a coisa mais ponde-
rável. Sinto que Deus ouve meus gritos.
Essas são, pois, as três motivações que mais me fortalecem e que, como missionário, me fazem otimista e
feliz. Gosto do meu encargo aqui em Amsterdã (Países Baixos) com mais quatro coirmãos da nossa Inspetoria
( Bélgica Norte e Holanda). Somos uma Comunidade multicultural (belga, indonésio, indiano, timorense...).
À nossa missão comunitária estão confiadas quatro paróquias e cinco igrejas, a sete quilômetros de
distância. Estamos apenas iniciando as novas atividades pastorais para os jovens: uma espécie de ‘lectio
divina’ e um encontro de oração no estilo Taizé. Esperamos que, pela intercessão de nossa Mãe SS., tudo
proceda melhor neste ano, revertendo em mais frutos para o Reino de Deus.
Cirilo de Deus, missionário timorense, em Amsterdã
Testemunho de santidade missionária salesiana
P. Pierluigi Cameroni SDB, Postulador Geral para as Causas dos Santos
A Bv. Eusébia Palomino FMA (1899-1935), Filha de Maria Auxiliadora, torna-se, na
humildade e simplicidade, mestra e guia espiritual. À Inspetora, surpresa pelas tantas
vocações provenientes de Valverde del Camino, lhe dirão que há uma cozinheira com
asma que raconta lindas histórias às meninas. Por fim, haveria também sacerdotes a
recorrer àquela humilde religiosa, desprovida de qualquer doutrina teológica, mas
com um coração transbordante da sapiência de Deus. Seminaristas, religiosas,
sacerdotes, mocinhas – todos iam consultar a Ir. Eusébia acerca do seu futuro
enquanto estendia roupa no varal ou pelava batatas na cozinha. E ela, tranquila,
aconselhava. Predizia o futuro. Encorajava uma vocação verdadeira. Desencorajava
outra... falsa.
Pelos Salesianos em América
Intenção Missionária Salesiana
Para que, como educadores de jovens e de leigos, saibam formar,
à luz do Evangelho, aos valores da honestidade, da justiça, da
solidariedade e do serviço.
Diversos Países da América estiveram marcados por intensos conflitos sociais e
pela praga da corrupção. Como educadores de jovens e formadores de leigos,
somos chamados a educar à dimensão social da caridade, à transparência, à
retidão. Rezemos para que os esforços educativos da Família Salesiana tragam
frutos de justiça e de solidariedade à Sociedade Civil.