AGLIER0 11~
Boletim de Animação
Missionária Salesiana ' Uma publicação do Setor das Missões para as Comunidades SDB e os Amigos das Missões Salesianas
O missionário e o dinheiro
H
Caros Irmãos
e Amigos,
estamos a viver num "mundo de
duas velocidades". Como sale-
sianos sentimos logo que se, por
um lado, "se criam riquezas", por
outro, "se erguem desigual-
dades·. Também os nossos
centros juvenis gostariam de
ajudar; mas, com frequência,
para fazer mais e melhor, lhes
faltam os meios (pessoal,
dinheiro). Como "advogados"
dos jovens, há que aumentar, de
modo ainda mais radical e
honesto, o nosso empenho por
eles, lembrando que em cada
jovem está o Senhor Jesus a
esperar por nós.
Se estivermos realmente noc-
vencidos disso, acharemos tam-
bém os meios para financiar os
nossos projetos. Para saber se a
nossa "economia salesiana" está
ou não funcionando de modo
eficiente, há que ver se fomos
capazes de mostrar aos outros as
"pegadas de Deus" presentes em
nosso mundo, em nossos
Jovens: porque esta é a coisa
mais importante
- UDevemos estar atentos com o dinheiro. O dinheiro é, eufemicamente,
o 'adubo' do diabo!" - adverte o missionário novato.
- "É verdade! Mas precisamos dele para 'fertilizar' o terreno missionário" -
pondera o missionário veterano.
Nem a profissão religiosa nem a ordenação sacerdotal lhe provoca qualquer
mudança física: o missionário precisa das coisas tanto quanto todos os demais
'seres humanos’. Diga-se o mesmo das pessoas que ele evangeliza. Elas
também precisam das coisas: com muita frequência, não têm nem sequer com
que satisfazer as suas necessidades mais básicas.
Os recursos materiais são indispensáveis para o missionário.
As fontes aonde buscar tais recursos variam enormemente.
1. Um missionário pode ganhar através do uso produtivo de terrenos, de
edifícios e de outras propriedades da sua instituição, como pagamento
pelos serviços que presta (mensalidades escolares, 'royalties', etc).
2. Pode negociar com as Autoridades civis para beneficiar-se de projetos
governamentais para a instrução, a saúde, a assistência social etc.
3. A maior parte das empresas e sociedades sentem a necessidade de
"restituir alguma coisa à Sociedade": e esta pode ser outra fonte de
sustento.
4. Muitas fundações, "múltis" e outras organizações, podem doar dinheiro
em favor de projetos bons; algumas também em favor de atividades
religiosas.
5. Mais uma fonte: as doações e as ofertas da igreja, regulares ou por
ocasiões especiais; ou por serviços especiais.
Um bom missionário possui fontes diversificadas de fundos, advindas de cada
uma das categorias elencadas acima. Mas deve ser sensato relativamente a elas.
Não pode, p. ex.: criar de si uma imagem mais de pessoa de negócios que de
missionário; ou ser visto como alguém que compra ou vende sacramentos e
bênçãos; ou aceitar doações de corruptos e de sociedades empenhadas em
atividades de valores morais mui discutíveis...
Há que ser sumamente transparente e respeitoso das intenções dos doadores
e fazer um uso judicioso do dinheiro existente. Se o missionário servir os mais
pobres, for moderado, for transparente e eficiente..., o povo logo perceberá. E os
meios não lhe faltarão.
O dinheiro é um meio necessário para o missionário poder realizar a sua missão.
Mas não passa de um meio. Nunca poderá substituir o objetivo missionário
principal: amar e servir o povo.
▀ P. George MC Menamparampil SDB
Solidariedade missionária salesiana
PARA REFLETIR E
PARTILHAR
▀ Em que aspecto da minha
vida gostaria de aprender a
poupar mais?
▀ Sr. Jean Paul Muller, SDB
Ecônomo Geral
▀ Como utilizo os fundos
que me foram confiados
para o bem dos outros?