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MENSAGENS





O CG25 AOS IRMÃOS SALESIANOS



ACOLHAMOS A GRAÇA

QUE NOS FOI DADA NA BEATIFICAÇÃO

DO SALESIANO COADJUTOR ARTÊMIDES ZATTI



Nós, membros do CG25, damos graças ao Pai, que quis iluminar este Capítulo Geral com o dom da beatificação de três membros da Família Salesiana: a Irmã Maria Romero Meneses, o Sr. Artêmides Zatti e o P. Luís Variara.

Para Artêmides Zatti chamou o P. Juan Edmundo Vecchi com particular insistência a nossa atenção, para que dele fizéssemos o sinal de um renovado empenho de toda a Congregação, reconhecendo a atualidade da vocação do salesiano coadjutor e promovendo-lhe o crescimento, por fidelidade ao espírito de Dom Bosco. Em Zatti, na verdade – como nos salesianos coadjutores mártires já beatificados –, realiza-se de modo especial aquela “medida alta” da vocação salesiana ordinária, que nos leva às raízes da nossa mesma consagração.

Numerosos elementos de esperança convidam-nos a propor com convicção um novo empenho. Os jovens, que entram em nossos noviciados para serem salesianos leigos, demonstram apreciar esta vocação. Em todo lugar, no mundo salesiano, há figuras de salesianos leigos, que vivem a vocação de modo alegre e atraente, manifestando-lhe a plenitude no complexo mundo da comunicação, na formação ao trabalho, na solidariedade social, na educação na fé, na audácia missionária, na formação à salesianidade.

João Paulo II – por ocasião da beatificação do Sr. Artêmides Zatti – sublinhou “a sua incessante e alegre atividade”, “o seu caráter jovial e particular competência, unidos a uma disponibilidade sem limites” (Udienza di lunedì, 15 de abril de 2002). Manifesta-se, de fato, com especial evidência, nos salesianos irmãos leigos, o testemunho de uma vocação salesiana que reúne em si, por meio da caridade educativa e solidária, os dons da consagração e os da laicidade. Às comunidades religiosas ela relembra os valores da criação e das realidades seculares; às famílias e aos leigos, os valores da total dedicação a Deus pela causa do Reino (cf. CG24, 154). O salesiano irmão torna-se assim protagonista daquela nova civilização do amor e da vida, por que tanto anseiam as pessoas do nosso tempo.

A sua especial ligação com o mundo do trabalho faz deles os protagonistas de uma aventura educativa em que se encontram sociedade civil e comunidade eclesial, valores seculares e anúncio cristão, para que, em todos os lugares, por meio do trabalho, transpareça aquele homem que Deus deseja.


A nossa reflexão sobre a “comunidade salesiana hoje” voltou a confirmar-nos na convicção de que ela é salesianamente mais propositiva quando dela fazem parte salesianos coadjutores e salesianos sacerdotes. Não pode haver esforço de renovação comunitária se não se traduzir também no renovado empenho para que cada comunidade salesiana possa viver a plenitude da própria identidade, com a presença daqueles que, com dons diferentes e complementares, revelam o semblante de Dom Bosco.

Salesianos sacerdotes e salesianos leigos olham juntos para Dom Bosco, a fim de reapresentá-lo ao mundo. Juntos vivem-lhe o espírito e lhe perpetuam a missão a serviço dos jovens e do povo de Deus. Juntos e em contínuo diálogo recíproco, cada qual se torna salesiano mais verdadeiro, porque mais radicado na própria identidade vocacional. E juntos também sobem às honras dos altares.

Com a presença do salesiano leigo, a comunidade salesiana se completa e adquire plena eficácia. Experimentamo-lo já todos quanto o irmão coadjutor saiba ser “homem da comunidade”, disposto quer para as grandes responsabilidades quanto para as pequenas diaconias cotidianas, rico do gosto da “casa”, capaz de construir relações simples e fraternas. “Os «religiosos irmãos» lembram eficazmente aos próprios religiosos sacerdotes a dimensão fundamental da fraternidade em Cristo” (VC, 60).

O CG25 nos convida a amar as nossas comunidades, seguindo o exemplo de A. Zatti, que – para usar ainda as palavras de João Paulo II – manifestou um “serviço apaixonado, competente e cheio de amor”, sendo a um só tempo “pontual no cumprimento dos seus deveres comunitários” e “totalmente devotado ao serviço dos necessitados” (Homilia da Missa de Beatificação). Dele – autêntico construtor de comunidade – se disse que não só era “médico”, mas sabia transformar-se em “medicina”(= remédio), em força da relação evangélica que ele transmitia aos que dele se aproximavam.



Os eventos relembrados nos animam e impelem a tornar operativo em cada inspetoria o compromisso renovado, extraordinário e específico, pela vocação do salesiano irmão leigo, especialmente na pastoral juvenil e na Família Salesiana.

É vivo o desejo de que a ela se dê maior visibilidade no mundo da educação e da promoção humana, nos fóruns e nos encontros juvenis, nas iniciativas, que visam a fazer conhecer a vocação salesiana, nas equipes e nos conselhos onde, em diferentes níveis, se projeta e anima a vida e a missão dos filhos de Dom Bosco.

A memória litúrgica do bv. Artêmides Zatti, que começaremos a celebrar dia 15 de março, e o dia mundial anual da Vida consagrada são chamados a tornar-se – para cada comunidade educativa – ocasião de testemunho e de oração, para que esta vocação continue a florir, para o bem dos jovens e para a plenitude do espírito de Dom Bosco.


Enquanto vos escrevemos esta mensagem, com o coração ainda cheio de entusiasmo pela experiência de graça feita nestes dias, pedimos o apoio da vossa oração, para que seja dada eficácia ao renovado empenho da Congregação pelo serviço à vocação do salesiano leigo.



1 Roma, 15 de abril de 2002.

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2 ANTES QUE SEJA MUITO TARDE,

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3 SALVEMOS OS JOVENS, O FUTURO DO MUNDO!

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