se os sonhos forem afiançados pelo Senhor que os sustenta, então
serão uma realidade.
O sonho de Ámar Gazel Hernández, jovem de 18 anos, de San José,
Costa Rica, poderia ser chamado de Estrelas perdidas. Ámar nos
conta: «Se me tivessem perguntado há 6 anos qual era o sonho da
minha vida, eu provavelmente teria respondido que sonhava em ser
bailarina, usar sapatilhas e dançar num palco; no entanto, com o
passar do tempo e mudando as circunstâncias da vida, esse sonho
foi colocado em segundo plano. Agora, aos 18 anos, percebi que o
meu sonho ainda existe, mas o foco que lhe dou é diferente; a
realidade é que, atualmente, a sociedade exige demais de nós e, em
muitas ocasiões, esses sonhos acabam em frustrações, pois nos
deparamos com grandes expetativas, níveis elevados de estresse e
exigências que acabam sendo irracionais. Para mim, o sonho é
encontrar a felicidade nas pequenas coisas, atingir as metas, por
menores que sejam, ir contra as exigências do mundo porque, afinal
de contas, somos todos estrelas perdidas no céu que buscam obter
plenitude e mostrar a própria luz. Enfim, a minha resposta à
pergunta inicial é esta: sonho em atingir minhas metas, de modo que,
ao longo do caminho, eu também possa dar felicidade às pessoas ao
meu redor, encontrando não apenas o sentido da vida, mas também
a satisfação de poder fazer o que eu quero, a alegria de saber que
estou seguindo em frente, por mais difícil que seja, que todas as
noites a minha razão de viver com esperança e alegria são aquelas
pequenas conquistas que deixam orgulhosos os meus entes
queridos; foi aí que os meus sonhos evoluíram, na luta constante
para ir adiante, tendo consciência de tudo o que fiz para chegar até
aqui, mas aproveitando o que me é oferecido no momento. Não posso
responder a essa pergunta de maneira específica porque, como todo
mundo, sou aquela estrela perdida no imenso céu que ainda está em
busca do próprio brilho, mas nunca para de trabalhar pelo que quer
e espera impacientemente pelo que poderia obter e proporcionar
neste caminho que se chama vida».
Anani Henry Joël Kouadio, da Costa do Marfim, também com 18
anos, conta-nos que o seu sonho poderia chamar-se "A opção". Ele
assim no-lo explica: «Meu sonho é ser médico. Antes de tudo, por que
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