POR_Libretto2025


POR_Libretto2025

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Novena em preparação para a festa de Maria Auxiliadora.
Obra Audiovisual: 9 videos.
Coordenador: Pierluigi Lanotte
Textos: Bruno Ferrero, Giuseppina Sabbarese
Comentário: Rettor Maggiore dei Salesiani don Fabio Attard
Depoimentos Coordenador: Mauro Zanini - prof. Angelo Sitzia
A voz dos meninos: editado pelos alunos do ensino secundário inferior don Bosco
Valdocco Torino.
Traduções:
Julian Fox (EN), Antenor Velho (PR), Luis Botasso (PR), Placide Carava (FR), José Luis
Muñoz (ES)
Locutor e dublagem Coordenador: Piero Giordano
Italiano: Fabrizio Castellano, Elena Sorgato, Patrizia Mottola, Alex Rigotti.
Portoghese: Bianca Fraccalvieri, Silvonei Protze, Pedro André Pinto.
Francese: Juliette Vigliotti, Bernard Moutounet, Laurence Wasserstein.
Spagnolo: Pablo Finazzi-Agrò, Ester Ojeda, Clara Gradolí, Antonio Oliver.
Inglese: Christopher Jones, Alex Bosco, Rebecca Viora, Maya Zubak.
Projeto gráfico: Pierluigi Lanotte, Mariarosaria Sardelli
Gravação de vídeo e fotografias: Giacomo Di Gravina, Francesco Malatesta
Computer Animation: Diego De Angelis
Edição de vídeo: Pierluigi Lanotte
Editado por IMEComunicazione srl

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Ser Filhos
Humildade e fé
Os filhos confiam, os filhos entregam-se. E uma mãe está sempre por perto.
Tu a vês mesmo quando ela não se mostra.
E nós, somos capazes de vê-la?
Bem-aventurado quem vê com o coração.
Nossa Senhora De Lurdes
A pequena Bernadette Soubirous
“11 de fevereiro de 1858. Eu acabara de completar 14 anos. Era uma
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manhã como qualquer outra, um dia de inverno. Estávamos com fome,
como sempre. Havia uma caverna, com uma entrada escura. No silêncio,
senti uma grande brisa. O arbusto moveu-se, foi sacudido por uma grande
força. Vi, então, uma jovem mulher, branca, não mais alta do que eu, que
me cumprimentou com uma leve inclinação da cabeça; ao mesmo tempo,
afastou um pouco do corpo os braços estendidos, abrindo as mãos, como
as estátuas de Nossa Senhora; fiquei com medo. Então, ocorreu-me rezar:
peguei o terço que sempre levo comigo e comecei a rezar o rosário”.
Maria mostra-se a sua filha Bernadette Soubirous. A ela, que não sabia
ler nem escrever, que falava dialeto e não frequentava o catecismo. Uma
menina pobre, alvo de bullying de todos na aldeia, no entanto mesmo
assim pronta a confiar e entregar-se, como quem não tem nada. E nada
a perder. Maria confia-lhe os seus segredos, e o faz porque confia nela.
Trata-a com ternura, dirige-se a ela com gentileza, diz-lhe “por favor”. E
Bernadette se abandona e acredita nela, exatamente como uma criança
n20ov2e5na faz com a própria mãe. Acredita na promessa que Nossa Senhora lhe faz:

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de não a fazer feliz neste mundo, mas no outro. E ela se lembra
dessa promessa por toda a vida. Uma promessa que lhe permitirá
enfrentar todas as dificuldades de cabeça erguida, com força e
determinação, fazendo o que Nossa Senhora lhe pediu: rezar, rezar
sempre por todos nós, pecadores. Ela também promete: guarda os
segredos de Maria e dá voz ao seu pedido de um Santuário no local
da aparição. E, no momento da morte, Bernadette sorri, recordando
o rosto de Maria, seu olhar terno, seus silêncios, suas poucas, mas
intensas palavras e, sobretudo, aquela promessa. E se sente filha,
filha de uma Mãe que cumpre as suas promessas.
Maria, Mãe que promete.
Tu, que prometeste ser mãe da humanidade, ficaste ao lado dos
teus filhos, a começar pelos pequenos e mais pobres. A eles te
aproximaste, a eles te manifestaste.
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Tem fé: Maria se mostra também a nós se soubermos despojar-nos
de tudo.
Intervenção Do Reitor-Mor
Maria Santíssima, humildade e fé.
Podemos dizer que a Bem-Aventurada Virgem Maria é para nós
um farol de humildade e de fé que acompanha o nosso tempo,
acompanha a nossa vida, acompanha a experiência de todos e de cada
um de nós. Não esqueçamos, porém, que a humildade de Maria não
é, antes de qualquer coisa, uma simples modéstia exterior, não é uma
fachada, mas sim uma profunda consciência da sua pequenez diante
da grandeza de Deus.

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O seu “sim, eis aqui a serva do Senhor”, que ela pronunciou diante do
anjo, é um ato de humildade, não de presunção; é um abandono confiante
de quem se reconhece instrumento nas mãos de Deus. Maria não busca
reconhecimento, Maria busca simplesmente ser serva, colocando-se
silenciosamente em último lugar, com humildade, com simplicidade que
nos desarma. Esta humildade, uma humildade radical, é a chave que abriu o
coração de Maria à Graça Divina, permitindo que o Verbo de Deus, com a sua
grandeza, com a sua imensidão, se encarnasse no seu seio humano.
Eis que Maria nos ensina a sermos como somos, com a nossa humildade,
sem orgulho, sem depender da nossa autoridade, da nossa autorreferência,
colocando-nos livremente diante de Deus para que possamos colher com
plena liberdade e disponibilidade, como o fez Maria, o amor divino e viver a
Sua vontade. Eis o segundo ponto, eis a fé de Maria. A humildade de serva
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a coloca em um caminho constante de adesão incondicional ao projeto
de Deus, mesmo nos momentos mais obscuros e incompreensíveis, o que
significa enfrentar com coragem a pobreza da sua experiência na gruta de
Belém, a fuga para o Egito, a vida escondida em Nazaré, mas sobretudo aos
pés da cruz, onde a fé de Maria atinge o seu ápice.
Sob a cruz, com um coração trespassado pela dor, Maria não vacila, Maria
não cai, Maria crê na promessa. Sua fé não é um sentimento passageiro, mas
uma rocha sólida sobre a qual se fundamenta a esperança da humanidade, a
nossa esperança. A humildade e a fé em Maria estão intrinsicamente ligadas.
Deixemos que esta humildade de Maria ilumine a nossa humanidade para
que também a fé possa brotar em nós, para que, reconhecendo a nossa
pequenez diante de Deus, não nos sintamos abandonados por sermos
pequenos, não nos deixemos vencer pelas presunções, mas nos coloquemos
ali, como Maria, com uma atitude de grande liberdade, com uma atitude
n20ov2e5na

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de grande disponibilidade, reconhecendo a nossa dependência de Deus,
vivamos com Deus na simplicidade, mas ao mesmo tempo na grandeza.
Assim, Maria nos exorta a cultivar uma fé serena e firme, capaz de superar as
provações e confiar na promessa de Deus. Contemplemos a figura de Maria,
humilde e fiel, para que também nós possamos dizer generosamente o nosso
“sim”, como ela o fez.
A voz dos meninos
E nós, somos capazes de acolher as suas promessas
de amor com o olhar de uma criança?
Oração de um filho infiel
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Maria, tu que te revelas a quem sabe ver…
torna puro o meu coração.
Torna-me humilde, pequeno, capaz de perder-me no teu abraço de mãe.
Ajuda-me a redescobrir a importância do papel de filho e guia os meus
passos.
Tu prometes, eu prometo, num pacto que só mãe e filho podem fazer.
Eu cairei, mãe, tu o sabes.
Nem sempre cumprirei as minhas promessas.
Nem sempre confiarei.
Nem sempre conseguirei te ver.
Mas tu, permanece presente, em silêncio, com o teu sorriso, os braços
estendidos e as mãos abertas.
E eu pegarei o terço e rezarei contigo por todos os filhos como eu.
Ave Maria…
Bem-aventurado quem vê com o coração.

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Quando as pessoas pediam alguma graça especial, Dom Bosco
costumava dizer:
“se deseja obter graças da Bem-Aventurada Virgem, faça uma novena” (MB IX, 289).
A novena, segundo ele, deveria acontecer se possível “na igreja, com fé viva” como
um ato de fervorosa homenagem à Eucaristia. Segundo Dom Bosco, para que a
novena seja eficaz, as disposições da alma devem ser as seguintes:
Não coloque a sua esperança nas forças humanas, mas tenha fé em Deus.
Repousar o pedido totalmente em Jesus Sacramentado, fonte de graça,
de bondade e de bênção, e sobre o poder de Maria, que Deus quer
glorificar sobre a terra.
Acrescentar sempre à intenção “Seja feita a Tua vontade” e a condição “se
for para o bem da alma da pessoa”.
Três vezes: Pai Nosso… Ave Maria… Glória… para a Sagrada
Eucaristia, cada vez seguida pela oração: “Bendito e louvado seja a
cada momento o Santíssimo e Divino Sacramento”.
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Três vezes: Salve a Rainha Santa ... seguidas pela oração: “Maria
Auxiliadora, rogai por nós”.
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção, implorado
a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós
desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem
entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e,
gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos
pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus
humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que Vos rogo. Ámen
CONDIÇÕES PESSOAIS REQUERIDAS:
Aproxime-se dos Sacramentos da Reconciliação e da Sagrada Eucaristia.
Faça uma oferta ou faça algum trabalho para apoiar o apostolado, preferencialmente
em nome da juventude.
n20ov2e5naRenove a sua fé em Jesus na Eucaristia e na devoção a Maria Auxiliadora.

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Ser Filhos
Simplicidade e esperança
Os filhos confiam, os filhos entregam-se. E uma mãe está sempre por perto.
Tu a vês mesmo quando ela não se mostra.
E nós, somos capazes de vê-la?
Bem-aventurado quem vê com o coração.
Nossa Senhora de Fátima
Os pequenos pastorinhos na Cova da Iria
“«Na Cova da Iria, por volta das 13h, o céu se abre e o sol aparece. De repente,
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por volta das 13h30, acontece o improvável: diante de uma multidão
admirada, ocorre o milagre mais espetacular, grandioso e incrível já visto
desde os tempos bíblicos. O sol inicia uma dança frenética e assustadora
que durará mais de dez minutos. Um tempo longuíssimo.
Três pastorinhos, humildes e felizes, testemunham e espalham o milagre
que abala milhões de pessoas. Ninguém consegue explicar, dos cientistas
aos homens de fé. No entanto, três crianças viram Maria, ouviram a sua
mensagem. E acreditam, acreditam nas palavras daquela mulher que
apareceu e pediu-lhes para voltarem à Cova da Iria todo dia 13 do mês.
Não precisam de explicações, pois depositam toda a sua esperança nas
palavras repetidas de Maria. Uma esperança difícil de manter viva, que
teria assustado qualquer criança: Nossa Senhora revela a Lúcia, Jacinta
e Francisco sofrimentos e conflitos mundiais. Mas eles não têm dúvidas:
quem confia na proteção de Maria, mãe protetora, pode enfrentar tudo.
E sabem disso muito bem, sentiram na própria pele ao arriscar serem
mortos para não trair a palavra dada à mãe celeste. Os três pastorinhos
n20ov2e5na

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estavam prontos para o martírio, presos e ameaçados diante de um
caldeirão de óleo fervente.
Tinham medo:
«Por que temos que morrer sem abraçar os nossos pais? Eu queria tanto
ver a minha mãe».
Mesmo assim, decidiram continuar a ter esperança, a acreditar num
amor maior do que eles:
«Não tenhais medo. Ofereçamos este sacrifício pela conversão dos
pecadores. Pior seria se Nossa Senhora não voltasse mais».
«Por que não rezamos o Terço?».
Uma mãe jamais ignora o clamor dos filhos. E nela os filhos
depositam esperança.
Maria, Mãe que protege, permaneceu ao lado dos seus três filhos
de Fátima e os salvou, fazendo com que permanecessem vivos. E
hoje ainda protege todos os seus filhos no mundo que peregrinam
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até o santuário de Nossa Senhora de Fátima.
Maria, Mãe que protege.
Tu, que cuidas da humanidade desde o momento da Anunciação,
continuas ao lado dos teus filhos mais humildes e cheios de
esperança. Deles te aproximaste, a eles te manifestaste.
Deposita a tua esperança em Maria: ela saberá proteger-te.
Intervenção Do Reitor-Mor
Maria Santíssima, esperança e renovação.
A Bem-Aventurada Virgem Maria é a aurora da esperança, fonte
inesgotável de renovação.
Contemplar a figura de Maria é como voltar o olhar para um horizonte
luminoso, um convite constante a crer num futuro cheio de Graça. E esta

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Graça é transformadora. Maria é a personificação da esperança cristã em
ação. A sua fé inabalável perante as provações, a sua perseverança em
seguir Jesus até à cruz, a sua confiante expectativa da ressurreição são as
coisas mais importantes. Para nós, são um farol de esperança para toda
a humanidade.
Em Maria vemos como a certeza é, por assim dizer, a confirmação da
promessa de um Deus que nunca falha em cumprir a sua palavra. Que a
dor, o sofrimento, a escuridão não têm a última palavra. Que a morte é
vencida pela vida.
Maria é a esperança! Ela é a estrela da manhã que anuncia a vinda do sol da
justiça. Recorrer a Ela significa confiar as nossas expectativas, as nossas
aspirações a um coração materno que as apresenta amorosamente ao
seu Filho Ressuscitado. De alguma forma, a nossa esperança é sustentada
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pela esperança de Maria. E se há esperança, as coisas não permanecem
como antes; há renovação! A renovação da vida. Ao acolher o Verbo
encarnado, Maria tornou possível crer na esperança e na promessa de
Deus. Ela tornou possível uma nova criação, um novo começo.
A maternidade espiritual de Maria continua a nos gerar na fé,
acompanhando-nos no nosso caminho de crescimento e transformação
interior.
Peçamos à Santíssima Maria a graça necessária para que esta esperança
que vemos realizada nela renove os nossos corações, cure as nossas
feridas, faça-nos ultrapassar o véu da negatividade para empreender um
caminho de santidade, um caminho de proximidade com Deus. Peçamos a
Maria, a mulher que está com os apóstolos na oração, que nos ajude hoje,
fiéis e comunidades cristãs, para que sejamos sustentados na fé e abertos
aos dons do Espírito, para que a face da terra seja renovada. Maria nos
exorta a nunca nos resignarmos ao pecado e à mediocridade, mas, cheios
n20ov2e5na de esperança nela realizada, desejamos ardentemente uma nova vida

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em Cristo. Que Maria continue sendo para nós modelo e apoio para
continuarmos sempre a acreditar na possibilidade de um novo começo,
de um renascimento interior que nos conforme cada vez mais à imagem
de seu filho Jesus.
A voz dos meninos
E nós, somos capazes de confiar nela e nos
deixarmos proteger com os olhos de uma criança?
Oração de um filho desanimado
Maria, tu que te revelas a quem sabe ver…
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torna o meu coração simples e cheio de esperança.
Eu confio em ti: protege-me em todas as situações.
Entrego-me a ti: protege-me em todas as situações.
Eu escuto a tua palavra: protege-me em toda as situações.
Dá-me a capacidade de crer no impossível e de fazer tudo o que está ao
meu alcance
para levar o teu amor, a tua mensagem de esperança e a tua proteção ao
mundo inteiro.
Peço-te, minha Mãe, protege toda a humanidade, mesmo aquela que
ainda não te reconhece.
Ave Maria…
Bem-aventurado quem vê com o coração.

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Quando as pessoas pediam alguma graça especial, Dom Bosco
costumava dizer:
“se deseja obter graças da Bem-Aventurada Virgem, faça uma novena” (MB IX, 289).
A novena, segundo ele, deveria acontecer se possível “na igreja, com fé viva” como
um ato de fervorosa homenagem à Eucaristia. Segundo Dom Bosco, para que a
novena seja eficaz, as disposições da alma devem ser as seguintes:
Não coloque a sua esperança nas forças humanas, mas tenha fé em Deus.
Repousar o pedido totalmente em Jesus Sacramentado, fonte de graça,
de bondade e de bênção, e sobre o poder de Maria, que Deus quer
glorificar sobre a terra.
Acrescentar sempre à intenção “Seja feita a Tua vontade” e a condição “se
for para o bem da alma da pessoa”.
Três vezes: Pai Nosso… Ave Maria… Glória… para a Sagrada
Eucaristia, cada vez seguida pela oração: “Bendito e louvado seja a
cada momento o Santíssimo e Divino Sacramento”.
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Três vezes: Salve a Rainha Santa ... seguidas pela oração: “Maria
Auxiliadora, rogai por nós”.
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção, implorado
a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós
desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem
entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e,
gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos
pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus
humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que Vos rogo. Ámen
CONDIÇÕES PESSOAIS REQUERIDAS:
Aproxime-se dos Sacramentos da Reconciliação e da Sagrada Eucaristia.
Faça uma oferta ou faça algum trabalho para apoiar o apostolado, preferencialmente
em nome da juventude.
n20ov2e5naRenove a sua fé em Jesus na Eucaristia e na devoção a Maria Auxiliadora.

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Ser Filhos
Obediência e dedicação
Os filhos confiam, os filhos entregam-se. E uma mãe está sempre por perto.
Tu a vês mesmo quando ela não se mostra.
E nós, somos capazes de vê-la?
Bem-aventurado quem vê com o coração.
Nossa Senhora de Guadalupe
O jovem Juan Diego
«Juan Diego», disse a Senhora, «pequeno e preferido entre os meus filhos...».
16
Juan ficou de pé num salto.
«Aonde vais, Juanito?», perguntou a Senhora.
Juan Diego respondeu com a maior educação possível. Disse à Senhora que
ia à igreja de Santiago para assistir à Missa em honra à Mãe de Deus.
«Meu filho amado», disse a Senhora, «sou eu a Mãe de Deus, e quero que
me escutes com atenção. Tenho uma mensagem muito importante para ti.
Desejo que me construam uma igreja neste lugar, de onde poderei mostrar
o meu amor ao teu povo».
Um diálogo doce, simples e terno, como o de uma mãe com seu filho.
E Juan Diego obedeceu: foi até o bispo para relatar o que tinha visto,
mas este não lhe deu crédito. Então, o jovem voltou até Maria e explicou-
lhe o que tinha acontecido. Nossa Senhora deu-lhe outra mensagem e
exortou-o a tentar novamente, de novo e de novo. Juan Diego obedecia,
não se dava por vencido: cumpriria a tarefa que a Mãe celeste estava a
n20ov2e5na confiar-lhe. Certo dia, porém, absorvido pelos problemas da vida, estava

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de maio 17
prestes a faltar ao encontro com Nossa Senhora: seu tio estava
morrendo. «Acreditas mesmo que eu me esqueceria de quem amo
tanto?» Maria curou o seu tio, enquanto Juan Diego obedecia mais
uma vez:
«Meu amado filho», disse a Senhora, «sobe ao topo da colina onde nos
encontramos pela primeira vez. Corta e colhe as rosas que lá encontrares.
Coloque-as na tua tilma e traga-as até aqui. Eu lhe direi o que deves
fazer e dizer». Mesmo sabendo que naquela colina não cresciam rosas, e
certamente não no inverno, Juan correu até o topo. E lá estava o jardim
mais lindo que já vira. Rosas de Castela, ainda brilhantes de orvalho,
estendiam-se a perder de vista. Ele cortou delicadamente os botões
mais bonitos com sua faca de pedra, encheu o seu manto com eles e
voltou rapidamente até onde a Senhora o esperava. A Senhora pegou
as rosas e as arrumou novamente na tilma de Juan. Depois, amarrou-a
atrás do seu pescoço e disse: «Este é o sinal que o bispo quer. Rápido, vai
17
até ele e não pares pelo caminho».
No manto aparecera a imagem de Nossa Senhora e, à vista de tal
milagre, o bispo se convenceu. E hoje o Santuário de Nossa Senhora
de Guadalupe ainda conserva o manto milagroso.
Maria, Mãe que não se esquece.
Tu, que não esqueces nenhum dos teus filhos, não deixas ninguém
para trás, olhaste para os jovens que depositaram em ti as suas
esperanças. Deles te aproximaste, a eles te manifestaste.
Obedece mesmo quando não compreendes: uma mãe não se
esquece, uma mãe não abandona.

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Intervenção Do Reitor-Mor
Maria Santíssima, maternidade e compaixão.
A maternidade de Maria não se limita ao seu “sim” que tornou possível
a encarnação do Filho de Deus. Certamente, aquele momento é o
fundamento de tudo, mas a sua maternidade é uma atitude constante,
um modo de ser para nós, de nos relacionarmos com toda a humanidade.
Na cruz, Jesus confia João a ela com as palavras: “Mulher, eis aí o teu
filho”, estendendo simbolicamente a sua maternidade a todos os fiéis de
todos os tempos.
Maria torna-se assim a mãe da Igreja, a mãe espiritual de cada um de nós.
Vejamos, então, como esta maternidade se manifesta num cuidado
terno e atencioso, numa atenção constante às necessidades dos seus
filhos e num profundo desejo pelo seu bem. Maria acolhe-nos, nutre-
18
nos com a sua expressão de fidelidade, protege-nos sob o seu manto. A
maternidade de Maria é um dom imenso que nos aproxima dela; sentimos
sua presença amorosa que nos acompanha a cada momento.
Portanto, a compaixão de Maria é a consequência natural da sua
maternidade. Compaixão que não é somente um sentimento superficial
de piedade, mas uma profunda participação na dor dos outros, um “sofrer
com”. Vemo-la manifestada de forma tocante durante a paixão de seu
filho. E da mesma forma que Maria não permanece indiferente à nossa
dor, ela intercede por nós, nos consola, nos oferece sua ajuda maternal.
O coração de Maria se torna um refúgio seguro onde podemos
depositar nossas fadigas, encontrar conforto e esperança. Maternidade
e compaixão em Maria tornam-se, por assim dizer, dois lados da mesma
experiência humana em nosso favor, duas expressões de seu infinito
n20ov2e5na amor a Deus e à humanidade.
Sua compaixão é a manifestação concreta de seu ser mãe, compaixão

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de maio 17
como consequência da maternidade. Contemplar Maria, então, como
mãe, abre nossos corações à esperança de que nela encontramos uma
experiência verdadeiramente completa. Mãe Celeste que nos ama.
Pedimos a Maria que nos faça vê-la como modelo de humanidade
autêntica, de uma maternidade capaz de “sentir com”, capaz de amar,
capaz de sofrer com os outros, seguindo o exemplo do seu filho Jesus,
que sofreu e morreu na cruz por nosso amor.
A voz dos meninos
E nós, temos certeza de que uma mãe não se
esquece, com a mesma certeza das crianças?
Oração de um filho perdido
19
Maria, tu que te revelas a quem sabe ver…
torna o meu coração obediente.
Quando não te escuto, peço-te, insiste.
Quando não retorno, peço-te, vem buscar-me.
Quando não me perdoo, peço-te, ensina-me a indulgência.
Porque nós homens nos perdemos e nos perderemos sempre,
mas tu não te esqueças de nós, teus filhos errantes.
Vem buscar-nos, vem pegar-nos pela mão.
Não queremos e não podemos ficar sozinhos aqui.
Ave Maria…
Bem-aventurado quem vê com o coração.

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Quando as pessoas pediam alguma graça especial, Dom Bosco
costumava dizer:
“se deseja obter graças da Bem-Aventurada Virgem, faça uma novena” (MB IX, 289).
A novena, segundo ele, deveria acontecer se possível “na igreja, com fé viva” como
um ato de fervorosa homenagem à Eucaristia. Segundo Dom Bosco, para que a
novena seja eficaz, as disposições da alma devem ser as seguintes:
Não coloque a sua esperança nas forças humanas, mas tenha fé em Deus.
Repousar o pedido totalmente em Jesus Sacramentado, fonte de graça,
de bondade e de bênção, e sobre o poder de Maria, que Deus quer
glorificar sobre a terra.
Acrescentar sempre à intenção “Seja feita a Tua vontade” e a condição “se
for para o bem da alma da pessoa”.
Três vezes: Pai Nosso… Ave Maria… Glória… para a Sagrada
Eucaristia, cada vez seguida pela oração: “Bendito e louvado seja a
cada momento o Santíssimo e Divino Sacramento”.
Três vezes: Salve a Rainha Santa ... seguidas pela oração: “Maria
Auxiliadora, rogai por nós”.
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção, implorado
a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós
desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem
entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e,
gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos
pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus
humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que Vos rogo. Ámen
CONDIÇÕES PESSOAIS REQUERIDAS:
Aproxime-se dos Sacramentos da Reconciliação e da Sagrada Eucaristia.
Faça uma oferta ou faça algum trabalho para apoiar o apostolado, preferencialmente
em nome da juventude.
n20ov2e5naRenove a sua fé em Jesus na Eucaristia e na devoção a Maria Auxiliadora.

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Ser Filhos
Admiração e reflexão
Os filhos confiam, os filhos entregam-se. E uma mãe está sempre por perto.
Tu a vês mesmo quando ela não se mostra.
E nós, somos capazes de vê-la?
Bem-aventurado quem vê com o coração.
Nossa Senhora de La Salette
Os pequenos Melânia e Maximino de La Salette
Sábado, 19 de setembro de 1846, os dois pastorinhos subiram logo cedo
22
as encostas do monte Planeau, acima do vilarejo de La Salette, cada um
levando quatro vacas para pastar. No meio do caminho, perto de uma
pequena fonte, Melânia foi a primeira a ver, sobre um monte de pedras,
um globo de fogo «como se o sol tivesse caído ali» e mostrou-o a Maximino.
Daquela esfera luminosa começou a surgir uma mulher, sentada com a
cabeça entre as mãos, os cotovelos sobre os joelhos, profundamente triste.
Diante do espanto deles, a Senhora levantou-se e, com uma doce voz, em
francês, disse-lhes: «Aproximai-vos, meus filhos, não tenhais medo, estou
aqui para anunciar-vos uma grande notícia». Encorajados, os meninos se
aproximaram e viram que a figura estava chorando.
A mãe anuncia uma grande notícia aos seus filhos, e o faz chorando.
Mesmo assim, os meninos não estranham o seu choro. Escutam no
mais terno dos momentos entre mãe e filhos. Porque as mães também
às vezes se preocupam, porque as mães também confiam aos filhos os
seus sentimentos, pensamentos e reflexões. E Maria confia aos dois
n20ov2e5na pastorinhos, pobres e carentes de afeto, uma grande mensagem: «Estou

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de maio18
preocupada com a humanidade, estou preocupada convosco, meus
filhos, que estais se afastando de Deus. E a vida longe de Deus é
uma vida complicada, difícil, feita de sofrimentos». É por isso que
ela chora. Chora como qualquer mãe que anuncia aos seus filhos
menores e mais puros uma mensagem tão surpreendente quanto
grandiosa. Uma mensagem a ser anunciada a todos, a ser levada ao
mundo.
E eles o farão, porque não podem guardar para si um momento tão
belo: a expressão do amor da mãe pelos seus filhos precisa ser
anunciada a todos. O Santuário de Nossa Senhora de La Salette, que
se ergue no local das aparições, fundamenta-se na revelação da dor
de Maria diante do peregrinar de seus filhos pecadores.
Maria, Mãe que anuncia/que narra
Tu, que te entregas completamente aos teus filhos, a ponto de não
23
ter medo de lhes contar sobre ti, tocaste o coração dos teus menores
filhos, capazes de refletir sobre as tuas palavras e acolhê-las com
assombro. Deles te aproximaste, a eles te manifestaste.
Maravilha-te com as palavras de uma mãe: elas sempre serão as
mais autênticas.
Intervenção Do Reitor-Mor
Maria Santíssima, amor e misericórdia.
Sentimos estas duas dimensões de Maria? Maria é a mulher com um
coração transbordante de amor, cuidado e misericórdia. Sentimo-la
como um porto seguro, um refúgio seguro quando atravessamos
momentos de dificuldade ou de provação.

3.4 Page 24

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Contemplar a imagem de Maria é como mergulhar num oceano de
ternura, de compaixão. Sentimo-nos envolvidos por um ambiente, por
uma atmosfera inesgotável de conforto e esperança. O amor de Maria é
um amor materno que abraça toda a humanidade, porque é um amor que
tem as suas raízes no seu “sim” incondicional ao desígnio de Deus.
Maria, ao acolher o seu Filho no seu ventre, acolheu o amor de Deus.
Consequentemente, o seu amor não conhece fronteiras nem distinções,
inclina-se sobre as fragilidades e misérias humanas, com infinita
delicadeza. Vemos este amor manifestado na sua atenção a Isabel,
na sua intercessão nas bodas de Caná, na sua presença silenciosa e
extraordinária aos pés da cruz.
O amor de Maria, este amor materno, é um reflexo do próprio amor de
Deus, um amor que se aproxima, que consola, que perdoa, que nunca se
cansa, que nunca acaba. Maria nos ensina que amar significa entregar-se
completamente, estar perto de quem sofre, compartilhar as alegrias e
24
as tristezas dos nossos irmãos e irmãs com a mesma generosidade e a
mesma dedicação que animavam o seu coração. Amor-misericórdia.
A misericórdia torna-se então a consequência natural do amor de
Maria, uma compaixão, podemos dizer visceral, diante do sofrimento
da humanidade, do mundo. Olhamos para Maria, contemplamo-
la, encontramo-la com o seu olhar materno e sentimo-lo repousar
sobre as nossas fraquezas, sobre os nossos pecados, sobre a nossa
vulnerabilidade, sem agressividade, mas com infinita doçura. Ela tem um
coração imaculado, sensível ao grito de dor.
Maria é uma mãe que não julga, não condena, mas acolhe, consola,
perdoa. Sentimos a misericórdia de Maria como um bálsamo para as
feridas da alma, um abraço que aquece o coração. Maria nos lembra
que Deus é rico em misericórdia e que Ele nunca se cansa de perdoar
aqueles que se voltam para Ele com um coração contrito, sereno, aberto
e disponível.
n20ov2e5na

3.5 Page 25

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de maio18
O amor e a misericórdia em Maria Santíssima se fundem em um abraço que
envolve toda a humanidade. Peçamos a Maria que nos ajude a abrir nossos
corações ao amor de Deus, como ela fez, para que esse amor permeie
nossos corações, especialmente quando nos sentimos mais necessitados,
mais sob o peso das provações e das dificuldades. Em Maria, encontramos
uma mãe muito terna e poderosa, pronta para nos acolher em seu amor e
interceder por nossa salvação.
A voz dos meninos
E nós, será que ainda conseguimos maravilhar-nos como
uma criança diante do amor de mãe?
Oração de um filho distante
25
Maria, tu que te revelas a quem sabe ver…
torna o meu coração capaz de compaixão e conversão.
No silêncio, eu te reencontro.
Na oração, eu te escuto.
Na reflexão, eu te descubro.
E diante das tuas palavras de amor, Mãe, fico admirado
e descubro a força da tua ligação com a humanidade.
Longe de ti, quem me dá a mão nos momentos de dificuldade?
Longe de ti, quem me conforta no meu pranto?
Longe de ti, quem me aconselha quando estou pegando o caminho errado?
Eu retorno a ti, na unidade.
Ave Maria…
Bem-aventurado quem vê com o coração.

3.6 Page 26

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26
Quando as pessoas pediam alguma graça especial, Dom Bosco
costumava dizer:
“se deseja obter graças da Bem-Aventurada Virgem, faça uma novena” (MB IX, 289).
A novena, segundo ele, deveria acontecer se possível “na igreja, com fé viva” como
um ato de fervorosa homenagem à Eucaristia. Segundo Dom Bosco, para que a
novena seja eficaz, as disposições da alma devem ser as seguintes:
Não coloque a sua esperança nas forças humanas, mas tenha fé em Deus.
Repousar o pedido totalmente em Jesus Sacramentado, fonte de graça,
de bondade e de bênção, e sobre o poder de Maria, que Deus quer
glorificar sobre a terra.
Acrescentar sempre à intenção “Seja feita a Tua vontade” e a condição “se
for para o bem da alma da pessoa”.
Três vezes: Pai Nosso… Ave Maria… Glória… para a Sagrada
Eucaristia, cada vez seguida pela oração: “Bendito e louvado seja a
cada momento o Santíssimo e Divino Sacramento”.
Três vezes: Salve a Rainha Santa ... seguidas pela oração: “Maria
Auxiliadora, rogai por nós”.
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção, implorado
a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós
desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem
entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e,
gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos
pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus
humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que Vos rogo. Ámen
CONDIÇÕES PESSOAIS REQUERIDAS:
Aproxime-se dos Sacramentos da Reconciliação e da Sagrada Eucaristia.
Faça uma oferta ou faça algum trabalho para apoiar o apostolado, preferencialmente
em nome da juventude.
n20ov2e5naRenove a sua fé em Jesus na Eucaristia e na devoção a Maria Auxiliadora.

3.7 Page 27

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3.8 Page 28

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Ser Filhos
Confiança e oração
Os filhos confiam, os filhos entregam-se. E uma mãe está sempre por perto.
Tu a vês mesmo quando ela não se mostra.
E nós, somos capazes de vê-la?
Bem-aventurado quem vê com o coração.
A Medalha de Catarina
A pequena Catarina Labouré
28
Na noite de 18 de julho de 1830, por volta das 23h30, ela ouviu chamarem
o seu nome. Era um menino que lhe dizia: «Levanta-te e vem comigo».
Catarina seguiu-o. Todas as luzes estavam acesas. A porta da capela abriu-
se assim que o menino a tocou com a ponta dos dedos. Catarina ajoelhou-se.
À meia-noite, Nossa Senhora chegou, sentou-se na poltrona que havia ao
lado do altar. «Então, pulei para perto dela, aos seus pés, nos degraus do
altar, e coloquei minhas mãos sobre seus joelhos», contou Catarina. «Fiquei
assim não sei por quanto tempo. Pareceu-me o momento mais doce da
minha vida...».
«Deus quer confiar-lhe uma missão», disse a Virgem a Catarina.
Catarina, órfã aos 9 anos, não se conformava em viver sem a mãe. E
aproxima-se da Mãe do Céu. Nossa Senhora, que a observava de longe,
jamais a abandonaria. Pelo contrário, tinha grandes projetos para ela.
Ela, uma filha atenta e amorosa, teria uma grande missão: viver uma
vida cristã autêntica, uma relação pessoal forte e sólido com Deus. Maria
acredita no potencial da sua filha e confia-lhe a Medalha Milagrosa, capaz
n20ov2e5na

3.9 Page 29

▲torna in alto
de maio 19
de interceder e alcançar graças e milagres. Uma missão importante,
uma mensagem difícil.
Contudo, Catarina não desanima, confia em sua Mãezinha do Céu
e sabe que jamais será abandonará por ela.
Maria, Mãe que dá confiança
Tu, que confias nos teus filhos e lhes entregas missões e mensagens,
acompanha-os no seu caminho com uma presença discreta,
permanecendo ao lado de todos, mas sobretudo daqueles que
viveram grandes dores.
A eles te aproximaste, a eles te manifestaste.
Confia: a mãe sempre te confiará apenas tarefas que conseguirás
realizar e estará ao teu lado por todo o caminho.
29
Intervenção Do Reitor-Mor
Maria Santíssima, confiança e oração.
A Bem-Aventurada Virgem Maria se apresenta a nós como uma
mulher de uma confiança inabalável, uma poderosa intercessora
através da oração. Contemplando esses dois aspectos, confiança e
oração, vemos duas dimensões fundamentais do relacionamento de
Maria com Deus.
Podemos dizer que a confiança de Maria em Deus é como um fio de
ouro que percorre toda a sua existência, do começo ao fim. Aquele
“sim” pronunciado com a consciência das consequências, é um ato de
abandono total à vontade divina. Maria confia; Maria vive a confiança
em Deus com um coração firme na Divina Providência, sabendo que
Deus nunca a abandonaria.

3.10 Page 30

▲torna in alto
30
Para nós, em nossa vida quotidiana, olhar para Maria, com uma atitude
proativa, não passiva, e confiante, é um convite, não para esquecer
nossas ansiedades e medos, para olhar tudo à luz do amor de Deus, que
no caso de Maria nunca faltou e não falta em nossas vidas. Essa confiança
leva à oração, que podemos dizer que é como o sopro da alma de Maria,
é o canal privilegiado de sua comunhão íntima com Deus. A confiança
leva à comunhão; Maria que se abandona em Deus é um diálogo contínuo
de amor entre ela e o Pai; uma oferta constante de si mesma, de suas
preocupações, mas também de suas decisões.
A visita de Maria à sua prima Isabel é um exemplo de oração que se
faz serviço. Vemos Maria acompanhando Jesus até a cruz. Após a
ascensão, a vemos no cenáculo junto aos apóstolos em uma expectativa/
esperança fervorosa. Maria nos ensina o valor da oração constante como
consequência da confiança total e completa, abandonando-se nas mãos
de Deus ... precisamente encontrar a Deus e viver com Deus.
Confiança e oração e Maria Santíssima estão intimamente interligadas.
Uma profunda confiança em Deus que dá à luz, traz à tona uma oração
perseverante. Peçamos a Maria que ela seja nosso exemplo de oração
diária porque queremos nos sentir constantemente abandonados nas
mãos misericordiosas de Deus.
Recorramos a ela com confiança filial para que, imitando-a, imitando sua
confiança e perseverança na oração, possamos experimentar a paz que se
sente somente quando nos abandonamos em Deus e possamos receber
as graças necessárias para o nosso caminho de fé.
n20ov2e5na

4 Pages 31-40

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4.1 Page 31

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de maio 19
A voz dos meninos
E nós, somos capazes de confiar de maneira
incondicional como as crianças?
Oração de um filho desanimado
Maria, tu que te revelas a quem sabe ver…
torna o meu coração capaz de orar.
Não sou capaz de te escutar, abre os meus ouvidos.
Não sou capaz de te seguir, guia os meus passos.
Não sou capaz de ser fiel ao que me confiaste, fortalece a minha alma.
As tentações são muitas, faze que eu não ceda.
As dificuldades parecem insuperáveis, faze que eu não caia.
31
As contradições do mundo gritam alto, faze que eu não as siga.
Eu, teu filho arruinado, estou aqui para que te sirvas de mim,
fazendo de mim um filho obediente.
Ave Maria…
Bem-aventurado quem vê com o coração.

4.2 Page 32

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32
Quando as pessoas pediam alguma graça especial, Dom Bosco
costumava dizer:
“se deseja obter graças da Bem-Aventurada Virgem, faça uma novena” (MB IX, 289).
A novena, segundo ele, deveria acontecer se possível “na igreja, com fé viva” como
um ato de fervorosa homenagem à Eucaristia. Segundo Dom Bosco, para que a
novena seja eficaz, as disposições da alma devem ser as seguintes:
Não coloque a sua esperança nas forças humanas, mas tenha fé em Deus.
Repousar o pedido totalmente em Jesus Sacramentado, fonte de graça,
de bondade e de bênção, e sobre o poder de Maria, que Deus quer
glorificar sobre a terra.
Acrescentar sempre à intenção “Seja feita a Tua vontade” e a condição “se
for para o bem da alma da pessoa”.
Três vezes: Pai Nosso… Ave Maria… Glória… para a Sagrada
Eucaristia, cada vez seguida pela oração: “Bendito e louvado seja a
cada momento o Santíssimo e Divino Sacramento”.
Três vezes: Salve a Rainha Santa ... seguidas pela oração: “Maria
Auxiliadora, rogai por nós”.
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção, implorado
a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós
desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem
entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e,
gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos
pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus
humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que Vos rogo. Ámen
CONDIÇÕES PESSOAIS REQUERIDAS:
Aproxime-se dos Sacramentos da Reconciliação e da Sagrada Eucaristia.
Faça uma oferta ou faça algum trabalho para apoiar o apostolado, preferencialmente
em nome da juventude.
n20ov2e5naRenove a sua fé em Jesus na Eucaristia e na devoção a Maria Auxiliadora.

4.3 Page 33

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4.4 Page 34

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Ser Filhos
Sofrimento e cura
Os filhos confiam, os filhos entregam-se. E uma mãe está sempre por perto.
Tu a vês mesmo quando ela não se mostra.
E nós, somos capazes de vê-la?
Bem-aventurado quem vê com o coração.
Nossa Senhora das dores De Kibeho
A pequena Afonsina Mumiremana e o
seus companheiros
34
A história começou às 12h35 de um sábado, 28 de novembro de 1981, em
um colégio administrado por freiras locais, frequentado por pouco mais de
cem meninas da região.
Um colégio rural, pobre, onde se aprendia a ser professora ou secretária.
O complexo não possuía Capela e, por isso, não havia um clima religioso
particularmente intenso.
Naquele dia, todas as meninas do colégio estavam no refeitório.
A primeira do grupo a “ver” foi Afonsina Mumureke, de 16 anos.
Segundo o que ela mesma escreveu em seu diário, estava servindo suas
colegas à mesa, quando ouviu uma voz feminina que a chamava: “Minha
filha, vem aqui”.
Ela foi ao corredor, ao lado do refeitório, e ali apareceu-lhe uma mulher de
beleza incomparável.
Estava vestida de branco, com um véu branco na cabeça que escondia os
cabelos, e que parecia unido ao resto do vestido, que não tinha costuras.
Estava descalça e suas mãos estavam juntas sobre o peito, com os dedos
novena 2025
voltados para o céu.

4.5 Page 35

▲torna in alto
de maio 20
Posteriormente, Nossa Senhora apareceu a outros companheiros
de Afonsina que, a princípio céticos, tiveram que mudar de opinião
diante da aparição de Maria. Maria, falando com Afonsina, apresenta-
se como a Senhora das Dores de Kibeho e conta aos jovens todos
os acontecimentos cruéis e sangrentos que ocorreriam logo em
seguida, com a eclosão da guerra em Ruanda. A dor será grande, mas
também a consolação e a cura dessa dor, porque ela, a Senhora das
Dores, nunca deixaria sozinhos os seus filhos da África. Os jovens
ficam ali, atônitos, diante das visões, mas acreditam nesta mãe que
lhes estende os braços, chamando-os de “meus filhos”. Sabem que
somente nela haverá consolação. E a fim de rezar para que a mãe
consoladora aliviasse os sofrimentos de seus filhos, foi erguido o
santuário dedicado a Nossa Senhora das Dores de Kibeho, hoje um
lugar marcado pelos extermínios e genocídios. E Nossa Senhora
continua a estar ali e a abraçar todos os seus filhos.
35
Maria, Mãe que consola.
Tu, que consolaste os teus filhos como João ao pé da cruz, dirigiste o
olhar para aqueles que vivem no sofrimento. Deles te aproximaste, a
eles te manifestaste.
Não tenhas medo de passar pelo sofrimento: a mãe que consola
enxugará as tuas lágrimas.
Intervenção Do Reitor-Mor
Maria Santíssima, sofrimento e convite à conversão.
Maria é uma figura emblemática de sofrimento que se transforma
em um poderoso convite à conversão. Quando contemplamos o
seu caminho doloroso, é um alerta, silencioso e ao mesmo tempo
eloquente, e um profundo apelo a rever um pouco a nossa vida, as

4.6 Page 36

▲torna in alto
nossas escolhas, e o chamado a retornar ao “coração” do Evangelho.
O sofrimento atravessa a vida de Maria como uma espada afiada,
profetizado pelo velho Simeão, marcado pelo desaparecimento do
Menino Jesus e a dor indizível aos pés da cruz. Maria vive tudo isso, o
peso da fragilidade humana e o mistério da dor inocente, de uma forma
única.
O sofrimento de Maria não foi um sofrimento estéril, uma resignação
passiva, mas de alguma forma percebemos que há uma ação frutuosa,
uma oferta silenciosa e corajosa, unida ao sacrifício redentor do seu filho
Jesus.
Quando olhamos para Maria, a mulher que sofre, com os olhos da nossa
fé, esse sofrimento ao invés de nos deprimir, revela-nos a profundidade
do amor de Deus por nós. Maria, de alguma forma, nos ensina que mesmo
na dor mais aguda podemos encontrar um sentido, uma possibilidade de
36
crescimento espiritual, que se dá com a união ao Mistério Pascal.
Da experiência da dor transfigurada, emerge um poderoso convite à
conversão. Olhando e contemplando como Maria suportou o sofrimento
por amor a nós e por nossa salvação, também nós somos chamados a não
permanecermos indiferentes diante do mistério da redenção.
Maria, a mulher doce e materna nos impele a abandonar os caminhos
do mal e abraçar o caminho da fé. A famosa frase de Maria nas bodas de
Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser” ainda ressoa para nós hoje como
um convite urgente a ouvir a voz de Jesus nos momentos de dificuldade,
nos momentos de provação, nos momentos de situações inesperadas e
desconhecidas.
Percebemos facilmente que o sofrimento de Maria não é um fim em si
mesmo, mas está intimamente ligado à redenção realizada por Cristo.
Que o seu exemplo de fé inabalável, mesmo na dor, seja para nós luz
n20ov2e5na e guia para transformar o nosso sofrimento em oportunidade de
crescimento espiritual e responder com generosidade ao urgente

4.7 Page 37

▲torna in alto
de maio 20 chamado à conversão. Que pela intercessão de Maria, o chamado de
Deus que ressoa no mais profundo do coração de cada ser humano
possa encontrar sentido, vazão, crescimento, mesmo nos momentos
mais difíceis e mais dolorosos.
A voz dos meninos
E nós, deixamo-nos consolar como as crianças?
Oração de um filho que sofre
Maria, tu que te revelas a quem sabe ver…
torna o meu coração capaz de se curar.
Quando estou no chão, mãe, estende-me a mão.
Quando me sinto destruído, mãe, junta os pedaços.
Quando o sofrimento toma conta, mãe, abre-me à esperança.
37
Para que eu não busque apenas a cura do corpo, mas perceba o quanto o
meu coração
precisa de paz.
E do pó levanta-me, mãe.
Levanta-me e todos os teus filhos que estão em provação.
Os que estão sob as bombas,
os perseguidos,
os injustamente encarcerados,
os feridos em seus direitos e dignidade,
aqueles cujas vidas são ceifadas cedo demais.
Levanta-os e consola-os
porque são teus filhos. Porque somos teus filhos.
Ave Maria…
Bem-aventurado quem vê com o coração.

4.8 Page 38

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38
Quando as pessoas pediam alguma graça especial, Dom Bosco
costumava dizer:
“se deseja obter graças da Bem-Aventurada Virgem, faça uma novena” (MB IX, 289).
A novena, segundo ele, deveria acontecer se possível “na igreja, com fé viva” como
um ato de fervorosa homenagem à Eucaristia. Segundo Dom Bosco, para que a
novena seja eficaz, as disposições da alma devem ser as seguintes:
Não coloque a sua esperança nas forças humanas, mas tenha fé em Deus.
Repousar o pedido totalmente em Jesus Sacramentado, fonte de graça,
de bondade e de bênção, e sobre o poder de Maria, que Deus quer
glorificar sobre a terra.
Acrescentar sempre à intenção “Seja feita a Tua vontade” e a condição “se
for para o bem da alma da pessoa”.
Três vezes: Pai Nosso… Ave Maria… Glória… para a Sagrada
Eucaristia, cada vez seguida pela oração: “Bendito e louvado seja a
cada momento o Santíssimo e Divino Sacramento”.
Três vezes: Salve a Rainha Santa ... seguidas pela oração: “Maria
Auxiliadora, rogai por nós”.
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção, implorado
a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós
desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem
entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e,
gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos
pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus
humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que Vos rogo. Ámen
CONDIÇÕES PESSOAIS REQUERIDAS:
Aproxime-se dos Sacramentos da Reconciliação e da Sagrada Eucaristia.
Faça uma oferta ou faça algum trabalho para apoiar o apostolado, preferencialmente
em nome da juventude.
n20ov2e5naRenove a sua fé em Jesus na Eucaristia e na devoção a Maria Auxiliadora.

4.9 Page 39

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4.10 Page 40

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Ser Filhos
Justiça e dignidade
Os filhos confiam, os filhos entregam-se. E uma mãe está sempre por perto.
Tu a vês mesmo quando ela não se mostra.
E nós, somos capazes de vê-la?
Bem-aventurado quem vê com o coração.
Nossa Senhora Aparecida
Os pequenos pescadores Domingos, Filipe e João
40
Ao amanhecer de 12 de outubro de 1717, Domingos Garcia, Filipe Pedroso
e João Alves empurraram o barco às águas do rio Paraíba que corria
perto da sua aldeia. Não pareciam ter sorte naquela manhã: lançaram as
redes por horas, sem nada pescar. Tinham quase decidido desistir, quando
João Alves, o mais jovem, quis fazer uma última tentativa. Lançou então
a rede nas águas do rio e puxou-a lentamente. Havia algo, mas não era
um peixe... parecia mais um pedaço de madeira. Quando o libertou das
malhas da rede, o pedaço de madeira revelou-se como uma estátua da
Virgem Maria, infelizmente sem a cabeça. João lançou novamente a rede
na água e desta vez, ao puxá-la, encontrou preso outro pedaço de madeira
de forma arredondada que parecia ser a cabeça da mesma estátua: tentou
juntar as duas peças e percebeu que se encaixavam perfeitamente. Como
obedecendo a um impulso, João Alves lançou novamente a rede na água
e, quando tentou puxá-la, viu que não conseguia, porque estava cheia de
peixes. Os seus companheiros também lançaram as redes na água e a pesca
daquele dia foi verdadeiramente abundante.
n20ov2e5na

5 Pages 41-50

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5.1 Page 41

▲torna in alto
de maio21
A mãe vê as necessidades dos filhos; Maria viu as necessidades
dos três pescadores e foi em socorro deles. Os filhos deram-lhe
todo o amor e a dignidade que se pode dar a uma mãe: juntaram os
dois pedaços da estátua, colocaram-na numa cabana e fizeram dela
um santuário. Do alto da cabana, Nossa Senhora Aparecida – que
quer dizer aquela que apareceu – salvou um filho seu, um escravo que
fugia dos patrões: viu o seu sofrimento e devolveu-lhe a dignidade. E
hoje, aquela cabana é o maior santuário mariano do mundo e traz o
nome de Basílica de Nossa Senhora Aparecida.
Maria, Mãe que vê.
Tu, que viste o sofrimento dos teus filhos maltratados, a começar
pelos discípulos, te colocaste ao lado dos teus filhos mais pobres
e perseguidos. Foi deles que te aproximaste, foi a eles que te
manifestaste.
41
Não te escondas do olhar da mãe: ela enxerga até os teus desejos
e necessidades mais secretos.
Intervenção Do Reitor-Mor
Maria Santíssima, dignidade e justiça social.
A Bem-Aventurada Virgem Maria é um espelho da dignidade humana
plenamente realizada, silenciosa, mas poderosa e inspiradora para
um correto sentido da experiência social. Refletir sobre a figura de
Maria em relação a esses temas revela uma perspectiva profunda e
surpreendentemente atual.
Olhemos para Maria, a mulher plena de dignidade, como um dom
que, para nós hoje, nos ajuda a olhar para a sua pureza original, que

5.2 Page 42

▲torna in alto
não a coloca num pedestal inacessível, mas a revela na plenitude daquela
dignidade pela qual todos nos sentimos um pouco atraídos, chamados.
Contemplando Maria, vemos brilhar a beleza e a nobreza precisamente da
dignidade do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus, livre
do jugo do pecado, plenamente aberto ao amor divino, uma humanidade
que não se perde nos detalhes, nas coisas superficiais.
Podemos dizer que o “sim” livre e consciente de Maria é aquele gesto de
autodeterminação que a eleva ao nível da vontade de Deus, que entra de
alguma forma na lógica de Deus. Sua humildade a torna ainda mais livre,
longe de ser diminuída pela humildade. A humildade de Maria se torna a
consciência da verdadeira grandeza que vem de Deus.
42
Essa dignidade de Maria nos ajuda a olhar como nós estamos vivendo
a nossa dignidade no cotidiano. O tema da justiça social pode parecer
menos explícito, mas a partir de uma leitura contemplativa e atenta do
Evangelho, especialmente do Magnificat, somos capazes de captar, sentir
e encontrar aquele espírito revolucionário que proclama a derrubada dos
poderosos de seus tronos e a elevação dos humildes, isto é, a derrubada
da lógica mundana e a atenção privilegiada de Deus para com os pobres
e os famintos.
Palavras que fluem de um coração humilde, cheio do Espírito Santo.
Podemos dizer que são um manifesto de justiça social “ante litteram”,
uma antecipação do Reino de Deus, onde os últimos serão os primeiros.
Contemplemos Maria para que nos sintamos atraídos por esta dignidade
que não se limita a fechar-se em si mesma, mas é uma dignidade que no
Magnificat nos desafia a não permanecer fechados na nossa lógica, mas a
abrir-nos, louvando a Deus, procurando viver o dom recebido para o bem
n20ov2e5na

5.3 Page 43

▲torna in alto
de maio21
da humanidade, com dignidade para o bem dos pobres, para o bem
daqueles que são os descartados da sociedade.
A voz dos meninos
E nós, nos escondemos ou dizemos tudo, como fazem
as crianças?
Oração de um filho que tem medo
Maria, tu que te mostras a quem sabe ver…
torna o meu coração capaz de restituir dignidade.
Na hora da provação, olha para as minhas falhas e preenche-as.
Na hora do cansaço, olha para as minhas fraquezas e cura-as.
Na hora da espera, olha para as minhas impaciências e cuida delas.
Para que eu, olhando para os meus irmãos, possa olhar para as suas falhas
e preenchê-las,
ver as suas fraquezas e curá-las, sentir as suas impaciências e cuidar delas.
Porque nada cura como o amor e ninguém é forte como a mãe que busca
justiça para seus filhos.
Então, também eu, Mãe, detenho-me aos pés da cabana, olho com olhos
confiantes para a tua imagem e peço-te pela dignidade de todos os teus
filhos.
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Ave Maria…
Bem-aventurado quem vê com o coração.

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Quando as pessoas pediam alguma graça especial, Dom Bosco
costumava dizer:
“se deseja obter graças da Bem-Aventurada Virgem, faça uma novena” (MB IX, 289).
A novena, segundo ele, deveria acontecer se possível “na igreja, com fé viva” como
um ato de fervorosa homenagem à Eucaristia. Segundo Dom Bosco, para que a
novena seja eficaz, as disposições da alma devem ser as seguintes:
Não coloque a sua esperança nas forças humanas, mas tenha fé em Deus.
Repousar o pedido totalmente em Jesus Sacramentado, fonte de graça,
de bondade e de bênção, e sobre o poder de Maria, que Deus quer
glorificar sobre a terra.
Acrescentar sempre à intenção “Seja feita a Tua vontade” e a condição “se
for para o bem da alma da pessoa”.
Três vezes: Pai Nosso… Ave Maria… Glória… para a Sagrada
Eucaristia, cada vez seguida pela oração: “Bendito e louvado seja a
cada momento o Santíssimo e Divino Sacramento”.
Três vezes: Salve a Rainha Santa ... seguidas pela oração: “Maria
Auxiliadora, rogai por nós”.
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção, implorado
a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós
desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem
entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e,
gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos
pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus
humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que Vos rogo. Ámen
CONDIÇÕES PESSOAIS REQUERIDAS:
Aproxime-se dos Sacramentos da Reconciliação e da Sagrada Eucaristia.
Faça uma oferta ou faça algum trabalho para apoiar o apostolado, preferencialmente
em nome da juventude.
n20ov2e5naRenove a sua fé em Jesus na Eucaristia e na devoção a Maria Auxiliadora.

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5.6 Page 46

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Ser Filhos
Doçura e quotidianidade
Os filhos confiam, os filhos entregam-se. E uma mãe está sempre por perto.
Tu a vês mesmo quando ela não se mostra.
E nós, somos capazes de vê-la?
Bem-aventurado quem vê com o coração.
Nossa Senhora de Benneux
A pequena Marieta de Banneux
46
No dia 18 de janeiro, Marieta está no jardim, rezando o terço. Maria aparece
e leva-a até uma pequena nascente à beira da floresta, dizendo: «Esta
nascente é minha», e convida a menina a mergulhar a mão e o terço na
água. O pai e mais duas pessoas acompanharam, com indescritível espanto,
todos os gestos e palavras de Marieta. Naquela mesma noite, o primeiro
a ser tocado pela graça de Banneux foi justamente o pai de Marieta, que
correu para se confessar e receber a Eucaristia: ele não se confessava desde
a Primeira Comunhão.
No dia 19 de janeiro, Marieta pergunta: «Senhora, quem és?». «Sou a Virgem
dos pobres».
À nascente, acrescenta: «Esta nascente é minha, para todas as nações, para
os doentes. Venho consolá-los!».
Marieta é uma garota comum que vive os seus dias como todos nós, como
os nossos filhos, os nossos netos. A sua vila é pequena e desconhecida.
Ela reza para permanecer próxima de Deus. Reza para a sua mãe celeste
n20ov2e5na manter viva a sua ligação com ela. E Maria fala-lhe com doçura, num

5.7 Page 47

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de maio22
lugar que lhe é familiar. Aparecerá para ela várias vezes, a ela
confiará segredos e dirá para rezar pela conversão do mundo: para
Marieta, essa é uma mensagem forte de esperança. Todos os filhos
são abraçados e consolados pela Mãe, toda a doçura que Marieta
encontra na “Senhora gentil” ela transmite ao mundo. E desse
encontro nasce uma grande corrente de amor e espiritualidade que
encontra o seu cumprimento no santuário de Nossa Senhora de
Benneux.
Maria, Mãe que permanece ao lado.
Tu, que permaneceste ao lado dos teus filhos, sem nunca perder
nenhum deles, iluminaste o caminho de todos os dias dos mais
humildes. Deles te aproximaste, a eles te manifestaste.
Abandonados no abraço de Maria: não temas, ela vai consolar-te.
47
Intervenção Do Reitor-Mor
Maria Santíssima, educação e amor.
A Bem-Aventurada Virgem Maria é uma mestra de educação
incomparável, porque é uma fonte inesgotável de amor e quem ama
educa; educa verdadeiramente quem ama.
Refletindo sobre a figura de Maria em relação a esses dois pilares
do crescimento humano e espiritual, temos aqui um exemplo a
contemplar, a levar a sério, a adotar em nossas escolhas diárias.
A educação que emana de Maria não se faz de preceitos, de
ensinamentos formais, mas se manifesta através de seu exemplo
de vida. Um silêncio contemplativo que fala; sua obediência à
vontade de Deus, humilde e grande ao mesmo tempo; sua profunda
humanidade.

5.8 Page 48

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O primeiro aspecto educativo que Maria nos comunica é o da escuta.
Escuta da Palavra de Deus, escuta daquele Deus que está continuamente
presente para nos ajudar, para nos acompanhar. Maria guarda em seu
coração, medita com cuidado, promove a escuta atenta da Palavra de
Deus e, da mesma forma, das necessidades dos outros. Maria nos educa
àquela humildade que não escolhe permanecer distante e passiva, mas
sim para aquela humildade que, ao mesmo tempo em que reconhecemos
nossa pequenez diante da grandeza de Deus, nos colocamos como
protagonistas a seu serviço. Nosso coração está aberto para sermos
verdadeiramente aqueles que acompanhamos, vivemos o projeto que
Deus tem para nós.
48
Maria é um exemplo que nos ajuda a nos deixarmos educar pela fé; ela
nos educa para a perseverança, permanecendo firmes no amor a Jesus,
até o pé da cruz.
Educação e amor. O amor de Maria é o coração pulsante de sua existência,
continua sendo para nós; cada vez que nos aproximamos de Maria
sentimos esse amor materno que se estende a todos nós. É um amor
por Jesus que se torna amor pela humanidade. O coração de Maria que
se abre com aquela ternura infinita que ela recebe de Deus, que ela
comunica a Jesus, aos seus filhos espirituais.
Peçamos ao Senhor que, contemplando o amor de Maria, que é um amor
que educa, sejamos impelidos a superar o nosso egoísmo, os nossos
fechamentos e a abrir-nos aos outros. Em Maria, vemos uma mulher que
educa com amor e que ama com um amor que é educativo. Peçamos ao
Senhor que nos dê o dom de um amor, que é o dom do Seu amor, que por
sua vez é um amor que nos purifica, nos sustenta, nos faz crescer, para
que o nosso exemplo seja verdadeiramente um exemplo que comunica
amor e, comunicando amor, possamos deixar-nos educar por ela e que ela
nos ajude, para que o nosso exemplo também eduque os outros.
n20ov2e5na

5.9 Page 49

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de maio22
A voz dos meninos
E nós, somos capazes de nos entregar como fazem
as crianças?
Oração de um filho dos nossos dias
Maria, tu que te mostras a quem sabe ver…
torna o meu coração manso e dócil.
Quem vai reconstruir-me, depois de quebrar-me sob o peso das cruzes
que carrego?
Quem vai trazer luz aos meus olhos, depois de ver os escombros da
crueldade humana?
Quem vai aliviar o sofrimento da minha alma, depois dos erros que
cometi no meu caminho?
Só tu, minha mãe, podes consolar-me.
Abraça-me e permanece comigo para evitar que eu me quebre em mil
pedaços.
Minha alma descansa em ti e encontra paz como uma criança nos
braços da mãe.
49
Ave Maria…
Bem-aventurado quem vê com o coração.

5.10 Page 50

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50
Quando as pessoas pediam alguma graça especial, Dom Bosco
costumava dizer:
“se deseja obter graças da Bem-Aventurada Virgem, faça uma novena” (MB IX, 289).
A novena, segundo ele, deveria acontecer se possível “na igreja, com fé viva” como
um ato de fervorosa homenagem à Eucaristia. Segundo Dom Bosco, para que a
novena seja eficaz, as disposições da alma devem ser as seguintes:
Não coloque a sua esperança nas forças humanas, mas tenha fé em Deus.
Repousar o pedido totalmente em Jesus Sacramentado, fonte de graça,
de bondade e de bênção, e sobre o poder de Maria, que Deus quer
glorificar sobre a terra.
Acrescentar sempre à intenção “Seja feita a Tua vontade” e a condição “se
for para o bem da alma da pessoa”.
Três vezes: Pai Nosso… Ave Maria… Glória… para a Sagrada
Eucaristia, cada vez seguida pela oração: “Bendito e louvado seja a
cada momento o Santíssimo e Divino Sacramento”.
Três vezes: Salve a Rainha Santa ... seguidas pela oração: “Maria
Auxiliadora, rogai por nós”.
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção, implorado
a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós
desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem
entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e,
gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos
pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus
humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que Vos rogo. Ámen
CONDIÇÕES PESSOAIS REQUERIDAS:
Aproxime-se dos Sacramentos da Reconciliação e da Sagrada Eucaristia.
Faça uma oferta ou faça algum trabalho para apoiar o apostolado, preferencialmente
em nome da juventude.
n20ov2e5naRenove a sua fé em Jesus na Eucaristia e na devoção a Maria Auxiliadora.

6 Pages 51-60

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6.1 Page 51

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6.2 Page 52

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Ser Filhos
Construção e sonho
Os filhos confiam, os filhos entregam-se. E uma mãe está sempre por perto.
Tu a vês mesmo quando ela não se mostra.
E nós, somos capazes de vê-la?
Bem-aventurado quem vê com o coração.
Maria Auxiliadora
O pequeno Joãozinho Bosco
Quando eu tinha 9 anos, tive um sonho que ficou profundamente gravado
52
na minha mente para toda a vida. No sonho, parecia estar perto de casa, em
um pátio muito espaçoso, onde uma multidão de crianças estava reunida,
brincando. Algumas riam, outras jogavam, e não poucas blasfemavam. Ao
ouvir aquelas blasfêmias, imediatamente me lancei no meio delas, usando
golpes e palavras para fazê-las calar. Naquele momento, apareceu um
homem venerando, de idade viril, vestido nobremente.
— Não com golpes, mas com mansidão e caridade deves conquistar esses
teus amigos.
— Quem és tu, perguntei, que me ordenas algo impossível?
— Justamente porque essas coisas te parecem impossíveis, deves torná-las
possíveis com obediência e com a aquisição da ciência.
— Onde, e por quais meios, poderei adquirir a ciência?
— Eu te darei a mestra sob cuja disciplina podes tornar-te sábio, e sem a
qual toda sabedoria se torna tolice.
Naquele momento, vi ao lado dele uma mulher de aspecto majestoso,
vestida com um manto que brilhava por todos os lados, como se cada ponto
novena 2025
dele fosse uma estrela muito brilhante.

6.3 Page 53

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de maio 23
— Eis o teu campo, eis onde deves trabalhar. Torna-te humilde, forte
e robusto: e o que agora vês acontecer com esses animais, tu deverás
fazer pelos meus filhos.
Então voltei o olhar e, em vez de animais ferozes, apareceram muitos
cordeiros mansos, que, pulando, corriam ao redor balindo, como para
festejar aquele homem e aquela senhora. Nesse ponto, ainda no sonho,
comecei a chorar e pedi para que falasse de modo que eu pudesse
entender, pois eu não sabia o que aquilo queria significar. Então ela
colocou a mão sobre minha cabeça dizendo:
— A seu tempo, tudo compreenderás.
Maria guia e acompanha Joãozinho Bosco ao longo da sua vida e
missão. Ele, ainda criança, descobre a sua vocação através de um
sonho. Não entenderá, mas se deixará guiar. Não compreenderá por
muitos anos, mas no final estará consciente de que “foi ela que tudo
fez” E a mãe, tanto a terrena quanto a celeste, será a figura central
53
na vida desse filho que se fará pão para os seus filhos. E, depois de
encontrar Maria em seus sonhos, João Bosco, já sacerdote, erguerá
um santuário a Nossa Senhora para que todos os seus filhos possam
entregar-se a ela. Será dedicado a Maria Auxiliadora, porque ela foi
o seu porto seguro, a sua ajuda constante. Assim, todos que entram
na Basílica de Maria Auxiliadora em Turim são acolhidos sob o manto
protetor de Maria, que se torna sua guia.
Maria, Mãe que acompanha / que guia
Tu, que acompanhaste o teu filho Jesus em todo o seu caminho, te
propuseste como guia para aqueles que souberam ouvir-te com o
entusiasmo que só as crianças sabem ter. Deles te aproximaste, a eles
te manifestaste.
Deixe-se acompanhar: a Mãe estará sempre ao teu lado para
indicar-te o caminho.

6.4 Page 54

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Intervenção Do Reitor-Mor
Maria Santíssima, auxílio na conversão.
A Bem-Aventurada Virgem Maria é uma ajuda poderosa e silenciosa em
nossa jornada de crescimento.
É uma jornada que precisa se libertar continuamente daquilo que a im-
pede de crescer. É uma jornada que deve se renovar continuamente, não
para retroceder ou se deter em cantos escuros de sua existência. Eis aí a
conversão.
A presença de Maria é um farol de esperança, é um convite constante
para continuarmos caminhando em direção a Deus, para ajudar nosso
coração a estar continuamente focado em Deus, em Seu amor. Refletir
sobre Maria, sobre seu papel, significa descobrir uma Maria que não im-
põe, que não julga, mas que apoia e encoraja, com sua humildade, com
seu amor materno; ajuda nosso coração a permanecer próximo dela para
54
nos aproximarmos cada vez mais de seu filho Jesus, que é o caminho, a
verdade e a vida.
Este “sim” de Maria na anunciação continua válido também para nós, que
abre à humanidade a história da salvação que é alcançável e acessível. Sua
intercessão nas Bodas de Caná ampara aqueles que se encontram em si-
tuações inesperadas, inéditas. Maria é um modelo de conversão contínua.
Sua vida, uma vida de Imaculada, foi, no entanto, uma adesão progressiva
à vontade de Deus, um caminho de fé que a conduziu por alegrias e triste-
zas, culminando no sacrifício do Calvário.
A perseverança de Maria em seguir Jesus torna-se um convite para nós,
para que também possamos experimentar essa proximidade contínua,
essa transformação interior, que sabemos bem ser um processo gradual,
mas que requer perseverança, humildade e confiança na graça de Deus.
Maria auxilia na conversão por meio de uma escuta muito atenta e focada
da Palavra de Deus. Uma escuta que nos ajuda a encontrar a força para
abandonar os caminhos do pecado, porque reconhecemos a força, a be-
n20ov2e5na leza de caminhar em direção a Deus. Dirijamo-nos a Maria com confiança
filial, porque isso significa que nós, ao mesmo tempo que reconhecemos

6.5 Page 55

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de maio 23
nossas fragilidades, nossos pecados, nossos defeitos, queremos fomen-
tar esses desejos de mudança. Uma mudança de coração que quer ser
acompanhada pelo coração materno de Maria. Em Maria encontramos
essa preciosa ajuda para discernir as falsas promessas do mundo e re-
descobrir a beleza e a verdade do Evangelho. Que Maria, auxílio dos cri-
stãos, seja para todos nós uma ajuda contínua para descobrir a beleza do
Evangelho, para aceitar caminhar em direção à bondade e à grandeza da
Palavra de Deus viva nos corações e para poder comunicá-la aos outros.
A voz dos meninos
E nós, somos capazes de deixar-nos pegar pela
mão como as crianças?
Oração de um filho entorpecido
55
Maria, tu que te mostras a quem sabe ver…
faz com que o meu coração seja capaz de sonhar e construir.
Eu, que não deixo ninguém me ajudar.
Eu, que desanimo, perco a paciência e nunca acredito ter construído algo.
Eu, que sempre penso ser um fracasso.
Hoje quero ser filho, aquele filho capaz de te dar a mão, minha Mãe,
para ser acompanhado pelos caminhos da vida.
Mostra-me meu campo,
mostra-me meu sonho
e faz com que, no final, eu também possa compreender tudo e reconhecer a tua
passagem
pela minha vida.
Ave Maria…
Bem-aventurado quem vê com o coração.

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Quando as pessoas pediam alguma graça especial, Dom Bosco
costumava dizer:
“se deseja obter graças da Bem-Aventurada Virgem, faça uma novena” (MB IX, 289).
A novena, segundo ele, deveria acontecer se possível “na igreja, com fé viva” como
um ato de fervorosa homenagem à Eucaristia. Segundo Dom Bosco, para que a
novena seja eficaz, as disposições da alma devem ser as seguintes:
Não coloque a sua esperança nas forças humanas, mas tenha fé em Deus.
Repousar o pedido totalmente em Jesus Sacramentado, fonte de graça,
de bondade e de bênção, e sobre o poder de Maria, que Deus quer
glorificar sobre a terra.
Acrescentar sempre à intenção “Seja feita a Tua vontade” e a condição “se
for para o bem da alma da pessoa”.
Três vezes: Pai Nosso… Ave Maria… Glória… para a Sagrada
Eucaristia, cada vez seguida pela oração: “Bendito e louvado seja a
cada momento o Santíssimo e Divino Sacramento”.
Três vezes: Salve a Rainha Santa ... seguidas pela oração: “Maria
Auxiliadora, rogai por nós”.
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que tenha recorrido à Vossa protecção, implorado
a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós
desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem
entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e,
gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos
pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus
humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o
que Vos rogo. Ámen
CONDIÇÕES PESSOAIS REQUERIDAS:
Aproxime-se dos Sacramentos da Reconciliação e da Sagrada Eucaristia.
Faça uma oferta ou faça algum trabalho para apoiar o apostolado, preferencialmente
em nome da juventude.
n20ov2e5naRenove a sua fé em Jesus na Eucaristia e na devoção a Maria Auxiliadora.

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SALESIAN OF DON BOSCO
EDIZIONE EXTRA COMMERCIALE
Sede Centrale Salesiana
via Marsala, 42 - 00185 ROMA