Famiglia_Salesiana_2020_pt


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A Família Salesiana
de Don Bosco

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A Família Salesiana de Dom Bosco
Coordenador
P. Jayapalan Raphael, SDB
Secretariado da Família Salesiana
P. Eusebio Muñoz, SDB
(Delegado do Reitor-Mor para a Família Salesiana)
P. Giuseppe Casti, SDB, Delegado Mundial ASSCC
P. Pierluigi Cameroni, SDB, Animador ADMA
P. Joan Lluís Playà, SDB, Assistente espiritual VDB, CDB
P. Jayapalan Raphael, SDB, Delegado Mundial EXA-DB
Ir. Maria Luisa Miranda, FMA
Sra. Dina Moscioni, TR
Sra. Cristiane Monteiro, CN
Colaboradores
P. Luigi Fedrizzi, "SDB"
Sr. Luciano Arcarese
Sr. Gaetano Cavallaro
Sr. Pierluigi Lazzarini
Sr. Oswaldo Dalpiaz
Tradutor
P. José Antenor Velho, "SDB"
Capa
Alfredo Franciosa
Layout
P. Pierluigi Lanotte, SDB
Chiara Veneruso
IME Comunicação – Nápoles
Copyright
Sede Centrale Salesiana
Via Marsala, 42, 00185 Roma, Itália
Tel. 06 656 121
Janeiro de 2020
Impressão
a/c de EDEBÊ Brasília, Brasil

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Índice
Apresentação P. Ángel Artime Fernandez, SDB, Reitor-Mor
Introdução – P. Eusebio Muñoz, SDB
Oração a Dom Bosco
Abreviações
p. 11
13
15
16
Carta da Identidade Carismática da Família Salesiana de Dom Bosco 17
Capítulo I: A Família Salesiana na Igreja
19
Art. 1. Experiência carismática e espiritual do Fundador
19
Art. 2. Desenvolvimento da Família
20
Art. 3. Configuração institucional
21
Art. 4. Unidade na diversidade
22
Art. 5. O Mistério Trinitário fonte da comunhão
23
Art. 6. Na comunhão da Igreja
24
Art. 7. Por um novo humanismo cristão
25
Art. 8. A contribuição preciosa da mulher
26
Art. 9. Por novas formas de solidariedade
27
Art. 10. No intercâmbio de dons
28
Art. 11. Com Maria em casa
29
Art. 12. Com referência a Dom Bosco
30
Art. 13. O Reitor-Mor na Família Salesiana
31
Capítulo II: A Missão
35
Art. 14. Missão carismática na Igreja e para a Igreja
35
Art. 15. Família apostólica
36
Art. 16. Missão juvenil, popular e missionária
37
Art. 17. Serviço ao Evangelho
39
Art. 18. Nos novos contextos religiosos e culturais
40
Art. 19. Comunhão e colaboração na missão
42
Art. 20. Autonomia e originalidade de cada Grupo
43
Art. 21. Corresponsabilidade apostólica
44
Capítulo III: A espiritualidade da Família Salesiana
47
Art. 22. Horizontes da espiritualidade apostólica da Família Salesiana 47
Art. 23. Colaborar com Deus Pai
47
Art. 24. Viver os sentimentos de Cristo
48
Art. 25. Ser dóceis ao Espírito
49
Art. 26. Comunhão e missão na Igreja
50
Art. 27. Espiritualidade do cotidiano
51
5

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Art. 28. A "contemplação operante" de Dom Bosco
Art. 29. Caridade apostólica dinâmica
Art. 30. Graça de unidade
Art. 31. Predileção pelos jovens e dedicação à classe popular
Art. 32. Bondade salesiana
Art. 33. Otimismo e alegria na esperança
Art. 34. Trabalho e temperança
Art. 35. Iniciativa e maleabilidade
Art. 36. O espírito salesiano de oração
Art. 37. Maria Auxiliadora, Mestra de espiritualidade apostólica
p. 52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
Capítulo IV: Formação à comunhão e missão na Família Salesiana
65
Art. 38. Conhecimento das identidades específicas
65
Art. 39. Formação compartilhada
65
Art. 40. Inserção nos diversos contextos
67
Art. 41. Metodologia de colaboração
68
Art. 42. Papel do sacerdote na Família Salesiana
69
Capítulo V: Composição e animação da Família Salesiana
71
Art. 43. Uma Família em crescimento
71
Art. 44. Uma Família aberta
71
Art. 45. Pontos de referência
72
Art. 46. Organismos de animação e momentos de encontro
73
Santidade na Família Salesiana
75
Família Salesiana: Família de Santos
79
Elenco em 1º de janeiro de 2020
80
Grupos da Família Salesiana
85
Os Grupos
87
1. Sociedade de São Francisco de Sales (SDB)
89
2. Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA)
103
3. Associação dos Salesianos Cooperadores (ASSCC)
115
4. Associação de Maria Auxiliadora (ADMA)
125
5. Associação dos Ex-alunos/as de Dom Bosco (EXA-DB)
131
6. Associação das Ex-alunas/os das Filhas de Maria Auxiliadora (EXA-FMA)141
7. Instituto Secular das Voluntárias de Dom Bosco (VDB)
149
8. Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria (HHSSCC)
157
9. Salesianas Oblatas do Sagrado Coração de Jesus (SOSC)
167
10. Apóstolas da Sagrada Família (ASF)
175
6

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11. Irmãs da Caridade de Jesus (SCG)
12. Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora (SIHM)
13. Filhas do Divino Salvador (HDS)
14. Servas do Coração Imaculado de Maria (SIHM)
15. Irmãs de Jesus Adolescente (IJA)
16. Associação das Damas Salesianas (ADS)
17. Voluntários Com Dom Bosco (CDB)
18. Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora (SMI)
19. Filhas da Realeza de Maria Imaculada (DQM)
20. Testemunhas do Ressuscitado (TR)
21. Congregação de São Miguel Arcanjo – Micaelitas (CSMA)
22. Congregação das Irmãs da Ressurreição (HR)
23. Congregação das Irmãs Anunciadoras do Senhor (SAL)
24. Discípulos (DISC)
25. Canção Nova (CN)
26. Irmãs de São Miguel Arcanjo – Micaelitas (CSSMA)
27. Irmãs de Maria Auxiliatrix (SMA)
28. Comunidade da Missão de Dom Bosco (CMB)
29. Irmãs da Realeza de Maria Imaculada (SQM)
30. Irmãs da Visitação de Dom Bosco (VSDB) 
31. Fraternidade Contemplativa de Nazaré (FCMN)
32. Irmãs Mediadeiras da Paz (MP)
Informações gerais
- Quando surgiram os Grupos
- Onde e por quem os Grupos foram fundados
- Patronos dos Grupos
- Identidade Canônica – Eclesial
- Consistência numérica dos Grupos
- Endereço dos Grupos
p. 181
189
195
201
209
217
223
229
237
245
251
255
261
267
275
285
291
297
303
309
315
325
333
335
337
339
341
343
345
7

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Papa Francisco:
“A Família Salesiana na Igreja
a serviço dos Jovens”

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Apresentação
“Com humilde e alegre gratidão reconhecemos que
Dom Bosco, por iniciativa de Deus e a maternal intervenção de Maria,
deu início na Igreja a uma experiência original de vida evangélica. O
Espírito formou nele um coração cheio de grande amor por Deus e
pelos irmãos, sobretudo os pequenos e os pobres, fazendo dele Pai e
Mestre de uma multidão de jovens e, também, Fundador de uma vasta
Família espiritual e apostólica”.
Com estas palavras tem início a Carta de Identidade da Família
Salesiana, texto elaborado há algum tempo, no qual, como Grupos e
indivíduos, nós nos reconhecemos e nos sentimos unidos no espírito
de Dom Bosco, e exprimimos a identidade do Carisma Salesiano
cujo patrimônio pertence à Igreja e que nós conservamos e fazemos
frutificar.
Todavia, além de compartilhar o carisma e a missão, comuns a todos
nós, como nas famílias, o conhecimento recíproco e a estima são
fundamentais para criar laços fortes e sólidos. Por isso, a referida Carta
de Identidade recorda-nos, no artigo 38, que “a comunhão da Família
Salesiana se fundamenta, além de no carisma comum e na mesma
missão, também no conhecimento e apreço dos diversos Grupos que a
compõem. De fato, a unidade não é uniformidade, mas pluralidade de
expressões que convergem para um único centro”.
Com isto pretendo apresentar, queridos irmãos e irmãs da Família
Salesiana, esta publicação muito cara a mim e que desejei fosse
publicada, e vem à luz quase no final do sexênio do meu serviço como
Reitor-Mor. O conteúdo não é novo. Ainda em 1988, ano do centenário
da morte de Dom Bosco, foi feita uma primeira edição que mencionava
os grupos oficialmente reconhecidos como pertencentes à Família
Salesiana e outros em vias de reconhecimento oficial.
O volume publicado em 2000, incluía apenas os Grupos oficialmente
reconhecidos que, naquele tempo, eram 20. Na mesma publicação,
11

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dizia-se que outros Grupos poderiam ser reconhecidos oficialmente no
futuro.
Passaram-se 19 anos e, depois de longos e exigentes processos de
discernimento e amadurecimento, com a bênção do Senhor, a Família
Salesiana de Dom Bosco é formada hoje por 32 Grupos presentes nos
cinco continentes. Grupos, todos, que têm no Reitor-Mor o seu ponto
de referência: “em força da sua comunhão apostólica de natureza
carismática, os Grupos que constituem a Família Salesiana reconhecem
no Reitor-Mor, Sucessor de Dom Bosco, o Pai e o centro de unidade da
mesma Família” (Carta de identidade, n.45).
O “Livro da Família”, que vos apresento, é, acima de tudo, motivo de
agradecimento a Deus pelo dom que a nossa Família Salesiana é para
a Igreja, fruto da ação do Espírito Santo, em vista de uma missão. É
também motivo de agradecimento ao Senhor Jesus pela proteção
materna que Maria Sua Mãe exerce sobre toda a Igreja e sobre esta
humilde Família Religiosa que é e se reconhece como Família mariana.
Trata-se, enfim, de uma bela oportunidade para agradecer ao Espírito
de Deus por nos ter dado nosso Pai Dom Bosco, uma vez que esta
Família não nasceu como fruto de simples projeto humano, mas por
iniciativa de Deus.
A Ele nos entregamos confiantes como Família para sempre
buscar o bem dos/as adolescentes e jovens, entre os mais pobres e
necessitados, os que são descartados deste mundo, tornando-se uma
presença encorajadora e uma mediação para suas famílias (quando as
tem) e ser sempre mais sensíveis às necessidades e expectativas da
gente simples e que busca a Deus.
Concluo agradecendo o generoso trabalho daqueles que tornaram esta
publicação possível e elevo a minha oração, em nome de nossa Família
Salesiana, Família de Dom Bosco, pedindo a Deus que nos conceda a
graça de sermos sempre fiéis e que, guiados por Maria Auxiliadora,
caminhemos com alegria, ao lado dos jovens, pelo caminho que leva
ao Amor.
Turim - Valdocco, 8 de dezembro de 2019
P. Ángel Fernández Artime, SDB
12
X Sucessor de Dom Bosco

2.3 Page 13

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Introdução
Por ocasião do encontro do Conselho Mundial da
Família Salesiana, o Reitor-Mor, P. Ángel Fernández Artime, convidou-
nos a elaborar uma nova edição do livro “A Família Salesiana de Dom
Bosco”.
A edição de 2000 está, de fato, desatualizada, pois, nos últimos anos,
novos Grupos foram aceitos na Família de Dom Bosco. O P. Ángel
evidenciou também como esta realidade eclesial tenha feito um longo
e rico caminho, com mudanças muito significativas. Por essa razão,
pareceu-nos não só oportuno, mas também necessário preparar uma
nova edição deste precioso volume.
Iniciou-se, então, a preparação desta nova edição. Alguns membros do
Secretariado para a Família Salesiana, P. Eusebio Muñoz, P. Giuseppe
Casti, P. Jayapalan Raphael, P. Pierluigi Cameroni e P. Joan Lluís Playà,
assumiram este trabalho e, depois de um longo e laborioso caminho,
chegou-se ao texto que tendes em mãos. O trabalho de coordenação,
feito pelo P. Jayapalan, foi decisivo para o resultado do projeto. As
contínuas sugestões e orientações do Reitor-Mor permitiu-nos
caminhar com segurança para objetivos concretos.
A partir da edição original em italiano, o livro foi traduzido para o
francês, inglês, polonês, português e espanhol. Respondeu-se assim
à universalidade da Família Salesiana, oferecendo um documento
significativo nas principais línguas dos Grupos. Um número considerável
de pessoas contribuiu para a tradução, a quem agradecemos pela
dedicação e competência.
A reedição do livro ajuda-nos a melhor compreender a vitalidade de
uma Família carismática da Igreja que cresceu de modo significativo,
tanto quantitativa como qualitativamente. É fácil perceber que o
notável aumento do número dos Grupos ao longo dos anos demonstra
a atualidade do Carisma Salesiano. Este crescimento surpreendente,
acompanhado de uma mudança contínua em todos os Grupos, reflete
13

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a profundidade da resposta que a Família de Dom Bosco está a dar aos
desafios de um tempo, como o nosso, em contínua evolução.
O livro exprime, portanto, a resposta da Família Salesiana aos
constantes apelos de Deus, seguindo os passos traçados por Dom
Bosco. Os destinatários do livro são, em primeiro lugar, os Grupos da
Família Salesiana e cada um dos seus membros. Quer ser também
um instrumento para tornar visível a Família Salesiana na Igreja e na
sociedade, junto com o grande número de pessoas inspiradas em Dom
Bosco e na sua mensagem educativa.
Esperamos que estas páginas sejam uma razão a mais para agradecer
a Deus pelo inestimável dom da Família Salesiana à sociedade e à
Igreja. O conteúdo do livro torna-se um convite a responder a Deus
com fidelidade. Participamos de uma história sagrada, marcada por
numerosos testemunhos de santidade, em que Maria Auxiliadora
continua a fazer milagres, acompanhando a nossa resposta à vocação
recebida e aos constantes apelos dos nossos destinatários.
Fraternalmente,
P. Eusebio Muñoz, SDB
Delegado do Reitor-Mor para a Família Salesiana
14

2.5 Page 15

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ORAÇÃO A DOM BOSCO
Pai e Mestre da juventude,
São João Bosco,
que, dócil aos dons do Espírito Santo,
deixaste em herança à Família Salesiana
o tesouro de tua predileção
“pelos pequenos e pelos pobres”,
ensina-nos a ser para eles
todos os dias
sinais e portadores do amor de Deus,
cultivando em nosso espírito
os mesmos sentimentos
de Cristo Bom Pastor.
Pede para todos os membros da tua Família
um coração cheio de bondade,
de constância no trabalho,
de sabedoria no discernimento,
de coragem para testemunhar o sentido de Igreja
e de generosidade missionária.
Obtém-nos do Senhor
a graça de sermos fiéis
à aliança especial
que o Senhor fez conosco,
e faze com que,
guiados por Maria Auxiliadora,
percorramos com alegria,
com os jovens,
o caminho que conduz ao Amor.
Amém.
15

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Abreviações
AA Apostolicam Actuositatem: decreto do Concilio Vaticano II sobre o apostolado dos leigos
AG Ad Gentes: decreto do Concilio Vaticano II sobre a atividade missionária
CD Christus Dominus: decreto do Concilio Vaticano II sobre o ministério dos Bispos
ACG Atos do Conselho Geral SDB
ACGE Atos do Capítulo Geral Especial SDB (1971-1972)
ChL Christifideles Laici: Exortação Apostólica de João Paulo II sobre a fidelidade dos leigos
(1988)
Const Constituições (+ a sigla do grupo da FS)
DCE Deus Caritas Est: Encíclica do Papa Bento XVI (2006)
FS Família Salesiana
GS Gaudium et Spes: Constituição Pastoral do Concilio Vaticano II sobre a Igreja no mundo
contemporâneo
LG Lumen Gentium: Constituição dogmática do Concilio Vaticano II sobre a Igreja
MB Memórias Biográficas de São João Bosco escritas por João Batista Lemoyne
MD Mulieris Dignitatem: Carta Apostólica de João Paulo II sobre a dignidade e vocação das
mulheres (1988)
NAe Nostra Aetate: declaração do Concilio Vaticano II sobre a relação da Igreja com as outras
religiões
PC Perfectae Caritatis: decreto do Concilio Vaticano II sobre a vida consagrada
PO Presbyterorum Ordinis: decreto do Concilio Vaticano II sobre o ministério sacerdotal
PVA Projeto de vida apostólica dos Salesianos Cooperadores (2013).
SRS Sollicitudo Rei Socialis: Encíclica de João Paulo II sobre as questões sociais (1987)
VC Vita Consacrata: Exortação Apostólica de João Paulo II sobre a vida consagrada (1996)
16

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Carta de Identidade
da Família Salesiana

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2.9 Page 19

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1
CAPÍTULO
A Família Salesiana na Igreja
Art. 1. Experiência carismática e espiritual do Fundador
Com humilde e alegre gratidão reconhecemos que Dom Bosco, por
iniciativa de Deus e a maternal intervenção de Maria, deu início na
Igreja a uma experiência original de vida evangélica.
O Espírito formou nele um coração cheio de grande amor por Deus e
pelos irmãos, sobretudo os pequenos e os pobres, fazendo dele Pai e
Mestre de uma multidão de jovens e, também, Fundador de uma vasta
Família espiritual e apostólica.
A caridade pastoral, que tem no Bom Pastor a sua fonte e o seu
modelo, foi para Dom Bosco inspiração constante na obra de educador
e evangelizador, orientando a sua vida, a sua oração e a sua ousadia
missionária. Com a escolha do lema “Da mihi animas cetera tolle” ele
quis exprimir a sua paixão por Deus e pelos jovens, disposto a todo
sacrifício desde que pudesse realizar a missão vislumbrada no sonho
dos 9 anos.
Para responder às expectativas da juventude e das classes populares
do seu tempo, em 1841 ele fundou o Oratório, concebido como uma
grande família juvenil, e instituiu a Pia Sociedade de São Francisco de
Sales, desejada por ele como parte viva da Igreja e que reconhece seu
centro de unidade no Sumo Pontífice.
O encontro com Maria Domingas Mazzarello em 1864 convenceu-o a
alargar as fronteiras educativas também às jovens; por isso, fundou
com ela, em 1872, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, dedicadas
a uma obra educativa regida pelo seu mesmo espírito, interpretado ao
feminino pela Santa de Mornese.
Dom Bosco também se relacionou com muitos católicos, homens e
mulheres dedicados de maneiras variadas ao bem dos jovens, à defesa
e à consolidação da fé entre a gente do povo; com eles experimentou a
força e a eficácia do trabalho em comum. Nasceu assim a Associação dos
Cooperadores Salesianos (hoje, Salesianos Cooperadores), empenhados
19

2.10 Page 20

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em realizar em suas famílias, nas comunidades cristãs de pertença
e na sociedade, o comum apostolado juvenil, popular e missionário,
animados pelo mesmo espírito de Valdocco.
Dom Bosco dedicou tempo, energias, ação formativa e organizativa
na fundação dos três primeiros grupos. Embora reconhecendo a
diversidade dos campos de ação, ele estava convencido de que a
força apostólica de toda a Família dependia da unidade de intenções,
de espírito, de método e de estilo educativo. Sinal e garantia dessa
unidade eram os vínculos jurídicos entre as FMA e os Cooperadores
com a Congregação Salesiana especialmente com o Superior, o Reitor-
Mor.
De Dom Bosco, também teve origem a Associação dos Devotos de Maria
Auxiliadora (hoje, Associação de Maria Auxiliadora) para promover a
veneração ao Santíssimo Sacramento e a devoção a Nossa Senhora
Auxiliadora dos Cristãos. Ao redor de Dom Bosco começaram a se unir
igualmente os primeiros Ex-Alunos.
Art. 2. Desenvolvimento da Família
Pela sua estatura de "grande homem carismático"1 e santo, Dom
Bosco coloca-se com originalidade na Igreja entre os Fundadores de
Institutos de vida consagrada, religiosos e seculares, e de Associações
laicais apostólicas. Com admiração e reconhecimento, a semente inicial
cresceu realmente até tornar-se uma árvore exuberante.
Aos primeiros quatro Grupos fundados por ele, outros numerosos
Grupos foram-se acrescentando ao longo do século XX e início do
novo milênio. Alguns de seus filhos espirituais, tirando inspiração
e orientação do Fundador, em diversos continentes e em vários
contextos socioculturais, deram vida a novos Grupos surgidos às vezes
em colaboração com as Filhas de Maria Auxiliadora e com o apoio dos
Salesianos Cooperadores e dos Amigos da obra salesiana.
Muitos desses Grupos foram reconhecidos oficialmente como
pertencentes, a título diverso, à Família Salesiana. Embora com
vocações específicas, reconhecem em Dom Bosco o "Patriarca" comum
e sentem-se animados pelo seu espírito, vivendo cada grupo segundo
1 CGE 7.
20

3 Pages 21-30

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3.1 Page 21

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características próprias, harmonizando-se na missão comum de servir
os jovens, os pobres, os que sofrem, como também os povos ainda não
evangelizados.
Outros Grupos encaminham-se para a possível agregação a esta única
Grande Família, sinal significativo da vitalidade perene da Igreja.
Atuando a renovação promovida pelo Concílio Vaticano II, cresceu
sempre mais a consciência de pertencer a uma única Família espiritual
e apostólica; o papel animador dos Salesianos foi esclarecido,
confirmando a referência imprescindível ao Reitor-Mor; os intercâmbios
entre os Grupos foram potencializados, chegando à comunhão sempre
mais fraterna e à partilha sempre mais convicta, tanto das propostas
formativas como da ação missionária.
Art. 3. Configuração institucional
O termo família descreve a ligação existente entre os vários Grupos,
embora com intensidades diversas. Não se trata de simples afinidade ou
simpatia genérica, mas de expressão institucional da comunhão interior,
carismática e espiritual que ajuda a determinar os diversos níveis de
pertença à Família Salesiana.
A pertença nasce do espírito comum que fundamenta a missão inspirada
no carisma de Dom Bosco, embora respeitando as características próprias
e originais de cada grupo, o que requer um sábio discernimento, que pode
levar ao reconhecimento oficial.
São, pois, diversos os títulos de pertença. O primeiro é próprio dos
Salesianos, das Filhas de Maria Auxiliadora, dos Cooperadores e das
Cooperadoras e dos membros da Associação de Maria Auxiliadora; são os
primeiros quatro Grupos instituídos por Dom Bosco e herdeiros diretos
da sua obra. A eles os demais Grupos devem se referir e confrontar
em relação ao espírito, ao campo de missão, à metodologia de ação
pedagógica e apostólica.
O segundo título de pertença cabe aos numerosos Grupos de vida
consagrada, religiosos ou seculares, e também a algumas Associações
católicas surgidas pela força criativa de determinados filhos de Dom
21

3.2 Page 22

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Bosco. Elas enriquecem o patrimônio comum da Família com expressões
carismáticas e espirituais especiais.
O terceiro nível de pertença é formado por títulos particulares de
pertença que se reportam ao círculo de pessoas que participam
do vasto Movimento Salesiano e encontram na Família Salesiana o
seu núcleo animador. Este nível é formado pelos Amigos de Dom
Bosco, pelo Movimento Juvenil Salesiano (Articulação da Juventude
Salesiana) e, mais em geral, pelo Voluntariado social salesiano, e
pela ampla presença de educadores e educadoras, catequistas,
profissionais adultos, políticos simpatizantes, colaboradores e
colaboradoras, pertencentes a diferentes religiões e culturas,
que trabalham nos cinco continentes.O título jurídico de pertença é
conferido pela carta de reconhecimento oficial enviada pelo Reitor-Mor
como resposta ao pedido feito individualmente pelos Grupos.
Art. 4. Unidade e diversidade
A Família Salesiana de Dom Bosco é uma comunidade carismática e
espiritual formada por diversos Grupos, instituídos e reconhecidos
oficialmente, unidos por relações de parentela espiritual e de afinidade
apostólica.
Esta comunidade reconhece as diversidades. São elas: a diferença de
gênero masculino e feminino; as distintas vocações específicas; os
diversos ministérios exercidos a serviço do povo de Deus; as várias
formas de vida como religiosos ou religiosas, leigos consagrados ou
consagradas, cristãos e cristãs celibatários ou unidos em matrimônio;
o projeto de vida salesiana próprio de cada Grupo e codificado nos
respectivos Estatutos; o variado contexto social, cultural, religioso e
eclesial no qual vivem e trabalham os vários Grupos.
A unidade alimenta-se da comum consagração batismal que insere a
todos no Mistério Trinitário e na comunhão da Igreja; da participação
na missão salesiana a serviço dos jovens e dos pobres e da promoção
de um novo humanismo cristão; de uma renovada cidadania e
solidariedade globalizada; da partilha do espírito de Dom Bosco; do
intercâmbio de dons espirituais no interior da Família; da comum
22

3.3 Page 23

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referência a Maria Auxiliadora e a Dom Bosco, seu santo Fundador ou
Patriarca; da adesão especial ao Reitor-Mor, sucessor de Dom Bosco.
Art. 5. O Mistério Trinitário fonte da comunhão
A Família apostólica de Dom Bosco é antes de tudo e acima de tudo uma
Família carismática, ou seja, um dom do Espírito à Igreja em vista de uma
missão (cf. 1Cor 12,1.4-6); suas raízes mais verdadeiras e profundas
encontram-se de fato no Mistério Trinitário, isto é, no amor infinito que
une o Pai, o Filho e o Espírito, fonte, modelo e meta de qualquer família
humana.
Sendo essa a sua origem, os membros da Família Salesiana reconhecem
em sua vida o primado de Deus-Comunhão, coração da mística salesiana.2
A comunhão com o Deus Trinitário é oportunamente codificada nos
textos constitucionais de cada Grupo.
A referência a Deus Pai inspira e motiva os indivíduos e os Grupos da
Família Salesiana a se acolherem cordialmente como irmãos e irmãs,
porque são por Ele amados e por Ele chamados a colaborar no vasto
campo da missão salesiana; trata-se de um convite para superar
temores, reservas e desconfianças, e valorizar o quanto cada um pode
e consegue dar.
A referência a Jesus, Apóstolo do Pai, enviado especialmente aos
pequenos, aos pobres e aos doentes, motiva cada Grupo a ressaltar
um ou outro aspecto da sua fisionomia: Jesus criança ou adolescente;
a vida oculta de Jesus em Nazaré; Jesus obediente, pobre e casto; a
sua configuração de bom Samaritano; Jesus Bom Pastor que abençoa
as crianças e reúne ao seu redor discípulos e discípulas; o Cristo, que
na cruz manifesta o seu amor misericordioso, sacrifical e oblativo; o
Senhor ressuscitado, primícias e esperança dos ressuscitados (cf. 1Cor
15,20). A Família Salesiana mira a reviver assim todas as atitudes e
comportamentos do Senhor Jesus, diferenciando os seus serviços em
benefício dos destinatários especiais de cada Grupo.
A referência ao Espírito Santo remete à fecundidade da nossa Família
porque é o Espírito que, suscitando Dom Bosco Fundador, deu-lhe uma
posteridade espiritual; surgiram, então, Grupos especiais pela ação de
2Cf. Egidio Viganò, “Discurso de encerramento,” in Atti del Convegno di studio sulla
Animazione della Famiglia Salesiana (Rome 1980), p. 56.
23

3.4 Page 24

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diversos fundadores, todos, contudo, relacionados com Dom Bosco
como seu Patriarca.3
Por isso, o Espírito pede a todos que valorizem a diversidade dos
carismas e a multiplicidade das forças presentes nas comunidades
cristãs, percebam a sua presença nas consciências das pessoas,
mesmo fora dos limites da Igreja,4 e estabeleçam sábias relações de
diálogo e colaboração com todas as pessoas de boa vontade.
Art. 6. Na comunhão da Igreja
O Espírito de Deus distribui aos fiéis carismas diversos "para o bem
comum" (1Cor 12,7), inserindo-os harmoniosamente na vida da Igreja
em vista da sua missão de salvação da humanidade.5
Ele está na origem de uma admirável variedade de Grupos de
consagrados e consagradas que, enquanto contribuem eficazmente
para a missão da Igreja, enriquecem-na com diversos dons,
manifestando dessa maneira a multiforme sabedoria de Deus e
tornando visíveis as notas características da mesma Igreja una, santa,
católica e apostólica. 6
A Família Salesiana é um conjunto de cristãos e cristãs, de consagrados
e consagradas que, com a originalidade do próprio carisma e do próprio
espírito, colocam-se a serviço da missão da Igreja, especialmente no
vasto mundo da juventude, dos ambientes populares, dos pobres e das
populações ainda não evangelizadas (apostolicidade).
Vivendo no coração da Igreja e realizando a missão salesiana, evidencia
os diversos dons, integra as vocações particulares no espaço vital de
uma única Família espiritual e apostólica, exprime a comunhão entre
os diversos ministérios, orientados todos para o serviço do povo de
Deus (catolicidade).
Presente nas Igrejas locais, ela favorece a comunhão entre si e com o
Sucessor de Pedro, revivendo assim a devoção ao Papa transmitida
por Dom Bosco (unidade); participa da sua ação apostólica, oferecendo
3Cf. ACGE 171.
4 Cf. GS 22e.
5 Cf. LG 12b; AA 3c.
6 Cf. PC 1b.
24

3.5 Page 25

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uma contribuição original especialmente no âmbito da pastoral juvenil
e popular; promove o entendimento e a colaboração com outras
agremiações e instituições em vista da educação integral da pessoa;
preocupa-se com a orientação vocacional dos jovens, educando-os na
fé e encaminhando-os para o compromisso apostólico na Igreja e para o
mundo. A fim de realizar a missão educativa, os vários Grupos valorizam
a contribuição dos ex-alunos e ex-alunas, mesmo pertencentes a
outras religiões ou a diferentes visões de mundo (catolicidade).
A Família de Dom Bosco, desenvolvendo uma espiritualidade
característica de origem carismática, enriquece todo o Corpo da Igreja
com um modelo de vida cristã todo particular7 (santidade). Testemunho
disso é a numerosa fileira de filhos e filhas espirituais de Dom Bosco,
já declarados santos ou santas, ou encaminhados à beatificação e
canonização.
Art. 7. Por um novo humanismo cristão
A Família apostólica de Dom Bosco chama-se salesiana porque faz
referência a São Francisco de Sales, escolhido por Dom Bosco como
seu inspirador e patrono, enquanto propunha, com a obra e os escritos
deste santo, o humanismo cristão e a metodologia da caridade que
bem correspondiam às suas íntimas aspirações.
Trata-se de um humanismo que não ignora a fragilidade do homem,
mas se fundamenta na confiança sólida na bondade intrínseca da
pessoa, porque amada por Deus e por Ele chamada à perfeição cristã
em qualquer que seja a sua forma de vida.
Este humanismo é um aspecto constitutivo da experiência carismática
e espiritual dos Grupos fundados por Dom Bosco e apropriado como
herança preciosa pelos outros Grupos hoje agregados à única Família.
A Família Salesiana inteira insere-se, portanto, nesta grande corrente,
oferecendo à Igreja uma contribuição original no âmbito educativo e no
trabalho apostólico.
Humanismo "salesiano", para Dom Bosco, significava valorizar tudo
o que há de positivo enraizado na vida das pessoas, nas realidades
criadas, nos acontecimentos da história. Isso o levava a perceber os
valores autênticos presentes no mundo, sobretudo se agradáveis aos
7  Cf. ACGE 159.
25

3.6 Page 26

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jovens; a inserir-se no fluxo da cultura e do desenvolvimento humano
do próprio tempo, estimulando o bem e recusando lamentar-se sobre
os males; a sábia busca da cooperação de muitos, convencido de que
todos possuem dons a serem descobertos, reconhecidos e valorizados;
a crer na força da educação que sustenta o crescimento do jovem e o
encoraja a ser cidadão honesto e bom cristão; a entregar-se sempre e
em qualquer situação à providência de Deus, percebido e amado como
Pai.
Com a fundação dos Grupos constitutivos da sua Família e com as
demais iniciativas apostólicas, como a expansão missionária, Dom
Bosco quis dar a própria contribuição para a realização de um projeto
de "sociedade cristã" a restaurar no contexto de secularização, próprio
do século XIX, ou a fundar em contextos ainda não evangelizados.
Com fidelidade criativa a Dom Bosco, os Grupos da Família Salesiana
empenham-se por oferecer o próprio serviço à sociedade atual,
recebendo as orientações inovadoras promovidas pelo Concílio
Vaticano II e pelo seu sucessivo magistério pontifício sobre as relações
da Igreja com as demais religiões e com a sociedade contemporânea,
centrados no diálogo inter-religioso,8 na defesa da dignidade da pessoa
humana e da família, na promoção da justiça e da paz,9 no diálogo
intercultural especialmente em contextos multiétnicos, e no cuidado
da criação.
Art. 8. A contribuição preciosa da mulher
A experiência salesiana, vivida pelos primeiros Grupos e pelos outros
que sugiram depois, nasceu e enriqueceu-se com a contribuição
significativa e eficaz de numerosas mulheres.
É conhecido que Dom Bosco, na elaboração do Sistema Preventivo
e na realização do clima de família vivido em Valdocco, recebeu uma
relevante contribuição de Mamãe Margarida.
Também não podemos esquecer Maria Domingas Mazzarello, que
soube fazer uma leitura da experiência de Dom Bosco no feminino,
dando-lhe uma fisionomia concreta e original tanto na vida espiritual
8 Cf. LG 16; NAe 2-5.
9 Cf. GS 77-93.
26

3.7 Page 27

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como na vida educativa e apostólica, patrimônio próprio das Filhas de
Maria Auxiliadora.
As primeiras Voluntárias de Dom Bosco, orientadas pelo padre Felipe
Rinaldi, inauguraram a secularidade consagrada feminina na Família
Salesiana: unidas entre si pelos vínculos espirituais dos votos de
castidade, pobreza e obediência, realizam a comum missão salesiana
nos contextos da família e do lugar cotidiano de trabalho.
À origem de quase todos os novos Grupos de consagradas da Família
Salesiana, surgidos no século XX, encontramos um pequeno grupo de
cristãs, em geral de condição humilde e já variadamente entregues
a obras apostólicas, que nutrem um ideal de vida consagrada e,
guiadas por um bispo ou por um sacerdote salesiano, dão vida a novas
fundações e as desenvolvem.
Nas últimas décadas do século XX, uma adequada consideração da
mulher nos vários continentes levou os Grupos da Família Salesiana
e, de modo particular, as Congregações religiosas, os Institutos
seculares femininos e as Associações laicais salesianas, a refletirem
sobre a valorização do gênio feminino em nosso mundo, seguindo as
orientações do magistério de João Paulo II,10 inovadoras por muitos
aspectos.
Art. 9. Por novas formas de solidariedade
O fenômeno atual da globalização aumentou a interdependência entre
as pessoas e os povos na esfera econômica, cultural, política e religiosa;
as oportunidades são evidentes, mas também é real o perigo de se
traduzir em formas de domínio que causam novas pobrezas e crescente
marginalização; entretanto, há outro modo de interpretar a globalização,
e este é a solidariedade inspirada e orientada pelos valores evangélicos.
A solidariedade "não é um sentimento de compaixão vaga ou de
enternecimento superficial pelos males sofridos por tantas pessoas
próximas ou distantes. Pelo contrário, é a determinação firme e
perseverante de se empenhar pelo bem comum; ou seja, pelo bem
de todos e de cada um, porque todos nós somos verdadeiramente
responsáveis por todos”. 11
10  Cf. MD 20, 21, 28-31; VC 57-58.
11  Cf. SRS 38.
27

3.8 Page 28

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Os Grupos da Família Salesiana empenham-se no exercício de
solidariedade mediante variados tipos de intervenção educativa e
apostólica:
1. A educação, que é a forma mais elevada de solidariedade quando
compreendida e realizada segundo os critérios da assistência
salesiana. Hoje, poderíamos defini-la como a "ética do estar próximo",
ou seja, intervenções personalizadas, relações de amizade e de
confiança, escuta das expectativas mais profundas dos jovens e
dos pobres, individualização de respostas possíveis e eficazes,
acompanhamento fiel.
2. O voluntariado civil, social e missionário, hoje muito difundido entre
jovens e adultos, que pode ser autêntica vocação para alguns,
enquanto exige disponibilidade de energias e de tempo; ela põe em
contato com os problemas concretos do povo, empenha a manter
iniciativas promocionais, convida a exercer a corresponsabilidade,
solicita a educar-se para o dom e o serviço.
3. O empenho social e político, atuado principalmente pelos Grupos
de membros seculares, segundo os critérios expressos pelo
magistério da Igreja. Lemos na Gaudium et Spes: "A Igreja louva e
aprecia o trabalho daqueles que, para servir os homens, se dedicam
ao bem da coisa pública e tomam sobre si o peso das relativas
responsabilidades"12; e na Christifideles Laici: "Os fiéis leigos não
podem absolutamente abdicar da participação na 'política', ou
seja, da múltipla e variada ação econômica, social, legislativa,
administrativa e cultural, destinada a promover orgânica e
institucionalmente o bem comum".13
Art. 10. No intercâmbio de dons
Herdeiros, todos, do carisma e do espírito salesiano, os Grupos
estabelecem entre si uma relação muito profunda, de modo que cada
Grupo realiza a identidade da Família Salesiana não sem referência à
dos demais. De fato, começar a fazer parte de um Grupo, em virtude
de uma vocação específica, comporta entrar na Família inteira; é como
sentir-se entregues uns aos outros numa relação de reciprocidade.
É assim que os diversos membros permitem à Família viver a
integridade de seus dons e valores, porque nos vários Grupos se veem
12 GS 75.
28
13 ChL 42b.

3.9 Page 29

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acentuados aspectos espirituais particulares que são patrimônio
comum e, por isso, não podem faltar em nenhum coração salesiano. A
comunhão da Família coloca-os à disposição de todos.
Tudo isso redunda em benefício da missão, porque permite realizar de
modo mais adequado e eficaz a promoção humana e a educação cristã
da juventude, da gente pobre, dos doentes e das populações ainda não
evangelizadas.
A história relativamente breve da Família Salesiana testemunha
que sem uma comunhão verdadeira corre-se o risco do progressivo
empobrecimento até a infidelidade ao projeto de Dom Bosco. Perceber
que, sem os outros, os membros de um determinado Grupo não podem
ser eles mesmos, deveria ser uma consciência cultivada por todos,
inspirando linguagens coerentes e atitudes concretas.
Art. 11. Com Maria em casa
Desde a infância, Dom Bosco referiu-se a Maria como Mestra e Mãe,
porque assim lhe fora indicada pelo Personagem do sonho dos 9 anos.
Em sua primeira experiência educativa, inserindo-se na caminhada
da Igreja local, confiou a sua obra a Nossa Senhora da Consolação; os
jovens "pobres e em perigo" sentiam n'Ela proteção e consolo.
Mais tarde, vivendo a definição do dogma mariano em comunhão com
a Igreja universal, propôs-lhes Maria Imaculada, apresentando-a como
educadora das energias de amor e apoio eficaz no seu crescimento
humano e cristão.
Enfim, tendo experimentado na fundação e desenvolvimento da
sua obra que foi "Maria quem tudo fez", também com intervenções
extraordinárias, dedicou a Congregação nascente à Virgem com o título
de Auxiliadora dos Cristãos.
Depois, recebendo de Maria a inspiração de fundar o Instituto das
Filhas de Maria Auxiliadora, quis que fosse o "monumento vivo" da
sua gratidão à Auxiliadora.14 Também Lhe confiou os Cooperadores
14  Cost FMA art. 1; cf. MB X, p. 600.
29

3.10 Page 30

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Salesianos, para que fossem protegidos por Ela e n'Ela encontrassem
inspiração para a ação apostólica. Instituiu ainda a Associação dos
Devotos de Maria Auxiliadora, vinculada ao santuário de Turim, como
sinal de reconhecimento pela presença materna de Nossa Senhora em
toda a sua obra.
A referência especial a Maria marcou profundamente a identidade
carismática e espiritual dos vários Grupos da Família Salesiana surgidos
ao longo do século XX. Alguns a inseriram até mesmo na denominação
com que são oficialmente reconhecidos na Igreja, como as Filhas dos
Sagrados Corações de Jesus e Maria, as Irmãs Catequistas de Maria
Imaculada Auxiliadora, as Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria,
as Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora dos Cristãos, as Filhas da
Realeza de Maria Imaculada, as Irmãs de Maria Auxiliatrix.
Se todos os Grupos da Família Salesiana veneram Maria Auxiliadora
como sua principal Patrona, alguns evidenciam a sua presença com
diversos títulos, para sublinhar aspectos particulares do próprio
apostolado.
Maria é considerada não só como Mãe da Igreja e Auxiliadora dos
cristãos, mas também como Mãe de toda a humanidade, de modo que
colaboradores e colaboradoras de vários Grupos da Família Salesiana,
pertencentes também a outras religiões, nutrem por Ela uma sincera
devoção. Pode-se afirmar, portanto, com fundamento, que a Família
Salesiana é uma Família mariana.
Art. 12. Com referência a Dom Bosco
Iniciador de uma verdadeira escola de espiritualidade apostólica, Dom
Bosco é ponto de referência para todos os que, respondendo a um
estímulo especial do Espírito, se sentem chamados a compartilhar
hoje a sua missão nos vários estados de vida e nas diversas formas de
trabalho.
Isso significa que a pertença à Família Salesiana é construída ao redor
d'Ele como de um centro unificador. De fato, os fundadores dos Grupos
surgidos no século XX são todos eles filhos espirituais de Dom Bosco,
membros da sua Congregação. Foi preocupação constante deles
30

4 Pages 31-40

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4.1 Page 31

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realizar a missão de Dom Bosco em novos contextos e com novas
forças apostólicas, nas quais infundiram o espírito do seu Pai e Mestre.
O que une os diversos Grupos e seus membros numa única Família
é uma espécie de parentela espiritual em Dom Bosco, por causa da
presença do Espírito, Aquele que na Igreja une entre si os portadores
de carismas especiais.
Trata-se de uma parentela que encontra sua expressão na caridade
pastoral própria de Dom Bosco. A paixão apostólica foi a energia
espiritual que o levou a buscar as almas e servir somente a Deus;
caridade que enche o coração, mente e projetos no intento de expandir
e dar estabilidade à sua obra. Por isso, ele convocou várias pessoas à
sua volta; coordenou e harmonizou suas funções, seus múltiplos dons,
e também seus diferentes estados de vida e ministérios.
Dom Bosco encontrava a fonte de tanta força na interioridade
constantemente aberta à relação com Deus. Também para nós, o
amor educativo e apostólico exige uma forma concreta e exigente de
interioridade.
Art. 13. O Reitor-Mor na Família Salesiana
A pertença à Família apostólica de Dom Bosco origina-se na comunhão
e nutre-se de comunhão. Ela é correspondência ao Espírito que faz
tender à unidade dando corpo e expressões concretas, também
institucionalizadas, para garantir relação eficaz e colaboração operativa.
A pertença à Família Salesiana precisa, por isso, de um centro vital que
atualize a referência a Dom Bosco, à missão comum e ao único espírito.
Este centro, segundo o pensamento de Dom Bosco, é o Reitor-Mor. A
ele todos reconhecem um tríplice ministério de unidade: Sucessor de
Dom Bosco, Pai comum, centro de toda a Família. A ele cabe a tarefa
institucional de admitir na Família Salesiana os Grupos que o solicitam,
segundo critérios preestabelecidos.
Para esta sua missão, sente o dever de dar as orientações necessárias
para garantir a fecundidade do carisma em cada Grupo da Família. Com o
exemplo e o magistério, tece a trama da unidade e garante, na variedade
31

4.2 Page 32

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das vocações específicas, a fidelidade ao espírito e a coordenação de
algumas iniciativas. Exerce esse ministério com a paternidade que foi
própria de Dom Bosco, atitude que exige compreensão e bondade,
atenção ao crescimento de cada um, guia na fidelidade carismática,
empenho para a fecundidade da vocação salesiana em todas as suas
expressões, como Dom Bosco deixou escrito: “O vosso Reitor cuidará
de vós e da vossa salvação eterna”.
32

4.3 Page 33

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4.4 Page 34

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4.5 Page 35

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2
CAPÍTULO
A Missão
Art. 14. Missão carismática na Igreja e para a Igreja
A missão da Igreja brota da livre iniciativa do Pai, passa através do
mandato de Jesus Cristo e é perpetuada pela ação do Espírito Santo.15
Em força do Batismo e da Crisma, ela é única e confiada a todos os
membros do povo de Deus. Especiais carismas do Espírito fazem-na
atuar, porém, com modalidades diversas em relação a destinatários
diversos.16
A missão de Dom Bosco e da sua Família espiritual insere-se na
comum vocação cristã ao apostolado. Entretanto, como responde
a um dom espiritual, ela é de origem carismática; ou seja, é o Espírito
do Pai e do Senhor ressuscitado que, como no passado enviou Dom
Bosco aos jovens e às classes populares, continua a enviar na história
filhos e filhas espirituais a perpetuar o seu apostolado juvenil, popular
e missionário.
Esse envio especial é mediado, entre outras coisas, pelos sinais dos
tempos.17 Para nós, as carências e as expectativas, as aspirações e
as exigências espirituais da juventude especialmente pobre, da gente
simples e dos povos ainda não evangelizados, são sinais mediante os
quais o Espírito, na transformação dos acontecimentos e nos diversos
contextos sociais e culturais, chama e envia os vários Grupos da Família
Salesiana a realizar a própria missão. Esta, realizando-se na Igreja
e para a Igreja, é submetida à aprovação da sua autoridade e à sua
legislação, pelo que a missão carismática é inserida na harmoniosa
realização da ação eclesial em vários níveis.
A missão carismática encontra depois atuação prática no direito
particular de cada Grupo da Família Salesiana. Quem envia ou dirige
no interior da Sociedade de São Francisco de Sales, do Instituto das
Filhas de Maria Auxiliadora e dos demais Institutos religiosos são
respectivamente os legítimos Superiores. Em alguns casos, o sujeito
15  Cf. LG 2-4; AG 2-4; UR 2.
16  Cf. LG 9b, 13ab, 17, 32; AA 2a; AG 2a, 5, 6, 10, 35-37.
17  Cf. GS 11.
35

4.6 Page 36

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que envia é colegial; isso acontece, por exemplo, na eleição dos
membros do Conselho Geral pela ação de uma assembleia capitular.
No caso das Voluntárias de Dom Bosco e dos outros Institutos
seculares, como também para os Salesianos Cooperadores, as Damas
Salesianas e as demais Associações laicais salesianas, não há uma
autoridade que envia. O indivíduo, porém, é levado a seguir fielmente
as recomendações relativas à missão contidas nos próprios Estatutos,
que determinam, segundo o direito particular, o exercício concreto do
apostolado salesiano secular.
Art. 15. Família apostólica
A Família Salesiana é uma Família apostólica. Os Grupos que a compõem
são todos sujeitos responsáveis da missão comum, embora em medida
e formas diversas.18
Dom Bosco, ao fundar a Sociedade de São Francisco de Sales e o Instituto
das Filhas de Maria Auxiliadora, configurou-os como Congregações
religiosas, não contemplativas, mas "apostólicas". Segundo a intenção
de seus Fundadores, filhos espirituais de Dom Bosco, todas as outras
Congregações religiosas pertencentes hoje à Família Salesiana têm
uma clara orientação apostólica e fazem parte dos Institutos religiosos
reconhecidos como "apostólicos". Alguns Grupos surgiram nos
chamados lugares de "missão" com o fim específico de participar da
obra de evangelização ad gentes na diversidade dos contextos e das
culturas. Entram nessa categoria: as Irmãs da Caridade de Jesus, as
Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria, as Irmãs Missionárias
de Maria Auxiliadora dos Cristãos, as Irmãs Catequistas de Maria
Imaculada Auxiliadora, as Filhas da Realeza de Maria Imaculada, as Irmãs
Anunciadoras do Senhor, as Irmãs de Maria Auxiliatrix.
As Associações dos Salesianos Cooperadores, das Damas Salesianas,
das Testemunhas do Ressuscitado e da Canção Nova são Associações
eclesiais de tipo apostólico, fundadas com o objetivo específico de
atuar de modo vasto e capilar, e com modalidades seculares, da missão
de Dom Bosco e dos respectivos Fundadores.
18  Cf. ACGE 163.
36

4.7 Page 37

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Os Institutos seculares das Voluntárias de Dom Bosco, das Filhas da
Realeza de Maria Imaculada, dos Voluntários Com Dom Bosco e dos
Discípulos têm finalidades apostólicas; seus membros realizam o
apostolado salesiano de tipo secular no contexto da família, do mundo
do trabalho, das relações sociais, dos empenhos civis.
Em vista da sua vocação específica, todo indivíduo pertencente aos
vários Grupos é um enviado, chamado, portanto, a realizar a missão
comum segundo o papel que lhe é confiado e as capacidades e
possibilidades que lhe são próprias.
Segundo as normas constitucionais, entre os Salesianos, as Filhas
de Maria Auxiliadora e os demais Institutos religiosos, a missão é
assumida e atuada primeiramente pela comunidade –inspetorial e local
– que é, portanto, o sujeito primário da missão.
Art. 16. “Missão juvenil, popular e missionária”
A missão da Família Salesiana dirige-se aos jovens e aos adultos
considerados como protagonistas e destinatários da educação e
situados em seus particulares contextos sociais, culturais, religiosos
e eclesiais, com referência especial aos "lugares de missão". A fim de
indicá-lo, tornou-se de uso corrente a fórmula missão juvenil, popular e
missionária, três dimensões que se integram reciprocamente.
1. Missão juvenil. Segundo as intenções precisas de Dom Bosco, os
Grupos da Família fundados por ele têm como destinatários privilegiados
os jovens pobres, abandonados, em perigo ou, com linguagem
moderna, a juventude masculina e feminina mais necessitada de ajuda
pelas situações de pobreza econômica, de carência afetiva, cultural ou
espiritual. Esta opção é compartilhada de maneira explícita por outros
Grupos e codificada em seus textos constitucionais. No mundo dos
jovens, todos os Grupos dão atenção especial àqueles que revelam
sinais de vocação apostólica específica, laical, consagrada e sacerdotal.
Alguns Grupos dirigem-se preferencialmente aos adolescentes e
jovens do sexo masculino. Outros Grupos privilegiam a juventude
feminina considerada em todas as etapas da idade evolutiva. Outros
ainda voltam-se, sem distinção, para o conjunto da juventude. São
37

4.8 Page 38

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numerosos os Grupos que dão atenção privilegiada aos jovens e às
jovens vítimas de formas graves de marginalização, abuso e violência.
2. Missão popular. Iluminado desde o Alto, Dom Bosco interessou-se
também pelos adultos, com preferência pelos mais humildes e pobres,
pelas classes populares, o subproletariado urbano, os imigrantes, os
marginalizados, numa palavra, por todos os mais necessitados de ajuda
material e espiritual. Fiéis à orientação de Dom Bosco, os Grupos da
Família Salesiana compartilham esta opção preferencial. A Associação
de Maria Auxiliadora inseriu em seu novo Regulamento o apostolado
salesiano dirigido especialmente à classe popular.
Atenção especial é dada à família, lugar primário de humanização,
destinado a preparar os jovens ao amor e à acolhida da vida, e primeira
escola de solidariedade entre as pessoas e os povos. Todos estão
empenhados em garantir-lhe dignidade e solidez a fim de ser, de
maneira sempre mais evidente, uma pequena "igreja doméstica”.19
Alguns Grupos, em virtude de um carisma especial, alargam o seu
apostolado salesiano a categorias particulares de pessoas: as Filhas
dos Sagrados Corações aos leprosos, as Irmãs da Caridade de Jesus aos
anciãos, as Damas Salesianas aos doentes.
3. Apostolado missionário ad gentes. Dom Bosco cultivou o ideal
missionário e participou concretamente da obra missionária da
Igreja do seu tempo. Quis que a Sociedade Salesiana e o Instituto
das Filhas de Maria Auxiliadora se dedicassem às "missões", e as
duas Congregações religiosas o fizeram, desde as suas origens, com
uma expansão extraordinária que as tornou presentes em todos os
continentes. A cooperação missionária também foi, desde seu início,
uma dimensão essencial da Associação dos Salesianos Cooperadores.
Igualmente, as Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora dos Cristãos e
as Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora dedicam-se de
maneira prioritária ao trabalho missionário. Essa forma de apostolado
salesiano entra claramente na missão das Voluntárias de Dom Bosco,
das Filhas dos Sagrados Corações, das Salesianas Oblatas do Sagrado
19  LG 11b
38

4.9 Page 39

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Coração de Jesus, das Irmãs da Caridade de Jesus, das Testemunhas do
Ressuscitado, das Damas Salesianas e dos Discípulos.
Art. 17. Serviço ao Evangelho
O Filho de Deus encarnou-se para revelar o rosto de um Pai "amante
da vida" e colocar-se a serviço do "bem-estar" físico e espiritual
dos homens, especialmente dos mais necessitados de ajuda e de
esperança: "O Filho do homem não veio para ser servido, mas para
servir e dar a vida em resgate de muitos" (Mc 10,45).
Seguindo o exemplo e o ensinamento de Jesus de Nazaré, a Igreja, e
nela a Família Salesiana, coloca-se a serviço (diaconia) da humanidade
para anunciar o Evangelho e chamar a todos à plenitude da vida.
Trata-se de um serviço que, segundo as orientações do Magistério
pós-conciliar20 compreende: a renovação da humanidade com obras
sociais e com formas variadas de intervenção educativa; o testemunho
cristão pessoal e comunitário; o anúncio explícito do Evangelho com o
ensino religioso e a catequese; a ação missionária mediante o diálogo
inter-religioso (especialmente com a partilha de vida e de oração), a
colaboração com quem pertence a outras religiões para lutar contra
situações injustas, e o seu acompanhamento quando se dispõe a entrar
na Igreja; a animação da oração da comunidade cristã, em especial a
oração litúrgica; as múltiplas iniciativas de solidariedade humana e cristã;
as muitas formas de cooperação missionária; a presença evangelizadora
em regiões marcadas pelo indiferentismo religioso ou pelo ateísmo.
Formar "bons cristãos e honestos cidadãos" é a intencionalidade
muitas vezes expressa por Dom Bosco para indicar tudo de que os
jovens precisam para viver com plenitude a própria existência humana e
cristã: roupa, alimentação, alojamento, trabalho, estudo e tempo livre;
alegria, amizade; fé atuante, graça de Deus, caminho de santificação;
participação, dinamismo, inserção social e eclesial. A experiência
educativa sugeriu-lhe um projeto e um especial estilo de intervenção,
20 Cf. Encíclica Evangelii Nuntiandi, de Paulo VI, e a encíclica Redemptoris Missio, de João
Paulo II.
39

4.10 Page 40

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condensados por ele mesmo no Sistema Preventivo, que "se apoia todo
na razão, na religião e na bondade".21
Os vários Grupos da Família Salesiana, reassumindo as intuições e as
experiências de Dom Bosco e relendo-as à luz da renovada eclesiologia
conciliar e do magistério pontifício sobre a evangelização, expressam a
sua atividade de educadores e evangelizadores com fórmulas diversas:
"serviço educativo-pastoral", atuado segundo o Sistema Preventivo;
"educar evangelizando, evangelizar educando"; "educação integral
no estilo do Sistema Preventivo"; educar e evangelizar segundo a
"pedagogia da bondade"; e outras formulações análogas.
Fundamentalmente, são três os âmbitos nos quais a Família Salesiana
atua o seu multiforme serviço evangélico: a promoção humana, a
educação, a evangelização.
A evangelização entendida como anúncio e testemunho do Evangelho
é, para todos os Grupos, o objetivo prioritário da própria missão.
Art. 18. Nos novos contextos religiosos e culturais
A Família Salesiana amadureceu, no itinerário de renovação e de
comunhão entre todas as forças que a compõem, algumas opções
fundamentais relativas à ação missionária nos novos contextos
culturais marcados, entre outras coisas, pela sempre mais veloz
mudança de mentalidades e de costumes e pela crescente mobilidade
humana com a presença, no mesmo território, de pessoas pertencentes
a diversas religiões e culturas.
1. Promover o humanismo salesiano. Que coloca no centro a pessoa,
cuja dignidade deve ser tutelada e promovida em todas as suas
expressões. Em chave educativa, isso significa despertar e mobilizar
todas as potencialidades juvenis: as capacidades da razão; o
variado patrimônio afetivo; as energias da vontade orientadas pela
liberdade e fortificadas pela graça.
Este humanismo também promove os valores autenticamente
humanos. Entre eles, o trabalho e a cultura, as relações de amizade
21  Giovanni Bosco, Il sistema preventivo nella educazione della gioventù, in Pietro Braido, ed.,
Don Bosco Educatore: scritti e testimonianze, 3ª ed. Roma, LAS, 1997, p. 248ss.
40

5 Pages 41-50

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5.1 Page 41

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e de empenho civil, o gosto artístico, a competência profissional e
as conquistas científicas, a honestidade moral em âmbito privado
ou público e as pequenas realidades cotidianas que dão sabor à
vida; estes valores devem ser defendidos e promovidos por todos.
O humanismo salesiano prodigaliza-se também em dar sentido à vida
de cada dia e construir razões de esperança e perspectivas de futuro
para a pessoa e a sociedade.
Enfim, ele se prefixa ajudar cada um a encontrar o seu lugar na
sociedade e na Igreja, reconhecendo que é direito de todo jovem ser
ajudado a individualizar a própria vocação.
2. Inserir-se nas situações concretas. Para os Grupos da Família Salesiana
que atuam em vários continentes, empenhar-se pela pessoa é um
desafio não fácil, devido à diversidade e complexidade dos contextos
locais sob o perfil social, cultural e religioso. A fim de individualizar
intervenções possíveis e eficazes em resposta às exigências
emergentes, requer-se a capacidade de ler as situações do lugar com
inteligência e competência, sempre se inspirando nas orientações do
Papa e do episcopado local.
3. Preocupar-se com a significatividade. A inserção torna-se significativa
quer pelo testemunho de partilha que se oferece, quer pelas propostas
operativas que possam nascer da escuta direta e prolongada
das pessoas, quer pelas dinâmicas de educação recíproca que se
desenvolvem quando se constrói realmente um destino comum.
Juntos, então, enfrentam-se as dificuldades e individualizam-se
as perspectivas: os problemas que podem surgir com pessoas e
instituições; a defesa e a promoção de valores éticos no respeito, ao
mesmo tempo, das posições divergentes e das próprias convicções de
consciência; as novas soluções, que devem ser buscadas a partir de
experiências passadas e olhando para o futuro; a defesa dos direitos
daqueles que são mais frágeis e expostos; a presença eficaz nas sedes
políticas, sobretudo naquelas que elaboram as políticas educativas;
a promoção de uma opinião pública nutrida de valores humanos,
evangélicos e salesianos. É óbvio que o critério de significatividade da
presença salesiana tem aplicações diferentes nos diversos contextos
geográficos e culturais: o que é possível e oportuno num lugar pode
não o ser em outro; o que alguns podem fazer em certas situações
41

5.2 Page 42

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pode ser impossível para outros. A fidelidade à única missão não impõe
o mesmo caminho a pessoas diferentes.
4. Assumir os desafios da comunicação social. Dom Bosco intuiu a
eficácia da comunicação social e deixou em herança à sua Família
espiritual a missão de valorizá-la como instrumento de crescimento
pessoal e comunitário, e também como defesa e promoção da fé
entre as classes populares.
Hoje, os instrumentos técnicos e informáticos tornam público o que
antes era considerado como privado, agem de modo instantâneo
e penetrante, envolvendo massas enormes de população e
fascinando sobretudo os jovens, provocam mudanças nos estilos
de pensamento e de relacionamento, difundem propostas de vida
nem sempre alinhadas com um humanismo inspirado em valores
cristãos.
Por outro lado, esses instrumentos oferecem oportunidades inéditas
de educação e evangelização. De fato, as possibilidades de ligação
em rede e de comunicação a distância permitem realizar várias
formas de intervenção e ativar sinergias que eram impensáveis no
passado. A Família apostólica de Dom Bosco almeja fazer frutificar
as possibilidades ainda inexploradas na missão salesiana e colher
as oportunidades oferecidas pela sociedade, unindo as capacidades
adquiridas e a criatividade inovadora.
Art. 19. Comunhão e colaboração na missão
O laço que une os membros da nossa Família é o da "comunhão
missionária”.22 Os vários Grupos são chamados, por isso, a viver o
dom da comunhão que vem de Deus, realizando o comum e também
diferenciado serviço evangélico segundo os destinatários específicos,
os objetivos particulares e os estilos diversos.
Dom Bosco demonstrou em toda a sua ação de educador, pastor e
fundador uma grande capacidade de intuir as possibilidades e os dotes
de cada um, de corresponsabilizar também os mais jovens entre os seus
colaboradores, de harmonizar no trabalho apostólico competências
22  ChL 32.
42

5.3 Page 43

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muito diversas, de individualizar para cada um o trabalho que fosse
congenial à sua índole, inteligência e formação. Esteve sempre ciente
da necessidade de uma caridade cooperativa no serviço educativo e
pastoral, convencido de que o Espírito Santo suscita os carismas em
benefício de toda a Igreja.
A comunhão entre os Grupos na e para a missão vem-se demonstrando
sempre mais indispensável para a ação educativa e missionária; de fato,
percebe-se como urgente a necessidade de coligar as intervenções,
propor modelos diversos de vida cristã e garantir ministérios
complementares.
Dessa forma, o trabalho em conjunto intensifica a eficácia do
testemunho, torna mais convincente o anúncio do Evangelho, favorece
uma caridade apostólica mais dinâmica, permite aprofundar os traços
característicos de cada Grupo, enquanto manifesta e potencializa a
identidade da Família na comunhão e na missão.
Por isso, embora respeitando a autonomia de cada Grupo, é preciso
conservar e, se necessário, inventar formas possíveis de colaboração.
Art. 20. Autonomia e originalidade de cada Grupo
A comunhão na e para a missão não prejudica, antes esclarece e
reforça a autonomia e a originalidade de cada Grupo da Família.
Os vários Grupos gozam, de fato, da própria autonomia não só
espiritual, formativa, econômica e de governo, como também
apostólica, atuando a missão em estruturas próprias e segundo
modalidades peculiares.
Não se trata, com efeito, de impor uma uniformidade de intervenção
operativa entre todos; isso provocaria o nivelamento das diferenças,
gerando confusões e incertezas no trabalho apostólico. Trata-
se mais de harmonizar a própria intervenção no conjunto de um
projeto compartilhado por todos.
43

5.4 Page 44

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A originalidade de cada Grupo na comunhão deve ser, portanto,
reconhecida e promovida. É um direito dos jovens poder usufruir
do serviço específico de cada Grupo; é uma riqueza para a Família
e para a Igreja inteira, multiplicando assim as forças que trabalham
pelo bem da juventude. A comunhão na autonomia convida a ser
corresponsáveis na missão, mas não implica necessariamente
corresponsabilidade em cada iniciativa ou em cada território.
Art. 21. Corresponsabilidade apostólica
A corresponsabilidade requer, como condição prévia, que cada
Grupo assegure uma capacidade autônoma quanto ao próprio
desenvolvimento, à formação dos sócios, às iniciativas apostólicas,
e que realizem, com o maior empenho possível, a vocação e missão
específicas, garantindo, no seu interior, aquela vitalidade que é fruto de
fidelidade e criatividade:
1. São, ainda, desejáveis: as colaborações entre Grupo e Grupo para
realizar a missão salesiana em seus diversos setores e campos e
nos diferentes tipos de obras;
2. A colaboração dos Grupos que vivem e atuam no mesmo território,
em ligação com as estruturas pastorais da Igreja local e as
instituições civis, a fim de oferecer a contribuição salesiana,
variada em suas riquezas e conteúdos, para a construção da
civilização do amor.
É óbvio que a realização de um projeto comum impõe um itinerário
de convergência que pode comportar, às vezes, a renúncia a pontos
de vista particulares ou a perspectivas relacionadas apenas ao
Grupo de pertença.
A corresponsabilidade requer, em todo caso, o empenho comum
para alcançar alguns objetivos compartilhados. Todos os Grupos
são chamados a difundir, com os valores do Evangelho, os traços
característicos da identidade carismática e espiritual da Família
apostólica de Dom Bosco. Eles qualificam a Família inteira e, por
isso, não podem ser preocupação apenas de alguns Grupos. Todos,
também cada membro, são pessoalmente responsáveis pela
animação e promoção da herança espiritual recebida.
44

5.5 Page 45

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Os objetivos a serem reconhecidos e procurados por todos os
Grupos são:
1. Compartilhar a preocupação educativa no atual contexto
histórico, buscando os itinerários mais oportunos para educar
os jovens e as jovens aos valores fundamentais da vida e ao
encontro com o Evangelho.
2. Tornar conhecido o Sistema Preventivo que representa a síntese
da sabedoria pedagógica de Dom Bosco e constitui a mensagem
profética que ele deixou aos seus herdeiros e a toda a Igreja.
Trata-se de uma experiência espiritual e educativa que se
fundamenta na razão, na religião e na bondade.
• A razão sublinha os valores do humanismo cristão, como a
busca de sentido, o trabalho, o estudo, a amizade, a alegria,
a piedade, a liberdade não separada da responsabilidade, a
harmonia entre sabedoria humana e sabedoria cristã.
• A religião significa dar espaço à Graça que salva, cultivar o
desejo de Deus, favorecer o encontro com Cristo Senhor,
enquanto dá sentido pleno à vida e resposta à sede de
felicidade, inserir-se progressivamente na vida e na missão
da Igreja.
• A bondade exprime a necessidade de que, para iniciar uma
relação educativa eficaz, os jovens não só sejam amados,
mas percebam que são amados; trata-se de um estilo
especial de relacionamento e é um amar que desperta as
energias do coração juvenil levando-as a amadurecer até
a oblatividade.
Razão, religião e bondade são hoje, mais do que ontem,
elementos indispensáveis à ação educativa e fermentos
preciosos para dar vida a uma sociedade mais humana, em
resposta às expectativas das novas gerações.
3. Difundir o Espírito Salesiano com o testemunho e a palavra: o
humanismo salesiano aposta em cada pessoa e compromete
educadores e educadoras no trabalho incansável pelo seu
45

5.6 Page 46

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crescimento, mesmo em condições às vezes difíceis; é a premissa
para a nova civilização do amor.
4. Promover o Movimento Salesiano: Dom Bosco envolvia muitas
outras pessoas em seu projeto educativo e missionário; pedia,
em todos os níveis, atenção pelos seus jovens e pelas pessoas
carentes. O amplo Movimento Salesiano e a ligação entre as
múltiplas forças neles atuantes constituem uma riqueza para a
todos.

5.7 Page 47

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3
CAPÍTULO
A Espiritualidade
Art. 22. Horizontes da espiritualidade apostólica da Família
Salesiana
A espiritualidade apostólica é o centro inspirador e animador da vida de
comunhão na e para a missão da Família Salesiana. Ela é, de fato, uma
comunhão que não nasce de projeto humano nem coincide com uma
organização, mesmo perfeita, ou com técnicas refinadas de associação,
mas brota da caridade pastoral que, suscitada pelo Espírito no coração
de Dom Bosco, o animou até a santidade.
Espiritualidade significa que a nossa vida é guiada pelo Espírito, Aquele
que gratifica com os seus carismas os vários Grupos pertencentes
à única Família. Apostólica significa o dinamismo interior que leva ao
dom e ao serviço, dando eficácia à ação educativa e evangelizadora e
unificando toda a existência ao redor desse centro inspirador.
Movidos pela fé, esperança e caridade, os membros da Família
Salesiana participam da ação de Deus, que sempre age para comunicar
a toda pessoa o seu amor misericordioso, e se sentem profundamente
inseridos na comunhão e no apostolado da Igreja.
Art. 23. Colaborar com Deus Pai
Colocar Deus como centro unificador da própria vida, fonte da
comunhão fraterna e inspirador da própria ação, supõe certa imagem
de Deus. Não o Deus distante, todo imerso em seu silêncio solitário
e imperturbável, e desinteressado da terra, mas o Deus-Amor (cf.
1Jo 4,16) que se dá totalmente à humanidade, um "Pai que trabalha
sempre" (Jo 5,17) compartilhando a vida dos seus filhos, empenhado
em vir, eficazmente e com infinito amor, ao encontro das profundas
expectativas das pessoas; um Deus tão envolvido em nossa história a
ponto de expor-se à liberdade do homem, aceitando o risco da rejeição,
entregando-se sempre como amor que perdoa (ágape). 23
23  Cf. DCE 10.
47

5.8 Page 48

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Silencioso, mas eficaz Agente no interior da história, este Deus associa
a si colaboradores ativos e colaboradoras operosas que, nas situações
concretas da vida empenham suas energias no anúncio do seu amor e
na realização de obras de bem, haurindo d'Ele forças para amar, dar e
servir.
"Viver na presença de Deus" significa, para a Família Salesiana e seus
componentes, cultivar uma intensa e contínua relação de amor com Ele
("união com Deus"); sentir-se, por isso, cheios de um amor semelhante
ao seu, amor que se entrega de modo benévolo e desinteressado e
se prodigaliza pelos destinatários privilegiados da própria missão;
significa também saber colher e acolher os sinais da sua misteriosa
presença nas expectativas e nas exigências dos homens e das mulheres
do nosso tempo.
É a este Deus, Pai misericordioso, que Dom Bosco dirigiu a sua calorosa
invocação: “Da mihi animas, cetera tolle”. A todos os seus discípulos
e a todas as suas discípulas, Dom Bosco repete: “A mais divina das
coisas divinas é cooperar com Deus para a salvação das almas, e é um
caminho seguro de santidade eminente”.
Art. 24. Viver os sentimentos de Cristo
Dom Bosco colocou no centro de sua vida espiritual e ação apostólica
uma convicta devoção a Jesus presente na Eucaristia, o Dono de casa
– como costumava dizer –, e ao divino Salvador, de quem pretendeu
imitar os gestos salvíficos.
Enxertados em Cristo pela força do Batismo, deixamo-nos assimilar
a Ele, dóceis à ação do Espírito, até poder dizer com São Paulo: "Para
mim, o viver é Cristo" (Fl 1,21), "já não sou eu quem vive, mas é Cristo
que vive mim" (Gl 2,20); mas acolhendo também a outra exortação do
Apóstolo: "Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus" (Fl
2,5).
São eles: a consciência vigilante de ser o Enviado de Deus, guiado
em tudo pelo Espírito; a obediência incondicional à vontade do Pai na
realização da missão que lhe foi confiada, enfrentando com coragem
dificuldades e contrastes (cf. Jo 5,17s); a constante e generosa ação de
48

5.9 Page 49

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libertar as pessoas de toda forma de morte e comunicar vida e alegria a
todos; o cuidado apaixonado pelos pequenos e pobres com a solicitude
do Bom Pastor; o amor que perdoa sempre até ser vítima na cruz; a
promessa de ser companheiro de caminhada dos seus discípulos como
o foi com os dois de Emaús.
O ícone do Bom Pastor inspira e guia especialmente a nossa ação,
indicando duas perspectivas preciosas de espiritualidade apostólica
salesiana.
Primeira: o apóstolo do Senhor Jesus coloca no centro da própria
atenção a pessoa enquanto tal e a ama como ela é, sem preconceitos e
exclusões, justamente como faz o Bom Pastor, também com a ovelha
dispersa.
Segunda: o apóstolo não propõe a si mesmo, mas sempre e somente o
Senhor Jesus, o único que pode libertar de toda forma de escravidão,
o único que pode conduzir para as pastagens da vida eterna (cf. Jo
10,1-15), o único que jamais abandona quem se dispersa, mas se faz
solidário com a sua fragilidade e, cheio de confiança e esperança, o
procura, recupera e reconduz para que tenha vida em plenitude.
Enraizar-se em Cristo e conformar-se a Ele é a alegria mais profunda
para um filho e uma filha de Dom Bosco. De aqui o amor à Palavra e o
desejo de viver o mistério de Cristo representado pela liturgia da Igreja;
a celebração assídua dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação,
que educam à liberdade cristã, à conversão do coração e ao espírito de
partilha e de serviço; a participação no mistério da Páscoa do Senhor,
que abre à compreensão nova da vida e do seu significado pessoal e
comunitário, interior e social.
Art. 25. Ser dóceis ao Espírito
A vida cristã é, por sua natureza, vida no Espírito. Envolvida no
caminho de renovação, promovido pelo Concílio Vaticano II, a Família
Salesiana procurou aprofundar as relações com o Espírito do Senhor
Ressuscitado, definindo a sua identidade ao redor do carisma de Dom
Bosco, verdadeiro dom do Espírito e fonte da espiritualidade que anima
a sua Família apostólica.
49

5.10 Page 50

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Os aspectos da figura do Espírito Santo encontrados na Palavra
revelada resultam particularmente iluminadores para a vida espiritual-
apostólica dos que pertencem aos vários Grupos da Família Salesiana: o
Espírito é Criador e dá a vida; é o enviado do Pai e do Ressuscitado para
prolongar a sua obra de salvação na história; é Aquele que introduz os
crentes na Verdade/Cristo para que vivam n'Ele e d'Ele; é Voz que fala
às consciências das pessoas para abri-las à luz da verdade e predispô-
las ao dom do amor;24 é Presença particularmente viva e eficaz nas
comunidades cristãs, unificando-as na comunhão e no serviço,
infundindo nos fiéis o espírito da missão; é Aquele que precede, assiste
e acompanha os que se empenham na obra de evangelização.25
As atitudes que os membros da Família Salesiana são chamados a
assumir em seus confrontos são: serenidade e confiança, na certeza
de que são sempre sustentados pela força do Espírito; docilidade às
suas inspirações secretas; discernimento inteligente da sua presença
nos acontecimentos humanos, tanto pessoais quanto comunitários;
colaboração inteligente e corajosa à sua ação para o advento do Reino
de Deus na vida das pessoas, na Igreja e na sociedade; reconhecimento
pelo carisma de Dom Bosco e generosidade na atuação do seu projeto
educativo e apostólico.
Art. 26. Comunhão e missão na Igreja
Dom Bosco teve um grande amor pela Igreja e manifestou-o no sentido
de pertença à comunidade eclesial. Ao mesmo tempo, consciente
de ter recebido um carisma especial para a educação da juventude,
desenvolveu-o para a edificação da Igreja nos vários contextos sociais.
A Família de Dom Bosco tem entre os tesouros de casa uma rica tradição
de fidelidade filial ao Sucessor de Pedro e de comunhão e colaboração
com as Igrejas locais: "Todo sacrifício é pouco, quando se trata da Igreja
e do Papado”.26 “"Quando o Papa nos manifesta um desejo, seja para
nós uma ordem”.27
24  Cf. AA 29c; GS 22e.
25  Cf. AG 4.
26  MB V, p. 577; Cost SDB art. 13.
27  Cf. MB V, p. 573.
50

6 Pages 51-60

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6.1 Page 51

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Essa dedicação incondicional ao Papa exprime, em Dom Bosco, a sua
paixão pela Igreja. É uma herança que nós acolhemos e vivemos.
A Igreja, com efeito, é presença visível de Cristo ressuscitado na
história da humanidade; é comunhão dos irmãos na unidade da fé e na
variedade dos carismas e dos ministérios; é caridade que leva a tornar
conhecido o amor de Deus anunciando o Evangelho; é serviço prestado
à humanidade para a construção de um mundo que corresponda ao
desígnio de Deus; é família que encontra o centro de unidade no Cristo
Senhor e o defensor da unidade no Sucessor de Pedro.
A espiritualidade herdada de Dom Bosco é eminentemente eclesial;
ela manifesta e alimenta a comunhão da Igreja construindo uma
rede de relações fraternas e de colaborações eficazes no seio das
comunidades cristãs; é uma espiritualidade educativa que se propõe
a ajudar os jovens e os pobres a se sentirem à vontade na Igreja, a
serem construtores de Igreja e participantes da sua missão; é uma
espiritualidade que enriquece a Igreja inteira com o dom da santidade
de muitos de seus filhos e filhas.
Art. 27. Espiritualidade do cotidiano
Dom Bosco inspirou-se em São Francisco de Sales reconhecendo-o
como mestre de uma espiritualidade simples porque essencial, popular
porque aberta a todos, simpática porque carregada de valores humanos
e, por isso, particularmente disponível à ação educativa. Em sua obra
fundamental (Tratado do amor de Deus ou Teótimo), o santo bispo de
Genebra fala de “êxtase”. Essa palavra não indica tanto os fenômenos
espirituais extraordinários quanto, segundo a etimologia do termo, a
saída de si e o voltar-se para o outro; é a experiência de quem se deixa
atrair, convencer e conquistar por Deus, penetrando sempre mais no
seu mistério.
Para São Francisco de Sales, são três as formas de êxtase:
– o êxtase intelectivo: que é arrebatamento por aquilo que Deus é,
mas também admiração pelas grandes obras que Ele realizou
na criação e ainda realiza na vida das pessoas e na história
dos homens; é um olhar que amadurece quando aplicado à
51

6.2 Page 52

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meditação da Palavra: de fato, é a Palavra que abre os olhos e
faz ver as coisas com o mesmo olhar de Deus;
– o êxtase afetivo: que é fazer experiência pessoal do amor de Deus
por nós, de modo que aumenta o desejo de corresponder-lhe,
e, nutridos por esse amor, nos dispomos a dar talentos e vida
pela sua glória e por causa do Reino; supõe vigilância constante,
purificação do coração, prática da oração;
– o êxtase da ação e da vida: que, para São Francisco de Sales,
é o coroamento dos outros dois, porque o intelectivo poderia
reduzir-se a pura especulação e o afetivo a simples sentimento.
O êxtase da ação, porém, revela uma generosidade e uma
gratuidade que só podem vir de Deus; e transforma-se em
dedicação concreta e dinâmica pelo bem das pessoas em formas
variadas de caridade.
A Família Salesiana, na releitura de Dom Bosco Fundador, traduziu as
exigências da espiritualidade e da mística de São Francisco de Sales
com uma formulação simples e exigente: espiritualidade do cotidiano.
Art. 28. A "contemplação operante" de Dom Bosco
A mística de Dom Bosco encontra expressão no seu lema “Da mihi
animas, cetera tolle” e identifica-se com o "êxtase da ação" de São
Francisco de Sales. É a mística do trabalho cotidiano em sintonia
de pensamento, sentimento e vontade com Deus; pelo que, as
necessidades dos irmãos, sobretudo dos jovens, e as preocupações
apostólicas convidam à oração, enquanto a oração constante alimenta
o generoso e sacrificado trabalho com Deus pelo bem dos irmãos.
É a mística da "contemplação operante" assim descrita pelo beato
padre Felipe Rinaldi, conhecedor profundo do mundo interior de Dom
Bosco: “Dom Bosco identificou, com a máxima perfeição, a sua atividade
exterior, indefessa, absorvente, vastíssima, cheia de responsabilidade,
com a vida interior iniciada a partir do sentido da presença de Deus
e que, pouco a pouco, se tornou atual, persistente e viva a ponto de
ser união perfeita com Deus. Dessa forma, ele realizou em si o estado
mais perfeito, que é a contemplação operante, o êxtase da ação, em que
52

6.3 Page 53

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se consumou até o fim, com serenidade estática, para a salvação das
almas”.28
A Família Salesiana assume esta mística, tão intensamente vivida
por Dom Bosco, e por ele deixada como herança preciosa aos seus
discípulos e às suas discípulas espirituais.
Art. 29. Caridade apostólica dinâmica
A caridade apostólica dinâmica representa o coração do espírito de
Dom Bosco, a substância da vida salesiana, como também a força do
trabalho apostólico dos membros da Família Salesiana.
Caridade: é o próprio nome de Deus (cf. 1Jo 4,16). Não indica apenas
as energias do coração humano, mas é participação na misericórdia
preveniente do Pai, no coração compassivo de Cristo e no amor
indizível do Espírito Santo. É esse o distintivo dos discípulos do Senhor:
amarem-se uns aos outros com o mesmo amor com que Deus nos
ama.
Apostólica: é a participação do amor infinito do Pai que envia Jesus para
que os homens tenham vida em abundância; é partilha da solicitude do
Bom Pastor pela salvação de todos; é abertura ao fluxo do amor com
que o Espírito age nas consciências e na história das pessoas.
Dinâmica: exprime vivacidade de movimento, capacidade de inovação,
de não se contentar com o já realizado, de não se deixar levar pelos
hábitos, de evitar toda forma de mediocridade e comodidade, mas
buscar com paixão e criatividade o que é mais necessário e eficaz para
responder concretamente às expectativas do universo juvenil e da
classe popular.
Para Dom Bosco, tudo isso recebe o nome de coração oratoriano que é
fervor, zelo, pôr todos os recursos à disposição, busca de intervenções
novas, capacidade de resistir nas provações, vontade de retomada
depois dos fracassos, otimismo cultivado e difuso; é solicitude cheia
28  Felipe Rinaldi, Conferenze e scritti. Leumann-Turim, LDC, 1990, p. 144.
53

6.4 Page 54

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de fé e de caridade, que encontra em Maria um exemplo luminoso de
doação de si.
Nos Grupos cujo serviço salesiano se dirige à infância, a caridade
apostólica dinâmica é ternura evangélica; nos Grupos que educam
adolescentes e jovens, é acolhida, participação e guia para horizontes
de crescimento; nos Grupos entregues ao cuidado de pessoas
afetadas por variadas formas de pobreza, assume a tonalidade de
amor misericordioso e providente; nos Grupos que dirigem o próprio
apostolado aos doentes e anciãos, transforma-se em caridade
compassiva; nas Filhas dos Sagrados Corações, manifesta-se como
amor sacrifical, especialmente pelos leprosos; nos Grupos empenhados
num apostolado salesiano entre pessoas simples, dispersas em aldeias
distantes ou imersas nas degradadas periferias urbanas, transforma-
se em humilde amor solidário e oblativo.
Art. 30. Graça de unidade
As expressões utilizadas na experiência salesiana para exprimir a fonte
da caridade apostólica são: graça de unidade, interioridade apostólica,
dimensão contemplativa da vida, síntese vital, movimento único de
caridade para com Deus e para com os jovens, liturgia da vida.
Evangelizar educando e educar evangelizando é uma fórmula já difusa
para exprimir a unidade interior dos membros da Família Salesiana,
pois não se refere apenas à metodologia educativa, mas também à
espiritualidade dos indivíduos e dos Grupos: quando alguém se deixa
guiar pelo Espírito, vida e apostolado formam uma unidade, como
oração e ação, amor de Deus e amor ao próximo, cuidado de si e
dedicação aos outros, educação do humano e anúncio do Evangelho,
pertença a um Grupo e inserção na Igreja.
Tudo converge para a unidade; e é a síntese vital própria da santidade.
De aqui deriva uma força incrível de ação e de testemunho, pela energia
do Espírito que tomou posse de toda a pessoa e pode fazer dela um
instrumento livre e alegre da sua ação.
A caridade apostólica é para todo participante da Família Salesiana o
princípio interior e dinâmico capaz de unificar as múltiplas e diversas
54

6.5 Page 55

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atividades e preocupações cotidianas. Favorece a fusão dos dois polos
inseparáveis da caridade apostólica num único movimento interior: a
paixão por Deus e a paixão pelo próximo.
Art. 31. Predileção pelos jovens e dedicação à classe popular
Os discípulos e as discípulas de Dom Bosco, para realizar de modo
eficaz a missão juvenil e popular, cultivam uma predileção real pelos
jovens e prodigalizam-se pela classe popular. Estão convencidos de
fazer a experiência de Deus justamente mediante aqueles aos quais
são enviados: a juventude e a gente comum, especialmente os pobres.
Os jovens e as jovens são reconhecidos como dom de Deus à Família
Salesiana; são o campo indicado pelo Senhor e por Maria a Dom Bosco,
no qual realizar a sua ação; eles são, para nós todos, substância da
vocação e da missão salesiana.
Dedicar-se aos jovens significa ter o coração continuamente voltado
para eles, percebendo aspirações e desejos, problemas e exigências.
Quer dizer também encontrá-los no ponto de amadurecimento em
que se encontram; não só para fazer-lhes companhia, mas para
levá-los aonde são chamados; por isso, os educadores intuem as
energias de bem que os jovens trazem em si e os apoiam no esforço
de crescimento, tanto humano quanto cristão, individualizando com
eles e para eles itinerários possíveis de educação. Ressoa sempre no
coração de educadores e evangelizadores apaixonados o apelo paulino:
“A caridade de Cristo impele-nos continuamente” (cf. 2Cor 5,14).
A classe popular é o ambiente natural e ordinário onde encontrar os
jovens, sobretudo os mais necessitados de ajuda. O empenho da
Família de Dom Bosco volta-se à gente comum, apoiando-a no
esforço de promoção humana e de crescimento na fé, evidenciando e
promovendo os valores humanos e evangélicos de que é portadora,
como o sentido da vida, a esperança de um futuro melhor, o exercício
da solidariedade.
Dom Bosco traçou, também para a Associação dos Salesianos
Cooperadores e a Associação de Maria Auxiliadora, um itinerário de
55

6.6 Page 56

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educação à fé para o povo, valorizando os conteúdos da religiosidade
popular.
Ele prodigalizou-se, também, em promover a comunicação social para
alcançar o maior número possível de pessoas em ação educativa e
evangelizadora.
Art. 32. Bondade salesiana
A bondade (amorevolezza) de Dom Bosco é, sem dúvida, um traço
característico da sua metodologia pedagógica tida ainda hoje como
válida, tanto nos contextos ainda cristãos quanto naqueles nos quais
vivem jovens que pertencem a outras religiões.
Entretanto, não se reduz apenas a um princípio pedagógico, mas deve
ser reconhecida como elemento essencial da nossa espiritualidade.
Ela, com efeito, é amor autêntico porque vem de Deus; é amor que
se manifesta nas linguagens da simplicidade, da cordialidade e da
fidelidade; é amor que gera vontade de correspondência; é amor que
suscita confiança, abrindo caminho para a confidência e a comunicação
profunda ("a educação é coisa do coração"); é amor que se difunde
criando clima de família, no qual viver em comum é belo e enriquecedor.
Para o educador, é amor que requer energias espirituais intensas: o
desejo de estar e ficar ali, a renúncia de si e o sacrifício, a castidade dos
afetos e o autocontrole nas atitudes, a escuta participante e a espera
paciente para individualizar os momentos e os modos mais oportunos,
a capacidade de perdoar e retomar os contatos, a mansidão de quem,
às vezes, também sabe perder, mas continua a crer com esperança
ilimitada. Não há amor verdadeiro sem ascética e não há ascética sem
o encontro com Deus na oração.
A bondade é fruto da caridade pastoral. Dom Bosco dizia: "Sobre o que
se fundamenta esta nossa amizade recíproca? [...] No desejo que tenho
de salvar as vossas almas, que foram redimidas pelo sangue precioso
de Jesus Cristo, e vós me amais porque procuro levar-vos pelo caminho
56

6.7 Page 57

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da salvação eterna. Portanto, o fundamento da nossa afeição é o bem
das nossas almas".29
A bondade torna-se assim sinal do amor de Deus, e instrumento para
despertar a sua presença no coração dos que foram alcançados pela
bondade de Dom Bosco; é um itinerário de evangelização.
De aqui a convicção que a espiritualidade apostólica da Família
Salesiana caracteriza-se não por um amor entendido genericamente,
mas pela capacidade de amar e fazer-se amar.
Art. 33. Otimismo e alegria na esperança
Em Jesus de Nazaré, Deus revelou-se como o "Deus da alegria",30 e o
Evangelho, como uma "alegre notícia" que tem início com as "Bem-
aventuranças", participação dos homens na mesma beatitude de
Deus. Trata-se de um dom não superficial, mas profundo, porque a
alegria, mais do que sentimento efêmero, é energia interior que resiste
também às dificuldades da vida. São Paulo recorda: "Estou cheio de
consolação e transbordo de alegria em todas as nossas aflições" (2Cor
7,4). Nesse sentido, a alegria que experimentamos na terra é um dom
pascal, antecipação da alegria plena que gozaremos na eternidade.
Dom Bosco captou o desejo de felicidade presente nos jovens e
demonstrou a sua alegria de viver nas expressões da alegria, do pátio e
da festa; mas jamais deixou de indicar a Deus como fonte da verdadeira
alegria. Alguns de seus escritos, como O jovem instruído, a biografia
de Domingos Sávio, o apólogo contido na história de Valentim, são
demonstrações da correspondência que ele estabelecia entre graça e
felicidade. E a sua insistência sobre o “prêmio do paraíso” projetava as
alegrias da terra na perspectiva da sua realização e plenitude.
À escola de Dom Bosco, quem pertence à Família Salesiana cultiva em
si algumas atitudes que favorecem a alegria e a comunicam aos outros.
29  Dom Bosco, “Lettera a don Giuseppe Lazzero e alla comunità degli artigiani di Valdocco.
Roma, 20 gennaio 1874”. In: Epistolario, vol. IV, p. 208, aos cuidados de Francisco Motto.
Roma, LAS, 2003
30  São Francisco de Sales, “Lettre à la Présidente Brulart. Annecy, 18 febbraio 1605”. In:
Oeuvres, vol. XIII, p.16.
57

6.8 Page 58

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1. Confiança na vitória do bem: «Em todo jovem, também no mais
desafortunado – escreve Dom Bosco –, há um ponto acessível ao
bem; primeiro dever do educador é descobrir esse ponto, essa corda
sensível do coração, e tirar proveito dele».31
2. Apreço pelos valores humanos: o discípulo de Dom Bosco acolhe
os valores do mundo e recusa lamentar-se do próprio tempo; retém
tudo o que é bom, sobretudo quando agradável aos jovens e ao povo.
3. Educação às alegrias cotidianas: é preciso um esforço paciente de
educação para aprender, ou reaprender, a apreciar com simplicidade
as múltiplas alegrias humanas que o Criador coloca todos os dias em
nosso caminho.
Uma vez que se entrega totalmente ao "Deus da alegria" e testemunha
em obras e palavras o "Evangelho da alegria", o discípulo e a discípula
de Dom Bosco vivem sempre alegres. Difundem essa alegria e sabem
educar à alegria da vida cotidiana e ao sentido da festa, lembrados do
apelo de São Paulo: "Alegrai-vos sempre no Senhor; repito, alegrai-
vos" (Fl 4,4).
Art. 34. Trabalho e temperança
O exercício da caridade apostólica inclui a exigência de conversão e
purificação, ou seja, a morte do homem velho para que nasça, viva e
se desenvolva o homem novo que, à imagem de Jesus Apóstolo do
Pai, está pronto a sacrificar-se cotidianamente no trabalho apostólico.
Doar-se é esvaziar-se e esvaziar-se é deixar-se preencher por Deus,
para fazer d'Ele um dom aos outros. Desapego, renúncia, sacrifício,
são elementos irrenunciáveis, não pelo gosto do ascetismo, mas
simplesmente pela lógica do amor. Não há apostolado sem ascética
e não há ascética sem mística. Quem se põe por inteiro a serviço
da missão não precisa de penitências extraordinárias; bastam as
dificuldades da vida e os cansaços do trabalho apostólico, se acolhidos
com fé e oferecidos com amor.
31  MB V, p. 367.
58

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A ascese recomendada por Dom Bosco tem diversos aspectos: ascese
de humildade, para não se sentir senão servos diante de Deus; ascese de
mortificação, para ser senhor de si, conservando os próprios sentidos e
o próprio coração e vigiando para que a busca de comodidades não
empobreça a generosidade; ascese da coragem e da paciência para
poder perseverar na ação quando nos chocamos com a dura realidade;
ascese de abandono, quando os acontecimentos nos levam mais perto
da cruz de Cristo.
Art. 35. Iniciativa e maleabilidade
O desejo de fazer o bem requer a busca dos caminhos mais adequados
para realizá-lo. Entram em jogo: a leitura correta das necessidades e
das possibilidades concretas, o discernimento espiritual à luz da Palavra
de Deus, a coragem de tomar iniciativas, a criatividade no individualizar
soluções inéditas, a adequação às circunstância mutáveis, a capacidade
de colaboração, a vontade de revisão.
O padre Felipe Rinaldi recorda aos Salesianos – e a sua afirmação é
válida para todos os Grupos da Família Salesiana –: "O espírito próprio
das nossas Constituições é a elasticidade da adaptação a todas as
formas de bem que surgem continuamente na humanidade; e o dia em
que se introduzisse uma modificação contrária a esse espírito seria o
fim da nossa Sociedade”.32
São muitas as palavras de Dom Bosco que recomendam o espírito
de iniciativa: "Nas coisas que redundam em vantagem da juventude
em perigo ou servem para ganhar almas a Deus, eu vou adiante até a
temeridade”.33 “Ceda-se muito sempre no que se puder; dobremo-nos
32  Egidio Viganò, “Don Philip Rinaldi, Authentic Witness and Interpreter of the ‘Salesian
Spirit’”, in AGC no. 332, Rome, 5 December 1989.
33  “Lettera a Vespignani”. Epistolario Ceria III, p. 166-167; cf. também MB XIV, p. 662
59

6.10 Page 60

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às exigências modernas também nos costumes e nas tradições dos
vários lugares, desde que não se deva fazê-lo contra a consciência”.34
Não é apenas questão de estratégia, mas de um fato espiritual,
porque comporta uma renovação contínua de si e da própria ação em
obediência ao Espírito e à luz dos sinais dos tempos.
O aparecimento de numerosos Grupos da Família Salesiana surgidos
no século XX foi fruto do espírito de iniciativa e da maleabilidade dos
respectivos Fundadores, fiéis e criativos filhos de Dom Bosco.
Art. 36. O espírito salesiano de oração
A oração salesiana é oração apostólica; é movimento que vai da ação
até Deus e é movimento que, de Deus, reconduz à ação levando-O
junto, porque tanto a mente como o coração estão cheios do seu amor.
Dom Bosco não dedicava longos tempos à oração nem usava métodos
ou formas especiais (bastavam-lhe as "práticas do bom cristão"),
porque ação e oração eram nele uma coisa só. O trabalho extraordinário
que o ocupava da manhã à noite não perturbava a sua oração, antes
a suscitava e orientava; e a oração cultivada no profundo do coração
nutria nele energias renovadas de caridade para dedicar-se por inteiro
ao bem de seus jovens pobres.
O próprio nome oratório dado à sua primeira instituição significa que
tudo, naquele ambiente, era oração ou podia ser oração; e o quanto de
bem se fazia naquela casa era fruto da oração: de Dom Bosco, dos seus
colaboradores e dos jovens.
A oração difusa é típica, portanto, dos que vivem a espiritualidade
de Dom Bosco e realizam a sua missão. Sem transcurar, porém, os
momentos de oração explícita, nutrida pela escuta da Palavra de Deus
e a resposta de amor, que transformam a vida em oração e a oração
em vida.
34  MB XIII, p. 283.
60

7 Pages 61-70

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7.1 Page 61

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Art. 37. Maria Auxiliadora, Mestra de espiritualidade apostólica
A devoção a Maria (com a devoção a Jesus Eucaristia e ao Papa) foi
uma das três devoções que marcaram a vida espiritual e apostólica de
Dom Bosco. A Família Salesiana inteira é e sente-se Família mariana,
nascida da solicitude materna da Imaculada Auxiliadora. De fato, todos
os Grupos exprimem essa convicção em seus textos constitucionais
próprios. Para os Salesianos, Maria Auxiliadora é modelo e guia em
sua ação educativa e apostólica,35 mãe e mestra em sua experiência
formativa, particularmente invocada em sua oração.36
Para as Filhas de Maria Auxiliadora, Maria virgem e mãe, serva humilde,
mãe do Salvador, é mãe e educadora de toda vocação salesiana e
"verdadeira superiora" do Instituto.37 Ela é modelo de fé, esperança,
caridade e união com Cristo, de solicitude e bondade materna, de vida
consagrada, de oração, de disponibilidade, de escuta, de docilidade e
colaboração, de caridade apostólica. 38
O Salesiano Cooperador "descobre na Virgem Imaculada e Auxiliadora o
aspecto mais profundo da própria vocação: ser verdadeiro ‘cooperador
de Deus’ na realização do seu plano de salvação”. 39
Para os que pertencem à Associação de Maria Auxiliadora, a entrega a
Maria traduz-se em "viver a espiritualidade do cotidiano com atitudes
evangélicas, especialmente com a gratidão a Deus pelas maravilhas
que realiza continuamente, e com a fidelidade a Ele também na hora da
dificuldade e da cruz, a exemplo de Maria”. 40
Para as Irmãs da Caridade de Jesus, Maria as ajuda a viver animadas pelo
Espírito Santo; a colocar Jesus Cristo no centro da própria vida; a nutrir
um amor sincero e uma grande confiança n'Ela nas próprias relações
com as pessoas; a imitar os seus exemplos de Mulher crente, que
busca a vontade de Deus no cotidiano, de Mãe amorosa e solícita dos
35  Cf. Cost SDB arts. 20, 34, 92.
36  Cf. id. art. 98.
37  Cf. id. arts. 84, 87, 92.
38  Cf. Cost FMA arts. 17, 18, 44, 79, 114.
39  PVA art. 20.
40  Novo Regulamento ADMA art. 4.
61

7.2 Page 62

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outros, de Discípula do Filho de quem escuta a Palavra, de Consoladora
dos aflitos, de Auxílio dos cristãos e de Mãe da humanidade.41
As Damas Salesianas assim se expressam em seu Ideário: "Maria é
a primeira leiga empenhada, que, na entrega do próprio ser, acolhe
fielmente o plano de Deus, transforma em vida a sua palavra, como
mulher, esposa e mãe, mestra e testemunha, primeira evangelizada e
evangelizadora.
Ela é inspiração e modelo a seguir para a Dama Salesiana, e tudo
isso nos leva a proclamá-la Primeira Dama Salesiana, norma, guia,
inspiração, mãe, irmã e fiel companheira em nossa missão”. 42
A entrega cotidiana a Maria caracteriza, portanto, a nossa
espiritualidade. A entrega é um dinamismo ascendente: é fazer o
dom de si para responder com generosidade à missão a cumprir;
mas é também dinamismo descendente: acolher com confiança e
reconhecimento o auxílio d'Aquela que guiou Dom Bosco e continua a
guiar a Família espiritual que teve nele a sua origem.
41  Cf. Cost SCG art.12.
42  Cf. Ideário DS art.14.
62

7.3 Page 63

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7.4 Page 64

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7.5 Page 65

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4
CAPÍTULO
A Formação para a Comunhão e a Missão
Cada Grupo da Família Salesiana cuida da formação dos próprios
membros haurindo do patrimônio comum e das próprias especificidades.
Contudo, podem-se individualizar elementos comuns, convergências
possíveis, colaborações desejáveis.
Art. 38. Conhecimento das identidades específicas
A comunhão da Família Salesiana fundamenta-se, além de no carisma
comum e na mesma missão, também no conhecimento e apreço dos
diversos Grupos que a compõem. De fato, a unidade não é uniformidade,
mas pluralidade de expressões que convergem para um único centro.
É necessário, portanto, favorecer o conhecimento recíproco para gozar
dos dons e das peculiaridades de cada um, enquanto concorrem para
formar uma riqueza que retorna em benefício de todos.
Podem servir para isso as reuniões ocasionais ou regulares, informais
ou institucionalizadas, os encontros de fraternidade e os momentos de
oração em comum.
A difusão da Carta de identidade carismática e espiritual, dos textos
relativos a Dom Bosco, dos perfis dos Fundadores ou Cofundadores,
da Estreia anual do Reitor-Mor, dos documentos programáticos
de cada Grupo, do Boletim Salesiano, das experiências apostólicas
particularmente significativas, poderão concorrer para o conhecimento
e estima recíprocos consolidando, ao mesmo tempo, a unidade da
Família. Atenção particular deve ser dada aos Grupos diretamente
iniciados por Dom Bosco e àqueles presentes e atuantes no próprio
território.
Art. 39. Formação compartilhada
A fim de garantir a unidade de espírito e a convergência para a
missão são necessários também momentos de formação em comum,
sobretudo quando se trata de iluminar e aprofundar aspectos
essenciais do carisma ou de conceber projetos a compartilhar. Tudo e
65

7.6 Page 66

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sempre no respeito às legítimas autonomias, mas também no espírito
de família que exprime e consolida a unidade.
Para formar-se em comum, é preciso primeiramente aprender a
pensar em comum, porque há sempre o perigo de reduzir o outro ao
próprio ponto de vista. Isso se torna possível quando se vence o medo
de confrontar-se e compartilhar, quando cada um se descentra de si
mesmo para concentrar-se nos outros, quando se tem em mira o bem
em si mesmo e não a própria afirmação, quando se unem verdade e
caridade.
É preciso, também, aprender a trabalhar em comum, individualizando
as modalidades e estratégias para a busca compartilhada e o diálogo
construtivo. Sempre e de qualquer modo é preciso rezar em comum
porque é o Espírito Luz de verdade e vínculo de unidade o Inspirador
de tudo o que é bom, justo e oportuno para o bem dos indivíduos e do
conjunto.
As ocasiões de formação em comum podem ser muitas:
•• sessões de estudo sobre aspectos da experiência carismática
comum e diferenciada, da espiritualidade que nos é própria,
do patrimônio herdado de Dom Bosco, dos desafios impostos
pelos sinais dos tempos, dos principais eventos eclesiais ou das
diretrizes importantes do Magistério pontifício e episcopal;
•• estudo de ações e problemas de pastoral juvenil, de temas
particulares da pedagogia salesiana, de estratégias missionárias
em vista da nova evangelização;
•• participação no discernimento em situações de especial
dificuldade ou em vista de programas formativos ou projetos
apostólicos a realizar em comum.
Neste sentido, tem relevância especial a Consulta da Família Salesiana,
que requer a presença e a contribuição de todos os Grupos.
66

7.7 Page 67

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Art. 40. Inserção nos diversos contextos
A missão requer a capacidade de inserir-se em contextos culturais,
sociais e eclesiais diversificados, sabendo intuir urgências e
necessidades, e demonstrando capacidade de colaboração com os que
trabalham a favor do bem.
Por isso, é preciso formar-se para uma atitude pessoal de escuta sem
preconceitos, de acolhida sem suspeição, de estima sem invejas, de
participação sem reservas.
É dessa forma que se concorre para a inculturação da fé e do carisma
enquanto se edifica a comunhão eclesial, sempre mais vasta da
comunhão particular de um Grupo e da mesma Família Salesiana.
Trata-se de uma formação atuada no terreno concreto do encontro
com grupos, movimentos e associações que exprimem a riqueza da
Igreja e se colocam a serviço do Reino.
Primeiro entre estes é o vasto Movimento Salesiano, do qual a Família
espiritual de Dom Bosco constitui o centro animador.
Outros espaços vitais que favorecem essa formação são a presença
dos Grupos da Família nas Igrejas locais e a colaboração com outras
associações eclesiais que trabalham no território. A graça multiforme
de Deus, concedida aos diversos movimentos eclesiais, exprime-se
numa espiritualidade particular e numa formação apostólica original
que deve ser reconhecida e acolhida enquanto fazemos a todos o dom
da nossa identidade carismática e a contribuição da nossa missão
específica.
Esta formação educa à estima recíproca, à antecipação na caridade
e na vontade de colaboração, à ação com paciência e descortino, à
disponibilidade para o sacrifício que isso, às vezes, pode comportar.
Como Família Salesiana, estimulados pelo exemplo de Dom Bosco
que teve, para com todos, sentimentos e palavras de acolhida
e reconhecimento, e soube com todos compartilhar intuições,
experiências e realizações, somos chamados a reconfirmar o dom
recebido compartilhando-o com a Igreja inteira.
67

7.8 Page 68

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Art. 41. Metodologia de colaboração
Saber colaborar não caminha por si só; exige uma formação que tenha
presentes alguns elementos essenciais:
1. Inicialmente, é preciso educar-se à participação em projetos. Toda
atividade educativa e apostólica parte da análise da situação dos
próprios destinatários e mira chegar a determinados objetivos em
breve, médio e longo termo. Isso deve ser estudado e programado
em comum, valorizando as competências, respeitando a diversidade
das perspectivas e favorecendo a convergência.
2. É preciso, ao mesmo tempo, ativar as lógicas da coordenação. O
concurso de forças diversas em vista de um empreendimento
jamais é um fato automático. Exigem-se, na verdade, algumas
capacidades: conhecer claramente a questão que se pretende
resolver, esclarecer a finalidade proposta, avaliar realisticamente
as possibilidades da intervenção, medir as forças e os recursos
disponíveis, declarar honestamente as contribuições que se podem
e se pretendem dar.
3. É preciso, ainda, submeter-se à lógica da reciprocidade. Dar e
receber jamais caminham em sentido único. A reciprocidade é
consciência do dom próprio e alheio, é reconhecimento do valor
próprio e dos outros, é acolhida e intercâmbio de sensibilidades,
ideias e competências complementares, é oferta de serviços feita
com generosidade e humildade.
4. É preciso, por último, submeter-se à responsabilidade com-
partilhada. O sucesso da colaboração em campo educativo e
apostólico depende tanto da aceitação de uma responsabilidade
primária que coordena o projeto quanto do reconhecimento das re-
sponsabilidades alheias, dando espaço a todos para que participem
ativamente da realização do plano comum.
68

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Art. 42. Papel do sacerdote na Família Salesiana
O Concílio Vaticano II apresenta os presbíteros como guias e educadores
do povo de Deus. Ele declara: "De pouco servirão as cerimônias,
embora belas, bem como as associações, embora florescentes, se não
se ordenam a educar os homens a conseguir a maturidade cristã”.43
E justifica a afirmação desta forma: "Cabe aos sacerdotes, como
educadores da fé, cuidar por si ou por outros que cada fiel seja levado,
no Espírito Santo, a cultivar a própria vocação segundo o Evangelho,
a uma caridade sincera e operosa e à liberdade com que Cristo nos
libertou”.44
O sacerdote salesiano é chamado assim às suas responsabilidades
mais significativas no setor da formação. A Palavra de Deus, os
sacramentos e particularmente a Eucaristia, o serviço da unidade e da
caridade representam o tesouro maior da Igreja.
Parafraseando uma expressão conciliar, pode-se afirmar que não
é possível formar espiritualmente uma Família apostólica como a
salesiana se não se assumir como raiz e eixo a celebração da Eucaristia,
a partir da qual deve construir-se qualquer educação que tenda a
formar o espírito de família. 45
Os Grupos da Família Salesiana sempre evidenciaram essa exigência
formativa e a reafirmam nesta Carta de identidade.
43  PO 6.
44 Id.
44  Cf. id.
69

7.10 Page 70

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8 Pages 71-80

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8.1 Page 71

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5
CAPÍTULO
Composição e Animação
Art. 43. Uma Família em crescimento
A Família Salesiana conheceu uma autêntica primavera nas últimas
décadas. Aos Grupos originais, sob o impulso do Espírito Santo,
uniram-se outros Grupos que enriqueceram a comunhão e alargaram
a missão salesiana com vocações específicas.
É evidente aos olhos de todos que a Família cresceu, o trabalho
apostólico multiplicou-se em diversos países do mundo e o campo
de ação se dilatou para o bem de muitos jovens e adultos. Essa
realidade convida não só a dar graças a Deus, como também suscita
a consciência de uma maior responsabilidade: de fato, a vocação
da nossa Família existe, como qualquer outra vocação, a serviço da
missão, de modo especial para a salvação da juventude, sobretudo a
mais pobre, abandonada e em perigo.46
Art. 44. Uma Família aberta
A Família Salesiana, que se configura como um grande Movimento
para a salvação dos jovens e se exprime com variedade de formas
para o apostolado nas missões, nos ambientes populares, na
comunicação social e no cuidado das vocações, está aberta para
outros Grupos que peçam oficialmente o reconhecimento do Reitor-
Mor.
Os critérios essenciais para ser reconhecido na Família Salesiana são:
1. Participação da "vocação salesiana", ou seja, coparticipação, em
algum aspecto relevante, da experiência humana e carismática
de Dom Bosco. Ele, de fato, permanece para todos os Grupos,
o inspirador originário de um itinerário peculiar de discipulado
46  Cf. Pascual Chávez, “A Família Salesiana ontem e hoje: a semente tornou-se uma árvore,
e a árvore, um bosque”. Estreia 2009 do Reitor-Mor. ACG 403. Roma, 18 de dezembro de
2008.
71

8.2 Page 72

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e apostolado; enquanto tal, ele é fonte de inspiração e de
convergência.
2. Participação da missão juvenil e/ou popular salesiana. Isso quer
significar que os Grupos incluem entre os seus fins específicos
algum elemento típico da missão salesiana, embora explicitada
com formas e modalidades particulares.
3. Participação do espírito, do método educativo e do estilo
missionário, ou seja, do patrimônio espiritual e pedagógico de
Dom Bosco.
4. Vida evangélica segundo o espírito salesiano, isto é, uma
vida inspirada nos conselhos evangélicos como caminho de
santidade, que se concretiza tanto na profissão dos votos,
própria da consagração religiosa, quanto nas diversas formas de
promessa ou compromisso que definem a fisionomia de cada
Grupo.
5. Fraternidade ativa que leva cada grupo a relacionar-se e agir em
sintonia e sinergia com os outros Grupos da Família Salesiana.
Art. 45. Pontos de referência
Em força da sua comunhão apostólica de natureza carismática, os
Grupos que constituem a Família Salesiana reconhecem no Reitor-
Mor, Sucessor de Dom Bosco, o Pai e o centro de unidade da mesma
Família.
Os Salesianos de Dom Bosco, herdeiros especiais da sua riqueza
carismática, têm, também, a responsabilidade de animar o
conjunto da Família Salesiana. Eles, de fato, têm "particulares
responsabilidades: manter a unidade do espírito e estimular o
diálogo e a colaboração fraterna para mútuo enriquecimento e maior
fecundidade apostólica". Realizam, por isso, um serviço que não faz
referência a uma autoridade de governo, mas à humilde e alegre
dedicação de quem promove um itinerário de fidelidade ao dom
recebido, favorecendo a sua comunicação, partilha e realização.
72

8.3 Page 73

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Art. 46. Organismos de animação e momentos de encontro
A fim de garantir a animação regular e eficaz à Família Salesiana,
dispomos de alguns organismos essenciais de coordenação e
favorecemos ocasiões específicas de encontro.
Em nível mundial, regional, nacional, inspetorial e local, a unidade
e a animação são garantidas e potencializadas por Conselhos ou
Consultas da Família Salesiana.
O encontro da Consulta, nos vários níveis, quer favorecer os seguintes
objetivos:
Estudar e aprofundar a figura de Dom Bosco, a sua vida, a
sua pedagogia, a sua espiritualidade para conhecer, entender
e assumir sempre mais o seu projeto apostólico e os seus
critérios de ação pastoral;
Reforçar o sentido de pertença, favorecendo o conhecimento
direto e concreto dos diversos Grupos da Família e valorizando
a sua identidade específica;
Propor encontros e experiências de formação em comum;
Conhecer os desafios pastorais da sociedade e da Igreja local,
na qual se insere a Família Salesiana, estudando as possíveis
sinergias pastorais, segundo a especificidade de cada Grupo, e
na comunhão da mesma missão salesiana;
Procurar ativar, sempre que for possível, iniciativas apostólicas
concretas, compartilhadas por todos os grupos do território.
A Consulta Mundial reúne-se todos os anos na Casa Geral dos
Salesianos e propõe linhas essenciais de animação para o posterior
ano pastoral.
Celebra-se todos os anos, nas regiões ou inspetorias, a Jornada da
Família Salesiana, com a proposta de momentos significativos de
formação e partilha
73

8.4 Page 74

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Em nível mundial, celebram-se todos os anos as Jornadas de
Espiritualidade da Família Salesiana. Elas representam um momento
de comunhão, reflexão e partilha durante as quais se deseja
aprofundar especificamente o conteúdo da Estreia do Reitor-Mor.
Esse documento é proposto anualmente pelo Sucessor de Dom
Bosco como convite a coordenar-se na reflexão e na atuação concreta
de um determinado aspecto da espiritualidade e missão salesiana.

8.5 Page 75

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Santidade
na Família Salesiana

8.6 Page 76

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8.7 Page 77

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8.8 Page 78

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8.9 Page 79

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Família Salesiana: Família de Santos
“Os verdadeiros protagonistas da nova evangelização são os santos:
eles falam uma linguagem compreensível a todos, com o exemplo da
vida e com as obras da caridade” (Bento XVI, 23.10.2012).
É preciso exprimir uma profunda gratidão e louvor a Deus pela santidade
já reconhecida na Família Salesiana de Dom Bosco e por aquela em vias
de reconhecimento.
O resultado de uma Causa de Beatificação e de Canonização é um
acontecimento de relevância extraordinária e de valor eclesial. Trata-
se, de fato, de fazer um discernimento sobre a fama de santidade de
um batizado, que viveu as bem-aventuranças evangélicas em grau
heroico ou que deu a vida por Cristo.
A celebração do Bicentenário do nascimento de Dom Bosco foi ocasião
favorável para aprofundar e difundir a sua experiência espiritual, que
floresceu em riquíssimos e diversíssimos frutos de santidade.
Desde Dom Bosco até nossos dias, reconhecemos uma tradição de
santidade a que se deve dar atenção, porque é a encarnação do carisma
que dele teve origem e que se expressou numa pluralidade de estados
de vida e de formas.
São homens e mulheres, jovens e adultos, consagrados e leigos,
bispos e missionários que, em contextos históricos, culturais, sociais
diversos no tempo e no espaço fizeram o carisma salesiano brilhar de
luz singular, representando um patrimônio que realiza um papel eficaz
na comunidade de crentes e na vida dos homens e das mulheres de
boa vontade.
79

8.10 Page 80

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ELENCO EM 1º DE JANEIRO DE 2020
A nossa Postulação interessa-se por 172 entres Santos, Beatos, Veneráveis,
Servos de Deus. As causas seguidas diretamente pela Postulação são 55.
SANTOS (9) e a data da canonização
São João Bosco, sacerdote (1º de abril de 1934) – (Itália)
São José Cafasso, sacerdote (22 de junho de 1947) – (Itália)
Santa Maria Domingas Mazzarello, virgem (24 de junho de 1951) – (Itália)
São Domingos Sávio, adolescente (12 de junho de 1954) – (Itália)
São Leonardo Murialdo, sacerdote (03 de maio de 1970) – (Itália)
São Luís Versiglia, bispo, mártir (1º de outubro de 2000) – (Itália – China)
São Calisto Caravario, sacerdote, mártir (1º de outubro de 2000) – (Itália)
São Luís Orione, sacerdote (16 de maio de 2004) – (Itália)
São Luís Guanella, sacerdote (23 de outubro de 2011) – (Itália)
BEATOS (118) e a data de beatificação
Miguel Rua, sacerdote (29 de outubro de 1972) – (Itália)
Laura Vicuña, adolescente (3 de setembro de 1988) – (Chile – Argentina)
Felipe Rinaldi sacerdote (29 de abril de 1990) – (Itália)
Madalena Morano, virgem (5 de novembro de 1994) – (Itália)
José Kowalski sacerdote, mártir (13 de junho de 1999) – (Polônia)
Francisco Kęsy, leigo,
e 4 companheiros mártires (13 de junho de 1999) – (Polônia):
Czesław Jóźwiak
Eduardo Kaźmierski
Eduardo Klinik
Jarogniew Wojciechowski
Pio IX, Papa (3 de setembro de 2000) – (Itália)
José Calasanz Marqués, sacerdote,
e 31 companheiros mártires (11 de março de 2001):
Antonio Maria Martín Hernández, sacerdote
Recaredo de los Ríos Fabregat, sacerdote
Juliano Rodríguez Sánchez, sacerdote
José Giménez López, sacerdote
Augusto García Calvo, coadjutor
João Martorell Soria, sacerdote
Tiago Buch Canal, caoadjutor
Pedro Mesonero Rodríguez, clérigo
José Otin Aquilué, sacerdote
80

9 Pages 81-90

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9.1 Page 81

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Álvaro Sanjuan Canet, sacerdote
Francisco Bandrés Sánchez, sacerdote
Sérgio Cid Pazo, sacerdote
José Batalla Parramó, sacerdote
José Rabasa Bentanachs, coadjutor
Gil Rodicio Rodicio, coadjutor
Angelo Ramos Velázquez, coadjutor
Felipe Hernández Martínez, clérigio
Zacarias Abadía Buesa, clérigo
Tiago Ortiz Alzueta, coadjutor
Xavier Bordas Piferrer, clérigo
Félix Vivet Trabal, clérigo
Miguel Domingo Cendra, clérigo
José Caselles Moncho, sacerdote
José Castell Camps, sacerdote
José Bonet Nadal, sacerdote
Tiago Bonet Nadal, sacerdote
Alexandre Planas Saurí, colaborador leigo
Eliseu García García, coadjutor
Júlio Junyer Padern, sacerdote
Maria do Carmo Moreno Benítez, virgem
Maria do Amparo Carbonell Muñoz, virgem
Luís Variara, sacerdote (14 de abril de 2002) – (Itália – Colômbia)
Artêmides Zatti, coadjutor (14 de abril 2002) – (Itália – Argentina)
Maria Romero Meneses, virgem (14 de abril de 2002) – (Nicarágua-Costa Rica)
Augusto Czartoryski, sacerdote (25 de abril de 2004) – (França-Polônia)
Eusébia Palomino, virgem (25 de abril de 2004) – (Espanha)
Alexandrina Maria da Costa, leiga (25 de abril de 2004) – (Portugal)
Alberto Marvelli, leigo (5 de setembro de 2004) – (Itália)
Bronisław Markiewicz, sacerdote (19 de junho de 2005) – (Polônia)
Henrique Saiz Aparicio, sacerdote
e 62 companheiros mártires, 28 de outubro de 2007 – (Espanha):
Félix González Tejedor, sacerdote
João Codera Marqués, coadjutor
Virgílio Edreira Mosquera, clérigo
Paulo Garcia Sánchez, coadjutor
Carmelo Giovanni Pérez Rodríguez, subdiácono
Teódulo González Fernández, coadjutor
Tomás Gil de la Cal, aspirante
Frederico Cobo Sanz, aspirante
Igino de Mata Díez, aspirante
Justo Juanes Santos, clérigo
Vitoriano Fernández Reinoso, clérigo
81

9.2 Page 82

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Emilio Arce Díez, coadjutor
Raimundo Eirín Mayo, coadjutor
Mateus Garolera Masferrer, coadjutor
Anastásio Garzón González, coadjutor
Francisco José Martín López de Arroyave, coadjutor
João da Mata Díez, colaborador leigo
Pio Conde Conde, sacerdote
Sabino Hernández Laso, sacerdote
Salvador Fernández Pérez, sacerdote
Nicolau de la Torre Merino, coadjutor
Germano Martín Martín, sacerdote
José Villanova Tormo, sacerdote
Estêvão Cobo Sanz, clérigo
Francisco Edreira Mosquera, clérigo
Manuel Martín Pérez, clérigo
Valentin Gil Arribas, coadjutor
Pedro Artolozaga Mellique, clérigo
Manuel Borrajo Míguez, clérigo
Dionísio Ullívarri Barajuán, coadjutor
Miguel Lasaga Carazo, sacerdote
Luís Martínez Alvarellos, clérigo
João Larragueta Garay, clérigo
Florêncio Rodríguez Güemes, clérigo
Pascoal de Castro Herrera, clérigo
Estêvão Vázquez Alonso, coadjutor
Eliodoro Ramos García, coadjutor
José Maria Celaya Badiola, coadjutor
André Jiménez Galera, sacerdote
André Gómez Sáez, sacerdote
Antonio Cid Rodríguez, coadjutor
Antonio Torrero Luque, sacerdote
Antonio Henrique Canut Isús, sacerdote
Miguel Molina de la Torre, sacerdote
Paulo Caballero López, sacerdote
Honório Hernández Martín, clérigo
João Luigi Hernández Medina, clérigo
Antonio Mohedano Larriva, sacerdote
Antonio Fernández Camacho, sacerdote
José Limón Limón, sacerdote
José Blanco Salgado, coadjutor
Francisco Míguez Fernández, sacerdote
Manuel Fernández Ferro, sacerdote
Félix Paco Escartín, sacerdote
82

9.3 Page 83

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Tomás Alonso Sanjuán, sacerdote
Manuel Gómez Contioso, sacerdote
Antonio Pancorbo López, sacerdote
Estêvão García García, coadjutor
Rafael Rodríguez Mesa, coadjutor
Antonio Rodríguez Blanco, sacerdote diocesano
Bartolomeu Blanco Márquez, leigo
Teresa Cejudo Redondo, leiga
Zeferino Namuncurà, leigo (11de novembro 2007) – (Argentina)
Maria Troncatti, virgem (24 de novembro 2012) – (Itália –Equador)
Estêvão Sándor, coadjutor, mártir (19 de outubro 2013) – (Hungria)
Tito Zeman, sacerdote, mártir (30 de setembro de 2017) – (Eslováquia).
VENERÁVEIS (17) e a data do Decreto super virtutibus
André Beltrami, sacerdote (15 de dezembro de 1966) – (Itália)
Teresa Valsè Pantellini, virgem (12 de junho de 1982) – (Itália)
Dorotéia Chopitea, leiga (9 de junho de 1983) – (Espanha)
Vicente Cimatti, sacerdote (21 de dezembro de 1991) – (Itália – Japão)
Simão Srugi, Palestina, coadjutor (2 de abril, 1993) – (Palestina)
Rodolfo Komorek, sacerdote (6 de abril de 1995) – (Polônia – Brasil)
Luís Olivares, bispo (20 de dezembro de 2004) – (Itália)
Margarida Occhiena, leiga (23 de outubro de 2006) – (Itália)
José Quadrio, sacerdote (19 de dezembro de 2009 – (Itália)
Laura Meozzi, virgem (27 de junho de 2011) – (Itália – Polônia)
Atílio Giordani, leigo (9 de outubro de 2013) – (Itália – Brasil)
José Augusto Arribat, sacerdote (8 de junho de 2014) – (França)
Estêvão Ferrando, bispo (3 de março de 2016) – (Itália – Índia)
Francisco Convertini, sacerdote (20 de janeiro de 2017) – (Itália – Índia)
José Vandor, sacerdote (20 de janeiro de 2017) – (Hungria-Cuba)
Otávio Ortiz Arrieta, bispo (27 de fevereiro de 2017) – (Peru)
Augusto Hlond, cardeal (19 de maio de 2018) – (Polônia)
SERVOS DE DEUS (28)
Elias Comini, sacerdote (Itália)
Inácio Stuchly, sacerdote (República Checa)
Antonio de Almeida Lustosa, bispo (Brasil)
Carlos Crespi Croci, sacerdote (Itália – Equador)
Constantino Vendrame, sacerdote (Itália – Índia),
João Świerc, sacerdote e 8 companheiros mártires (Polônia):
Inácio Dobiasz, sacerdote
Francisco Harazim, sacerdote
83

9.4 Page 84

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Casimiro Wojciechowski, sacerdote
Inácio Antonowicz, sacerdote
Ludovico Mroczek, sacerdote
Carlos Golda, sacerdote
Vladimir Szembek, sacerdote
Francisco Miśka, sacerdote
Orestes Marengo, bispo, (Itália-Índia)
Carlos Della Torre, sacerdote (Itália – Tailândia)
Ana Maria Lozano, virgem (Colômbia)
André Majcen, sacerdote (Eslováquia)
Rodolfo Lunkenbein, sacerdote, mártir (Alemanha – Brasil)
Simão Bororo, leigo, mártir (Brasil)
Matilde Salem, leiga (Síria)
Carlos Braga, sacerdote (Itália – China – Filipinas)
Antonino Baglieri, leigo (Itália)
Antonieta Böhm, virgem (Alemanha – México)
Silvio Galli, sacerdote (Itália)
Roseta Marchese, virgem (Itália)
Luís Bolla, sacerdote (Itália)
Vera Grita, leiga (Itália).
CAUSAS EXTRAS ACOMPANHADAS PELA POSTULAÇÃO GERAL
Venerável Camilo Costa de Beauregard, sacerdote (França)
Venerável Casimiro Barello Morello, ordem 3ª de São Francisco (Itália – Espanha)
Venerável João Tyranowski, leigo (Polônia)
Venerável Augusto Bertazzoni, bispo (Itália)
Servo de Deus Félix Canelli, sacerdote (Itália)
84

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Grupos
da Família Salesiana

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Grupos
1. Sociedade de São Francisco de Sales (Salesianos de Dom Bosco – SDB)
2. Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA)
3. Associação dos Salesianos Cooperadores (ASSCC)
4. Associação de Maria Auxiliadora (ADMA)
5. Associação dos Ex-Alunos de Dom Bosco (EXA-DB)
6. Associação das Ex-Alunas de Maria Auxiliadora (EXA-FMA)
7. Instituto Secular das Voluntárias de Dom Bosco (VDB)
8. Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria (HHSSCC)
9. Oblatas Salesianas do Sagrado Coração de Jesus (SOSC)
10. Apóstolas da Sagrada Família (ASF)
11. Irmãs da Caridade de Jesus (SCG)
12. Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora (MSMHC)
13. Filhas do Divino Salvador (HDS)
14. Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria (SIHM)
15. Irmãs de Jesus Adolescente (IJA)
16. Associação Damas Salesianas (ADS)
17. Voluntários com Dom Bosco (CDB)
18. Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora (SMI)
19. Filhas da Realeza de Maria Imaculada (DQM)
20.Testemunhas do Ressuscitados (TR)
21. Congregação de São Miguel Arcanjo (CSMA)
22. Congregação das Irmãs da Ressurreição (HR)
23. Congregação das Irmãs Anunciadoras do Senhor (SAL)
24. Discípulos (DISC)
25. Comunidade Canção Nova (CN)
26. Irmãs de São Miguel Arcanjo Miguelitas (CSSMA)
27. Irmãs de Maria Auxiliatrix (SMA)
28. Comunidade da Missão de Dom Bosco (CMB)
29. Irmãs da Realeza de Maria Imaculada (SQM)
30. Irmãs da Visitação de Dom Bosco (VSDB)
31. Fraternidade Contemplativa de Maria de Nazaré (FCMN)
32. Irmãs Medianeiras da Paz (MP)
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1. Fundador e origens
A Congregação foi fundada em 1859 por São João Bosco (1815-
1888) em Turim, no bairro de Valdocco, para coroar sua longa
e intensa experiência de apostolado entre os jovens pobres da
cidade. Ele foi o segundo dos filhos de Francisco Bosco e Margarida
Occhiena, agricultores modestos. João perdeu o pai muito jovem e,
aos dezesseis anos, começou a estudar em Chieri para ser padre. Foi
ordenado sacerdote em 6 de julho de 1841 pelo arcebispo de Turim,
Dom Luigi Fransoni, permanecendo os três anos seguintes na capital
piemontesa, onde completou sua formação teológica no Colégio
Eclesiástico.
As Origens
Graças à sua amizade com o Padre José Cafasso, seu conterrâneo,
Dom Bosco conheceu a dramática realidade das prisões juvenis e a
difícil situação de muitos jovens em Turim. Naqueles anos, Turim viveu
um período de rápida industrialização. Muitos jovens se mudaram das
zonas rurais para a cidade em busca de trabalho. Em 8 de dezembro
de 1841, Dom Bosco iniciou seu trabalho educativo-pastoral com os
jovens, começando a ensinar o catecismo a um aprendiz de pedreiro
na igreja de São Francisco de Assis, em Turim. Em seguida, o número
de jovens que o seguiam chegaram logo a quase 200.
O sonho missionário continua
90

10 Pages 91-100

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10.1 Page 91

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O nascimento da Congregação
Em 26 de janeiro de 1854, Dom Bosco reuniu quatro colaboradores para
dirigir a sua obra nascente. O ministro liberal Urbano Rattazzi deu ao
Fundador algumas sugestões importantes para a estrutura organizativa
da sua obra.
Rattazzi sugeriu não dar ao Instituto um caráter claramente religioso,
mas criar uma associação de cidadãos livres, que colaborassem
voluntariamente em benefício de jovens pobres e abandonados, cujos
membros mantinham seus direitos civis e, se sacerdotes, usassem
a veste do clero secular. Sugeriu, também que aqueles que ocupavam
cargos fossem chamados com nomes civis, como inspetor ou diretor.
Em 1858, Dom Bosco foi recebido em Roma pelo papa Pio IX, que
incentivou a sua obra. Em 18 de dezembro de 1859, o Fundador e
seus primeiros companheiros se reuniram na nova sociedade religiosa,
comprometendo-se a constituir uma Congregação para promover
a glória de Deus e a salvação das almas mais carentes de instrução e
educação. A Profissão dos votos públicos de pobreza, obediência e
castidade, realizada pelos primeiros vinte e dois membros, ocorreu em
14 de maio de 1862.
2. A História desde a fundação até hoje
Os Salesianos receberam o Decreto Pontifício de louvor em 1864 e
suas Constituições foram aprovadas pela Santa Sé em 1874.
Desde seu início, os Salesianos se dedicam especialmente à educação
dos jovens nas escolas, oratórios, paróquias, centros de formação
agrícola e profissional, mas também ao apostolado da imprensa e
às missões.
As missões
O primeiro pedido aos Salesianos para o apostolado missionário veio
da Argentina, para a evangelização da Patagônia. Em 12 de maio de
1875, Dom Bosco escolheu os missionários dentre seus colaboradores:
o futuro cardeal João Cagliero foi colocado à frente da expedição. Da
Argentina, os Salesianos se espalharam pelos países ao norte (Uruguai
e Brasil, onde tiveram um papel importante nas missões na Amazônia
91

10.2 Page 92

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Missões
e no Mato Grosso) e, em 1896, chegaram aos Estados Unidos da
América.
O trabalho na África já estava nos projetos de Dom Bosco, mas somente
após a sua morte os primeiros Salesianos se estabeleceram naquele
continente. Em 1891, abriram uma casa em Orã, Argélia, mas foi no
Congo que o apostolado da Sociedade obteve os melhores resultados:
os missionários chegaram a Catanga em 1912 e, em 1925, o território
foi erigido como Prefeitura Apostólica. Em 1980, o Padre Viganò deu
início ao “Projeto África”. Em 1906, com a chegada dos primeiros
missionários à Índia, os Salesianos estenderam sua missão à Ásia.
Missões
92

10.3 Page 93

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Luís Mathias e Estêvão Ferrando realizaram seu apostolado no Assam
e nas regiões limítrofes com Tibete e a Birmânia. Em 1926, Vicente
Cimatti guiou a missão salesiana ao Japão.
3. Identidade
O artigo 2 das Constituições declara: “Nós, Salesianos de Dom
Bosco (SDB), formamos uma comunidade de batizados que, dóceis
à voz do Espírito, intentam realizar, numa forma específica de vida
religiosa, o projeto apostólico do Fundador: ser na Igreja sinais e
portadores do amor de Deus aos jovens, especialmente aos mais
pobres. No cumprimento desta missão, encontramos o caminho da
nossa santificação”.
“Nossa Sociedade é composta de clérigos e leigos que vivem a
mesma vocação em fraterna complementaridade” (Const. 4).
A Pedagogia salesiana
Os princípios educativos da Sociedade Salesiana estão expostos
em alguns dos escritos do Fundador: O Jovem Instruído, Lembranças
confidenciais aos diretores, O sistema preventivo na educação da juventude,
a Carta de Roma e a Carta circular sobre os castigos.
Dom Bosco elimina do seu sistema educativo os métodos
repressivos e propõe o “método preventivo”: afirma a necessidade
de informar os alunos sobre as regras e prescrições da comunidade
e convida os educadores a dar atenção, com amor, para impedir que
os jovens cometam faltas, colocando o educando em condições
ideais para alcançar um desenvolvimento integral e harmonioso.
A alma da pedagogia salesiana é a “caridade pastoral”: os
educadores são convidados a agir com amor, cordialidade e afeto. É
preciso também, fazer com que os jovens saibam que são amados,
pois quem sabe que é amado, ama por sua vez.
A pedagogia torna-se espiritualidade juvenil salesiana inspirada no
humanismo de São Francisco de Sales unida à sincera devoção a
Maria Auxiliadora.
93

10.4 Page 94

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O Reitor-Mor P. Ángel Fernández Artime com o Conselho-Geral (2014-2020)
A Família Salesiana
As Constituições assim se expressam: “De Dom Bosco origina-se
vasto movimento de pessoas que, de várias maneiras, trabalham para
a salvação da juventude” (Const. 5). Ele próprio, além da Sociedade
de São Francisco de Sales, fundou o Instituto das Filhas de Maria
Auxiliadora, a Associação dos Salesianos Cooperadores e a Associação
dos Devotos de Maria Auxiliadora.
Hoje, são 32 os Grupos da Família Salesiana. Vivendo o mesmo espírito
e em comunhão entre si, continuam, com vocações específicas, a
missão que ele iniciou.
Nela, por vontade do Fundador, os Salesianos têm responsabilidades
especiais: “manter a unidade do espírito e estimular o diálogo e a
colaboração fraterna para mútuo enriquecimento e maior fecundidade
apostólica”.
Os ex-alunos participam dela em razão da educação recebida. Sua
pertença torna-se mais estreita quando se comprometem em
participar da missão salesiana (Const. 5). Não se trata apenas de uma
afirmação solene das Constituições. Os Regulamentos referem-se
94

10.5 Page 95

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aos frutos concretos do serviço prestado pelos Salesianos à Família
Salesiana.
É dever do Inspetor e do Diretor, assistidos por seus respectivos
delegados, sensibilizar as comunidades para realizarem o seu trabalho
na Família Salesiana.
A comunidade, de acordo com os responsáveis dos vários Grupos, em
espírito de serviço e respeitando a sua autonomia:
•• oferece assistência espiritual;
•• promove reuniões;
•• favorece a colaboração educativo-pastoral;
•• cultiva um trabalho comum pela vocações.
A fim de cumprir os compromissos elencados, foi criado um
secretariado específico para a Família Salesiana.
Recorde-se que o acompanhamento dos Salesianos de Dom Bosco
em relação à Família Salesiana não abrange todas as formas de
animação.
A Corrida dos Santos, 1º de novembro de 2012
95

10.6 Page 96

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Encontro dos jovens com o Reitor-Mor na
América
Mandalay (Mianmar).
Um dos produtos da padaria do
Centro de Formação Profissional
Longe de constituir um monopólio, deixa amplo espaço para os outros
Grupos desenvolverem a própria autonomia e corresponsabilidade
carismática sendo, por sua vez, reciprocamente animadores.
4. Situação atual
À morte de Dom Bosco, a Congregação contava com 773 professos
e 276 noviços. Hoje, os Salesianos de Dom Bosco são 14.614,
distribuídos em 132 países do mundo nos 5 continentes.
A Sociedade Salesiana organiza-se em Comunidades Inspetoriais
que, por sua vez, se articulam em comunidades locais. Desde 1965,
as Inspetorias estão agrupadas em Regiões, que garantem a ligação
entre o Governo Central e as Inspetorias. As Regiões, reorganizadas
durante o Capítulo Geral de 2014, são sete: Europa Mediterrânea (que
inclui também o Oriente Médio); Europa Centro e Norte (incluindo
as Ilhas Britânicas); Interamérica (América do Pacífico, Central e do
Norte); América Cone Sul; Ásia Sul (Índia e Sri Lanka); Ásia Este e
Rep. Dem. Congo. Padre Ángel Fernández Artime visita a Inspetoria da Assunção de Maria Santíssima
96

10.7 Page 97

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Macau (China). Visita do Reitor-Mor à Inspetoria Maria Auxiliadora
Oceania (China, Japão, Filipinas, Sudeste Asiático, Austrália); África e
Madagascar.
O Reitor-Mor, Superior da Sociedade Salesiana, é o sucessor de Dom
Bosco, Pai e Centro de Unidade da Família Salesiana.
Missão e atividade
O artigo 6 das Constituições indica os seguintes setores da missão
salesiana: “Fiéis aos compromissos que Dom Bosco nos transmitiu, somos
evangelizadores dos jovens, especialmente dos mais pobres; cultivamos
de modo particular as vocações apostólicas; somos educadores da fé nos
ambientes populares, em particular com a comunicação social; anunciamos
o Evangelho aos povos que não o conhecem”.
As atividades às quais os Salesianos de Dom Bosco dão atenção são
estas:
• Diretamente educativas: oratórios e centros juvenis, escolas
de diferentes graus e centros profissionais, internatos e casas
para jovens em dificuldade, universidades, catequese e centros
pastorais. Os jovens são os primeiros e privilegiados destinatários
da obra salesiana.
• Diretamente evangelizadoras: as paróquias confiadas aos
salesianos são cerca de 1000. A Congregação nasceu de um
“catecismo” e faz sua a nova evangelização no mundo moderno.
• Diretamente missionárias: há cerca de 3000 salesianos
trabalhando em contexto missionário em vários territórios
missionários de todos os continentes.
97

10.8 Page 98

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Santidade na Congregação
As Constituições afirmam que, no cumprimento da missão, os
Salesianos encontram sua santificação. O florescimento da santidade
em nosso Instituto confirma a verdade dessas palavras e a riqueza do
dom de Deus para todos nós.
Santos
Dom Bosco (canonizado no dia da Páscoa, 1º de abril de 1934);
Luís Versiglia, bispo, e Calisto Caravario, sacerdote, protomártires
salesianos (canonizados em 1º de outubro de 2000).
Beatos
Padre Miguel Rua (beatificado em 29 de outubro de 1972); Padre
Felipe Rinaldi (beatificado em 29 de abril de 1990); Padre Luiz Variara e
Coadjutor Artêmides Zatti (beatificados em 14 de abril de 2002); Padre
Augusto Czartoryski (beatificado em 25 de abril de 2004).
São também Beatos os 88 Salesianos Mártires: os primeiros são de dois
grupos espanhóis: Padre José Calasanz Marqués e 28 companheiros
(17 sacerdotes, 7 coadjutores, 5 clérigos) beatificados em 11 de
março de 2001; e Padre Enrique Sáiz Aparicio e 55 companheiros
(22 sacerdotes, 18 coadjutores, 16 clérigos) beatificados em 28 de
outubro de 2007. Além deles há o Padre José Kowalski, mártir polonês
(beatificado em 13 de junho de 1999); o Coadjutor Estêvão Sándor
(beatificado em Budapeste em 19 de outubro de 2013) e o Padre Tito
Zeman (beatificado em Bratislava em 30 de setembro de 2017).
Uma fileira de 12 Veneráveis
Padre Augusto Arribat, Padre André Beltrami, Padre Vicente Cimatti,
Padre Francisco Convertini, Dom Estêvão Ferrando, Cardeal Augusto
Hlond, Padre Rodolfo Komorek, Dom Luigi Olivares, Dom Otávio Ortiz
Arrieta, Padre José Quadrio, Coadjutor Simão Srugi, Padre José Vandor.
Servos de Deus
Padre Elias Comini, Padre Inácio Stuchly, Dom Antonio de Almeida
Lustosa, Padre Carlos Crespi Croci, Padre Constantino Vendrame,
Padre João Świerc e 8 companheiros, mártires, Dom Orestes Marengo,
Padre Carlos Della Torre, Padre André Majcen, Padre Carlos Braga,
Padre Rodolfo Lunkenbein com o leigo Simão Bororo, mártires.
98

10.9 Page 99

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Os Jovens santos
Também entre os jovens que viveram em casas salesianas, podem-
se contar alguns santos. Santo é Domingos Sávio (canonizado em 12
de junho de 1954); Beatos mártires são os cinco jovens oratorianos
poloneses: Jarogniew Wojciekowski, Edward Kaźmierski, Czeslaw
Jóźwiak, Franciszek Kęsy, Edward Klinik (beatificados em 13 de
junho de 1999). Há, ainda, o jovem araucano Zeferino Namuncurá,
beatificado em 11 de novembro de 2007. Uma menção especial
merece a santidade da mãe de Dom Bosco, a Venerável Mamãe
Margarida.
5. Desafios para o futuro
O caminho da Congregação é traçado por seus Capítulos Gerais.
Se nos perguntarmos quais são os desafios que se apresentam
hoje, o Capítulo Geral 28 aponta em três direções. A primeira é o da
prioridade da missão salesiana entre os jovens de hoje.
Os SDB sentem um forte apelo para retornar mais uma vez aos
verdadeiros pobres do mundo e continuar a apostar fortemente neles
nos lugares e presenças em que já estão trabalhando. São chamados
a sintonizar-se com tantos adolescentes e jovens que pedem para
não os deixarem sozinhos, mas serem acompanhados: jovens com
famílias estruturadas ou desestruturadas, que precisam da presença
de um educador e de um amigo para a sua vida e a de suas famílias.
São Gonçalo da Cachoeira, Brasil. Jovens Ianomâmis que brincam na Missão
99

10.10 Page 100

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O Reitor-Mor com jovens de Papua-Nova Guiné
Esse desafio é um convite a abrir os olhos e estar atentos, antes
de tudo, às necessidades dos adolescentes e jovens, que pela
linguagem e compreensão pertencem ao mundo digital; e, ainda,
da atenção e respeito ao Criado e ao tema do Voluntariado.
Um segundo desafio, intimamente ligado ao primeiro, é o do perfil
do Salesiano para os jovens de hoje. Os SDB voltam de novo o
seu olhar para Dom Bosco porque ele é o seu modelo. Dom Bosco
é um dom carismático, vivo, atuante e voltado para o futuro. O
compromisso dos SDB é tornar sempre vez mais viva a experiência
de Dom Bosco, com a sua característica de unidade da sua pessoa,
da sua vida e do seu trabalho, a admirável harmonia entre graça
e natureza. É um desafio que provoca outros temas, como por
exemplo, o tema da “vocação e formação”, ou seja, ver e planejar
a formação como resposta permanente ao chamado de Deus.
Associado a este, há o tema da “missão” e “comunhão”, ou seja,
viver a missão como comunidade educativo-pastoral.
Um terceiro desafio é o da colaboração com a Família Salesiana
e os leigos na missão e na formação. É um tema sobre o qual o
As Escolas Profissionais de Valdocco
100

11 Pages 101-110

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11.1 Page 101

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Documento Final do Sínodo sobre Os jovens, a Fé e o Discernimento
Vocacional insistiu muito. Reciprocidade, participação e formação
conjunta são alguns dos temas que os SDB são chamados a
aprofundar, para que o rosto de Dom Bosco hoje seja sempre mais
atento e conectado com o tempo e a história.
Haiti. Ajudas humanitárias
Estes são desafios que ajudam toda a Congregação a delinear e
aprofundar, na medida do possível, o “perfil do Salesiano”: alguém
preparado para viver a missão salesiana com muitos leigos. Juntos,
serão capazes de dar respostas aos jovens de hoje, a todos os
jovens, especialmente os mais pobres e necessitados, aqueles que
são, ou se sentem, excluídos e rejeitados, os mais frágeis e privados
de direitos fundamentais
Azerbaijão
101

11.2 Page 102

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Salesianos a serviço das vítimas de calamidades naturais no Nepal
Jovens Salesianos nas Jornadas Mundiais da Juventude (Cracóvia, 2016)
102
Salesianos com os jovens: sempre com Dom Bosco e por Dom Bosco

11.3 Page 103

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103

11.4 Page 104

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1. Fundador, Cofundadora e Origens
“Por um dom do Espírito Santo e com a intervenção direta de Maria,
São João Bosco fundou o nosso Instituto como resposta de salvação
às profundas aspirações dos jovens. Transmitiu-lhe um patrimônio
espiritual inspirado na caridade de Cristo Bom Pastor e imprimiu-lhe
um forte impulso missionário” (Const. FMA, art. 1).
A opção de fundar uma Congregação religiosa feminina para a
educação das jovens amadureceu em Dom Bosco graças à solicitação
de várias pessoas; a constatação do estado de abandono e pobreza
em que muitas jovens se encontravam; o contato com vários Institutos
femininos; a confirmação do papa Pio IX, que o incentivou nessa opção;
os repetidos “sonhos” e fatos extraordinários, narrados por ele mesmo;
a profundidade da sua devoção mariana.
Enquanto esse projeto amadurecia nele, em Mornese (Alessandria,
Piemonte), Maria Domingas Mazzarello, como membro da Associação
das Filhas da Imaculada, animava um grupo de jovens que se dedicavam
às meninas da cidade, ensinando-as a costurar, mas principalmente
orientando-as para serem boas cristãs e honestas cidadãs.
Dessa forma, duas intenções convergiram para o mesmo ideal: dar vida
a uma família religiosa para meninas e jovens mulheres, semelhante à
dos Salesianos, um novo carisma educativo na Igreja. Para a fundação,
Dom Bosco escolheu o grupo das Filhas da Imaculada de Mornese.
Maria Domingas Mazzarello foi a Cofundadora e ajudou a dar forma e
desenvolvimento à nova instituição.
2. A história desde a fundação até hoje
Em 5 de agosto de 1872 o primeiro grupo de 11 jovens fez a
sua primeira Profissão em Mornese para ser, na Igreja e na
sociedade, educadoras de jovens, sobretudo das classes populares.
Permaneceram na Casa de fundação de 1872 a 1879. Nesse curto
espaço de tempo, plasmou-se a sua identidade e espiritualidade
que assume o nome da pequena cidade de origem: o “Espírito de
Mornese”. Guiadas pela sabedoria formativa de Madre Mazzarello
e pelo acompanhamento constante de Dom Bosco, as FMA
combinaram de forma criativa o “Sistema Preventivo” de Dom
104

11.5 Page 105

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Mornese: a Casa de fundação
Punta Arenas. Primeiras missionárias
Bosco com os recursos femininos e as exigências da educação da
mulher e da infância, com uma participação ativa no âmbito da
escola e da catequese.
Obtida a aprovação diocesana das Constituições pelo Bispo de Acqui
em 23 de janeiro de 1876, as FMA levadas pelo ardor missionário
começaram a deixar Mornese para chegar em 1877 ao Uruguai e
depois à Argentina. Desde então, o Instituto se espalhou sempre
mais pela Itália, Europa e América.
Em 1879, a Casa Mãe foi transferida para Nizza Monferrato
(Asti, Piemonte), onde o Instituto abriu a primeira Escola Normal
para a formação de professoras e viveu um intenso entusiasmo
missionário e um promissor aumento de vocações.
105

11.6 Page 106

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Desde 1891 as FMA estão presentes na Ásia, desde 1893, na África,
e desde 1954, na Austrália. A missão ocorre em uma pluralidade
de ambientes educativos abertos à pluralidade das culturas e à
diversidade religiosa, com uma atenção particular às crianças,
adolescentes e jovens mulheres. Procurou-se manter vivo em todos
os lugares o entusiasmo missionário inicial, “elemento essencial da
identidade do Instituto” (cf. Const. FMA, 75) com atenção vigilante
às exigências dos tempos e das Igrejas particulares.
Em 1906-1907, o Instituto, após a publicação das “Normae secundun
quas” (1901), viveu o processo de separação da Congregação
Salesiana, especialmente em relação ao aspecto administrativo e
à dependência jurídica do Reitor-Mor. No entanto, a comunhão e a
colaboração ativa permanecem na participação da espiritualidade
do Fundador e da missão educativa.
A partir de 1908 começaram a ser criadas as primeiras Inspetorias
da Itália e da América Latina. Em 1911, depois de 39 anos da
fundação, o Papa Pio X concedeu a aprovação pontifícia do Instituto.
As FMA viveram, até hoje, uma notável expansão geográfica que
as levou a responder às necessidades educativas emergentes
nos cinco continentes. Desde a década de 1970, no entanto, tem
sido evidente o declínio numérico das vocações, especialmente na
Europa e na América Latina, mas em vários Países há uma variedade
de trabalhos educativos e promocionais nascidos da criatividade e
audácia apostólica das FMA, que entendem responder às inéditas
pobrezas das crianças, das adolescentes, das jovens mulheres, das
famílias e dos migrantes. O Instituto continua experimentando,
assim, novas formas de vitalidade carismática, também graças
à valorização da vocação leiga das Ex-Alunas e dos Ex-Alunos
e Salesianos Cooperadores com quem compartilha a missão
educativa.
3. Identidade
As FMA são uma família religiosa nascida do coração grande de
São João Bosco e da fidelidade criativa de Santa Maria Domingas
Mazzarello. O Fundador escolheu o nome “Filhas de Maria
Auxiliadora” porque queria que o Instituto fosse um “monumento
vivo” de gratidão a Nossa Senhora.
106

11.7 Page 107

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Na Igreja, as FMA são mulheres consagradas que, vivendo em
comunidade e em meio ao povo, especialmente entre crianças,
adolescentes e jovens, expressam a mística e a profecia de um
amor apaixonado por Jesus.
Com a certeza de que Maria Auxiliadora inspirou o Instituto, as FMA
procuram testemunhar no mundo de hoje a mesma atitude que Ela
tinha de fé, esperança e caridade, de comunhão com Cristo para
ser como Ela “auxiliadoras”, especialmente entre os/as jovens (cf.
Const. FMA, 4).
Com simplicidade e alegria vivem a missão educativa e cultivam a
entrega missionária ad gentes e no próprio país. Isso contribui para
abrir a realidade cotidiana a amplos horizontes apostólicos.
O carisma educativo
Animadas pelo carisma salesiano com os traços específicos
do “Espírito de Mornese”, as FMA têm como finalidade de seu
trabalho o crescimento integral das pessoas, a formação à fé
através da catequese sistemática e da educação à cidadania ativa,
gratuidade e solidariedade. Trata-se de um projeto que harmoniza
a ação educativa e evangelizadora mediante a prática do “Sistema
Preventivo” de Dom Bosco e de Maria Mazzarello realizado em
atenção fiel às alteradas situações dos tempos e contextos.
A dimensão específica que fundamenta a tradição educativa do
Instituto é a experiência carismática de Maria Domingas Mazzarello.
Através da sua adesão alegre ao plano de Deus, pretendia levar
cada uma das jovens ao encontro vital com Jesus. A mensagem
educativa da Cofundadora do Instituto enraíza-se na atenção à
pessoa e em educá-la para descobrir a própria vocação, a fim de
dar uma contribuição responsável à família, à sociedade e à Igreja.
A educação da jovem mulher é uma opção prioritária das FMA,
assumida nos vários Países com ações diversificadas: formação
cultural e evangelização, inserção no mundo do trabalho, promoção
de cooperativas de mulheres nas missões, recuperação de
adolescentes que, nas periferias das grandes cidades, são vítimas
fáceis da prostituição, do tráfico de pessoas, orientando-as a lutar
por sua dignidade e elaborar uma cultura inspirada no humanismo
cristão.
107

11.8 Page 108

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Madre Yvonne Reungoat, Superiora-Geral em Campos, Brasil: Censa (2013)
FMA na Família Salesiana
O Instituto “é parte viva da Família Salesiana”. Nela, as FMA
participam com todos os outros Grupos da herança espiritual do
Fundador e oferecem, como aconteceu em Mornese, a contribuição
original de própria vocação (cf. Const. FMA, 3).
Mediante a Conselheira-Geral para a Família Salesiana e as
Delegadas locais e inspetoriais, as FMA dão atenção especial ao
movimento de Ex-Alunas/Ex-Alunos e à Associação de Ex-Alunas/
os das FMA para que realizem com responsabilidade e autonomia a
própria vocação laical na Igreja e na sociedade. Compartilham com
os Salesianos o acompanhamento da Associação dos Salesianos
Cooperadores e da Associação de Maria Auxiliadora.
4. Situação atual
Hoje, as FMA estão presentes em 96 países dos cinco continentes,
são 13.274 e as casas são 1.370. A missão das FMA privilegia a
educação integral das jovens e dos jovens que se encontram em
situações de pobreza e risco, não só em Países cristãos, como
também naqueles ainda não evangelizados ou descristianizados
(cf. Const. FMA, 6). Nos vários contextos socioculturais, as FMA
propõem-se como presença evangelizadora que cria cultura em
defesa dos direitos dos mais pobres e em favor da justiça e da paz.
As obras mais significativas
O Oratório-Centro Juvenil: ambiente caracterizado por uma
formação rica em valores humanos e cristãos, que se concretiza em
uma série de atividades adequadas às diferentes idades e ao meio
ambiente. O Oratório-Centro Juvenil propõe-se criar uma autêntica
comunidade juvenil reunida ao redor do Senhor. Apresenta-se
como uma proposta de educação não formal adequada também
108

11.9 Page 109

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a contextos inter-religiosos, pois é aberta a todos os jovens sem
exclusão de origem, religião ou cultura.
Escolas e os centros de formação profissional: locais de elaboração
cultural crítica, amadurecida no confronto constante com a visão
integral da pessoa, da existência, da história e da construção
de profissionalidade, segundo um projeto de vida inspirado nos
valores do Evangelho. A iniciação ao trabalho e a necessidade de dar
Colômbia: Educação e Evangelização de rua
Escola de corte e costura
109

11.10 Page 110

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Oratório: Casa-Geral FMA
uma resposta à desocupação juvenil fizeram com que, através de
diferentes configurações nos cinco continentes, se potencializasse
a Formação Profissional, orientando os jovens para o mundo do
trabalho e do empreendedorismo.
Instituições de ensino superior: expressão da missão educativa
e de uma cultura humanizante em perspectiva evangélica.
Caracterizam-se pela rigorosa abordagem científica da pesquisa,
pelos currículos e pelo conteúdo da docência, em sintonia com
a visão cristã da pessoa humana e da vida. Em 1970, a Igreja
confiou ao Instituto a Pontifícia Faculdade de Ciências da Educação
“Auxilium”, com sede em Roma.
Obras para crianças, adolescentes e jovens em situação de risco:
casas-família, comunidades abrigo, centros de acolhimento, locais
onde, mediante um caminho formativo, que tem como ponto de
partida a situação concreta dos beneficiários, sua condição de
precariedade e abandono, procura-se acompanhar as pessoas
para a liberdade e o amadurecimento integral, inserindo-as em
ambientes permeados pelo Espírito de Família.
Casas de Espiritualidade para jovens: oásis que oferecem a
possibilidade de experimentar um caminho de silêncio, oração
e contato mais prolongado e tranquilo com a natureza e com a
Palavra de Deus, que dá critérios de avaliação e orientação.
Centros de promoção da mulher: São ambientes com a missão
prioritária de promover a autoconsciência, a inserção social, a
formação cultural, a orientação à autonomia econômica e ao
cuidado da saúde. Entendem tornar as jovens cientes da própria
dignidade, dos seus direitos, da sua missão de educadora na família,
no mundo do trabalho, na Igreja, e promotoras de uma sociedade
mais humana em sinergia com o homem.
110

12 Pages 111-120

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12.1 Page 111

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Associação Internacional VIDES: “Voluntariado, Internacional,
Mulher, Educação e Desenvolvimento”é a proposta de voluntariado
do Instituto FMA às jovens e aos jovens dos vários continentes.
Visa oferecer-lhes espaços concretos de protagonismo, gratuidade
e diálogo intercultural. O voluntariado promovido é de caráter
educativo, na perspectiva da reciprocidade, segundo o estilo
salesiano: missionário e social em prol do desenvolvimento
sustentável.
Reconhecida como Associação Internacional pela legislação belga,
obteve das Nações Unidas o Estatuto Consultivo do ECOSOC
permitindo-lhe participar ativamente nas várias sedes ONU, com a
oferta de uma contribuição específica.
Escritório dos Direitos Humanos: localizado em Veyrier (Suíça),
promove uma ação de formação em direitos humanos em nível das
obras educativas do Instituto e foi reconhecido pelo Estatuto do
ECOSOC das Nações Unidas.
Todas essas obras são animadas por comunidades FMA movidas
pelo ardor do “Da mihi animas cetera tolle”, com a sensibilidade femi-
nina inspirada no carisma do Instituto, aberta à colaboração com as
famílias, com as instituições, com leigos e leigas que compartilham
a mesma missão.
111

12.2 Page 112

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Santidade no Instituto das FMA
Santos (2)
São João Bosco, sacerdote (1º de abril de 1934) – (Itália)
Santa Maria Domingas Mazzarello, virgem (24 de junho de 1951)
– (Itália)
Beatas (7)
Beata Laura Vicuña, adolescente (3 de setembro de 1988)
Beata Madalena Morano, virgem (5 de novembro de 1994)
Beata Carmen Moreno Benítez, mártir (11 de março de 2001)
Beata M. Amparo Carbonell Muñoz, mártir (11 de março de 2001)
Beata Maria Romero Meneses, virgem (14 de abril de 2002)
Beata Eusébia Palomino Yenez, virgem (25 de abril de 2004)
Beata Maria Troncatti, virgem (24 de novembro de 2012)
Veneráveis (2)
Ven. Teresa Valsè-Pantellini, virgem (12 de julho de 1982)
Ven. Laura Meozzi, virgem (27 de junho de 2011)
Servas de Deus (2)
Antonietta Böhm, virgem (Alemanha – México).
Abertura do processo diocesano: 7 de maio de 2017
Roseta Marchese, virgem (Itália), abertura do processo diocesano: 2
de julho de 2019
5. Desafios para o futuro
Os principais desafios para o futuro podem ser reunidos ao redor de três
núcleos:
Primado de Deus
Em tempos de globalização, pluralismo, mudanças velozes de
época, complexidade e relativismo, o Instituto é chamado a ir ao
essencial na sequela de Cristo. Por isso, empenha-se em viver a
conversão pastoral com a força profética de ser, com os jovens,
comunidades em saída, que testemunham e anunciam Jesus com
esperança e alegria.
As FMA participam do mesmo carisma com muitos leigos e leigas.
Em contraposição à lógica consumista e competitiva, as FMA optam
112

12.3 Page 113

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por um estilo de vida sóbrio e pela comunhão de bens, para não
reproduzir no Instituto padrões culturais que gerem desigualdade,
exclusão e empobrecimento.
Relacionamentos
Inspirado pelo caminho atual da Igreja, o Instituto opta por viver
com maior profundidade o estilo sinodal nas comunidades
educativas. Dom Bosco havia compreendido a força da unidade
e da convergência e envolveu todos os que podiam colaborar no
seu trabalho educativo em favor dos jovens mais pobres. As FMA
são chamadas a “caminhar juntas”, dando visibilidade aos aspectos
fundamentais, típicos do “Sistema Preventivo”, que caracterizam
o estilo sinodal: sentido da sacralidade da pessoa humana,
acolhida alegre e familiar, confiança, proximidade, hospitalidade,
solidariedade, gratuidade, integração, reconhecimento do outro por
aquilo que ele é pelo que poderá ser.
Esse também era o estilo de animação de Madre Mazzarello, capaz
de envolver todos os membros da comunidade educativa. Estilo
que compartilha visões, desperta novas energias, abre horizontes
e gera vida.
Missão compartilhada
A disseminação da pobreza em suas formas antigas e novas afeta
principalmente as gerações mais jovens e, de modo especial, as
mulheres. Considerando a pluralidade de situações, o Instituto opta
por linhas de ação específicas, compartilhadas com as Ex-alunas/os, os
Salesianos Cooperadores, a ADMA, as famílias, a Igreja local e o território.
Nos últimos Capítulos-Gerais, foi renovado o compromisso de:
•• assumir o “coração oratoriano” como critério de renovação das
obras e das comunidades educativas;
•• comprometer-se com as jovens e os jovens, ouvindo-as/os,
dando confiança, encontrando-os onde vivem hoje, expressando
particular solidariedade com os migrantes, refugiados e
excluídos;
•• cuidar com maior determinação da formação de comunidades
vocacionais e favorecer a cultura vocacional, levando em
consideração as diferentes vocações na Igreja. Isso requer o
113

12.4 Page 114

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Diversão e animação
esforço de ativar caminhos sistemáticos e inculturados de
discernimento e acompanhamento vocacional das/dos jovens;
•• investir com planejamento na formação das FMA e dos leigos
e leigas, membros da Família Salesiana que participam do
carisma, superando as tentações de uma formação apressada e
inadequada aos desafios educativos de hoje.
Missão indígena: Darien – Panamá
114

12.5 Page 115

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115

12.6 Page 116

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1. Fundador e origens
Em abril de 1876, Dom Bosco foi a Roma pela décima primeira
vez, para, desta vez, pedir a Pio IX favores espirituais para os
seus Cooperadores e apresentar-lhe o projeto definitivo intitulado
Cooperadores Salesianos, ou seja, um meio prático para
contribuir com os bons costumes e a sociedade civil”. Na audiência
de 15 de abril, o Papa ficou surpreso ao não encontrar, no texto,
nenhuma referência às Cooperadoras (na verdade, Dom Bosco
projetava para elas uma associação a parte, agregada ao Instituto
das Filhas de Maria Auxiliadora, fundado em 1872):
“As mulheres, disse-lhe ele, sempre participaram ativamente nas
boas obras, na própria Igreja, na conversão dos povos. Elas são
eficazes e empreendedoras, por inclinação natural, mais que os
homens. Excluindo-as, vos privaríeis da mais preciosa ajuda” (MB
XI, 73-74).
Dom Bosco acolheu com solicitude a sugestão do Papa e
enriqueceu o seu texto nesse sentido. Nesse meio tempo, em 9
de maio de 1876, obteve o famoso Breve “Cum sicuti”, em que Pio
IX manifestava a sua benevolência ao conceder à “Sociedade ou
União dos Cooperadores Salesianos” as indulgências concedidas à
Ordem Terceira Franciscana secular (MB XI, 545-547), aprovando
implicitamente a própria Associação em sua forma jurídica.
Voltando a Turim, Dom Bosco tratou da publicação do Regulamento
definitivo, inserindo um importante prefácio “Ao leitor”, com data
de 12 de julho de 1876.
O Reitor-Mor ao Congresso Mundial da Associação Salesianos Cooperadores
116

12.7 Page 117

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2. História desde a fundação até hoje
Em 29 de abril de 2013 a Congregação para os Institutos de Vida
Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica aprovou de forma
definitiva o Projeto de Vida Apostólica que, em plena fidelidade à
inspiração de Dom Bosco para os “Salesianos externos”, atualiza
o Regulamento do Fundador, garantindo harmonia espiritual,
teológica e pastoral com o Concílio Vaticano II e o Magistério da
Igreja, dando uma resposta cristã e salesiana aos novos desafios
do mundo.
V Congresso Mundial da Associação Salesianos Cooperadores (2018)
3. Identidade
Chamam-se Cooperadores aqueles que desejam ocupar-se com
obras de caridade, não em geral, mas em especial, de acordo e no
espírito da Congregação de São Francisco de Sales.
Um Cooperador, sozinho, pode fazer algum bem, mas o fruto
permanece muito limitado e principalmente de pouca duração.
Contudo, unido a outros, encontra apoio, conselho, coragem e,
frequentemente, com pequeno esforço, ganha muito, porque até
forças frágeis se tornam fortes se estiverem unidas. De aí o famoso
axioma que a união faz a força! Nossos Cooperadores, seguindo a
finalidade da Congregação Salesiana se aplicarão conforme suas
forças para abrigar meninos em perigo e abandonados nas ruas
117

12.8 Page 118

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Sihanoukville, Camboja: Acolhida
e praças; iniciá-los no catecismo, entretê-los nos dias festivos e
colocá-los junto a patrões honestos, aconselhando-os, ajudando-
os o quanto se pode para fazer deles bons cristãos e honestos
cidadãos. As normas a seguir nas obras, que com essa finalidade
serão propostas aos Cooperadores, serão matéria do Boletim
Salesiano» (Dom Bosco, no primeiro Boletim Salesiano, agosto de
1877).
O Projeto de Vida Apostólica (the PVA) define o perfil do Salesiano
Cooperador, a fim de ser idôneo à sua vocação e missão.
118
Os membros do Conselho-Mundial da Família Salesiana com o Reitor-Mor

12.9 Page 119

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Os aspectos mais significativos são:
• Uma pessoa rica em humanidade, qualidade típica do
humanismo otimista de São Francisco de Sales, que leva a ter
uma visão positiva de si mesmo, da realidade, da Igreja, do
Mundo, porque aprende a ver Deus em todas as coisas e vê-las
com o olhar de Deus.
• Um batizado, com imenso amor à Igreja, que vive com alegria,
reconhecimento e responsabilidade a sua condição de Filho de
Deus, discípulo de Jesus, inserido nas realidades temporais com
clara identidade e prática de vida cristã.
• Um salesiano do mundo, segundo a intuição original de Dom
Bosco, que o queria um apaixonado colaborador de Deus através
das grandes opções da missão salesiana: a família, os jovens, a
educação, o Sistema Preventivo, o compromisso social e político.
Para ser Salesiano Cooperador
É preciso, sobretudo, estar convencido de que “o Espírito do Senhor
enche o universo”; este não se satisfaz em inspirar a vocação de
padres e religiosos: antes, “chama” todo batizado a encontrar seu
lugar inédito na Igreja e cumprir sua tarefa específica na missão
comum. É preciso, pois, orar: “Vem Espírito de Luz, mostra-me o
meu caminho!”
É preciso, também, ter gosto pela vida cristã autêntica, diante
de muitos batizados que parecem ignorar completamente as
exigências de seu batismo. É preciso desejar fugir da mediocridade,
da piedade formal, para levar o Evangelho a sério e tentar a
extraordinária aventura da fé vivida e da vida doada.
É preciso, ainda, ser sensível aos problemas da juventude e da
pobreza, estar ciente de que são os problemas mais decisivos
do nosso mundo e do seu futuro próximo, portanto, ter simpatia
pelos jovens e os pobres, e desejar ajudá-los a garantirem a própria
promoção humana e cristã.
É preciso conhecer Dom Bosco e constatar que a sua figura, a sua
obra, o seu espírito realista e dinâmico e o seu método educativo
correspondem a ALGUNS aspectos do nosso próprio caráter. Segui-
119

12.10 Page 120

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lo e trabalhar com ele desenvolverão, pois, os nossos dons naturais
e sobrenaturais para proveito da Igreja.
Enfim, é preciso ter sentido fraterno, amar o encontro com os outros,
amar o trabalho dos outros, aceitar os valores da responsabilidade
e da colaboração e, portanto, uma certa disciplina de ação.
Os jovens e adultos que dizendo “Sim” ao convite do Espírito Santo,
comprometem-se por toda a vida a viver o cristianismo integral no
espírito de Dom Bosco e educar os jovens, tornam-se Salesianos
Cooperadores.
"É preciso ter consciência de que comprometer-se como Salesiano
Cooperador é aceitar uma autêntica vocação salesiana apostólica”
(CGE n. 730). Para acontecer tudo isso, é necessário seguir um
caminho de formação.
4. Situação atual
11 REGIÕES - 30.000 (ASSCC)
ITÁLIA – ORIENTE MÉDIO – MALTA
6700
IBÉRICA 3550
EUROPA CENTRO OESTE
1738
EUROPA CENTRO ESTE
4395
ÁSIA SUL – ÍNDIA
2511
ÁFRICA – MADAGASCAR
3404
AMÉRICA – CONE SUL
1440
ÁSIA ESTE - OCEANIA
1955
BRASIL 1505
INTERAMÉRICA
2449
PACÍFICO CARIBE SUL
353
120

13 Pages 121-130

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13.1 Page 121

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Sihanoukville. Grupo de Cooperadores
Missões
Segundo o pensamento de Dom Bosco, o Salesiano Cooperador
realiza o seu apostolado, em primeiro lugar, nos trabalhos
quotidianos. Ele quer seguir Jesus Cristo, Homem perfeito, enviado
ao mundo pelo Pai.
Por isso tende a construir, nas condições normais de vida, o
ideal evangélico de amar a Deus e ao próximo. Faz isso animado
pelo Espírito Salesiano dando em todos os lugares uma atenção
privilegiada à juventude carente.
Organização flexível
A Associação possui uma estrutura flexível e funcional, baseada
em três níveis de governo: local, provincial e mundial. Com essa
organização, garante a eficácia da sua ação no território e a abertura
à universalidade da comunhão e da missão (PVA/S34).
5. Desafios para o futuro
Os “Salesianos externos”, dos quais os Salesianos Cooperadores
são os legítimos herdeiros, de acordo com as Constituições, sejam
leigos ou sacerdotes, deveriam “buscar a perfeição”, “manter um
padrão de vida estritamente cristão”, exercitando “toda obra de
Caridade espiritual e corporal pelos jovens, especialmente os mais
pobres”.
Os Salesianos Cooperadores também têm como “objetivo
fundamental” “fazer o bem a si mesmos através de um teor de vida,
o quanto possível, ao que se tem na vida comum”, com exercícios
de piedade adequados a quem se inspira no ideal dos conselhos
121

13.2 Page 122

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evangélicos em sua condição secular e revive o ideal das antigas
ordens terceiras com a prática da caridade; tudo isso com um estilo
particular, o salesiano, enquanto é a vida salesiana que eles tomam
como modelo e desejam realizar em suas condições (cf. Estatuto IV
do PVA e conclusão).
Timor Leste
112222
Sulmona. Encontro anual dos Cooperadores Salesianos da Província Adriática

13.3 Page 123

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ATÍLIO GIORDANI
Entre a família e o oratório
Atílio Giordani nasceu em
Milão, em 3 de fevereiro
de 1913. Sua mãe Amália
é dona de casa, com
problemas de saúde.
Seu pai, Artur, ferroviário,
divide o tempo, sempre
pouco, entre o trabalho,
a família e no auxílio às
pessoas. “Pela manhã,
papai levantava-se cedo –
lembra a filha, Irmã Ângela
– e carregava uma provisão
de carvão para acender o
fogo para dois velhinhos”.
Uma escola familiar que
abre Atílio, Ângela e Camilo
à solidariedade, à oração e
aos afetos do lar. Atílio, depois do Ensino Fundamental, forma-se na
Escola Técnica Comercial.
Aos nove anos, com
Camilo, começa a
frequentar o Oratório
Santo Agostinho dos
Salesianos, perto de
casa. Na época, a rua
Copérnico era caminho
para o campo; a rua
Melchiorre Gioia, uma
faixa estreita, bem
estreita para deixar correr
o canal da Martesana. Os
espaços ao redor, porém,
eram amplos; os prados
e jardins não terminavam
nunca.
123

13.4 Page 124

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Atílio cresce na serenidade e nos relacionamentos simples e afetuosos,
no espírito de Dom Bosco.
“A caridade de Giordani – disse o cardeal Carlo Maria Martini na ocasião
do processo diocesano de canonização – foi exercida em primeiro lugar
no âmbito oratoriano e, para nós ambrosianos, é belo pensar que seja
entregue à Comissão de Investigação, conhecida antes como ‘Tribunal’,
um jovem oratoriano... Ele se coloca nesse sulco, agora profundo de
um século”.
Atílio constrói sua personalidade como homem e como cristão na
alegria. “Quando te levantas, começa sempre com bom humor – diz
ele ao irmão Camilo – assobia uma canção alegre”.
124

13.5 Page 125

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13.6 Page 126

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Decreto do Arcebispo de Turim, Dom Riccardi,
de ereção da Associação dos Devotos de Maria
Auxiliadora (18 de abril de 1869)
1. Fundador e origens
A origem da ADMA está
diretamente relacionada com a
construção da Basílica de Maria
Auxiliadora em Turim e às graças
extraordinárias dispensadas
pela Virgem. Organizador nato,
Dom Bosco não deixou o culto
de Maria Auxiliadora apenas
à devoção espontânea. Deu-
lhe estabilidade com uma
Associação que d’Ela tomava
o nome. A Associação dos
Devotos de Maria Auxiliadora, segundo Grupo fundado por Dom Bosco,
foi erigida canonicamente junto ao Santuário de Valdocco em 18 de
abril de 1869, com o objetivo de “promover a veneração ao Santíssimo
Sacramento e à devoção a Maria Auxiliadora dos Cristãos”46 e foi “por
ele considerada como parte integrante da Sociedade Salesiana”.47
2. A História desde a fundação até hoje
Em 1870, o Beato Pio IX elevou-a a Arquiconfraria e enriqueceu-a
com benefícios espirituais. Para sua maior difusão, Dom Bosco e os
seus sucessores obtiveram ao longo do tempo faculdades sempre
vez mais amplas para erigir grupos e agregá-los à ADMA Primária
de Turim.
Em 1988, centenário da morte de Dom Bosco, foi denominada
Associação de Maria Auxiliadora.
Um reconhecimento significativo veio do 24º Capítulo Geral dos
Salesianos (1996), que afirmou: “Dom Bosco deu vida também à
Associação de Devotos de Maria Auxiliadora, envolvendo-a na
espiritualidade e missão da Congregação, com compromissos
acessíveis à maioria do povo humilde.”
126
46  Da Súplica de Dom Bosco ao Arcebispo de Turim para a ereção canônica da Associação de
Maria Auxiliadora.
47  Pedro RICALDONE, Maria Ausiliatrice, Colle Don Bosco 1951, p. 83.

13.7 Page 127

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Em 1988 teve início a celebração dos Congressos Internacionais
da ADMA, eventos da Família Salesiana que reconhece, na devoção
a Maria Auxiliadora, uma das pedras angulares de sua identidade
espiritual e apostólica; ei-los:
1988 - Turim-Valdocco (Itália), no centenário da morte de Dom
Bosco.
1995 - Cochabamba (Bolívia).
1999 - Sevilha (Espanha).
2003 - Turim-Valdocco (Itália), no centenário da coroação de
Maria Auxiliadora.
2007 - Cidade do México (México).
2011 - Częstochowa (Polônia).
2015 - Turim-Valdocco / Colle Don Bosco (Itália), no bicentenário
do nascimento de Dom Bosco.
2019 - Buenos Aires (Argentina).
Em 2003, a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as
Sociedades de Vida Apostólica aprovou o Novo Regulamento.
Em 2015, no VII Congresso Internacional da ADMA com o lema “Da casa
de Maria às nossas casas”, o Reitor-Mor deu as seguintes orientações
aos seus membros:
•• traduzir o Sistema Preventivo em família a exemplo e com a
ajuda de Maria;
•• fazer com que a Pastoral Juvenil seja sempre mais aberta à
Pastoral Familiar;
•• promover o intercâmbio, a complementaridade e a
corresponsabilidade entre os diversos estados de vida.
3. Identidade
Para os membros da Associação de Maria Auxiliadora, a entrega
confiante a Maria traduz-se como “viver a espiritualidade do
quotidiano com atitudes evangélicas, agradecendo a Deus de modo
127

13.8 Page 128

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ADMA jovens em Turim
particular pelas maravilhas que realiza continuamente, e sendo-Lhe
fiel mesmo nas horas mais difíceis, seguindo o exemplo de Maria.”48
A adesão pessoal à Associação requer:
•• valorizar, em sintonia com a Igreja, da qual Maria é modelo
e exemplo, a participação na vida litúrgica, em particular dos
sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação, na prática da vida
cristã pessoal;
•• viver e difundir a devoção a Maria Auxiliadora, renovando as
práticas da piedade popular, segundo o espírito de Dom Bosco;
•• imitar Maria, cultivando na própria família um ambiente cristão
de acolhida e solidariedade;
•• manter, com a oração e a ação, a preocupação pelos jovens mais
pobres e as pessoas carentes;
•• orar e sustentar as vocações leigas, consagradas e ministeriais
da Igreja em especial as da Família Salesiana;
•• viver a espiritualidade do quotidiano com atitudes evangélicas,
a exemplo de Maria: obediência à vontade de Deus (Fiat);
agradecimento a Deus pelas maravilhas que ele realiza
continuamente (Magnificat); fidelidade a Ele, também na hora da
dificuldade e da Cruz (Stabat).
4. Situação atual
Promover a ADMA significa oferecer “um itinerário de santificação
e de apostolado salesiano”.49 Atualmente, a defesa e o crescimento
da fé no povo de Deus referem-se de modo especial à família e
às novas gerações. É por isso que a Associação se renovou com
atenção especial à família.
128
48  Novo Regulamento, art. 4
49  Novo Regulamento, art. 2

13.9 Page 129

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ADMA Famílias: a Família no carisma de Dom Bosco
Dom Bosco colocou o espírito de família no centro da sua missão.
Trata-se de colocar o Matrimônio no centro e Jesus no centro do
Matrimônio, e cultivar, dia a dia, a graça de ser esposos e pais.
Hoje, nenhuma família pode caminhar sozinha; por isso é essencial
percorrer caminhos compartilhados de fé e espiritualidade,
valorizando algumas propostas:
•• a Comemoração de Maria Auxiliadora no dia 24 de cada mês;
•• os retiros mensais;
•• os Exercícios Espirituais anuais;
•• o encontro entre famílias – “Famílias em família” – com
momentos de oração, partilha, convívio;
•• as peregrinações;
•• o itinerário dedicado aos namorados/noivos e aos esposos nos
primeiros anos de Matrimônio.
A aliança educativa é um aspecto importante e característico dessa
experiência: convivência entre esposos, entre famílias diversas,
entre jovens e idosos, entre consagrados e leigos, aprender a viver
juntos e construir comunidades pastorais e educativas, em estilo
de comunhão. Nesse contexto surgiram os grupos ADMA juvenil,
jovens que desejam fazer próprios a espiritualidade e o empenho
apostólico da ADMA.
Uma família com o Sucessor de Dom Bosco, P. Ángel Fernández Artime
129

13.10 Page 130

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A ADMA está espalhada no mundo todo, em 50 Países com
100.000 membros em 800 grupos agregados à ADMA Primária
de Turim, atuando em comunhão com a Igreja e demais Grupos da
Família Salesiana.
5. Desafios para o futuro
O compromisso específico é viver e difundir a dimensão mariana
e a centralidade da Eucaristia no carisma salesiano, tanto na
Associação como na Família Salesiana, em especial comunhão com
o magistério do Papa e as orientações do Reitor-Mor, dando um
forte testemunho de fé num tempo de provação para a Igreja e
confusão para a humanidade.
ADMA Jovens: Filipinas
130
ADMA Coreia

14 Pages 131-140

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14.1 Page 131

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131

14.2 Page 132

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1. Fundador e Origens
A “memória histórica” do Movimento remonta a 24 de junho de
1870, dia do onomástico de Dom Bosco, quando, um grupo de
“antigos alunos”, com filial gratidão, trouxe como presente, pequenas
chícaras de café. Ninguém pensou em começar uma tradição,
muito menos em marcar a data de nascimento de um ovimento
de vastas proporções. Foi Dom Bosco quem intuiu e quis continuar
dedicando um dia inteiro de festa e retribuindo os presentes com
um convite para o almoço. O primeiro “ágape fraterno” só ocorreu
em 19 de julho de 1874, e teve início, assim, o costume do encontro
anual que ainda hoje acontece nas Casas salesianas.
A Associação de Ex-alunos não teve propriamente um “fundador”,
como escreve o Padre Ceria, mas nasceu “com a força das coisas
que têm origem e vida de causas naturais e espontâneas,”46
brotou do espírito de família do Sistema Preventivo presente
no Oratório de Valdocco. O próprio Dom Bosco escreveu que seu
estilo de educação “torna o aluno amigo.”47 “O Movimento dos Ex-
Alunos não foi, portanto, instituído pelos educadores como uma
associação pós-escolar com pessoas selecionadas, com finalidades
associativas, mas surgiu por si só, com a vitalidade de um Carisma
nas suas origens.”48
2. História desde a fundação até hoje
Em 1884, este grupo de “antigos alunos” (mais de 300) pensou
na sua primeira estrutura organizativa. Comprometeu-se em
preservar a educação recebida, continuar o trabalho em favor
dos jovens carentes, cultivar a amizade e a solidariedade entre os
membros. O primeiro estatuto foi elaborado em Turim, em 8 de
dezembro de 1911, na ocasião do primeiro Congresso Internacional,
sob à orientação do Beato Padre Felipe Rinaldi.
Em 23 de maio de 1920, para a inauguração do monumento a
Dom Bosco desejado pelos Ex-Alunos, foi definida a estrutura
organizacional ainda vigente: União Local, Federação Inspetorial,
Federação Internacional (Confederação Mundial, desde 1954).
132
46  E. CERIA, Anais, 715.
47  Ibid. Estatuto, art. 2 a.
48 U. Bastasi.

14.3 Page 133

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Nesse encontro, foi decidido
aceitar na Associação também
os Ex-Alunos de religiões não
cristãs, eliminando distinções e
separações e considerando, ao
contrário, o vínculo fraterno e o
sentido de unidade um avanço do
movimento e da associação.
A reviravolta conciliar levou a
prever formas novas e mais
concretas de colaboração com
os Salesianos. A Confederação
faz parte da Organização dos Ex-alunos/as da Educação Católica
(O.M.A.A.E.E.C), órgão que reúne os ex-alunos e ex-alunas das
várias Congregações, reconhecido pela Igreja nas Organizações
Católicas Internacionais (O.I.C.).
3. Identidade
“Ex-Alunos e Ex-Alunas de Dom Bosco são aqueles que, por ter
frequentado um oratório, uma escola ou qualquer outra obra
salesiana, nela receberam uma preparação para a vida em graus
e modalidades diferentes segundo as culturas, as religiões, a
qualidade educativa da obra, a capacidade de receção de cada um,
segundo os princípios do Sistema Preventivo de Dom Bosco."49
Os ex-alunos são:
•• fruto da missão salesiana,
•• riqueza oferecida à humanidade,
•• grande força como fermento do mundo.50
•• ser no mundo “cidadãos honestos e bons cristãos”. Um
compromisso decidido de ser “sal da terra e luz do mundo”.
O Ex-Aluno é fiel às promessas do Batismo e da Crisma vivendo-
as com o carisma original de Dom Bosco. Esse carisma assume
a forma de um estilo de vida baseado na razão, na religião e na
49  Estatuto, art 4, a
50  Estatuto, art 1,a
133

14.4 Page 134

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bondade, orientado aos jovens e vivido na alegria de ser discípulo
de Cristo.
O Ex-Aluno de outras religiões participa dos ideais de Dom Bosco,
compartilha dos valores educativos, espirituais e sociais do Sistema
Preventivo Salesiano e os reconhece como patrimônio comum da
família humana. Faz-se promotor desses valores em seus próprios
ambientes de vida e de trabalho e também os apoia com o que
sugere sua religião e cultura.
Os Valores:
A vida,
a liberdade,
a verdade,
a solidariedade,
a fraternidade
a comunhão51
O Reitor-Mor na Associação
A Confederação Mundial dos Ex-alunos de Dom Bosco reconhece o
Reitor-Mor da Congregação Salesiana como pai e centro de unidade
134
51  Estatuto, art. 6, a.

14.5 Page 135

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da Família Salesiana e, como Sucessor de Dom Bosco, considera-o
o principal ponto de referência da Confederação Mundial.52
4. Situação atual
Os Ex-alunos/as somam cententas de milhares dos quais,
aproximadamente, 50.000 são inscritos na Associação. São
organizados em Uniões locais, Federações nacionais/inspetoriais,
regionais (em 4 continentes: África, América, Ásia e Europa). As
regiões organizam o encontro de delegados e presidentes nacionais
a cada dois anos, e o Congresso Regional a cada 4 anos.
A Associação de Ex-Alunos participa da missão de Dom Bosco
e da Família Salesiana de diferentes maneiras, com o plano de
desenvolvimento e com sete metas e quatro projetos principais.
Plano de desenvolvimento
O plano de desenvolvimento de seis anos (2015-2021) foi
preparado para crescer em todas as áreas de vida da Associação.
Tem como foco principal o crescimento qualitativo e quantitativo
a ser alcançado através de um processo de institucionalização e
profissionalização, de modo a ser autônomo e eficiente . Nosso
objetivo é criar uma rede mundial de pessoas capazes de ser “sal
da terra e luz do mundo” na vida quotidiana.
Sete metas
Compreendem os objetivos e sonhos da Confederação Mundial no
período 2015-2021:
Crescimento e estrutura sólida: miramos aumentar o
número das Federações Nacionais ativas e consolidar suas
estruturas com novos métodos de trabalho;
Formação e treinamento: entendemos desenvolver um
mais vasto treinamento e uma estratégia no âmbito do
projeto “Academia Ex-Alunos”, para todos os Ex-Alunos,
sobre temas profissionais, humanísticos, cristãos e
salesianos;
Promoção dos Jovens Ex-Alunos (GEX): entendemos
52  Estatuto da Confederação Mundial dos Ex-Alunos de Dom Bosco, Roma, 5 de dezembro
de 2015, art. 14, a.
135

14.6 Page 136

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O Presidente Michael Hort com o Retor-Mor, P. Ángel Fernández Artime no dia da sua
eleição (2015)
entregar aos jovens a liderança da nossa Associação e
incluir sempre mais jovens em nossas atividades com a
promoção da Escola de Líderes, do Serviço de Ex-Alunos
Voluntários, da colocação profissional e outras iniciativas
concretas para a juventude;
Financiamento e captação de recursos: nosso objetivo é
desenvolver uma forte estratégia financeira para consolidar
e aumentar o número das fontes de financiamento, como
Plataforma de Negócios, para aumentar nosso empenho
social em numerosos projetos;
Apoio familiar: acreditamos na importância das famílias e
queremos incluí-las no movimento dos Ex-Alunos;
Família Salesiana: queremos aumentar nosso trabalho
no interior da Família Salesiana e oferecer as nossas
capacidades profissionais para iniciar projetos que abordem
os desafios atuais de nossas sociedades: imigração,
desemprego, trabalho infantil e exploração;
Comunicação e relações externas: queremos desenvolver
uma estratégia de comunicação para melhorar as
comunicações internas e externas, utilizando as redes
sociais e as novas mídias disponíveis. A estratégia de
relações públicas também será realizada para aumentar
nossa influência na sociedade e na Igreja.
136

14.7 Page 137

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Principais projetos
Secretaria permanente: em todo o mundo, secretarias
permanentes, com funcionários remunerados, garantirão
o trabalho diário nas Federações de Ex-Alunos e na
Confederação Mundial e cuidarão da parte técnica dos
projetos e atividades.
Plataforma de negócios: Associação de empresários (Ex-
Alunos e Amigos de Dom Bosco), que procurarão aplicar
os princípios e ideais cristãos e salesianos no mundo dos
negócios, defendendo os valores da responsabilidade,
integridade e dignidade humana. No âmbito da sua ação,
procurarão apoiar ativamente os projetos da Família
Salesiana.
Academia Ex-Alunos: o projeto guarda-chuva reúne todas
as iniciativas de formação e educação para os Ex-Alunos,
adultos e GEX, no âmbito profissional, pessoal, espiritual e
salesiano.
Serviço Voluntário Ex-Alunos: uma nova iniciativa que
reúne todas as atividades voluntárias organizadas pelos
Ex-Alunos, no Ministério da Juventude ou em atividades
missionárias no exterior. A cooperação com a Congregação
Salesiana é essencial para o desenvolvimento desta
Laos
iniciativa.
137

14.8 Page 138

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Mongólia
Tailândia: tipografia
138
Etiópia: marcenaria

14.9 Page 139

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Filipinas
5.Desafios para o futuro
A Confederação Mundial dos Ex-Alunos de Dom Bosco entrou em um
novo período de sua existência; a atual Presidência da Confederação
Mundial tem como objetivo aumentar a Associação, as Federações
Nacionais, as Uniões Locais e os membros individuais, de acordo
com o lema: “Bons cristãos e cidadãos honestos.”
Esste desenvolvimento está expresso no programa que será
implementado por meio de uma estrutura nova e sólida, projetos
novos e importantes e a contribuição válida da missão de Dom
Bosco.
A atual presidência (2015-2021)
139

14.10 Page 140

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Encontro Asiático de Presidentes e Delegados Nacionais / Provinciais em Bangkok, Tailândia (novembro de 2018)
140

15 Pages 141-150

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15.1 Page 141

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15.2 Page 142

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1. Fundador e origens
Dom Bosco está na raiz da Associação. De fato, lemos nas
Memórias Biográficas a confidência feita pelo próprio Dom Bosco
ao P. Júlio Barberis, em 19 de fevereiro de 1876: “Já fiz outro
projeto, que amadureci nestes dois anos, garantida a existência
dos Cooperadores Salesianos. Exponho: seria dar, quase diria,
uma ordem terceira para as mulheres, não agregada a nós, mas
associada às Filhas de Maria Auxiliadora” (MB XI, 73). Palavras
proféticas do nosso pai Dom Bosco que hoje confirmam que aquele
grupo seria formado, num futuro não muito distante, precisamente
pelas Ex-Alunas. Atualmente, é o único grupo da Família Salesiana
que faz referência direta às Filhas de Maria Auxiliadora.
Em 1911, o padre Felipe Rinaldi afirmará num encontro com as
Diretoras FMA sobre a Associação: “Dom Bosco o teria feito, mas
os tempos não estavam maduros, contudo se não fosse uma ideia
de Dom Bosco, eu não teria fundado a Associação.”
Ex-Alunas 1914. Carmen de Patagones
2. A História desde a fundação até hoje
A Associação foi reconhecida oficialmente como Grupo da Família
Salesiana pelo Reitor-Mor, P. Egídio Viganò, em 29 de outubro de
1988, ano centenário da morte de Dom Bosco, e reconhecida pelo
Instituto das FMA no art. 74 das Constituições. A Associação foi
142

15.3 Page 143

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constituída na Itália com
escritura pública notarial,
datada em 12 de fevereiro
de 1990, nos termos do
art. 36 e seguintes do
Código Civil, com o qual
também foi aprovado
o primeiro estatuto.
Atualmente está em vigor
o estatuto aprovado na
5ª Assembleia Eletiva de
2015.
No primeiro Regulamento
de 1908, foi proposto
às Ex-Alunas tomar
como modelo de vida
a mãe de Dom Bosco,
Margarida Occhiena, uma
Catarina Arrighi, colaboradora na fundação
mulher forte e sábia,
uma heroica mãe cristã
e uma sábia educadora. Logo em seguida, com surpreendente
ousadia, as Ex-alunas começam a organizar trabalhos concretos de
Presidente Confederal, Delegadas e Conselheiras Confederais na
Polônia
143

15.4 Page 144

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solidariedade e educação para alcançarem jovens, crianças, mães
de família, operárias, professoras e camponesas. Criaram escolas
noturnas para donas de casa e para emigrantes italianas, escolas
profissionais populares gratuitas, sociedades de mútuo socorro,
bibliotecas circulantes e companhias teatrais.
3. Identidade
A Ex-Aluna/o é alguém que, depois de receber a educação salesiana,
compromete-se a viver os valores adquiridos através do Sistema
Preventivo de Dom Bosco. Coloca-se na sociedade como fermento
e força de transformação, desenvolvendo criativamente o carisma
do Instituto das FMA nas diferentes realidades socioculturais e
áreas geográficas.
Como disse o P. Egídio Viganò às Ex-alunas em 1987: “o prefixo
‘Ex’, combinado com a palavra aluno, significa de fato a realidade da
assimilação de muitos valores educativos, o seu amadurecimento e,
portanto, a continuidade de uma atitude de formação permanente
ao longo da vida”, que encontra vitalidade na pertença à Associação.
Aderem à Associação mulheres e homens formados numa obra das
FMA, independentemente de sua origem religiosa, cultural, social
e étnica, que desejem compartilhar, aprofundar e testemunhar os
valores humanos e religiosos em que foram educados segundo o
144

15.5 Page 145

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Sistema Preventivo Dom Bosco. Nas mesmas condições podem
aderir à Associação os que, mesmo não tendo sido educados numa
obra das FMA, tomaram conhecimento dos valores salesianos em
suas vidas e os assumiram, depois de percorrerem um adequado
caminho formativo. É um grupo da Família Salesiana, em que o
Reitor-Mor, Sucessor de Dom Bosco, é o pai e centro de unidade.
4. Situação atual
Missão
As Ex-Alunas e os Ex-alunos, no espírito de Dom Bosco e Madre
Mazzarello, dão atenção especial às meninas, às mulheres, aos
jovens, especialmente aos que que se encontram em situação de
pobreza ou exclusão, para envolvê-los e torná-los protagonistas da
sua formação integral e opção vocacional.
Organização
As ex-alunas/os são 35.973. A Associação reconhece como ponto
de referência a Superiora-Geral das FMA.
A Associação articula-se em Confederação Mundial, Federações
e Uniões Locais. A Confederação Mundial é formada por todas as
Federações do mundo.
As federações são formadas pelos Uniões locais.
Bangalore, Índia. Promoção da mulher
145

15.6 Page 146

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A União representa em nível mundial o contato mais direto com
quem faz parte da Associação e, em nível local, o ponto de referência
e agregação para cada um dos seus membros.
Em todos os níveis são constituídos uma Assembleia e um Conselho,
com papéis de animação e funções deliberativas e executivas.
A Confederação Mundial possui seu próprio periódico oficial “União”,
órgão de ligação, formação e informação. É publicado de forma
cartácea em italiano e traduzido nas diversas línguas no sítio online
146
1º Congresso Africano (2017)

15.7 Page 147

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1º Congresso Nacional Italiano em Assis (2018)
1º Congresso Asiático (maio de 2013)
Centenário da Fundação das Ex-Alunas e ex-Alunos FMA (Turim 2009)
147

15.8 Page 148

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1º Congresso Nacional Italiano em Assis (2018)
Delegada das Ex-Alunas/os
A Delegada Confederal, das Federações e das Uniões é uma Filha
de Maria Auxiliadora; ela representa o Instituto na animação e
no acompanhamento formativo da Associação e é garante do
patrimônio carismático.
5. Desafios para o futuro
De acordo com os estatutos, são organizados encontros nos
quatro continentes (Europa, África, Ásia e América) denominados
“Encontros para as Linhas de Ação”, em vista da atuação das
orientações programáticas deliberadas pela Assembleia. Os temas
comuns são:
continuar a criar laços entre as Confederações,
Federações e Uniões;
identificar as carências dos vários territórios colocando
em sinergia os dons de cada Ex-aluna/o para estarem
presentes hoje com o olhar no futuro;
ouvir os jovens envolvendo-os nos vários projetos,
valorizando seus talentos.
148
IV Congresso Americano em Santo Domingo

15.9 Page 149

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149

15.10 Page 150

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1. Fundador e origens
O Instituto Secular Voluntárias de Dom Bosco (VDB) nasceu
oficialmente em 20 de maio de 1917. Naquele dia, no primeiro
Oratório das FMA em Turim, o P. Felipe Rinaldi, com a presença da
Inspetora FMA, Ir. Felicina Fauda, deu início à primeira experiência
de secularidade consagrada na Família Salesiana, dando vida ao
Instituto Voluntárias de Dom Bosco, com Maria Verzotti, Francesca
Riccardi e Luigina Carpanera, mulheres de grande comprometimento
na animação do oratório, que há muito tempo traziam no coração o
desejo de viver uma forma de vida consagrada no mundo.
O Padre Rinaldi compreendeu a importância de uma vida
inteiramente consagrada a Deus com os votos de castidade,
pobreza e obediência, no coração do mundo, totalmente tecida nas
realidades seculares, para renovar a sociedade por dentro, através
de um testemunho credível, discreto e coerente. Naquela época não
existia na Igreja nada de oficialmente reconhecido, mas os santos
sabem colher os sinais do Espírito e, em 1919, as sete primeiras
jovens consagraram suas vidas a Deus.
Escola
150

16 Pages 151-160

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16.1 Page 151

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Oratório
2. História desde a fundação até hoje
Após a morte do Fundador, em 5 de dezembro de 1931, as
Voluntárias passaram por momentos de provação e incerteza, mas,
não obstante terem sido deixadas sem um guia, continuaram fiéis
à sua vocação e aos ensinamentos do Padre Rinaldi, mantendo “a
chama sob as cinzas”. Assim, a pequena planta cresceu aos poucos
e se tornou uma grande árvore.
Quando, em 1947, a Igreja aprovou os Institutos Seculares com
a Constituição Apostólica Provida Mater Ecclesia – especificada e
desenvolvida no ano seguinte pelo Motu proprio Primo Feliciter e pelo
Decreto Cum Sanctissimus –, a Associação das Zeladoras (assim se
chamava o Grupo das primeiras associadas) se reconheceu neles.
Desde o início, solidamente inserido na Família Salesiana, em certo
sentido, o Instituto antecipara o que na Igreja nasceria nos anos
seguintes. Começou, então, o caminho de vários reconhecimentos
eclesiais, graças também ao apoio dos Reitores-Mores Padre
Renato Ziggiotti e Padre Luís Ricceri e do salesiano Padre Stefano
Maggio, que por muitos anos acompanhou o VDB com grande
espírito fraterno.
Este caminho foi acompanhado por um frutuoso empenho formativo,
animado principalmente pela primeira Presidente do Instituto,
Velia Ianniccari. Em 31 de janeiro de 1964, as Voluntárias de Dom
Bosco foram reconhecidas pela Igreja como “Pia Associação”. Em
151

16.2 Page 152

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31 de janeiro de 1971, receberam o reconhecimento como Instituto
Secular de Direito Diocesano e, em 5 de agosto de 1978, o Papa
Paulo VI reconheceu-o como “Instituto Secular de Direito Pontifício.
3. Identidade
As voluntárias de Dom Bosco são leigas consagradas. Vivem a
espiritualidade salesiana vivem empenhadas em serviços comuns,
nas várias atividades profissionais, para tornar presente o amor de
Deus em todos os ambientes seculares. Neles, descobrem e tornam
visíveis os valores encontrados desde a fundação: consagradas
com a profissão dos conselhos evangélicos de castidade, pobreza
e obediência, colocam Cristo no centro da própria existência e
comprometem-se em ser testemunhas da radicalidade do amor.
De acordo com as orientações da Igreja, vivem na discrição fecunda
a própria consagração, a fim de poder trabalhar com mais eficácia,
sobretudo em ambientes particularmente difíceis, onde declara
a pertença a um Instituto de vida consagrada poderia ser motivo
de preconceitos. Para elas, a discrição é um sinal de pobreza; um
convite “a ser em vez de dizer ou mostrar-se”; um apelo a dar
atenção aos sinais da presença de Deus. Querem ser como o sal
que se dilui e dá sabor, como o fermento que desaparece na massa,
mas torna bom o pão.
Veem o mundo com amor e otimismo e estão abertas a acolher
os valores autênticos inerentes à realidade humana. Empenham-
se em criar comunhão e diálogo para construir uma sociedade
baseada na acolhida, na justiça e no respeito da dignidade da
pessoa. Consideram importante fazer o trabalho com competência
e profissionalidade, construir um mundo mais humano segundo
os valores cristãos, valorizar a pessoa mais que o lucro e colaborar
na obra de Deus no mundo. Alimentadas pela vida de oração, com
a mesma paixão de Dom Bosco, dão atenção especial aos jovens
e aos pobres. Vivem com amor apaixonado o espírito das bem-
aventuranças para indicar aos homens o estilo evangélico vivido
por Cristo.
Com o voto de castidade, querem testemunhar ao mundo que
podem amar todas as criaturas de maneira gratuita. Com o voto de
152

16.3 Page 153

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153

16.4 Page 154

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pobreza, querem afirmar que se pode viver entre os bens com um
estilo de participação e solidariedade. Com o voto de obediência,
querem testemunhar a plena disponibilidade a Deus que se
manifesta na história e adotar um estilo de vida baseado no serviço.
Não vivem em comunidade, mas em comunhão de vida, formando
grupos de referência nos quais se encontram, se formam e se
sustentam reciprocamente.
4. Situação atual
Missão
Sua missão é ali onde vivem, no seu quotidiano, empenhando-se
sobretudo nos “lugares de fronteira”, nas periferias existenciais.
Estão presentes onde as urgências são mais sentidas, entre as
novas pobrezas, no campo educativo e social, em ambientes onde
a justiça e os direitos são negados, para levar Cristo com uma
presença testemunhante e uma ação generosa feita da capacidade
de escuta, de ternura, de comprometimento.
Querem estar presentes, de maneira ativa e responsável, segundo
às possibilidades e capacidades de cada uma, no mundo da
cultura e dos meios de comunicação, para falar com o homem
contemporâneo e levar uma mensagem de esperança.
154

16.5 Page 155

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Organização
O Instituto tem uma organização territorial que prevê um conjunto
de Grupos e Regiões. A organização geral do Instituto é confiada à
Responsável-Maior com o Conselho Central, eleito pela Assembleia-
Geral.
Tanto em nível local como regional, há as responsáveis com seus
Conselhos que acompanham as VDB em seu caminho. No grupo,
as VDB reúnem-se mensalmente para um dia de retiro a fim de se
apoiarem, compartilhando a oração, a formação e a fraternidade.
Na Região, reúnem-se para os Exercícios Espirituais, Cursos de
Formação e Dias de Fraternidade.
O Instituto, em todos os níveis, solicita a assistência espiritual
aos Salesianos de Dom Bosco (SDB). Atualmente, as Voluntárias
de Dom Bosco são 1200, em 183 Grupos, presentes no mundo
todo e pertencentes a diversas culturas, para, com a sua presença,
impregnar os ambientes dos valores do Evangelho.
155

16.6 Page 156

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5. Desafios para o futuro
Em 2017, em Turim-Valdocco, com a Família Salesiana, as VDB
celebraram seu primeiro Centenário de Fundação e olham com
renovado entusiasmo para o futuro a fim de responder aos desafios
da sociedade atual e serem testemunhas coerentes e fiéis do amor
de Deus, com o carisma de Dom Bosco.
Sensíveis aos sinais dos tempos e às necessidades do território em
que vivem, querem viver autenticamente todos os valores humano
e cristão, colocando alegremente suas vidas a serviço de todos,
especialmente dos jovens e dos pobres, encontrando espaços para
intervenções com criatividade e flexibilidade.
156

16.7 Page 157

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157

16.8 Page 158

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1. Fundador e origens
Fundador: Padre Luís Variara, SDB (1875-1923)
Luís Variara nasceu em Viarigi (Asti, Piemonte) em 15 de janeiro de 1875
e entrou no Oratório de Valdocco em 1º de outubro de 1887. Ganhou
um olhar de Dom Bosco e, nele, descobriu a sua vocação. Emitiu a
Profissão religiosa entre os Salesianos em 2 de outubro de 1892. Aos
19 anos, com o Padre Miguel Unia, partiu para a Colômbia. Em 6 de
agosto de 1894 chegou ao lazareto de Água de Dios. Em 24 de abril de
1898, aos 23 anos, foi ordenado sacerdote em Bogotá. Agua de Dios era
então conhecida como a cidade da dor: um centro com cerca de 2.000
habitantes, dos quais mais de 800 eram afetados pela lepra.
A presença do jovem Salesiano encheu de alegria a todos: organizou o
oratório festivo, a banda, o teatro, o cinema, um jardim de infância para
pequenos leprosos e filhos de doentes.
Exercendo o seu ministério, descobriu, através do sacramento da
penitência, a vocação religiosa de algumas jovens já afetadas pela lepra
158
Banda do Beato Luís Variara com as crianças doentes

16.9 Page 159

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e de outras, filhas de doentes, mas saudáveis, que não conseguiram
realizar o seu ideal de consagrar-se ao Senhor.
Em 7 de maio de 1905, concretizou-se a Fundação. Em 1919, o
Fundador foi afastado definitivamente de Agua de Dios, depois de
muito sofrimento e incompreensões.
Em Cúcuta foi hóspede da família Faccini que cuidou dele. Enquanto
isso, recebeu a visita dos Salesianos de Tariba, mas depois de alguns
dias, em 1º de fevereiro de 1923, morreu piedosamente. Tinha 48
anos. Em 1957, teve início o processo de beatificação e canonização
e, em 14 de abril de 2002, foi beatificado pelo papa São João Paulo II.
Cofundadoras (as primeiras Irmãs)
Algumas jovens do leprosário, que participavam do Grupo das
“Filhas de Maria”, manifestaram ao P. Variara, em confissão, o seu
anseio secreto de serem religiosas, apesar da clara impossibilidade
de realizar esse desejo por serem doentes. Guiadas pelo Fundador,
seis delas – quatro doentes de lepra e duas saudáveis, mas filhas
de leprosos – deram início ao Instituto.
A experiência pessoal da vocação religiosa, nascida nas jovens doentes de
lepra ou filhas de pais leprosos e, sobretudo, a persistência do chamado
vocacional, a docilidade, o comprometimento e a responsabilidade
demonstrada, foram fatores que favoreceram a realização do projeto de
fundação, apesar das incertezas, das incompreensões, dos sofrimentos
que também foram compartilhados
pelo Fundador.
As primeiras Irmãs consider-
avam, em espírito salesiano, a
doença e a dor como valores de
redenção, doação total de si e
solidariedade para com os que
sofriam. Distinguiu-se no gru-
po, Oliva Sánchez, primeira su-
periora, leprosa e pedra angular
do Instituto, que morreu dois
anos após a Fundação.
Serva de Deus Madre Ana Maria Lozano Diaz
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16.10 Page 160

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Oratório em Cartagena, Colômbia
160
Movimento Secular Padre Luís Variara

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Oratório em Camarões
“40 Horas” em Agua de Dios
161

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2. História desde a fundação até hoje
A segunda superiora foi a Irmã Anna Maria Lozano, filha de pai leproso.
Serva de Deus desde junho de 2014, dirigiu o Instituto por vários anos
Oratório em Cartagena (Colômbia)
(1907-1969), com duas breves interrupções, cada uma de três anos. A
ela se deve o crescimento da Obra, a incorporação de jovens saudáveis
sem familiares leprosos e a expansão do Instituto na Colômbia e em
outras nações.
O Instituto foi inicialmente chamado de “Filhas do Sagrado Coração de
Jesus”. No entanto, ainda em 1908, recebeu o nome atual: “Filhas dos
Sagrados Corações de Jesus e de Maria”.
A Congregação foi aprovada como Instituto de Direito Diocesano em
5 de junho de 1930, recebeu o Decreto de louvor da Sé Apostólica em
12 de junho de 1952 e foi reconhecida como Congregação de Direito
Pontifício em 6 de abril de 1964. As Constituições renovadas foram
aprovadas em 22 de março de 1986. O reconhecimento oficial como
membro da Família Salesiana deu-se em 23 de dezembro de 1981.
Movimento Secular Luigi Variara
Em 1975 surgiu por decisão do Capítulo-Geral o “Movimento
Secular Luís Variara” em dependência das Irmãs, retomando a
consagração laical existente antes do nascimento da Congregação
162

17.3 Page 163

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(1902-1904). Pertencem ao movimento sacerdotes diocesanos,
homens e mulheres casados ou não, jovens e adultos, saudáveis e
doentes, que permanecem no século e em suas dioceses.
Vivem a experiência carismática da própria oferta vitimal e do
serviço aos humildes e aos doentes.
3. Identidade
Originalidade salesiana do Carisma
A espiritualidade do Instituto e as características da sua missão
nasceram e se desenvolveram no ambiente tipicamente salesiano,
entre crianças e jovens do lazareto de Água de Dios, na Colômbia. A
lepra determinou a especificidade sacrificial do Carisma salesiano,
inspirado no exemplo do Padre André Beltrami, sdb. O emblema
do Instituto foi concebido pelo Padre Variara, no qual se lê: “Ibi
nostra fixa sint corda ubi vera sunt gaudia" (Os nossos corações
estejam fixos lá, onde estão as verdadeiras alegrias). A Filha dos
Sagrados Corações ama a cruz, sinal de salvação; por isso, em
sua cotidianidade, assume a doença, as dores, as dificuldades, as
preocupações... com a alegria de quem crê na Ressurreição.
O padre Variara assumiu pessoalmente essa experiência do projeto
salesiano vitimal de vida. Conheceu Dom Bosco no final de seus
dias quando, já muito doente, continuava a atender os jovens
entregando-se por eles. Esta imagem do Pai e Fundador formou
forma doutrinal na experiência e nos escritos do padre André
Beltrami, que descobrira na devoção ao Sagrado Coração de Jesus,
presente na Eucaristia, o sentido apostólico da própria doença. Por
isso, o padre Beltrami foi o modelo salesiano apresentado pelo
padre Variara às suas filhas.
O padre Variara, desde o pré-noviciado, também fundamentou o
tema da disciplina religiosa em Dom Bosco e exortava as Irmãs a se
considerarem filhas do Santo; referia-se ao apostolado da juventude
ou a outras formas de apostolado apresentadas pelas Regras e
compatíveis com a doença, como meios de santidade.
163

17.4 Page 164

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Um testemunho singular da comunidade
A experiência da espiritualidade salesiana vitimal é feita na prática
da evangelização dos pobres, sobretudo dos leprosos e doentes,
das crianças e das jovens. Por isso, o Instituto administra várias
obras educativas, nas quais também promove a pastoral da saúde.
Possui também alguns centros de assistência aos doentes, obras
sociais e missionárias.
Padroeiros
Os titulares do Instituto são os Sagrados Corações de Jesus e
de Maria. Os protetores são: São José, São João Bosco, Santa
Margarida Maria Alacoque. A festa litúrgica celebrada no Instituto
desde o início, é 24 de maio, Festa de Maria Auxiliadora. Atualmente,
também é comemorada a festa litúrgica do Fundador no dia 15 de
janeiro.
Pertença à Família Salesiana
“Pertencemos, com outras forças apostólicas, à Família Salesiana,
que é um dom do Espírito à Igreja. Reconhecemos no Reitor-Mor da
Sociedade de São Francisco de Sales o centro de unidade e ponto de
referência espiritual e carismático. Estamos cientes da missão e do
espírito comum, mas também de quanto enriquece nosso próprio
carisma” (Const. 6).
O sentido de comunhão com os demais Grupos da Família Salesiana
é característico do Instituto desde a sua origem. A comunhão se
manifesta especificamente na participação consciente do espírito
comum através das variadas comunicações, da participação na
Consulta Mundial, nas Consultas Inspetoriais, nas comissões de
trabalho, nos Dias de Espiritualidade e nos eventos próprios de
Família.
4. Situação atual
O Instituto conta com 308 membros em 55 comunidades presentes
em 11 países: Colômbia, Equador, Venezuela, Bolívia, República
Dominicana, Brasil, México, Espanha, Itália, Guiné Equatorial e
Camarões.
164

17.5 Page 165

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5. Desafios para o futuro
Desde o XV Capítulo-Geral, o Instituto das Filhas dos Sagrados
Corações escolheu como programa: “Renascimento na colegialidade
e na equidade como exemplo da primeira comunidade cristã”;
comprometemo-nos, assim na promoção do trabalho de equipe
a partir da vida em cada comunidade; pretendemos cuidar das
relações entre os membros dos Conselhos, no trabalho das Irmãs,
nas várias comissões que respondem aos diversos âmbitos da
nossa vida e organização, mas também na colaboração recíproca
com os membros do Movimento Secular Padre Luís Variara e com
os colaboradores leigos de nossa missão. O programa atual divide-
se em três macroprojetos que incluem os aspectos fundamentais
para a nova organização do Instituto:
1. A autoridade como serviço no estilo de Jesus Bom Pastor;
2. O caminho para uma maior identidade carismática;
3. A organização: “Construção do Reino de Deus”
Evidencia-se o aspecto da vida fraterna mediante a solidariedade
e a equidade, mas também a participação, responsabilidade e
identidade carismática em nível de Instituto, da Família Salesiana
e da Igreja.
Missão educativa em Agua de Dios (Colômbia)
165

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1. Fundador e origens
As Oblatas Salesianas do Sagrado Coração nasceram do coração
pastoral do Bispo Salesiano Dm Giuseppe Cognata (1885-1972),
nomeado em 1933 Bispo de Bova (RC), sede episcopal vacante
há vários anos devido justamente às suas difíceis e desvalidas
condições sociais, culturais, econômicas e religiosas.
Ao preparar o plano pastoral, o jovem bispo salesiano intuiu
imediatamente a urgência de “instituir jardins de infância para a
educação das crianças a serem confiados às Irmãs que deveriam
também cuidar das jovens, ajudar o pároco no catecismo e alargar a
atividade paroquial”. Não encontrando nenhuma instituição religiosa
disposta a um tipo de apostolado que requeria uma generosidade
verdadeiramente missionária, cresceu no seu coração a ideia
de criar um Instituto de espírito missionário que respondesse às
necessidades urgentes daquela pobre gente.
Assim, seis meses após o seu ingresso na Diocese, em 8 de
dezembro de 1933, nasceram as Salesianas Oblatas do Sagrado
Coração, que iniciaram sua atividade em 17 de dezembro de 1933
em Pellaro (Reggio Calabria).
2. A história desde a fundação até hoje
O Instituto expandiu-se com grande rapidez numa sucessão de
pedidos de ingresso e de abertura de novas Missões – como são
chamadas as obras das SOSC – e em 1936 estendeu-se da Calábria
à Sicília e Lácio. As Irmãs inseriram-se no trabalho educativo
paroquial de pequenos centros carentes de outras presenças
religiosas.
Em 1939, após dolorosas calúnias, o Fundador foi denunciado a
Roma, exonerado da direção do Instituto nascente e, em janeiro
de 1940, foi obrigado a deixar a diocese e retornar ao estado de
simples sacerdote, aceitando a obediência de viver como simples
Salesiano. Viveu nas casas salesianas de Trento, Rovereto e Castello
di Godego. Teve início o “calvário silencioso”, oferecido a Deus pelo
Jovem Bispo, que durará quase trinta anos. Para a Congregação
fundada por ele, foi tempo de consolidação e estabilidade, não
obstante a vontade destrutiva que se erguia contra ela.
168

17.9 Page 169

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Madre Graziella Benghini com os jovens
Entre os pobres da Bolívia
As Irmãs conservaram o espírito genuíno transmitido pelo Fundador
e, com fidelidade e generosidade missionária, deram continuidade
à obra. Isso permitiu que a Pia Sociedade das Irmãs Salesianas
Oblatas do Sagrado Coração fosse reconhecida na Diocese de
Tivoli, como Congregação religiosa em 5 de junho de 1959, festa do
Sagrado Coração de Jesus.
Ao longo de muitos anos a Congregação esteve sob a direção de
Visitadores Apostólicos e Superioras de outras Congregações,
contudo em outubro de 1959 celebraram o primeiro Capítulo-
169

17.10 Page 170

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Madre Bice Carini
Geral que elegeu como Madre
Geral a Ir. Bice Giuseppina Carini.
Um desígnio providencial tinha
permitido que ela, depois de
ter conhecido Dom Cognata em
Rovereto, para onde se mudara
com seus familiares nos anos
juvenis, se alimentasse do
espírito da Oblação diretamente
da fonte, para poder guiar,
depois, com a genuinidade do
carisma as filhas que Deus lhe
confiava.
Sob a sua guia, o Instituto consolidou-se, expandiu-se em outras
regiões da Itália e teve a alegria de ver o Fundador restabelecido
no episcopado por João XXIII (1962) e, sucessivamente, em 26
de agosto de 1963, admitido ao Concílio Vaticano II depois da
nomeação como Bispo Titular de Farsala, feita por Paulo VI. Em
novembro de 1965, o Instituto obteve a permissão de encontrar-se
com o Fundador.
Na festa de São Francisco de Sales de 1972, a Santa Sé erige o
Instituto como Congregação de Direito Pontifício. Em junho
seguinte, o Fundador obteve a graça final de poder retomar as
relações com o seu Instituto, poucas semanas antes de sua morte,
que ocorreu em 22 de julho de 1972 na casa mãe de Pellaro (RC).
Em 1985, a Congregação abriu-se à “missio ad gentes” em Puerto
Acosta, Bolívia.
Retiro com os jovens
170

18 Pages 171-180

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18.1 Page 171

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Oratório e vida paroquial
Em julho de 1989, o VI Capítulo Geral elegeu Madre Carmelina
Francesca Mosca. Deu-se, então, grande impulso à preparação
de seus membros para responder adequadamente às novas
expectativas apostólicas.
Em 14 de outubro de 2006, foi aberta a primeira missão no Peru.
A partir dos anos 90, foram publicados os Escritos Espirituais do
Fundador e as cartas circulares da Madre Bice; foram abertas várias
missões apenas com finalidades pastorais, respondendo a pedidos
precisos e urgentes, antecipando o apelo para uma “Igreja em saída”.
Nesses anos, o movimento laical ALOS (Associação Leigos das
Oblatas Salesianas) tomou sempre mais forma e estrutura, cujos
membros se propõem a viver o carisma da oblação na vida laical.
Em 2008, as primeiras promessas foram feitas na presença do
Reitor-Mor dos Salesianos, P. Pascual Chávez, na capela da Casa-
Geral de Tivoli, onde se encontra a sepultura de Dom Cognata.
171

18.2 Page 172

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3. Identidade
As Salesianas Oblatas do Sagrado Coração são um Instituto de vida
ativa, de Direito Pontifício e votos temporários (Const. 1). Seguem
Jesus na sua Oblação Voluntária ao Pai através da evangelização
e promoção humana em pequenos centros sem outras presenças
religiosas, a serviço imediato da Igreja local, com a busca missionária
de zonas difíceis e abandonadas e a colaboração viva nas atividades
paroquiais (Const. 2-3), fiéis ao lema “Caritas Christi urget nos” (2Cor
5,14).
Filiação à Família Salesiana
Com Decreto de 24 de dezembro de 1983, a Congregação foi
reconhecida como membro da Família Salesiana, distinguindo-
se pela especificidade do carisma oblativo (Const. 8). As SOSC
fazem referência a São Francisco de Sales e a São João Bosco,
considerados patronos, vivendo com bondade acolhedora,
confiando na Providência, serenidade e alegria, inspirando-se no
método preventivo, em estilo de humildade e simplicidade; uma
vocação de grande modéstia com muita generosidade (Const. 9).
4. Situação atual
Em julho de 2019, a Congregação contava com 262 membros em
57 “missões” de 4 nações e 25 dioceses. A Congregação realizou
o XI Capítulo-Geral em julho de 2019, “À luz de Maria, Mãe da
Oblação”. Desde 16 de julho de 2013 a Superiora Geral é a Irmã
Graziella Maria Benghini, reeleita no Capítulo Geral de 2019.
5. Desafios para o futuro
Nos últimos seis anos, as Salesianas Oblatas do Sagrado Coração
enfrentaram os desafios de todas as Congregações religiosas com
ilimitada confiança nos meios de que dipõem e na Providência de
Deus, tendo o cuidado de viver o patrimônio carismático da oblação,
sempre solícitas em responder às exigências da Igreja. Desde 2016,
em resposta a um pedido insistente e, totalmente excepcional, foi
instalada uma nova missão a serviço da Santa Sé junto à Nunciatura
de Malta.
172

18.3 Page 173

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Encontro ALOS
Grupo ALOS da Calábria
173

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18.5 Page 175

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18.6 Page 176

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1. Fundador e origens
O fundador, Cardeal José Guarino (1827-1897), nasceu em
Montedoro, Sicília, em 6 de março de 1827. Estudou em Agrigento
antes e depois do sacerdócio (22 de setembro de 1849). Em
Palermo, ocupou cargos na Administração Pública (1855-1871).
Arcebispo muito estimado e amado em Siracusa (1872) e, depois,
em Messina (1875), renovou a pastoral com zelo e competência.
Foi feito cardeal em 1893 pelo papa Leão XIII. Morreu em 21 de
setembro de 1897. Em 1997, encerrou-se o processo diocesano
para a causa da canonização, atualmente em andamento em Roma.
Admirador de Dom Bosco, sentiu logo o fascínio da espiritualidade
juvenil a ponto de se tornar Salesiano Cooperador (correspondência
epistolar). Pediu e recebeu com fervor os primeiros Salesianos da
Sicília (Randazzo). Atuou junto à Cúria Romana por Dom Bosco (MB
XIV, 352-355; XV, 286.289-292.428), fez com que fosse devolvido
aos Salesianos a herança do casal Marino, o que permitiu a abertura
da casa das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) em Ali (1890) e a
obra dos Salesianos em Messina (1893).
Com espírito salesiano, em San Pier Niceto (Messina), com um
grupo de “Filhas de Maria”, o cardeal Guarino fundou, em 29 de
junho de 1889, a Congregação das “Pequenas Servas da Sagrada
Família”, hoje “Apóstolas da Sagrada Família” dando-lhes uma
regra inspirada nas Visitandinas de São Francisco de Sales “para a
educação moral e cívica dos filhos do povo”.
176

18.7 Page 177

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2. A história desde a fundação até hoje
Com a mesma finalidade, surgiu em 1890, também em Messina,
a “Casa da Sagrada Família” e o Instituto “Leão XIII”. O terremoto
de 1908 em Messina destruiu a Obra, dispersou as poucas Irmãs
sobreviventes. Em 1912, a Irmã Teresa Ferrara retomou o trabalho
de reconstrução do Instituto, dirigindo-o como Superiora-Geral até
a morte, em 1956. Em 1957, a Santa Sé designou uma Filha de
Maria Auxiliadora como Superiora Apostólica Interna e os contatos
com os Salesianos se multiplicam. A partir do Capítulo Geral
Especial de 1970, o Instituto esclareceu sua identidade educativa,
adotou seu nome atual, pediu a direção espiritual dos Salesianos.
A aprovação das Constituições deu-se em 26 de janeiro de 1902.
Um novo decreto de ereção foi dado em 11 de fevereiro de 1965,
sanado e ratificado em 21 de novembro de 1981. A aprovação
das últimas Constituições ocorreu em 13 de dezembro de 1982.
O reconhecimento de pertença à Família Salesiana (a pedido do
quarto Capítulo-Geral de 1982) deu-se em 18 de dezembro de
1984 (ACS 313, 47). O Decreto de Ereção do Instituto como de
Direito Pontifício e a aprovação das Constituições ocorreram em 19
de junho de 1998.
177

18.8 Page 178

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3. Identidade
O lema da congregação é “Fé fecunda nas obras do amor” (Gl 5, 6).
Os patronos são: a Sagrada Família, São Francisco de Sales, Santa
Teresa d’Ávila, São João Bosco.
“O Fundador inspirou-se em São Francisco de Sales como modelo de edu-
cador cristão e, ao exaltar seu espírito operativo e eclesial, queria que a
nossa vida consagrada se expressasse no estilo da sua espiritualidade.
Assim, na missão de educar a juventude, transmitiu-lhe a herança da
sua ação pastoral, equilíbrio interior, caráter afável e delicado, espírito de
sacrifício e uma exuberante e sempre nova carga de amor pelas almas”
(Const, Art. 3).
Como Apóstolas da Sagrada Família, estamos, portanto, empenha-
das no caminho do amor a Deus, pela santificação deles, e temos a
alegria de cooperar por vocação, na Igreja, na formação de famílias
autenticamente cristãs, através da educação da juventude.
Segundo o estilo do Fundador, na prática dos conselhos evangélicos,
através da Profissão dos votos de castidade, pobreza e obediência,
e no exercício da nossa missão, temos por guia a Palavra de Deus,
os ensinamentos da Igreja e o método preventivo de Dom Bosco.
178

18.9 Page 179

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Pertença à Família Salesiana
“Na esteira dos testemunhos oferecidos pelo Fundador, que quis
ser inscrito entre os ‘Cooperadores’ de Dom Bosco e manter com
seus filhos espirituais relações vivas e vivificantes, em nome da
identidade vocacional e da comum espiritualidade, o Instituto
solicitou e obteve ser reconhecido como ‘pertencente’ à Família
Salesiana” (Const. artigo 4) [Carta do Reitor-Mor, Padre Egídio
Viganò, datada em 24 de dezembro de 1984].
179

18.10 Page 180

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4. Situação atual
Promovem a integridade e a santidade da família com a educação
de crianças, adolescentes e jovens nas escolas, internatos,
oratórios, atividades juvenis e paroquiais, através das associações
de ex-alunos e da Sagrada Família, e nas missões estrangeiras.
Felizes com a sua consagração a Deus, levam a alegria da Páscoa
do Senhor (Const. Art. 5).
Madre Maria Diana Melluce foi eleita Superiora-Geral no 10º
Capítulo Geral de 2019 com outras 4 Conselheiras-Gerais.
Em julho de 2019 as Apóstolas da Sagrada Família eram 54 (51
professas perpétuas, 3 temporárias e 1 aspirante), presentes em
10 comunidades: 8 na Itália (Lácio, Calábria e Sicília) e 2 no Brasil.
5. Desafios para o futuro
As Apóstolas da Sagrada Família estão presentes em algumas
regiões da Itália e do Brasil. Sua expansão não foi muito
significativa. Todavia, o carisma e as urgências apostólicas da Igreja
contemporânea movem-nas a dar nova vida e significado à sua
presença nas realidades em que trabalham.
O primeiro desafio que sentem é o de trabalhar na Igreja em vista
de uma nova cristianização da família. Seu primeiro compromisso,
seguindo as orientações da Igreja na Familiaris consortio e em
Amoris letitiae, é repropor os valores da família como foram
concebidos e queridos por Deus Pai, mediante a educação e
formação das novas gerações.
Conscientes, também das provocações da sociedade em que
vivem e trabalham, educam no respeito às diversas formas de
vínculo afetivo humano, e ajudam os destinatários da sua missão a
compreender e privilegiar o projeto divino da família heterossexual,
construída sobre relações de acolhida, aceitação, diálogo e
compreensão.
Esforçam-se no apoio às famílias em dificuldade, especialmente
se forem jovens. Procuram escutar e oferecer ajuda aos que vivem
em situações que lhes causam sofrimento e desilusão. E ajudam
180
os jovens a discernir sobre a escolha do encaminhamento a dar ao
seu futuro.

19 Pages 181-190

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19.1 Page 181

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19.2 Page 182

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1. Fundador e origens
Em 8 de fevereiro de 1926, chegaram ao Japão os primeiros nove
missionários Salesianos liderados por Mons. Vincenzo Cimatti. Em
1929, vendo as pobres e miseráveis condições do povo, o Padre
Antonio Cavoli, então pároco da igreja de Miyazaki, convidou algumas
jovens do grupo paroquial “Filhas de Maria” para servir e visitar os
pobres e os doentes. Em dezembro de 1932, deu início a um internato
para órfãos e idosos, no qual um grupo de mulheres, chamadas “Filhas
da Caridade”, vivendo juntas, trabalhava gratuitamente a serviço dos
pobres.
Antes da Segunda Guerra Mundial, quando cresciam o nacionalismo e
os movimentos antiestrangeiros, o Padre Cimatti aconselhou o Padre
Cavoli a transformar o grupo das Filhas da Caridade numa Congregação
religiosa, para poder continuar a sua atividade.
Por insistência do Padre Cimatti, o Padre Cavoli finalmente respondeu
como São Pedro: “Em teu nome, lançarei as redes”. Assim, em 15 de
agosto de 1937, nasceu em Miyazaki uma nova Congregação religiosa.
182
1937. Miyazaki. Padre Antonio com as crianças do internato

19.3 Page 183

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2. A História desde a fundação até hoje
Durante a Segunda Guerra Mundial, a nova Congregação encontrou
enormes dificuldades. No entanto, com sacrifícios heroicos,
conseguiu sobreviver, apesar da pobreza absoluta da época. Após
esse período, a Congregação pôde se desenvolver rapidamente.
Em 1956, enviou suas primeiras irmãs à Coréia. Mais tarde, enviou
missionárias à América Latina (1964) e Europa (1977). Em 24 de
janeiro de 1986, a Congregação foi oficialmente reconhecida como
membro da Família Salesiana. Continuou a enviar missionárias à
Oceania (1989), América do Norte (1991) e, enfim, à África (2011).
A Congregação foi reconhecida como Instituto Pontifício em 1º de janeiro de
1998. Em 2008, a Casa-Geral foi transferida de Tóquio a Roma. Em 2009,
o nome da Congregação foi alterado, de “Irmãs da Caridade de Miyazaki”
para “Irmãs da Caridade de Jesus”, pois essa última denominação expressa
melhor o carisma.
Animação da liturgia
183

19.4 Page 184

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3. Identidade
O espírito da Congregação baseia-se na contemplação do Coração
de Jesus, seu patrono principal. Cultivando o encontro com Jesus na
Eucaristia como centro do seu amor e dos seus pensamentos, as
“Irmãs da Caridade de Jesus” nutrem a união de amor com Deus e
fazem dele a fonte das atividades.
Sua missão é testemunhar a caridade misericordiosa de Jesus para
com todos, especialmente os pobres e os que sofrem, através de
diversas obras de evangelização. Atendem não só a crianças e
jovens, mas também a doentes, idosos e pessoas que sofrem por
várias formas de pobreza. Por esse motivo, veneram São Vicente
de Paulo e São João Bosco como patronos da Congregação.
O termo “Caridade” foi inspirado no discurso de despedida do Padre
Felipe Rinaldi, então Reitor-Mor da Sociedade Salesiana, em visita
ao Japão em 1925. O Padre Cavoli, recordando as palavras do Padre
Rinaldi, escreveu: “A caridade é o único e indispensável meio para
chegar ao coração dos japoneses”.
A Congregação, nascida e crescida no ambiente salesiano, praticou
a missão de São João Bosco na Igreja, de maneira adaptada, em
todos os lugares e tempos. De fato, as características do espírito
184
Apostolado entre as crianças pobres

19.5 Page 185

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Com colaboradores
da Congregação inspiram-se no salesiano: espírito de família,
confiança e devoção a Maria Auxiliadora, fidelidade à Igreja,
otimismo e alegria, trabalho e temperança, espírito de iniciativa e
flexibilidade.
As Irmãs, enquanto membros da Família Salesiana, empenham-
se em participar ativamente da missão comum, vivendo o espírito
salesiano nos modos próprios da Congregação.
4. Situação atual
Atualmente, a Congregação conta com 930 Irmãs que trabalham
em 16 países como apóstolas do amor do Coração de Jesus para a
salvação das almas. Atuam em paróquias e oferecem ministérios
Educação à fé
185

19.6 Page 186

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de assistência social e de educação para a saúde física e mental de
recém-nascidos, crianças e jovens, como também de pais carentes
e de idosos. A Congregação atua no apostolado pela família e nas
missões estrangeiras para a evangelização ad gentes.
186

19.7 Page 187

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5. Desafios para o futuro
Iniciada no Japão com Irmãs japonesas e coreanas, a Congregação
floresceu principalmente no Japão e na Coréia. Não obstante a
relação conflituosa entre os dois países devido à guerra, quer ser
um sinal de unidade e comunhão no mundo. Crê também que o
testemunho do valor da comunidade, vivido no amor de Deus, possa
ser uma esperança para aqueles que sofrem na solidão gerada pelo
individualismo, sempre mais difuso na sociedade.
Além disso, a Congregação sente o desafio de reacender a coragem
e o zelo transmitidos pelo Fundador e transferir-se para uma área
missionária mais pobre. Também está envolvida na formação de
colaboradores com quem compartilha o carisma e está trabalhando
para organizar uma associação de colaboradores em nível
internacional.
187

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1. Fundador e origens
A Congregação das Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora foi
fundada em Guwahati, Índia, em 24 de outubro de 1942, por
Dom Stefano Ferrando, sob o patrocínio de Maria Auxiliadora dos
Cristãos. É formada por religiosas dedicadas ao serviço dos irmãos,
especialmente as mais pobres e marginalizadas da sociedade,
como as mulheres, jovens mulheres e crianças. Foi uma resposta à
situação histórica particular do nordeste da Índia.
A Segunda Guerra Mundial estava tumultuando o Assam com toda
a sua brutalidade provocando lágrimas, sofrimentos, sangue e
mortos. Centenas de missionários foram deportados para campos
de concentração a milhares de quilômetros.
As Irmãs estrangeiras foram obrigadas a residir dentro dos limites
do convento. As pessoas nas aldeias, especialmente os grupos
mais frágeis – mulheres, jovens mulheres e crianças – foram
abandonados em extrema miséria, ignorância e pobreza. Foi nesse
momento histórico que Dom Stefano Ferrando começou a pensar
na fundação de uma Congregação local.
190
O arcebispo Stefano Ferrando visita um povoado

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Após longo período de discernimento, ele a fundou. Em 20 de
julho de 1942, recebeu permissão da Sagrada Congregação para a
Propagação da Fé para iniciar a sua obra.
2. A História desde a fundação até hoje
O início da Congregação foi marcado pela entrada das oito primeiras
candidatas no noviciado, em 24 de outubro de 1942. Junto ao
convento de Santa Maria de Guwahati, uma comunidade das Filhas
de Maria Auxiliadora (FMA) continuou a preparar jovens indianas por
26 longos anos. Quando a Congregação se tornou autossuficiente e
pôde continuar o seu caminho, a formação e a administração foram
deixadas aos próprios membros da Congregação.
A Irmã Magdalene Surin, nomeada Madre-Superiora por Dom
Ferrando em 15 de julho de 1967, guiou habilmente a Congregação
durante o período de transição da direção das Filhas de Maria
Auxiliadora (FMA) à primeira Superiora-Geral das Irmãs Missionárias
de Maria Auxiliadora (MSMHC), Irmã Rose Thapa. Ela foi nomeada
Superiora-Geral em 4 de fevereiro de 1970 pelo arcebispo Hubert
D’Rosario de Shillong-Guwahati. A Congregação foi declarada de
Direito Pontifício em 21 de março de 1977.
As origens das Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora dos Cristão: aspirantes, postulantes,
noviças e Irmãs com a Madre Nellie Nunes
191

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3. Identidade
A Congregação das Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora é uma
Congregação religiosa de Direito Pontifício dedicada ao trabalho
apostólico, com votos públicos. É também um dos Grupos da
Família Salesiana de Dom Bosco.
Sua missão é realizar a evangelização em sentido estrito. A finalidade
da Congregação é educar mulheres, jovens mulheres e crianças nas
aldeias, instruir os jovens nas escolas, prestar assistência sanitária
aos pobres e necessitados, dar atenção à valorização das mulheres
e comprometer-se com o desenvolvimento social.
Pertença à Família Salesiana
A Congregação foi oficialmente aceita como membro da Família
Salesiana em 8 de julho de 1986.
Ir. Luigina Saletto FMA,
primeira Madre-Geral (1955-1956)
Ir. Teresa Villa,
Madre-Geral (1956-1962)
As características e os valores das Irmãs Missionárias de Maria
Auxiliadora, que incorporam o espírito salesiano, são: o ardor
missionário, que manifesta a caridade pastoral de Dom Bosco; a
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evangelização de mulheres, jovens mulheres e crianças carentes,
especialmente as pobres e que sofrem; o trabalho na evangelização
missionária e no acompanhamento das pessoas em seu caminho
espiritual; o espírito de família e a devoção mariana; o compromisso
com a vida evangélica (votos, oração e ascese) no estilo do Espírito
de Dom Bosco e a adoção do Sistema Preventivo como método
pastoral, educativo e espiritual.
4. Situação atual
Seu estilo organizativo é aquele típico da Família Salesiana. A
Superiora-Geral representa a autoridade suprema da Congregação
e assume o lugar do Fundador. É assistida pelo Conselho-Geral,
composto por seis Irmãs, cada uma com uma tarefa específica, em
estreita colaboração com e sob a direção da Superiora-Geral.
A Superiora-Geral e as integrantes do Conselho são eleitas durante
o Capítulo-Geral, que ocorre a cada seis anos. Além do Conselho-
Geral, há seis Superioras Provinciais, com suas conselheiras. As
Superioras-Provinciais são nomeadas pela Superiora-Geral com
seu Conselho por um período de três anos e postas à frente das
seis províncias geográficas da Congregação e. As Irmãs são 1244
em 205 casas. Além das seis províncias indianas, a Congregação
tem uma delegação na Itália e uma subdelegação na África.
A missão da subdelegação africana refere-se diretamente à
Superiora-Geral, que anima e administra a comunidade por meio
de uma Superiora subdelegada e de três Irmãs do Conselho.
Cada comunidade das Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora dos
Cristãos é dirigida por uma Superiora local, eleita por três anos, com
a possibilidade de ser reeleita por mais três anos.
5. Desafios para o futuro
Um dos desafios da Congregação é promover o ardor missionário
no coração das Irmãs contra a tendência crescente de se adequar
a uma “zona de conforto” e manter o “status quo” interna e
externamente.
Outro desafio é a falta de pessoal adequadamente preparado
para responder à crescente demanda por missões, uma vez que a
Congregação recebe muitos convites para colaborar em missões
193

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no exterior, assim como na Índia. A disponibilidade e o zelo
missionário abriram caminho para muitas opções significativas que
contribuíram para o crescimento, expansão, eficácia e fecundidade
apostólica da Congregação.
Outro desafio é a falta de pessoal adequadamente preparado para a
formação e o acompanhamento das jovens Irmãs empenhadas em
vários apostolados, especialmente em missões de áreas distantes
e remotas.
A Congregação olha para o futuro visando uma renovação radical
da vida consagrada e das missões, segundo a visão do Fundador.
Trata-se de um itinerário de estudo, reflexão, discernimento,
renúncias e riscos.
É um processo de discernimento sempre difícil que exige fidelidade
ao carisma do Fundador, abertura ao Espírito Santo que promove
o pensamento criativo, os desafios e opções radicais a serem
tomadas em vista da renovação desejada.
194
Ir. Philomena Mathew, Madre-Geral

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1. Fundador e origens
O Padre Pedro Arnoldo Aparicio, SDB, na época em que era Diretor
do Colégio Dom Bosco, descobriu no confessionário a vocação de
muitas jovens que, por várias razões, não podiam ser aceitas em
outras Congregações.
Em 1948, foi nomeado pelo papa Pio XII primeiro bispo da diocese
de San Vicente em El Salvador, América Central. Notou na nascente
diocese a falta de sacerdotes e religiosas. Diante dessa realidade,
o padre Pedro Tantardini, Salesiano, que tinha sido Inspetor na
América Central, sugeriu a fundação de uma Comunidade Religiosa
Feminina de vida e hábitos simples, que o ajudassem na catequese,
nas escolas paroquiais e na pastoral juvenil.
Dom Aparicio entregou-se à intercessão de Maria Auxiliadora,
através da Irmã Ersilia Crugnola (FMA), Inspetora no México, que
tinha uma devoção especial a Nossa Senhora. Escreveu algumas
cartas a irmã Ersilia para que as apresentasse à Santíssima Virgem,
de quem obteve esta resposta: «Verás os teus desejos realizados
se confiares em tua Mãe Celest. A Congregação que tens em mente,
meu filho, será criada. Será formada com o Espírito de São João
196
Dom Pedro Arnoldo Aparicio com o Papa Paulo VI

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Bosco, espírito apostólico; ensinando a quem não sabe e levando
as almas para o céu. Tudo será providenciado, meu filho; eu te
abençoo. Maria Auxiliadora, Mãe sempre tua».
Dez anos depois, em 24 de dezembro de 1956, à meia-noite,
cumpriu-se a afirmação de Maria Auxiliadora com a fundação da
Congregação “Filhas do Divino Salvador”: cinco jovens iniciaram
esta aventura de fé, sob o lema: “Oportet Illum Regnare”.
2. A História desde a fundação até hoje
Em 1972, sob o pontificado do Papa Paulo VI, a Congregação foi
reconhecida como “Congregação Religiosa do Direito Diocesano”.
Em 1989, o papa João Paulo II declarou-a “Congregação de Direito
Pontifício”. Foram celebrados oito Capítulos Gerais e, no que se
refere à história, o Instituto foi animado por 4 Superioras-Gerais.
Durante o VI Capítulo Geral (2005), foi aprovado o Grupo secular
“União Apostólica Divino Menino” (UADB).
O primeiro grupo com duas FMA que colaboraram na formação
197

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3. Identidade
As Filhas do Divino Salvador definem-se como Congregação
Feminina de Direito Pontifício, aceita pelo Reitor-Mor P. Egídio
Viganò como Grupo da Família Salesiana em 5 de fevereiro de 1987.
Fundadas pelo bispo salesiano Dom Pedro Arnoldo Aparicio
Quintanilla, na República de El Salvador, América Central,
identificam-se como religiosas-catequistas-educadoras-
missionárias que vivem a espiritualidade da Infância do Menino
Jesus no Presépio de Belém e de Don Bosco, pelo serviço às crianças
e aos jovens (Const. 1-13).
A espiritualidade do
presépio é um elemento
típico do Carisma, devido ao
simples fato de o Instituto
ter sido fundado na noite
de Natal. As virtudes que
caracterizam o Presépio
de Belém – simplicidade,
pobreza,humildade, ternura
espiritual – fazem parte
do estilo de vida das
Irmãs. As “Filhas do Divino
Salvador” tomam o seu
nome do Patrono de “El Salvador”, nação onde foram fundadas. A
espiritualidade vivida por Dom Bosco foi entregue pelo Fundador
desde o início da Instituto e ensinada ao longo de sua vida como
uma maneira de alcançar a santidade.
Entre as virtudes salesianas descritas nas Constituições estão: a
caridade paciente de Deus e a benignidade de Cristo Bom Pastor, o
zelo pastoral, a compreensão, a alegria, o espírito de família, o afeto
demonstrado, a laboriosidade, a temperança e a união com Deus.
Estas virtudes são incutidas desde as primeiras fases da formação
(Const. 2, 4, 9, 60, 61, 66, 67).
O Reitor-Mor é reconhecido como Pai e centro de unidade da
Família Salesiana, acolhendo o seu Magistério (Const. 4). As Irmãs
participam dos Dias de Espiritualidade da Família Salesiana e da
Consulta Mundial da Família Salesiana. Em nível local mantêm a
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unidade de espírito com os diversos Grupos, incentivando o diálogo
e a colaboração fraterna.
4. Situação atual
O governo central é exercido pela Superiora-Geral com seu Conselho,
com sede na República de El Salvador, onde a Congregação foi
fundada. Nos outros países, a Congregação está organizada em
Delegações.
Atualmente, irmãs são 170 com 10 noviças. Estão presentes em
8 países: El Salvador (9 presenças), Guatemala (2 presenças),
Panamá (1 presença), Venezuela (3 presenças), Bolívia (6 presenças
missionárias), Argentina (2 presenças missionárias), Itália (1
presença) e Estados Unidos (1 presença).
Participantes do VIII Capítulo Geral (2017)
199

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Missão
A missão consiste em fazer com que Cristo reine nos ambientes onde
são enviadas a evangelizar (Const. 2, 10, 82. Reg. 36-64). Desenvol-
vem a missão principalmente na:
• Catequese: com a coordenação da catequese paroquial e a
formação de catequistas;
• Educação: colégios, escolas paroquiais, casas-família, jardins de
infância e creches, centros de promoção humana (Const. 3, 5, 10);
• Pastoral paroquial: a ação das Filhas do Divino Salvador no campo
paroquial, com seu carisma juvenil e popular, oferece um estilo
característico à pastoral juvenil, aos conselhos paroquiais, à
catequese e à assistência aos doentes.
5. Desafios para o futuro
Os atuais desafios do Instituto visam o crescimento do grupo e a
perseverança de seus membros, e mais ainda, preservar fielmente
o carisma herdado do Fundador.
As Irmãs tornam presente o amor de Deus em vários ambientes
no mundo todo, até organizar-se em Províncias religiosas. Um dos
sonhos é ver a abertura de uma comunidade na África até 2020.
O serviço educativo entre os jovens
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1. Fundador e origens
O Fundador da Congregação é Dom Gaetano Pasotti, salesiano
italiano que fez sua Primeira Profissão em 15 de setembro de 1906
e foi ordenado sacerdote em 18 de março de 1916. Em 1918 partiu
para as missões da China. Viveu 9 anos sob a guia de Dom Luís
Versiglia. Em 15 de outubro de 1927 deixou a China como chefe
de uma expedição missionária salesiana à Tailândia, na época
chamada Sião. Foi consagrado bispo em 24 de junho de 1941 em
Bangkok, durante a Segunda Guerra Mundial.
Com um sentido vivo de Igreja local e com zelo apostólico pela
evangelização do povo, fundou a Congregação das Irmãs “Auxiliatricum
e “Xi Song Khro”. Mais tarde, em 1971, o nome da Congregação
foi alterado para “Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria”.
De um relatório à Congregação para a Propagação da Fé de 1º
de agosto de 1932, sabemos que o Padre Pasotti expressara a
intenção de obter a colaboração dessas irmãs na criação de uma
Congregação religiosa feminina nativa.
De fato, ele decidiu criar uma nova Congregação com um grupo
de jovens que trabalhavam na cozinha salesiana, já com formação
cristã. A Congregação foi oficialmente fundada, de acordo com uma
carta de Dom Gaetano Pasotti, em 7 de dezembro de 1937.
No dia seguinte, solenidade da Imaculada Conceição, sete jovens
iniciaram o noviciado. No mesmo dia do ano seguinte, em 1938,
seis delas fizeram a Primeira
Profissão.
202
Ir. Antonietta Morellato
2. A história desde a fundação
até hoje
Dom Pasotti escolheu a Imaculada
Conceição como patrona da nova
Congregação. Em 1942; depois de
dedicar uma igreja ao Imaculado
Coração de Maria, dedicou também
a Congregação ao Imaculado
Coração de Maria, escolhida como
a nova patrona .
Obteve a assistência das Filhas

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de Maria Auxiliadora para a Congregação. Uma delas, Irmã Antonietta
Morellato, foi por 15 anos a primeira formadora do noviciado, e a Irmã
Luigina di Giorgio (FMA), a primeira Superiora-Geral da Congregação
(1941- 1964).
A Congregação cresceu em número e trabalhou em várias paróquias da
Diocese de Ratchaburi. Em 1949, durante a Missa de Ano Novo, Dom
Pasotti apresentou às Irmãs a primeira cópia oficial das Constituições
com uma valiosa orientação: “Filhas, meu desejo é que vos unais ao
Coração de Jesus. Sede santas vivendo estas Constituições”.
Em 1964, a Congregação tornou-se autônoma e a Ir. Agata Ladda
Satvinit foi eleita a primeira Superiora-Geral das Irmãs Servas do
Coração Imaculado de Maria. No Capítulo Geral de 1985-1986, as
Constituições foram revisadas e, depois, aprovadas, e o Capítulo-Geral
subsequente (1990) aprovou o Regulamento. Desde 2015, a Ir. Maria
Goretti Maliwan Paramatthawirote é a Madre-Geral. Em 2000, foi criado
um grupo de leigos chamado “Servos Leigos do Coração Imaculado
de Maria”. São católicos, professores nas escolas e trabalhadores,
formados gradualmente no
espírito da Congregação.
Colaboram com as Irmãs
em sua missão, apoiam no
campo da vocação religiosa
e servem de ponte no
apostolado familiar.
Em 2012, por ocasião do
75º aniversário de sua
fundação, foi formado
o “SIHM Youth Anima-
tion Group” e em 2015 o
“SIHM Animators Group”.
Os dois grupos, animados
pela equipe juvenil, estão
presentes em todas as es-
colas.
Ir. Luigina Di Giorgio
203

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3. Identidade
As religiosas da Congregação empenham-se no campo da educação
em pequenos centros e paróquias ajudando os missionários. A
Congregação das Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria é
uma Congregação Religiosa de Direito Diocesano. Desde o início,
todos os bispos foram salesianos: Dom Pietro Carretto (1951-
1988); Dom Michael Praphon Chaicharoen (1988-2003) e Dom
Joseph Prathan Sridarunsil (2004). As Irmãs Servas do Coração
Imaculado de Maria são religiosas dedicadas ao serviço das Igrejas
locais, mas também estão atentas às necessidades da Igreja
universal.
Em 1997, duas religiosas foram enviadas ao Camboja como
primeiras missionárias, associadas à Thai Missionary Society (TMS)
(TMS) e trabalharam na diocese de Battambang.
As Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria trabalham nas
paróquias com espírito missionário, animando vários grupos. Vivem
o “Fiat” da Virgem Maria, sempre prontas para fazer a vontade de
Deus. Comprometem-se a viver plenamente o próprio trabalho e re-
lacionam-se com todas as pessoas com espírito de família, simplici-
dade, alegria, demonstrando otimismo e capacidade de adaptação
às situações. Seu lema é aquele proposto poe Dom Gaetano Pasotti:
Caritas Christi Urget Nos!”, “o amor de Cristo nos impele” (2Cor 5,14),
e sua espiritualidade é expressa no: “Amar, servir e perdoar”.
204
50º aniversário

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Pertença à Família Salesiana
A Congregação foi aceita como membro da Família Salesiana em
28 de fevereiro de 1987, ano do Jubileu de ouro da sua fundação.
As Irmãs creem que pertencer à Família Salesiana foi realmente um
desígnio da Divina Providência.
Sob a firme orientação de Dom Pasotti e formadas na escola das
Filhas de Maria Auxiliadora, puderam aprender, absorver e viver
o Espírito de Dom Bosco e de Madre Maria Domingas Mazzarello.
Isso também as ajuda a ser “sinais e portadoras do amor de Deus
aos jovens” em suas obras paroquiais, na pastoral das crianças e
dos jovens nas escolas.
Vivem segundo o carisma salesiano sintetizado no trabalho,
temperança, bondade, caridade fraterna e competência educativa.
A Congregação mantém um estreito relacionamento com os
Salesianos, com as Filhas de Maria Auxiliadora e com os demais
Grupos da Família Salesiana, mediante a participação no Espírito
Salesiano de Dom Bosco e nas iniciativas apostólicas conjuntas.
Colabora com os vários Grupos na ocasião de reuniões, conferências,
reflexões e trabalhos em equipe.
75º aniversário no lugar de fundação
205

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4. Situação atual
As Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria é uma Congregação
diocesana. A Casa Mãe está localizada na Diocese de Surat Thani,
sob a responsabilidade do Bispo Joseph Prathan Sridarunsil Sdb.
Irmãs nos trabalhos paroquiais com espírito missionário, animando vários grupos
As Irmãs são 91, 73 das quais com Profissão Perpétua, 7 com Profissão
Temporária, 4 noviças, 2 postulantes e 5 aspirantes. Trabalham em 4
dioceses da Tailândia (Ratchaburi, Surat Thani, Bangcoc e Chiangmai), e
na diocese de Battambong, Camboja, com dois centros. Trabalham em
32 centros/paróquias (11 comunidades). Os campos da missão são as
escolas e paróquias das diversas dioceses:
• Pastoral Juvenil: em escolas diocesanas e em suas próprias
escolas; em jardins de infância; no ensino fundamental, médio e
secundário; e com jovens que abandonaram a escola;
• Pastoral Familiar: em Comunidades Cristãs de Base, educação e
catequese;
• Pastoral Familiar: para os próprios colaboradores;
• Pastoral Catequética: para jovens e adultos, Apostolado
Missionário;
• Obras de beneficência: para pobres e abandonados, especialmente
crianças e jovens.
206

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5. Desafios para o futuro
O grande desafio está ligado à diminuição das vocações devido a
muitos fatores, como as mudanças na sociedade, que afetam os
valores das famílias católicas. Os núcleos familiares estão ficando
pequenos, com um ou dois filhos.
Os pais devem enfrentar muitas dificuldades. Têm pouco tempo
para os filhos, deixando-os sozinhos a aprender diante da TV ou
com as mídias sociais. A consequência é que a maioria carece de
formação humana básica e de formação cristã.
Outro desafio é trabalhar mais com as famílias pobres que vivem
em zonas de periferia da Tailândia. É preciso promover as vocações
no Camboja, para se ter mais Irmãs cambojanas que sirvam ao seu
povo.
Há também o desafio de aprofundar o carisma, enraizando-o no
coração das novas gerações: reforçá-las na vocação, para serem
“sinais e portadoras do amor de Deus aos jovens” e serem “tudo para
todos”. Há mais Irmãs idosas do que jovens, enquanto há muitas
necessidades nos diversos campos. É necessária a colaboração dos
207

21.8 Page 208

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leigos para serem capazes de servir à Igreja local.
A fim de enfrentar esses desafios, o XI Capítulo Geral decidiu:
•• Renovar o testemunho religioso como Irmãs Servas do Coração
Imaculado de Maria: ser discípulas missionárias mais credíveis
de acordo com a “Identidade SIHM”, sinal de amor, alegria e
compaixão;
•• Promover a vocação leiga e a vocação religiosa, reforçando a
formação da fé dos jovens e acompanhando-os em seu caminho
de vida;
•• Educar e dar mais atenção às famílias católicas e todas as
famílias da nossa sociedade em rápida mudança, com atenção
especial aos pais nas escolas, nas paróquias e na sociedade.
208
Com o Bispo no Camboja

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1. Fundador e origens
O fundador, Dom Vicente Priante, SDB (1883-1944), nasceu em
Barra Mansa (Rio de Janeiro) em 17 de outubro de 1883. Professou
como salesiano em Lorena no dia 19 de julho de 1904. Foi ordenado
sacerdote em Taubaté no dia 28 de janeiro 1912. Foi diretor de
colégios e, depois, pároco em São Paulo. Foi consagrado Bispo em
13 de maio de 1933 para a diocese de Corumbá (Mato Grosso), tão
vasta quanto a França (Campo Grande fazia parte dela; em 1952,
a Diocese foi dividida em três dioceses). O número de paróquias
triplicou. Fundou, então, as Irmãs de Jesus Adolescente com um
pequeno grupo de “Filhas de Maria”. Era um homem que via o
mundo e a Igreja de seu tempo a partir de uma profunda experiência
de Deus na história das pessoas que precisavam de evangelização.
Faleceu em São Paulo em 4 de dezembro de 1944.
O objetivo da fundação era responder a duas necessidades urgentes
sentidas pelo Bispo:
•• As imensas necessidades pastorais de uma vasta diocese com
400.000 km2, com poucos padres;
•• E o acesso à vida religiosa de jovens de boa formação, em sua
maioria filhas de pais com situações familiares irregulares ou
meninas que as Congregações existentes não aceitavam.
As imensas necessidades da sua Diocese e a aceitação de
postulantes que não eram aceitas por outras Congregações
levaram o bispo a lançar as bases de uma Congregação missionária
que fundou em 8 de dezembro de 1938. As 7 primeiras noviças
professaram em 1939. Sua morte em 1944 deixou um imenso
vazio no Instituto.
2. A História desde a fundação até o presente
O novo bispo, Dom Orlando Chaves, antes de ser transferido a
Cuiabá, assumiu o Instituto, confiando-o à direção de uma excelente
FMA, Madre Josefina (1952-1967). Até 1967, o Instituto teve como
Superioras-Gerais irmãs FMA.
A Congregação, nesse tempo, conheceu e aprofundou o carisma
de Dom Bosco, sua espiritualidade e o seu método formativo. Com
novas graves dificuldades, as professas diminuíram de 74 a 28,
até a reorganização e retomada de 1975 (Capítulo Geral Especial)
210

22 Pages 211-220

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22.1 Page 211

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com novas Constituições, aperfeiçoadas em 1982. Atualmente, o
Instituto vive um momento favorável.
3. Identidade
As Irmãs de Jesus Adolescente constituem uma Congregação
diocesana, sob a responsabilidade do arcebispo de Campo Grande.
Seu lema é “Tudo para todos”, palavras de São Paulo que orientam
o seu trabalho. As Irmãs também se referem aos ensinamentos de
Dom Bosco no Sistema Preventivo: ser pessoas consagradas para
o bem dos destinatários a quem o Senhor as envia.
Os patronos do Instituto são Jesus Adolescente e Maria Santíssima.
As Irmãs olham para Nazaré como o lugar onde moram e trabalham
e aprendem o espírito de família e a alegria dos relacionamentos
interpessoais.
Como Jesus Adolescente, são chamadas a ocupar-se das coisas
do Pai, sendo presença do Seu amor pelos mais necessitados
e rejeitados, para que o
mundo se torne uma única
família.
O nome inicial de “Pequenas
Irmãs de Jesus Adolescente”
foi mudado em 1978
para “Irmãs de Jesus
Adolescente”.
Queriam
expressar no nome vários
elementos que caracterizam
a vida do Instituto. Do
ponto de vista espiritual,
sua referência central é a
pessoa de Jesus.
Do ponto de vista pastoral,
a sua referência é a atenção
ao
desenvolvimento
integral dos destinatários,
desenvolvimento humano,
cristão e espiritual.
Ir. Maria Rodrigues Leite,
Superiora-Geral
211

22.2 Page 212

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Sua espiritualidade coloca no centro a pessoa de Jesus Cristo e
nutre-se do Seu Evangelho. As Irmãs procuram seguir o Senhor
com alegria, na simplicidade, na confiança, no mistério da sua
obediência ao Pai, no dom de si a serviço do Reino, crescendo em
idade, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens, fazendo-se
“Tudo por todos”. Procuram contemplar e imitar a Imaculada Virgem
Auxiliadora na plenitude do amor a Deus, aos irmãos e irmãs.
Vivem a preocupação especial de se “encarnar” no povo como
Jesus em Nazaré, e permanecer sensíveis às necessidades da Igreja
particular. Aplicam o Sistema Preventivo de Dom Bosco e buscam
aprofundá-lo, a partir das riquezas de pedagogia e espiritualidade
contidas nas páginas selecionadas dos escritos de Dom Bosco.
Pertença à Família Salesiana
O Instituto nasceu e nutriu-se do Espírito e da missão de São João
Bosco e reconhece no Reitor-Mor da Sociedade de São Francisco
de Sales, o centro da unidade e o vínculo de fidelidade ao Espírito
salesiano. O Reconhecimento oficial de pertença à família salesiana
(protocolo 89/007), é de 1º de janeiro de 1989, firmado pelo Padre
Egídio Viganò, Reitor-Mor dos Salesianos.
4. Situação atual
A Congregação das Irmãs do Jesus Adolescente conta com 19 Irmãs
que vivem em 6 comunidades e estão presentes em 3 dioceses
brasileiras. Depois dos anos difíceis que viram uma redução drástica
no número das Irmãs, o grande esforço na promoção das vocações
deu seus frutos.
Aberta aos valores espirituais e sociais, a Congregação procura viver
a sua missão, dando uma resposta evangelizadora aos problemas
concretos das Igrejas particulares com a educação popular, a
pastoral familiar, as diversas atividades sociais, a atenção especial
às crianças e aos idosos, especialmente os mais pobres. A família
é seu lugar e espaço de evangelização, trilhando um caminho que
passa pelas crianças, adolescentes e jovens. O espírito e a missão
de São João Bosco no Instituto se concretizam:
•• na opção pelos pobres e abandonados;
•• no ambiente popular, em vista da sua promoção religiosa, social
212

22.3 Page 213

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e cultural;
•• na preferência pelas Igrejas particulares carentes de clero e onde
não há famílias praticantes;
•• na aplicação do Sistema Preventivo de Dom Bosco;
•• no zelo missionário.
5. Desafios para o futuro
Estratégias e desafios para o quadriênio 2018- 2021:
•• definir um projeto comum para a Congregação, capaz de fascinar
as Irmãs e os outros;
•• fazer a pastoral do oratório em vista da animação profissional;
•• promover encontros de formação para as Irmãs, abordando os
diversos aspectos da vida religiosa;
•• potencializar as Irmãs em algumas áreas prioritárias das “coisas
do Pai” a que desejam dar atenção;
•• capacitar as Irmãs em algumas áreas prioritárias como a bíblica
e a antropológica;
•• buscar um serviço de consultoria para a Congregação;
Comunidade paroquial de jovens de Nossa Senhor do Pilar: Jauru, Mato Grosso
213

22.4 Page 214

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Sr. Alzenir e Maria Severina no trabalho com os sem-teto em Campo Grande
•• incentivar o empoderamento das Irmãs, integrando seus
carismas pessoais no carisma da Congregação;
•• formar Irmãs e leigos para a liderança na comunidade e na
missão;
•• exercitar a alternância de responsabilidades na comunidade e na
missão;
•• viver um sério empenho na animação vocacional;
•• participar de fóruns, redes, conselhos municipais, conferências,
projetos sociais;
•• ser comunidade inserida entre os precisam da “atenção do Pai”,
sendo presença do Seu amor;
•• atualizar os programas de formação inicial e contínua;
•• repensar as presenças onde se trabalha e buscar outros lugares
e fronteiras da missão..
Estruturas:
•• Promover o estudo, discussão e atualização de algumas partes
das Constituições;
•• procurar novas maneiras de coordenar a Congregação;
•• cuidar das residências das Irmãs;
•• estabelecer comunidades maiores;
•• maior empenho no uso de recursos tecnológicos em favor do
projeto;
•• geração de renda;
•• apoiar a Igreja local (instalações, projetos, missão).
214

22.5 Page 215

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Desafios:
•• “Estar no mundo sem ser do mundo”;
•• superar o desânimo e a descrença;
•• rever com coragem o estilo de vida da comunidade e as opções
econômicas em nível pessoal, comunitário e de Congregação em
vista do “discipulado de iguais, como em Betânia”;
•• superar a dependência do modelo hierárquico e pastoral da Igreja
em vista da vocação ao discipulado;
•• saber recomeçar de novo;
•• identificar as “coisas do Pai” que ele próprio indica para a
Congregação cuidar.
Conclusão dos Exercícios Espirituais (janeiro de 2019) na presença do bispo-auxiliar Dom
Mariano Danecke, OFM Conv. e Padre Lima, SDB
215

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22.8 Page 218

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Centro do Divino Menino em Bogotá
1. Fundador e origens
Padre Miguel González nasceu em Urdiales del Páramo, Província
de León, Espanha, em 27 de abril de 1927. Conheceu os Salesianos
através do padre Rosendo González, salesiano que deu vida ao
Instituto das Voluntárias de Don Bosco na Venezuela. Padre
Miguel González foi ordenado sacerdote em San Salvador, América
Central, em 14 de novembro de 1954. Em sua juventude, viveu os
momentos difíceis da Europa pós-guerra, o drama sociopolítico da
América Central e a revolução cubana.
Padre Miguel González guiou as Damas Salesianas por caminhos
originais, compartilhando os elementos comuns da Família
Salesiana: vocação, missão juvenil, espírito, carisma e método
educativo. Desde o início afirmava “Somos um movimento
apostólico de promoção e evangelização... infundimos vitalidade a
um grande Projeto-Empreendimento de leigos”. Em maio de 1968
foi firmado o Ato Constitutivo da Associação, nascendo assim a
“Associação Privada de Fiéis”, formada por vontade de um grupo
específico de fiéis leigos.
2. A história desde a fundação até hoje
As Damas Salesianas nascem de um fato histórico concreto: a
expulsão do seu Fundador de Cuba e a sua chegada à Venezuela
em 1961.
Padre González dirigiu a construção do Templo Nacional de São João
Bosco em Caracas, na zona de Altamira, para celebrar os 75 anos da
presença salesiana na Venezuela. Junto ao tempo, surgiu depois o
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22.9 Page 219

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“Complexo Social Dom Bosco”, hoje “Casa Mãe da Associação Damas
Salesianas”.
Em 3 de dezembro de 1967, um grupo de mulheres colaboradoras
das obras sociais Dom Bosco decidiu permanecer unido, livre e
autônomo para dar vida às aspirações sociais do “Complexo” e
constituir-se numa nova Associação Cristã e Salesiana denominada
“Damas Salesianas”. Foi assim que o Espírito se manifestou.
A Associação Damas Salesianas foi fundada oficialmente em 13
de maio de 1968, festa da Virgem de Fátima e de Santa Maria
Domingas Mazzarello, cofundadora com Dom Bosco das Filhas
de Maria Auxiliadora. Em 29 de dezembro de 1988, o Reitor-Mor,
Padre Egídio Viganò, com seu Conselho, reconheceu oficialmente a
Associação como novo grupo da Família Salesiana. Em 14 de março
de 2014, faleceu o Padre Miguel González cujos restos mortais
repousam na capela de Maria Auxiliadora do Templo Nacional de
São João Bosco, em Caracas.
3.Identidade
As Damas Salesianas são um grupo de mulheres católicas, leigas
inseridas na comunidade cristã e cristãs inseridas na sociedade
civil constituindo uma Associação Privada de Fiéis. Promovem a
legítima autonomia secular e
esforçam-se para transformar
a sociedade segundo o
Evangelho.
Sua vocação é um chamado
do Espírito para santificar-se
nas atividades quotidianas,
trabalhando pela renovação
do mundo em Cristo. É uma
iniciativa do Espírito que a
Associação oferece à Igreja, à
Sociedade e à mulher de hoje
para que, interpretando os
sinais dos tempos, desenvolva
de maneira especial e
em estruturas próprias, a
Pequenos ADS na Sede Central em Caracas
219

22.10 Page 220

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Promoção Humana e a Evangelização. Dirige-se à mulher como
sujeito ativo e, ao mesmo tempo, destinatária da missão, muitas
vezes inquieta com os problemas sociais, rica de valores e
qualidades, capaz de dedicar parte de seu tempo para ser fator de
mudança e promoção social, acreditando na Comunidade a partir
do trabalho que realiza onde está inserida. Dirige-se à mulher,
como sujeito ativo e ao mesmo tempo destinatária.
As Damas Salesianas vivem a espiritualidade da ação, da doação,
do sacrifício, do entusiasmo generoso a serviço dos outros,
alimentando-se com a oração, a Eucaristia e a devoção a Maria
Auxiliadora, a Dom Bosco e a São Miguel, seus Patronos. Um
Conselheiro Espiritual anima o carisma do “Espírito Salesiano” em
todos os Centros.
4. Situação atual
As Damas Salesianas, dão atenção à saúde física, moral e espiritual,
principalmente dos necessitados. A juventude, marginalizada e fora
do processo educativo, é uma área significativa do seu apostolado.
Dedicam-se à infância com carências materiais, físicas e espirituais
fazendo um trabalho junto às mães.
Sentem-se missionárias leigas, apóstolas numa época de nova
evangelização, socialmente engajadas, voluntárias por inclinação
natural e por vocação ao serviço, “empresárias”, porque organizam o
trabalho humano e religioso como uma empresa do Reino de Deus.
Definem-se como marianas, porque mulheres, mães e esposas à
imitação de Maria, com a sensibilidade feminina, o entusiasmo, a
intuição e a generosidade da mulher.
Evangelizam através da promoção humana, para construir a
civilização do amor. Entendem resgatar a mulher moderna, sem
distinção de classe, para entregá-la à ação social, promoção
humana e evangelização. Atuam privilegiando a saúde, a educação
ao trabalho, a recuperação dos jovens e das mulheres em geral,
a educação da mulher como forma de orientar a maternidade, a
promoção das indígenas, a recuperação da população feminina na
prisão e as microempresas.
Estruturam-se em três grandes níveis: internacional, nacional
e local. Nas zonas em que estão presentes em maior número,
há também o nível regional. Cada centro tem o próprio Conselho
220

23 Pages 221-230

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23.1 Page 221

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local, que está sempre em contato com o Conselho Nacional e
Internacional.
Contam com 3153 membros em 115 centros. São 24 centros na
América Central (Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Panamá,
Honduras, Nicarágua); 7 centros no Caribe (Porto Rico, República
Dominicana, Curaçao); 6 Centros na América do Norte (Estados
Unidos e México); 72 centros na América do Sul (Argentina,
Brasil, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai,
Venezuela); 2 centros na Europa (Espanha); 2 Centros na Ásia
(Filipinas) e 3 Centros na África (Angola).
“Centro Padre Miguel González” de León (Espanha)
Damas Salesianas organizam roupas. Colômbia
221

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5. Desafios para o futuro
As Damas Salesianas têm, para os próximos 3 anos, como desafios
urgentes aumentar número de voluntárias e vocações leigas que
apoiarão e fortalecerão a Associação. A Associação pretende
trabalhar na atualização dos programas de evangelização e
catequese para se adaptar aos desafios e mudanças contínuas
propostas pela Igreja à luz de seus documentos mais recentes
sobre a nova evangelização.
As “Damas” querem fortalecer em cada uma de suas associadas o
uso das tecnologias de informação, como as redes sociais, Internet
e a melhoria da capacidade operativa nas comunicações.
Prefixam-se a geração de conteúdos relacionados à evangelização,
animação e formação dos voluntários vocacionais da Associação
para alcançar mais pessoas em todo o mundo.
A Associação Damas Salesianas, como organização, possui um
elemento fundamental insubstituível, a “Dama Salesiana” que,
à luz do Espírito Santo, é a executora da missão (art. 44). Seus
esforços orientam-se ao recrutamento de novos voluntários, à sua
formação espiritual fazendo amadurecer a capacidade de trabalhar
em equipe de modo que a Associação possa crescer e continuar a
desenvolver-se ao longo do tempo.
222
Damas Salesianas com o Fundador, P. Miguel Gonzáles, SDB
Eucaristia no Templo de Dom Bosco, em Caracas

23.3 Page 223

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1. Fundador e origens
Na segunda metade dos anos oitenta, alguns jovens, de quatro
países (Itália, Malta, Paraguai e Venezuela), movidos pelo Espírito
Santo, sem se conhecerem, expressaram o desejo de se consagrar
a Deus permanecendo no mundo.
Acompanhados por três sacerdotes salesianos e uma Voluntária
de Dom Bosco (VDB), começaram a experimentar essa forma de
vida. O Reitor-Mor, Padre Egídio Viganò, informado dos progressos
realizados, reconheceu o dom do Espírito e incentivou os jovens e
seus animadores a ir adiante.
Em dezembro de 1993, convocou a Roma os vários membros
dos grupos e seus orientadores. Novamente convidados no ano
seguinte, decidiram iniciar oficialmente o Grupo dos “Voluntários
com Dom Bosco” (CDB), em 12 de setembro de 1994, Festa do Nome
de Maria. Na mesma ocasião, foram elaboradas as Constituições ad
experimentum e houve as primeiras profissões.
2. A História desde a fundação até
hoje
Em 24 de maio de 1998, a pedido
do Reitor-Mor, Padre Juan Edmundo
Vecchi, o Arcebispo de Caracas,
Cardeal Inácio Antonio Velasco
García, SDB, emitiu o decreto de
ereção dos “Voluntários com Dom
Bosco” como “Associação Pública
de Fiéis Leigos” orientada para se
tornar Instituto Secular Leigo. Com
o mesmo decreto, Dom Velasco
aprovou as Constituições. Ainda nessa
fase foi reconhecida a pertença do
Grupo à Família Salesiana.
De 1998 até hoje, os Voluntários
Com Don Bosco (CDB) realizaram seis
Assembleias Gerais, aprofundando e
definindo a identidade de consagrados
224
Livro que recolhe os primeiros passos dos Voluntários
Con Don Bosco

23.5 Page 225

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salesianos seculares, a sua missão, o conteúdo e as modalidades da
formação, a vida em comunhão.
3. Identidade
A identidade dos Voluntários Com Dom Bosco pode ser definida em
três palavras: secularidade, consagração e salesianidade.
Secularidade: os voluntários Com Dom Bosco vivem no mundo, para
o mundo, mas não pertencem ao mundo. Realizam a sua vocação no
trabalho, na competência profissional e nas circunstâncias comuns
da vida, permanecendo na família ou vivendo sozinhos. Veem como
seu modelo Jesus em Nazaré, com a presença silenciosa e discreta
de sua vida oculta. Vivem “entre” os outros “como” os outros.
Para melhor garantir a eficácia da ação apostólica nos lugares de
fronteira e no âmbito secular, mantêm uma discrição prudente e
responsável sobre a pertença própria e alheia ao Instituto. É a vida
que fala, testemunha, questiona sobre o porquê e acima de tudo,
para Quem esses homens vivem e testemunham.
Consagração: os voluntários Com Dom Bosco levam uma vida
segundo os conselhos evangélicos de castidade, pobreza e
obediência, através dos quais se comprometem a seguir a Cristo
radicalmente e testemunhar o amor de um Deus que caminha
pelos caminhos dos homens. Não têm vida comunitária, mas estão
unidos por um forte vínculo de comunhão fraterna e reúnem-se
para momentos de formação e convivência.
Salesianidade: os Voluntários Com Dom Bosco fazem parte da
Família Salesiana e optam por viver segundo o Espírito de Dom
Bosco, cultivam uma profunda vida interior, dão atenção às
urgências do mundo juvenil, testemunham com alegria e otimismo
o amor de Deus pelo mundo. Inseridos na Família Salesiana e em
comunhão com os demais Grupos, oferecem a especificidade de sua
contribuição. Reconhecem o Reitor-Mor, Sucessor de Dom Bosco,
como centro de unidade e Pai comum, responsável pela unidade de
espírito e fidelidade na missão, solicitando à Congregação Salesiana
o serviço do acompanhamento espiritual.
225

23.6 Page 226

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4. Situação atual
A pequena semente de 1994 espalhou-se por 26 nações de
quatro continentes. Desde 10 de abril de 2019 os CDBs contam
com 83 membros, 52 dos quais compromissados com a profissão
dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência e
outros engajados no processo de discernimento ou no itinerário de
formação inicial.
Os Voluntários Com Dom Bosco são homens felizes por serem
amados de maneira especial por Deus, que os consagra na Igreja para
o mundo. Atentos aos sinais dos tempos, querem ser testemunhas
de um Deus que caminha pelos caminhos dos homens e, por isso,
assumem como própria paixão pelo mundo, que é a paixão de Deus.
A vida toda do Voluntário é missão. Cada um participa da missão
da Igreja e se insere, com profissionalismo e competência, no
mundo do trabalho e nos diversos setores da atividade humana.
É aí que faz a experiência do encontro com Deus e com seus
irmãos, respondendo com alegria e criatividade às necessidades e
demandas da sociedade que o rodeia.
O caminho da vida é para cada um deles um caminho de santidade.
Uma santidade simples e concreta, construída pela adesão à
vontade de Deus em meio ao sofrimento e às dificuldades da vida
quotidiana. Em março de 2012, foi iniciada a causa da beatificação
do Voluntário CDB, Nino Baglieri (1951-2007), que durante 39
anos viveu na enfermidade o chamado à santidade em condições
de particular sofrimento, dedicando-se ao apostolado e ao
testemunho de homem redimido e amado pelo Senhor.
Servo de Deus Antonino Baglieri
O Servo de Deus Antonino (Nino) Baglieri nasceu em Modica, Sicília,
em 1º de maio de 1951, de Piero e Giuseppa Rivarolo. Sua família era
formada também por dois irmãos e uma irmã. Depois de frequentar
a escola elementar e iniciar a profissão de pedreiro, aos dezessete
anos, em 5 de maio de 1968, caiu de um andaime de 17 metros.
Hospitalizado de urgência, Nino tomou ciência, com amargura, de
que ficou completamente paralisado. Alguns médicos propõem
dissimuladamente a eutanásia como solução para o problema, mas
a mãe, confiando em Deus, opõe-se corajosamente, declarando-
se disponível para cuidar pessoalmente dele a vida toda. Começa
assim o seu longo caminho de sofrimento, passando de um hospital
226
a outro, mas sem qualquer melhora.

23.7 Page 227

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Voltando a Modica em 1970, depois dos primeiros dias de visitas de
amigos, começam para Nino dez longos tristes anos marcados pelo
desespero. Permanece fechado em casa apenas em companhia do
sofrimento. Em 24 de março de 1978, Sexta-feira Santa, às quatro
da tarde, um grupo da Renovação no Espírito reza por ele, e Nino
sente em si uma transformação.
A partir desse momento aceita a Cruz e diz o seu “sim” ao Senhor.
Começa a ler primeiramente o Evangelho e, depois, a Bíblia inteira,
e redescobre as maravilhas da fé.
Ajudando alguns garotos a fazer
as tarefas escolares, aprende a
escrever com a boca. Redige
assim as suas memórias.
Começa a corresponder-se
com pessoas de todas as
categorias em várias partes do
mundo, personaliza estampas-
lembrança que oferece a quem
vai visitá-lo. Graças a uma
pequena haste compõe os
números telefônicos e põe-se
em contato direto com muitas
pessoas confortando-as com a
sua palavra calma e convincente.
Tem início um fluxo contínuo de
relacionamentos que não só o
Servo de Deus Antonino Baglieri
fazem sair do isolamento, como também o levam a testemunhar
o Evangelho da alegria e da esperança. Publica seu primeiro livro
com o significativo título “Do sofrimento à alegria” e um pequeno
opúsculo em que medita as 14 Estações da Via-Sacra.
A partir de 6 de maio de 1982, Nino festeja o Aniversário da Cruz
e, no mesmo ano, passa a fazer parte da Família Salesiana como
Salesiano Cooperador.
Sua busca vocacional leva-o a pedir ao Reitor-Mor, Padre Egídio
Viganò, para poder professar os votos como Salesiano no mundo.
Por isso que, quando os Voluntários Com Dom Bosco iniciam a
próprio caminho, Nino será recebido entre eles. Emite a sua Primeira
Profissão em 4 de fevereiro de 1996 e a Profissão Perpétua em 31
227

23.8 Page 228

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de agosto de 2004. Em 2 de março de 2007 Nino Baglieri, depois
de um período de longo sofrimento e de prova, entrega sua alma a
Deus. Dispusera que fosse vestindo com um conjunto esportivo e
tênis. Assim foi feito.
Em 8 de abril de 2007 foi publicado o volume “À sombra da Cruz”
e em 2 de março de 2008, primeiro aniversário da sua morte,
outro livro “Nas asas da Cruz”. Nino Baglieri... e muita vontade de
correr! Em 3 de março de 2012, na Catedral de Noto, Dom Antonio
Staglianò, na presença do Reitor-Mor dos Salesianos, Padre Pascual
Chávez Villanueva, recebe o Supplex Libelus do Postulador-Geral da
Congregação Salesiana, Padre Pierluigi Cameroni. Inicia assim o
caminho para a Beatificação e Canonização de Nino Baglieri.
Em 18 de abril de 2012, os Bispos da Sicília, depois de conhecerem
a experiência humana e espiritual de Nino Baglieri afirmaram-
se favoráveis à abertura da Causa de Beatificação concedendo o
relativo nulla osta.
Domingo, 2 de março de 2014, o Bispo de Noto, Dom Antonio
Staglianò, na capela pessoal da Residência Episcopal de Noto,
dispõe oficialmente que seja instruído o processo deste Servo de
Deus conforme a legislação vigente para as Causas dos Santos.
Ainda não houve a conclusão da fase diocesana do processo.
5.Desafios para o futuro
Os Voluntários Com Dom Bosco compartilham a urgência de
tornar possível a proposta de viver os conselhos evangélicos,
permanecendo como leigos no mundo.
Dão atenção especial à comunhão de vida e à formação, superando
as várias barreiras linguísticas e culturais, valorizando as riquezas
de cada um. Consideram essencial colocar-se a serviço nas
periferias existenciais para levar o bom perfume do Evangelho ao
mundo contemporâneo.
228

23.9 Page 229

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23.10 Page 230

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1. Fundador e Origens
O Instituto foi fundado em 12 de dezembro de 1948 por Dom Louis
La Ravoire Morrow, missionário zeloso, escritor ilustre e bispo de
Krishnagar, Bengala Ocidental, Índia. Nascido em 24 de dezembro
de 1892 no Texas (EUA), durante os trinta anos de episcopado,
reconstruiu a paupérrima diocese em todas as frentes, prestando
notáveis serviços à cidade de Krishnagar.
Durante a violenta revolução mexicana, quando todos os sacerdotes
estrangeiros foram exilados, Padre Louis Morrow era diretor do
Seminário Salesiano. O edifício foi usado como quartel. Quando um
capitão ordenou ao Padre Louis que abrisse a capela para permitir
a entrada de homens e cavalos, ele se recusou. Ameaçado de ser
morto, Louis respondeu que as tropas só podiam entrar na capela
passando por cima de seu corpo. Ficou preso no prédio da escola,
até que o Cônsul americano ordenou sua libertação.
Ordenado sacerdote em 1921 em Puebla, México, fundou a Boa
Imprensa para promover literatura integral e o cinema para a
230
Bispo Morrow em sua bicicleta

24 Pages 231-240

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24.1 Page 231

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formação de jovens. O arcebispo autorizou-o a exibir os filmes
programados na cidade.
De 1922 a 1939, foi secretário do Delegado Apostólico nas
Filipinas. Em 1926, fundou a Catholic Truth Society de Manila para
a publicação e divulgação da literatura católica. Autor de cerca de
25 livros, escreveu uma série de livros catequéticos para todas as
faixas etárias, livros devocionais e 9 livros didáticos para as escolas.
My Catholic Faith” se destaca entre todos, mais tarde intitulado
Our Catholic Faith” (A nossa fé católica).
Foi diretor de retiros e animador de paróquias. Em 1937, o Padre
Morrow organizou o Congresso Eucarístico Internacional de Manila,
quando dirigiu um coral de 50.000 pessoas. Tinha grande capacidade
de trabalho intenso de, aprender e escrever com sucesso.
A nomeação episcopal surpreendeu-o, pois jamais sonhara ser
bispo, nem em trabalhar na Índia, nem sequer sabia onde ficava
Krishnagar... talvez na África! Seu amor pela missão foi direcionado
primeiro ao México e depois às Filipinas.
Em 1939, foi consagrado bispo de Krishnagar em Roma pelo papa
Pio XII. Apresentando-lhe a cruz peitoral, o Papa lhe disse: “Esta cruz
é a menos pesada. Eu te envio para um lugar extremamente pobre. Sê
o pai de todos”. Chegando a Krishnagar, o bispo Morrow empenhou-
se em formar uma sólida comunidade cristã. Visitou o seu rebanho
pobre formado por analfabetos. Promoveu a alfabetização tão
vigorosamente que o percentual de pessoas alfabetizadas durante
seu episcopado passou de 4 a quase 100%.
Enfrentou corajosamente e com total dependência de Deus a
grande crise provocada pela segunda guerra mundial, a catastrófica
carestia de Bengala e a divisão da Índia. Através de uma ação bem
articulada, conseguiu impedir que o clero italiano dependente dele,
fosse internado em campo de concentração. Foi a única exceção
concedida entre todas as missões católicas na Índia
A catastrófica fome de Bengala atingiu sua missão. Armava-se de
Deus como de um escudo e estava convencido de que a confiança
no Senhor tornaria tudo possível. Foi escolhido como presidente
de um Comitê alimentar voluntário, composto por 49 membros.
Recolhia alimentos onde quer que pudesse, especialmente dos
Catholic Relief Services de Nova York salvando a vida de milhares de
pessoas.
231

24.2 Page 232

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Diálogo com as famílias
A divisão da Índia levou à
imprevista amputação de dois
terços da sua florescente diocese.
Oferecia hospedagem aos
refugiados que voltavam para
Krishnagar, independentemente
da casta ou credo. Era uma
verdadeira autoridade na
comunidade.
Dom Morrow foi Comissário, por
doze anos, do Conselho Comunal
de Krishnagar e promoveu um
considerável desenvolvimento:
expansão das estações de
tratamento de água, do sistema telefônico e do aparelho de raio
X. Foi visitador oficial do Hospital Provincial de Jailand e consultor
da Cruz Vermelha Indiana. Contribuiu para a construção do estádio,
do parque infantil, da biblioteca municipal e da casa de saúde dos
estudantes. Formou e sustentou seus catequistas e erigiu Igrejas
simples. Como pioneiro no uso de audiovisual, construiu uma
grande sala-teatro; para espalhar a fé, organizava nos fins de
semana espetáculos gratuitos para todas as castas e fés. Tinha
uma unidade móvel para os povoados. A Santa Missa era sua
principal alegria, e ele a promovia.
Fundação da Congregação
Ao assumir a diocese, Dom Morrow discutiu seu Plano Pastoral
com os sacerdotes. Disseram-lhe: “Nossa dificuldade é chegar até
as mulheres. Nós simplesmente não podemos ter contato com
elas”. Havia a necessidade clara de mulheres religiosas instruídas;
rezavam e esperavam ter Irmãs para visitar as casas. Dom Morrow
convidou Irmãs de várias Congregações, mas estavam todas
empenhadas nas próprias instituições.
Em 1948, Dom Morrow foi a Roma para buscar orientações da Santa
Sé sobre o futuro de sua diocese. Foi aconselhado a fundar uma
Congregação, o que representaria uma bênção para sua diocese.
Depois de orar e fazer um adequado discernimento, concordou.
Ajoelhado diante do altar, decidiu que o nome da nova Congregação
seria o de Maria Imaculada, e sua Patrona, Santa Teresinha do
Menino Jesus.
232

24.3 Page 233

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Irmãs em bicicleta visitando aldeias
2. A história desde a fundação até hoje
Preparou as Constituições, aprovadas Santa Sé em 1954. Com
imenso sacrifício, financiou a educação religiosa e profissional
das suas Irmãs para o bem do povo. Conhecido como o Bispo
sorridente, compartilhava o apostolado sorridente com as Irmãs
como instrumento para conquistar as almas. Filho devoto de Dom
Bosco, transmitiu às Irmãs os princípios do Sistema Preventivo para
sua vida e missão. Em 1964, houve o primeiro Capítulo-Geral. Em
1966, a Congregação foi reconhecida como de Direito Pontifício.
Em 1990, foram erigidas as Províncias.
Dom Morrow foi um entusiasmado padre conciliar no Concílio
Vaticano II. Encorajou positivamente o uso da língua local na Liturgia
e a modificação das regras de abstinência e jejum eucarístico.
Depois de retirar-se como bispo diocesano, continuou a reelaborar
seus livros e distribuir a Bíblia em vários idiomas, impressa e em
áudio.
Ardoroso defensor dos direitos das mulheres estava convencido de
que a justiça e a paz não podiam prevalecer enquanto as mulheres
não tivessem o direito de palavra nas assembleias legislativas do
mundo todo.
Dom Morrow foi chamado à recompensa eterna em 31 de agosto
de 1987.
233

24.4 Page 234

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3. Identidade
O carisma espiritual e apostólico é o da Pequena Via da Infância
Espiritual, a Evangelização e a Catequese. A finalidade específica
da Congregação é a evangelização e a catequese, principalmente
através da visita às famílias nas cidades e povoados, proclamando
a Boa Nova para a todos levar ao Pai. Os destinatários preferenciais
são as mulheres, meninas e crianças.
Pertença à Família Salesiana
Em 10 de junho de 1992, o Reitor-Mor firmou o Decreto de pertença
à Família Salesiana. As Constituições, no art. 18, e o Diretório,
nos artigos 15 a 30 definem a prática do Sistema Preventivo.
Preservando a própria identidade, a Congregação quer pertencer à
Família Salesiana pela afinidade do espírito e da missão, em vista
do enriquecimento recíproco e da maior fecundidade apostólica.
4. Situação atual
A Congregação conta com 665 Irmãs que vivem em 88 comunidades,
servindo a Igreja na Índia, Alemanha, Itália, Quênia, Tanzânia e EUA
através de 5 províncias e uma delegação. As noviças são 25, e 120
as pré-noviças.
Colaboram na missão da Família Salesiana no campo da
evangelização e catequese:
234
Formação profissional

24.5 Page 235

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• na Pastoral - com o ensino do catecismo, as visitas às famílias,
a instrução das pessoas para receberem os sacramentos e a
preparação para as celebrações paroquiais;
• na Imprensa - com os livros de catecismo de Dom Morrow que,
especialmente “My Bible History”, são usados em diversas Casas
Salesianas de formação, paróquias e escolas na Índia.
Missão do Instituto:
Visitar as famílias: de cristãos e de outras religiões. Os doentes
são ajudados, com a oração, a escuta e na vivência da vida cristã.
Apostolado de povoados: presença entre o povo, preparação aos
sacramentos, participação nas alegrias e tristezas e ajuda para
melhorar a sua situação de vida.
Pastoral: participação ativa nas atividades do serviço pastoral e
ministerial confiadas às religiosas e no incentivo para que todos
participem consciente e ativamente dos ritos litúrgicos, do encontro
com Cristo nos sacramentos e da vida em comunhão mais profunda
com Deus.
Mídias para a catequese: com as publicações catequéticas de
Dom Morrow, disponíveis para todos, em uso em toda a Índia, nos
Estados Unidos e em outros países. Milhares de estudantes de
todas as castas e credos usam “A minha História da Bíblia” como
manual.
Ministério contra o tráfico de pessoas: As Irmãs visitam as aldeias
remotas e oferecem programas de formação para mulheres, jovens
e crianças. A Congregação é ativa na recuperação, reabilitação
e assistência jurídica às vítimas do tráfico de seres humanos,
colaborando com grupos que compartilham a mesma missão.
Comunidades cristãs de base: As Irmãs promovem as Comunidades
Cristãs de Base em nível paroquial, diocesano, regional e nacional
da Índia e ajudam os fiéis a viverem uma profunda interioridade na
Eucaristia, iluminada pela Palavra de Deus.
O Ministério da Saúde é realizado principalmente através de
centros de saúde administrados pela Congregação.
O Ministério da Educação se dá na gestão de escolas de vários
níveis e internatos para meninas pobres. Nelas, as Irmãs ensinam
as meninas a serem indulgentes, especialmente com os pobres, os
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24.6 Page 236

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Interações com crianças e pessoas da aldeia
idosos, os necessitados e os que sofrem. É infundido nelas o amor e
o respeito pela criação de Deus e para serem cidadãs responsáveis.
As Irmãs também se envolvem em outros ministérios, como os
albergues para jovens, os centros vocacionais e culturais e em
locais de emancipação de jovens e mulheres.
5. Desafios para o futuro
•• Aprofundar a santidade pessoal vivendo fielmente a Pequena
Via em todos os aspectos da vida.
•• Viver intimamente unida a Deus, ligadas à humanidade,
compartilhando suas alegrias, esperanças e ansiedades.
•• Ser mais humildes, fiéis ao estilo de vida simples, desapegado,
sacrificado e caridoso com todos.
•• Promover as vocações através da oração, do sacrifício, do
testemunho de vida comunitária, da alegria do próprio chamado,
motivando e facilitando a perseverança.
•• Envolver-se mais profundamente no principal apostolado.
•• Usar as mídias de forma responsável.
•• Ser transparente no uso dos recursos financeiros para apoio no
ensinamento de Fundador.
O ministério entre as mulheres na maternidade
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1.Fundador e origens
O Fundador, Padre Carlos della Torre Sdb (1900-1982), nasceu
em 9 de julho de 1900 em uma família de camponeses de origem
humilde e muito religiosa em Cernusco sul Naviglio, província de
Milão, Itália. Em 1917, ao término da primeira guerra mundial, o
jovem Carlos, que ainda não completara dezoito anos, foi chamado
às armas por um ano e meio e enviado à Albânia como tenente dos
“Arditi” pela sua coragem e disciplina. Quando retornou, viu seu pai
morrer de câncer. Foi um anjo reconfortante da família. Ajudava
a mãe e, ao mesmo tempo, frequentava a igreja paroquial, onde
ensinava catecismo às crianças.
Padre Carlos Della Torre rodeado pelas primeiras jovens Filhas da Realeza de Maria
Aos 23 anos ingressou no Instituto Salesiano Cardeal Cagliero de
Ivrea, que na época era o Instituto Missionário da Congregação,
de onde partiam os jovens missionários para o mundo todo. Após
três anos de estudos, pediu para servir ao Senhor e a Dom Bosco
também na linha de frente. Então, em 26 de outubro de 1926,
depois de três dias de despedida em família, partiu de Gênova para
a Missão Salesiana da China. Foi um caminho sem volta, porque o
Padre Carlos, missionário por 56 anos, jamais retornou à terra natal
para rever seus entes queridos, como sua mãe lhe dissera: “Vai e
não voltes mais”.
Depois de apenas sete meses de noviciado em Macau, China, os
superiores o designaram para a nova Missão Salesiana da Tailândia.
Chegou a Bangkok em 25 de outubro de 1927 com o futuro bispo,
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Dom Gaetano Pasotti. Em 8 de dezembro de 1927, Padre Carlos
fez sua primeira Profissão religiosa e, em 26 de janeiro de 1936, foi
ordenado sacerdote.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Padre Carlos começou a
reunir um grupo de jovens mulheres do povoado de Thà Muang,
província de Kanchanaburi, para prepará-las a se consagrarem ao
Senhor. Ensinou-as, num ambiente de família e de fé cristã, a saber
sacrificar-se e enfrentar as dificuldades da vida, sempre buscando
fazer a vontade de Deus. Depois da guerra, levou o grupo a Bangkok.
Em 1949, Padre Carlos foi colocado diante de uma alternativa
angustiante: deixar a direção de seu incipiente Instituto secular, ou
pedir licença para deixar a Congregação Salesiana e se incardinar
na diocese de Bangkok. Com grande pesar, deixou a Congregação
e foi recebido pelo Bispo diocesano, que lhe permitiu dedicar-se
plenamente ao Instituto.
Em 3 de dezembro de 1954, Dom Louis Chorin, Arcebispo de
Bangkok, erigiu oficialmente as “Filhas da Realeza de Maria”
como Instituto Secular Feminino de Direito Diocesano. Em 1955,
o novo Instituto recebia as sete primeiras Professas. Padre Carlos
cuidou, ao longo de toda a sua vida, do Instituto Secular que
fundou, animando-o com espírito salesiano e dedicação apostólica,
principalmente entre os jovens mais pobre.
O lema do Instituto é “Difundir o Reino de Deus
com a oração e o trabalho feito sob a guia de Maria nossa Mãe”
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2. História da fundação até hoje
Quando se certificou que o Instituto havia adquirido solidez e teria
um futuro promissor, Padre Carlos, atingido por uma dolorosa
enfermidade, pediu e obteve permissão para retornar à Congregação
Salesiana que, como filho de Dom Bosco, nunca deixou de amar.
Passou à casa do Pai em 4 de abril de 1982, aos 81 anos, deixando
bem consolidado o Instituto secular fundado por ele.
Crise de identidade
O carisma da vida consagrada na secularidade foi claramente
expresso tanto nas primeiras Constituições como nas revisões após
o Concílio Vaticano II, e também na Carta de Reconhecimento de
pertença à Família Salesiana. No entanto, as Constituições não
diferiam muito daquelas das Congregações religiosas, sugerindo
que o modo de vida do Instituto havia passado de secular
consagrado à religioso consagrado.
Os Atos do Capítulo-Geral de 2004, que estudou profundamente a
questão da identidade carismática do Instituto, à luz dos escritos
do Fundador e dos documentos eclesiais, reafirmaram o carisma
da secularidade consagrada, estabelecendo algumas mudanças
nos artigos das Constituições para tornar o carisma mais explícito
da vida consagrada secular, vivida em comunidade, mais adequada
à nossa cultura e ao pensamento do Fundador.
Um grupo de associadas, no entanto, convencido que a passagem de
consagradas seculares à religiosa consagrada era já desejada pelo
Fundador, não aceitou os Atos do Capítulo. As divergências foram
tão sérias que se solicitou a intervenção da “Congregação para os
Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica”
que, levando em consideração o pedido pessoal de cada membro,
aprovou a divisão do Instituto em dois com os seguintes nomes:
“Instituto Secular das Filhas da Realeza de Maria” e as “Irmãs da
Realeza de Maria”.
Com isso, surgiu um novo Instituto de Direito Diocesano, formado
por aquelas que desejavam viver a vocação religiosa, com a
obrigação de elaborar novas Constituições para as religiosas e para
as seculares.
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Momento da oração: Tailândia
3. Identidade
O Instituto das Filhas da Realeza de Maria é um Instituto Secular
de Direito Diocesano, segundo o espírito da Constituição Apostólica
Provida Mater Ecclesia” (1947) do Papa Pio XII para testemunhar a
mensagem evangélica. O Instituto foi oficialmente aprovado pela
Igreja por Dom Louis Chorin, MEP, Vigário Apostólico de Bangkok,
em 3 de dezembro de 1954.
O lema do Instituto é “Difundir o Reino de Deus com a oração e o
trabalho feito sob a guia de Maria nossa Mãe”. De fato, Padre Carlos
estava certo de que as associadas se comprometeriam, como
filhas, a viver sua vocação especial, imitando o modelo de Maria
na simplicidade, humildade, obediência e espontaneidade, numa
atmosfera de amor e espírito de família. O Instituto das Filhas da
Realeza de Maria dedica-se ao trabalho pastoral juvenil: “A nossa
ação evangelizadora, o nosso testemunho de fé com as palavras
e o trabalho, a nossa vida comunitária numa atmosfera de amor
fraterno e a nossa prática dos conselhos evangélicos acontecem
no mundo, junto com o mundo e para o mundo, para que o mundo
possa mudar e ser santificado a partir de dentro”.
Pertença à Família Salesiana
As “Filhas da Realeza de Maria” tornam-se um Grupo da Família
Salesiana em 12 de julho de 1996. Mantêm um particular
relacionamento com a Congregação Salesiana, tanto devido ao seu
Fundador quanto pelo espírito transmitido às associadas. O Instituto
reconhece o Reitor-Mor como Sucessor de Dom Bosco, pai e guia da
Família Salesiana, chamado a promover seu crescimento e unidade.
Os aspectos típicos do Instituto que incorporam o carisma salesiano
são: o trabalho pelos jovens, que é a participação mais significativa
na Família de Dom Bosco; o espírito de Dom Bosco que constitui
a alma da Família Salesiana; a aceitação do Sistema Preventivo
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com gratidão e amor a Dom Bosco, tendo-o como mestre e modelo
concreto de como trabalhar com os jovens e adultos, para oferecer
propostas efetivas de crescimento humano e cristão.
4. Situação atual
Após a divisão, o Instituto convocou um novo Capítulo-Geral e
elegeu um novo Conselho de governo que ficara vacante por muito
tempo. O atual Conselho está sob a guia da Coordenadora Maria
Kesorn Chaikaeo. Também foi confirmada a opção pela escola como
lugar de evangelização.
Atualmente conta com 40 associadas em 5 casas. Em 2016,
o Instituto ampliou sua área de evangelização e atividades
educativas, ajudando assim um maior número de jovens. Abriu
uma nova escola na província de Udon Thani, nordeste da Tailândia.
Ao mesmo tempo, abriu um pequeno centro para estudantes com
dificuldades em Prachuap Khiri Khan, 300 km ao sul de Bangkok,
diocese de Surat Thani.
O Instituto permite que as associadas vivam seu testemunho de
vida, tanto em comunidade quanto em suas famílias. Atualmente,
a maioria das associadas vive em comunidades de duas ou mais.
Visto que as Filhas da Realeza de Maria são leigas consagradas, a
missão do Instituto se concretiza essencialmente no testemunho
de vida. Além disso, o Instituto realiza algumas atividades de
evangelização, como:
• instrução e formação da juventude nas escolas;
• catequese e atividades catequéticas segundo a necessidade;
•• grupos que aderem voluntariamente à récita diária do Rosário;
• atividades juvenis do grupo “Amigos de Maria”;
• atividades caritativas em várias ocasiões, por exemplo, durante
as inundações;
• organização de grupos de “Single Mums”, ou seja, mães que
foram deixadas sozinhas a criar os filhos;
• colaboração em atividades eclesiais nas comissões da
Conferência Episcopal da Tailândia, como para os meios de
comunicação de massa, para o ofício litúrgico e para a sociedade
missionária.
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5. Desafios para o futuro
A seguir, estão alguns dos desafios atuais e decisões significativas
tomadas para o futuro:
• Viver na simplicidade optando por uma pobreza concreta em
casa, no vestuário, na vida quotidiana, no local de trabalho. Ter
Maria como modelo de vida.
• Educar a juventude promovendo a pessoa humana, orientando
os jovens na vida espiritual, ajudando-os a cultivar bons hábitos
e promovendo os valores do Evangelho.
• Formar bons cristãos: como os cristãos na Tailândia são uma
pequena minoria, oferece-se aos filhos jovens a oportunidade de
experimentar um ambiente familiar e fazer com que os adultos
se preocupem com eles.
• Promover a oração do Santo Rosário: a recitação do Rosário e
sua promoção são um legado do Padre Carlos e uma tarefa de
muito empenho para o Instituto.
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1. Fundador e origens
No final dos anos setenta, desejando aprofundar a Palavra para
traduzi-la em estilo de vida, alguns leigos encontram um guia no
Salesiano Padre Sabino Palumbieri. Em 8 de dezembro de 1984,
algumas ideias dispersas tomaram forma no Projeto “Testemunhas
do Ressuscitado – 2000”, graças ao casal Cesira Ambrosio e
Agostino Aversa, com reuniões de reflexão antropológica e exegese
centradas na Páscoa. O Grupo era formado principalmente por
famílias, iniciando assim também a experiência do “Catecumenato
de casais”. Surgiu, então, a proposta de um Movimento centrado na
alegria da Ressurreição.
2. A História da fundação até hoje
Em 8 de dezembro de 1984, o projeto “Testemunhas do
Ressuscitado – 2000” (Testes Resurrectionis – At 1,21-22) ganha
vida graças à coordenação de Cesira e Agostino Aversa. O movimento
espiritual leigo, 20º Grupo da Família Salesiana, é reconhecido pela
Conferência Episcopal Italiana e foi incluído na Consulta Nacional
das Associações Leigas em 25 de setembro de 2008.
Em 2010, Raffaele Nicastro sucede a Agostino Aversa; hoje, a
coordenadora geral é Dina Moscioni (2015-2020), também eleita
para o Secretariado da Família Salesiana. Depois do Fundador,
a partir de 2011, o guia espiritual indicado pelo Reitor-Mor é o
Salesiano Padre Luis Rosón Galache.
Via Lucis em Camarões
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No interior do Movimento, que buscava uma oração para expressar
o seu carisma surgiu a Via Lucis, com 14 estações que vão do
sepulcro vazio na manhã de Páscoa à vinda do Espírito Santo em
Pentecostes. Esse exercício/devoção difunde a Páscoa como um
modo de vida para levar alegria a um mundo que tende à tristeza,
otimismo a um mundo sob a marca da falta de sentido, coragem
a um mundo que tem medo e assusta, esperança a um mundo
marcado pela desesperança.
A ideia agradou imediatamente ao P. Egídio Viganò, VII sucessor
de Dom Bosco. Aos poucos, foi acolhida em várias Paróquias e
Dioceses, até o reconhecimento pela Congregação para o Culto
Divino e a Disciplina dos Sacramentos. No Jubileu de 2000, João
Paulo II incluiu-a como uma devoção popular ao lado da Via Crucis e
do Rosário.
3. Identidade
O Movimento Testemunhas do Ressuscitado (TR) é um caminho de
fé e amizade, compartilhado nos cenáculos, nas Família de Famílias,
que reúne jovens e adultos para entender, sentir, atuar e irradiar
melhor a Páscoa onde quer que o Senhor chame: na experiência
familiar, escolar, profissional, eclesial e ambiental.
No Batismo, sacramento Pascal por excelência, o carisma molda
todo cristão que se compromete a deixar-se trabalhar pelo Espírito
do Ressuscitado. A novidade pascal do Movimento é um novo
modo de ser em três níveis antropológicos: pensamento, amor e
comportamento. O “tierrino” (o membro do Movimento TR) procura
educar-se à luz da Palavra, para assumir um pensamento novo
e olhar o mundo com a mente do Ressuscitado, um novo modo
de amar como Jesus ama e um novo comportamento para servir
Cristo, a Igreja e os outros, a partir dos últimos.
A espiritualidade é resumida por 2Tm 2,8: “Lembra-te que Jesus
Cristo, da linhagem de Davi, ressuscitou dos mortos”; ela atualiza-
se na missão quotidiana do serviço aos pobres e necessitados, na
formação constante, na oração de todos os dias e na celebração da
Via Lucis, principalmente no período entre a Páscoa e Pentecostes.
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Dramatização do tema desenvolvido nos Exercícios Espirituais de 2018.
O paradigma do caminho de fé do Movimento é o ícone dos dois
discípulos de Emaús: o encontro com Jesus ressuscitado “nos
caminhos do mundo” faz os irmãos correrem para anunciar “Vimos
o Senhor” (Jo 20,25).
Pertença à Família Salesiana
O Movimento “Testemunhas do Ressuscitado” tornou-se o 20º
Grupo da Família Salesiana em 25 de março de 1999. Ele insere-se
na espiritualidade da Alegria Pascal de Dom Bosco, na sua atenção
aos pobres e aos jovens, no compromisso de viver, cada qual na
própria situação, a caridade pastoral e o zelo pelo Reino de Deus,
na fraternidade ativa para construir a família.
4. Situação atual
A vocação laical pascal exige que os “tierrinos” sejam, hoje, mais
do que nunca, testemunhas alegres na sociedade humana que, à
luz da Palavra e da Doutrina Social da Igreja, se coloca a serviço da
dignidade integral do homem, em comunhão e colaboração com as
Instituições eclesiais, com a Família Salesiana e outras Associações
laicais para a nova evangelização, a partir da família.
A Via Lucis é celebrada agora no mundo todo. Recordamos as
celebrações extraordinárias na Terra Santa, na Rússia, no Colle
Don Bosco, em Assis, em Pompéia, na China, em Roma, durante
a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2000, em Camarões, na
Argentina, em Fátima... Às vezes, também com a instalação dos
azulejos criados pelos artistas Giovanni Dragoni e Giorgio Rossi.
Chegando ao terceiro milênio, os 500 leigos compromissados
no Movimento, denominam-se publicamente “Testemunhas do
Ressuscitado – TR”, para testemunhar com renovado sentido
de pertença o anúncio de esperança de que Cristo é realmente o
Ressuscitado!
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Movimento TR vive nos Cenáculos (22 constituídos e 6 em
formação), principalmente na Itália, mas recentemente também
na Argentina e Espanha. Organiza-se em três setores: Jovens -
Adultos - Voluntariado.
Organização
Está organizado em três setores: Jovens - Adultos - Voluntários
• Jovens: para construir relacionamentos autênticos de amizade;
semear otimismo e comunicar dinamismo; descobrir a
própria vocação; transmitir o desejo de ser um jovem pascal,
capaz de sonhar junto com seus companheiros para marcar
profundamente o pedaço do mundo em que vive.
• Adultos: para a formação permanente, a oração constante,
o empenho concreto, o testemunho quotidiano. Três irmãs
consagradas seguem o Ressuscitado com espírito esponsal,
confiantes na Providência e generosas com os pobres; olham
para os jovens, os mais necessitados do anúncio pascal;
organizam a própria vida de relacionamento com delicadeza
e firmeza, ternura e força, modéstia e bondade, acolhimento e
prudência, simplicidade e serenidade.
• Voluntariado: como saída natural da contemplação pascal. O
Ressuscitado convida a colaborar com Ele para a “ressurreição”
Cesira Ambrosio e Agostinho Aversa, os leigos que com o Padre Sabino fundaram o TR, com
Enrichetta na casa do casal Beatos Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi
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dos que sofrem por falta de pão ou sentido, nas realidades territoriais
dos Cenáculos e com o apoio a projetos de desenvolvimento em
Camarões e Ruanda, também através da Associação sem fins
lucrativos “Voluntários para o Mundo”.
Itinerário formativo
• Todos os anos: Exercícios Espirituais.
• Duas vezes por ano: encontros gerais para se conhecer melhor
e aprofundar os temas dos Exercícios Espirituais ou discutir
questões atuais à luz da Palavra e dos documentos da Igreja.
• Duas vezes por mês: participação ativa nas reuniões do Cenáculo
local para refletir orando e orar refletindo, alternando com a
Lectio Divina e os temas escolhidos pelo próprio Cenáculo.
• Todos os dias: espiritualmente unidos na oração de Emaus, às 20
horas. “Fica conosco, Senhor, porque se faz tarde, e faze de nós
testemunhas da Tua Páscoa”.
5. Desafios para o futuro
O compromisso de viver um cristianismo alegre e testemunhá-lo
é sentido por pessoas diversas que crescem na vocação comum
e procuram viver a Páscoa todos os dias na família de sangue,
na família do Cenáculo, na família de famílias das TR e da Família
Salesiana, seguindo o exemplo de Dom Bosco e dos Bem-
Aventurados Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi.
O desafio é sempre cooperar para a salvação dos jovens e das
famílias; ser testemunha das Bem-Aventuranças no quotidiano
com a pedagogia da bondade e a formação cristã; comunicar o
Evangelho com a transparência das ações, com o entusiasmo da
caridade alegre, com uma paixão pelo diálogo ecumênico e inter-
religioso.
Dietrich Bonhoeffer escreveu em 1944: “A partir da Ressurreição de
Cristo, poderá soprar um vento novo, purificador do mundo atual...
Páscoa significa viver a partir da Ressurreição... Ah! se apenas
algumas pessoas acreditassem!”.
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26 Pages 251-260

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1. Fundador e origens
A Congregação de São Miguel Arcanjo foi fundada pelo Beato Padre
Bronislao Bonawentura Markiewicz (1842-1912), nascido em 13 de
julho de 1842 em Pruchnik, Polônia, hoje, na arquidiocese de Przemyśl.
Sentindo-se chamado por Deus ao sacerdócio, em 1863 ingressou
no Seminário Maior de Przemyśl e em 15 de setembro de 1867 foi
ordenado sacerdote. Em 1875, foi nomeado pároco em Gać e em 1877
em Blażowa. Em 1882 fez o curso de teologia pastoral no Seminário
Maior de Przemyśl. Sentindo-se chamado também à vida religiosa, em
novembro de 1885 partiu para a Itália e teve a alegria de conhecer São
João Bosco, em cujas mãos emitiu os votos religiosos, em 25 de março
de 1887.
Em 1892, retornou à Polônia para assumir o serviço de pároco em
Miejsce Piastowe, onde permaneceu até a morte em 29 de janeiro de
1912. Bronislao Markiewicz dedicou-se, no espírito de São João Bosco,
à formação da juventude pobre e órfã. Para ela, abriu um Instituto
em Miejsce Piastowe oferecendo apoio material e espiritual a seus
educandos, preparando-os para a vida com formação profissional
nas escolas abertas no próprio instituto. Em 1897, desligou-se
dos Salesianos, desejando fundar um novo Instituto segundo a
espiritualidade de São João Bosco, mas com regras específicas e um
carisma particular.
2. A história da fundação até hoje
Padre Markiewicz continuou como pároco e diretor do Instituto
(Sociedade) dando-lhe o lema de “Temperança e Trabalho” (1898)
sob a proteção de São Miguel Arcanjo, com dois ramos: masculino
e feminino. A aprovação foi concedida em 1921 para o ramo
masculino e em 1928 para o ramo feminino.
3. Identidade
A espiritualidade e o estilo de vida desta família religiosa, popularmente
conhecida como Micaelitas, é definido por dois lemas: “Quem como
Deus?” e “Temperança e Trabalho”.
O primeiro lema indica claramente a Deus como o único sentido da
vida. O segundo, destaca o carisma e o estilo de vida dos Micaelitas.
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Monte Sant’Angelo, Foggia. Igreja dedicada a São Miguel
O religioso da Congregação de São Miguel Arcanjo realiza o seu
chamado através da virtude da temperança, entendida como liberdade
de qualquer condicionamento interior ou exterior das paixões, e
concretiza-se no serviço a Deus com disponibilidade total e amorosa
pelos outros, especialmente pelos jovens abandonados.
Outros elementos que caracterizam a ação dos Micaelitas são o triplo
trabalho, espiritual, intelectual e manual; temperança e trabalho,
propostos como sinal forte e estilo de vida à sociedade de hoje,
dominada pelo consumismo e pela busca de bem-estar; o convite
a redescobrir os verdadeiros valores da sobriedade, da justiça e da
solidariedade. Em seu trabalho pastoral, os Micaelitas dão atenção
especial aos jovens e crianças, homens de amanhã, tanto no trabalho
paroquial quanto nas escolas e na criação de institutos para crianças e
jovens (oratórios).
Além do trabalho nas paróquias, os Micaelitas vivem o próprio carisma
nas missões populares, nos Exercícios Espirituais, na atividade editorial,
na atenção às vocações sacerdotais e religiosas e na direção de alguns
santuários.
Pertença à Família Salesiana
A Congregação caracteriza-se pela referência a Dom Bosco,
ao seu espírito e à sua opção apostólica, e, de muitas maneiras,
também aos seus modos de organização. Em especial, quanto à
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26.4 Page 254

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espiritualidade, enfatizam-se: a laboriosidade e a temperança, a
disponibilidade apostólica a tudo o que a missão exige na prática do
Sistema Preventivo; a oração como disponibilidade para reconhecer
a presença de Deus na vida pessoal e na vida missionária. Quanto
ao trabalho apostólico, dá-se grande importância à educação
dos jovens, à boa imprensa, à comunicação social e à promoção
vocacional. O reconhecimento oficial da pertença à Família
Salesiana aconteceu em 24 de janeiro de 2000.
4. Situação atual
Os Micaelitas são 330, com
32 casas, presentes na Po-
lônia, Bielorrússia, Ucrâ-
nia, Itália, Suíça, Alemanha,
Áustria, Canadá, Estados
Unidos, Austrália, Nova
Guiné, Argentina, Paraguai,
República Dominicana e
Antilhas.
Na Itália, os Padres
Igreja dos Micaelitas em Miejsce Piastowe (Polônia)
Micaelitas foram chamados a cuidar do prestigioso Santuário de Monte
Sant’Angelo, dedicado ao seu patrono. Também exercem o ministério
na província de Viterbo, em Castel Sant’Elia, onde cuidam da Paróquia
e são responsáveis pelo Pontifício Santuário de Maria SS. “Ad Rupes”,
que também é a sede do Seminário Maior.
5. Desafios para o futuro
O carisma dos Micaelitas, no espírito de São João Bosco, envia-os
aos jovens (escolas, oratórios, catequese...). Os padres jovens são
preparados para responder cada vez melhor aos novos desafios do
mundo em constante mudança. Com o lema “Quem como Deus?””
(Quis ut Deus?), colocam Deus no centro de seu apostolado.
Com a proteção e a ajuda de São Miguel Arcanjo anunciam ao povo
que se pode estar livre dos diversos tipos modernos de escravidão.
Com essa finalidade, é dada uma particular importância à peregrinação
da estátua de São Miguel Arcanjo pelas paróquias, com a pregação de
Exercícios Espirituais.
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26.5 Page 255

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26.6 Page 256

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1. Fundador e origens
A Pequena Comunidade das Irmãs da Ressurreição foi fundada em
1977 na Missão Salesiana de San Pedro Carchá, Guatemala, pelo
Padre Jorge Puthenpura, Salesiano indiano de Poovathode, Kerala,
e, desde 1970, missionário entre os povos indígenas da Guatemala.
Em maio de 1976, o Inspetor Salesiano, Padre Ricardo Chinchilla,
fez a inesperada proposta de organizar como comunidade religiosa
nativa o grupo de jovens que ajudavam algumas religiosas em
visitas às aldeias, como suas tradutoras. As jovens, todas nativas
da região e analfabetas, com idade média de dezoito anos, estavam
ansiosas para ajudar seus irmãos indígenas como faziam as
religiosas.
Acompanhadas
inicialmente
por uma religiosa, as jovens
aprenderam a ler e escrever e se
dedicaram ao estudo da catequese.
Ao mesmo tempo, aprenderam a
fazer simples trabalhos manuais
femininos. Tão logo aprendiam
algo novo, desejavam ensiná-lo
imediatamente aos seus irmãos
indígenas. Não demorou muito para
outras jovens se juntarem ao Grupo.
Todas tinham um grande interesse
em aprender e queriam se preparar
para o futuro.
Ir. Guadalupe, catequista entre as crianças.
Em 15 de setembro de 1977,
novas “voluntárias” que viviam
com as Irmãs, orientadas pelo
Padre Jorge Puthenpura SDB,
iniciaram uma experiência de
vida comunitária em uma casa
independente com a perspectiva
de torná-la estável. Acenderam
o círio pascal e iniciaram a
experiência, chamando-a de
“Pequena Comunidade das Irmãs da
Ressurreição”.
Ir. Irma e Ir. Guadalupe com as crianças de um Oratório
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26.7 Page 257

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Irmãs e noviças com o P. Eusebio Muñoz
As jovens organizaram-se, escolheram um grupo que as dirigisse
de acordo com suas tradições culturais e, com a ajuda do Salesiano,
formaram a nova comunidade.
Embora no início estivessem um pouco confusas e desorganizadas,
logo descobriram que podiam ser protagonistas de suas vidas e
viver a dimensão do serviço, mantendo-se fiéis à cultura de origem.
Em 31 de janeiro de 1980, três jovens do Grupo expressaram o
desejo de formar uma pequena comunidade, com a finalidade de
servir aos irmãos camponeses.
A “Pequena Comunidade das Irmãs da Ressurreição” foi aprovada
por Dom Gerardo Flores Reyes como Congregação Religiosa de
Direito Diocesano.
No mesmo dia, quatorze jovens que já haviam feito votos
privadamente professaram os votos de castidade, pobreza e
obediência. Três delas, sendo as primeiras a iniciar o caminho, foram
imediatamente admitidas à profissão perpétua. Luísa tornou-se
a primeira Superiora. A Comunidade contava com duas casas. O
Centro “Talitha Kumi” será a obra mais significativa da Congregação.
2. A história da fundação até hoje
As Irmãs da Ressurreição deram início a um vasto movimento
missionário que se espalhou rapidamente por quase todo o
território da população indígena Q’eqchi’, cobrindo duas dioceses e
dois vicariatos apostólicos. Um pequeno grupo de Irmãs conseguiu
catequizar milhares de jovens e formá-los para serem apóstolos
das crianças e dos seus próprios coetâneos.
257

26.8 Page 258

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A visita da relíquia de Dom Bosco foi, enfim, uma excelente
oportunidade para transformar as jovens Q’eqchi’ em pequenos Dom
Bosco de hoje em suas comunidades de pertença. Ainda hoje, nos
quatro centros educativos, as Irmãs formam centenas de meninas
e meninos camponeses e indígenas com o espírito e o método
salesianos, tornando-os capazes de mudanças socioculturais em
suas comunidades, verdadeiros evangelizadores e catequistas.
Com visão pós-conciliar, as Irmãs trabalham lado a lado com os
leigos, que são corresponsáveis pelas atividades de promoção e
pela missão de evangelização das populações indígenas.
3. Identidade
A Congregação é chamada de “Pequena Comunidade das Irmãs da
Ressurreição”. Inspira-se nas palavras do Papa Leão XIII à Igreja na
Índia: “Oh, Índia, teus filhos serão a tua salvação”. Da mesma forma,
o padre Jorge sempre manteve em seu coração a convicção de que
os nativos devessem ser os autênticos apóstolos dos nativos. Uma
Ir. Amalia com uma idosa na Casa
“Papa Francisco”
Ir. Juana com uma pequena paciente na
Casa “Papa Francisco”
experiência totalmente nova com um lema significativo: “Cristo
ressuscitou; ressuscitemos também nós com Ele”. O círio pascal é o
símbolo da Comunidade.
A Pequena Comunidade é realmente inculturada: as Irmãs são
todas indígenas, mesmo que não seja um requisito estatutário.
No começo, a maioria era analfabeta, mas isso não as impedia de
transmitir uma riqueza cultural profunda e sincera.
258

26.9 Page 259

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Ir. Zoila Candelaria com crianças do oratório
Seu apostolado específico é inculturar o Evangelho e ajudar os
irmãos mais pobres, mediante a catequese e a promoção humana
e social, especialmente em relação às mulheres e às jovens, com a
alfabetização, a educação à saúde, a vida em família, a economia
doméstica, a economia agrícola e comercial, com pequenas redes
de microcrédito cooperativo, etc.
4. Situação atual
Atualmente, a “Pequena Comunidade” é composta por 59
professas, 12 noviças, 15 postulantes e 23 aspirantes, todas
indígenas de diferentes etnias. Conta com 11 comunidades de
trabalho em duas dioceses e em dois vicariatos da região, onde vive
a maioria da população maia de Q’eqchi’, um dos principais grupos
étnicos indígenas na Guatemala. Dedicam-se à pastoral paroquial
missionária, a centros educativos e instituições de caridade,
como as casas para idosos e
doentes.
5. Desafios para o futuro
O crescimento numérico
do grupo das Irmãs da
Ressurreição foi lento. Estão
certas, porém, de que fazem
parte da fileira de filhos dos
povos indígenas da América
com os quais Dom Bosco
sonhou em 31 de janeiro
Ir. Zoila Caal Cacao, Superiora-Geral
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26.10 Page 260

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de 1885, e o são realmente, porque o Padre Pascual Chávez, IX
sucessor de Dom Bosco, confirmou-o quando escreveu à Madre
Geral: «É belo e muito estimulante saber que Dom Bosco sonhou
com vocês em 31 de janeiro de 1885 e, acima de tudo, o mais belo
é que vocês estão realizando o sonho de nosso amado Pai».
Graças à sábia orientação do Padre Pascual Chávez, as Irmãs
desenvolveram o trabalho pastoral entre os Q’eqchi’, que são quase
seiscentos mil. O desafio que deverão enfrentar agora é aquele de
quem é chamado a levantar voo e levar sua mensagem além das
fronteiras da região e do país.
Irmãs em visita a comunidades rurais
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27 Pages 261-270

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27.1 Page 261

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1. Fundador e origens
A Congregação das “Irmãs Anunciadoras
do Senhor” foi fundada em 1930 por Dom
Luís Versiglia, bispo Salesiano. Nascido em
Oliva Gessi (Pavia), Itália, fez-se Salesiano
aos 16 anos, permanecendo sempre fiel Primeiro grupo de Irmãs Anunciadoras do Senhor
seguidor de Dom Bosco. Foi o primeiro
missionário salesiano na China e também, juntamente com o padre
Calisto Caravario, o primeiro mártir salesiano, ambos mortos em Li
Thau Tseui em 25 de fevereiro de 1930. A congregação das “Irmãs
Anunciadoras do Senhor” foi fundada com o objetivo de ajudar o
trabalho missionário em Shaoguan e educar os jovens. Sua Casa
Mãe fica em Shiu Chow. Foi reconhecida em 1936 e no mesmo ano
teve seu primeiro noviciado.
2. A História da fundação até hoje
Devido à ocupação comunista da China, a Congregação passou por
um período difícil. Naquela época, havia trinta irmãs professas. No
entanto, não foram capazes de continuar sua missão sob o governo
comunista. As noviças e postulantes foram enviadas a suas casas.
Muitas das irmãs professas foram dispersas por todo o país para
trabalhos agrícolas enquanto outras foram a outras cidades para fugir.
Todas elas, porém, se mostraram muito fiéis e corajosas durante
aqueles anos difíceis. Dez delas conseguiram chegar a Cantão,
262
Visita Card. John Tong , Casa-Geral de Hong Kong

27.3 Page 263

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aceitando trabalhar como domésticas, no comércio ou envolvidas em
outras atividades. Em 1953, três delas obtiveram o passaporte do
Governo Popular Chinês para chegar a Hong Kong. Puderam, assim,
recomeçar o seu trabalho com zelo ainda maior, mesmo em meio a
dificuldades.
O bispo de Hong Kong, Dom Bianchi, foi muito gentil com as religiosas
refugiadas e concedeu-lhes um terreno perto do cemitério católico de
Chung Sha Wan, para construir ali uma residência temporária. As Irmãs
aceitaram ser professoras na escola primária “Mãe da Misericórdia”. O
novo ministério de ensinar e ajudar na paróquia trouxe grande alegria
às Irmãs. Seu número aumentou e, em 1954, várias jovens uniram-se
a elas como aspirantes. Em 1955, duas Irmãs foram enviadas para o
trabalho missionário na paróquia de Ngau Tau Kok, sob os cuidados do
Padre Dempsey. A partir daí o trabalho das Irmãs expandiu-se.
Com a permissão da Congregação para a Propagação da Fé, em 1958
foi instalado o noviciado na missão Lung Shan em Ngau Tau Kok. Seis
noviças emitiram os primeiros votos em 1960. O bispo de Hong Kong
também deu permissão para abrir uma escola com ajuda do governo.
As Irmãs obtiveram um terreno em Yau Yat Chuen e começaram a
construção de uma escola primária; três classes eram acolhidas no
salão da igreja de Santa Teresa. O prédio da escola primária com 20
salas de aula foi concluído em 1961 e foi chamado Tak Nga School.
263

27.4 Page 264

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Comunidade da Casa Mãe
A seção de ensino secundário foi iniciada em 1962. A concessão de
um terreno próximo à escola já existente permitiu que o edifício para
o ensino secundário fosse concluído em 1964. No mesmo ano, duas
irmãs foram enviadas para atender os leprosos em Macau, sob a
direção do Padre Gaetano Nicosia. As irmãs davam instrução religiosa
às mulheres e ensinavam na escola vizinha.
O desenvolvimento e sucesso da Congregação das “Irmãs Anunciadoras
do Senhor”, porém, deve-se ao falecido Padre Giuseppe Cucchiara, SDB,
que era seu protetor desde a chegada a Hong Kong. Com sua ajuda
e incentivo, as Irmãs solicitaram mais terrenos para construir uma
escola secundária subsidiada para meninas. O terreno foi concedido em
1966, pouco antes da morte de seu amado guia. Devido a dificuldades
financeiras, as Irmãs não puderam iniciar o projeto antes de 1970.
Começaram a aceitar alunos em setembro de 1971 ocupando cinco
salas da escola Nga School. O edifício foi finalizado em setembro de
1972, com 24 salas de aula, com 10 especialidades, e um auditório; foi
chamado de “Colégio Nossa Senhora do Rosário”. O colégio situava-se
em Yau Yat Chuen, Kowloon.
Antes disso, em 1967, três Irmãs foram a Taiwan a serviço da paróquia.
Em 1968, construíram uma escola maternal em Taipei. Em 1970, os
padres da Maryknoll pediram às Irmãs para assumirem a escola
elementar Papa Pio XII em Ngau Tau Kok. Aceitaram a oferta com
gratidão.
As Irmãs tiveram sua primeira Madre-Geral em 1966, nomeada pelo
Bispo de Hong Kong, por um período de seis anos. Em 1971 houve o
primeiro Capítulo-Geral. Durou quase um mês, entre julho e agosto,
durante o qual foram revisadas as Constituições. O Capítulo teve duas
264

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sessões: a primeira tratou de administração, finanças, educação e
apostolado; o segundo da vida consagrada, vida comunitária e vida
espiritual. Em 1978, de 1º a 14 de agosto, foi realizado o segundo
Capítulo-Geral.
3. Identidade
A Congregação foi fundada para catequizar as jovens e atender aos
doentes, difundindo a Santa Doutrina e dando maior glória a Deus. As
Irmãs são chamadas a servir o Senhor, em todas as circunstâncias,
com santa alegria, e proclamar o Evangelho do Reino com palavras
e ações, de acordo com o propósito pretendido pelo Fundador: “(As
Irmãs) se distinguirão pelo zelo em salvar almas e dar maior glória
a Deus” (art. 4); “É preciso amar muito as almas. A caridade ensina
os modos de fazer o bem às almas” (art. 5). Sua principal missão é a
educação da juventude e o serviço pastoral paroquial (art. 6).
Além de educar as jovens nas escolas primárias e secundárias, as
Irmãs ajudam os sacerdotes de diversas paróquias no anúncio da
Boa-Nova
4. Situação atual
A Congregação conta com 20 Irmãs professas: 12 em Hong Kong, 1
em Calgary, Canadá, e 7 em Shaoguan, Cantão, China. A Casa Mãe
está em Hong Kong, onde as Irmãs dirigem uma escola primária e
duas escolas secundárias.
As candidatas devem ter ao menos 18 anos de idade no momento
da entrada no postulantado e fazem ao menos 6 meses de
postulantado antes do noviciado de 2 anos.
As noviças devem ter boa saúde, caráter respeitoso e com um
mínimo de educação secundária. A Profissão Perpétua é emitida
após 6 anos.
Pertença à Família Salesiana
A Congregação foi aceita como Grupo da Família Salesiana em
28 de julho de 2005. As Irmãs compartilham o carisma salesiano
transmitido pelo Fundador, um santo missionário salesiano e o
primeiro mártir salesiano.
265

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A Congregação sempre recebeu e ainda recebe orientação espiritual
dos Salesianos e pratica o Sistema Preventivo de Dom Bosco em sua
missão educativa entre os jovens. Participa de todos os principais
eventos da Família Salesiana: celebrações, liturgias, dias de estudo,
trabalho educativo e pastoral organizados pela Consulta da Família
Salesiana. As Irmãs colaboram, com excelente espírito apostólico,
no projeto pastoral de Shitan (China Continental), juntamente com
as FMA e os SDB.
5. Desafios para o futuro
A Congregação atualmente é muito pequena. No entanto, há sinais
de esperança com novas e mais numerosas vocações da China.
Espera-se que, com a ajuda de Deus, a Congregação prospere e
floresça no futuro, para que o Reino de Deus possa ser anunciado
a todos.
Missão: “Colégio Nossa Senhora do Rosário” em You Yat Chuen, Kowloon
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1. Fundador e origens
Em 1973, quando o Padre Joseph D’Souza, SDB era promotor de
vocações na diocese de Krishnagar, algumas jovens, que viviam
em suas famílias exercendo uma profissão e que não queriam ser
Religiosas e nem se casarem, foram até expressando o desejo de
se consagrar a Deus. Daí surgiu a ideia de um Instituto Secular.
Começaram a se reunir periodicamente para o retiro espiritual, a
direção espiritual e alguns momentos de formação permanente.
Chegaram logo a dezesseis.
Em 1979, quando o Padre Joe foi transferido para a paróquia de
Jokbahla, diocese de Raigarh, a ideia e a criação dos “Discípulos”
passaram a contar com um ambiente mais favorável. De fato,
havia no território daquela vasta paróquia 60 povoados remotos:
uma grande comunidade católica enraizada na fé, mas que vivia
em condições muito precárias. O campo de apostolado que se
apresentava diante das jovens tornou-as mais disponíveis ao
convite do Bispo e dos sacerdotes da Diocese de Raigarh.
O trabalho apostólico dos “Discípulos” começou a dar fruto nas
diversas partes da paróquia de Jokbahla. Os Discípulos, sempre
caminhando dois a dois /duas a duas, visitavam os diversos
povoados, chamando a atenção das pessoas pelo seu testemunho
evangélico. Com a divulgação da Boa-Nova, outras dioceses
começaram a solicitar a presença e o precioso serviço dos
“Discípulos”.
268
Primeiras Discípulas com o Padre Joe D’Souza sdb
O Grupo salesiano originário (1973)

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2. A História da fundação até hoje
Na década 1979-1989, o Padre Joe queria dar aos “Discípulos” um
estilo de vida bem definido: reforçando o carisma com disponibilidade
preferencial pelas zonas mais pobres, ressaltando a confiança na
hospitalidade do povo e na necessidade de um compromisso total
com o mandamento de Jesus: “Ide ao mundo inteiro e anunciai o
Evangelho a toda criatura” (Mc 16,16). Padre Joe foi autorizado a
viver em Kunkuri, na diocese de Jashpur, para cuidar da Associação.
Viajando pelas várias regiões onde as “Discípulas” exerciam seu
serviço, foi capaz de instruí-las, direcioná-las e interagir com o clero
sob cujos cuidados elas viviam. A Sociedade Salesiana, aceitando
o projeto formulado pelo Padre Joe e reconhecendo-o como
Fundador e Guia da Associação “Discípulos”, incorporou o Instituto
à Família Salesiana. O padre Joe foi apoiado pelos Salesianos para
dar continuidade ao seu trabalho como diretor e guia da Associação.
Em 1983, alguns jovens, vendo o trabalho das Irmãs “Discípulas”,
foram inspirados a ingressar no Instituto como Irmãos e Diáconos.
Foram acolhidos e enviados, sozinhos ou dois a dois, para ajudar
nas paróquias de várias dioceses e nas obras da Congregação que
o solicitaram como evangelizadores, catequistas, professores,
guardiões de albergues ou administradores.
Em 1992, o bispo de Krishnagar, Dom Lukas Sirkar SDB,
companheiro do Padre Joe por muitos anos e associado aos
“Discípulos” desde o início, aprovou e concedeu aos “Discípulos” o
título de “Pia Associação” da sua diocese. Em abril de 2000, o bispo
de Ambikapur, Dom Patras Minj SJ, fora diretor espiritual de um
grupo da Associação desde 1983, antes de ser provincial e depois
bispo, aprovou a Associação como Associação Pública com Regras.
Além da aprovação da Autoridade Eclesiástica, as recomendações e
os pedidos encorajadores de muitos bispos diocesanos e instituições
eclesiásticas fizeram com que Padre Joe se convencesse mais da
validade e relevância da Associação. Definiu a sua identidade com
mais clareza, focou mais concretamente no carisma e no espírito
do Instituto, traçou uma Regra de vida simples e desenvolveu uma
espiritualidade apropriada tanto às necessidades dos associados
quanto às necessidades da região e dos países onde trabalham.
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27.10 Page 270

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Organizou e coordenou mais de 415 membros espalhados por 184
centros em 51 dioceses da Índia e do exterior, garantindo assim
o crescimento e a estabilidade do carisma. Fez tudo isso guiado
pela preocupação de realizar conforme diz São Paulo: “todos
decorosamente e com ordem” (1Cor 14,40). Em 5 de outubro
de 2016, a Congregação para a Vida Religiosa e os Institutos de
Vida Apostólica aceitou o Instituto como uma nova forma de vida
consagrada.
3. Identidade
A Congregação dos “Discípulos”, uma nova forma de vida consagrada
com Irmãs, Irmãos e Diáconos, foi fundada em 1973 pelo Padre
Joseph D’Souza SDB, na Diocese de Krishnagar, Nadia Dt., W.B.
A Congregação tem Maria Auxiliadora como sua principal patrona.
Há também outros patronos referentes aos vários aspectos
da Congregação: São José (secularidade), São João Bosco e São
Francisco de Sales (bondade e Sistema Preventivo), São Paulo, São
Francisco Xavier e Santa Teresa de Jesus (apostolado missionário).
O Instituto segue o sistema educativo e o método de Dom Bosco.
Imitando Jesus Bom Pastor Dom Bosco baseou seu ministério
educativo na razão, religião e bondade. Viveu e caminhou com
os jovens. Esse método ajuda a reconhecer e respeitar a imagem
de Deus em todas as pessoas e a se conformar a essa imagem
através do amor generoso da entrega a si. O “Sistema Preventivo”
inspira os “Discípulos” a caminhar com os pobres no sofrimento e
na vida quotidiano. O lema do Instituto é: “Ide, pois, ensinai todas
as nações”. O carisma do Instituto é “Anunciar a Boa-Nova a quem
precisa dela, especialmente nas zonas rurais”.
A missão do Instituto é a proclamação do Amor de Deus e o anúncio
do Evangelho seguindo o exemplo dos apóstolos, primeiros
discípulos de Jesus, mediante o serviço aos mais pobres e carentes
segundo a Espiritualidade Salesiana, imitando Dom Bosco, no estilo
do Bom Pastor.
270

28 Pages 271-280

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28.1 Page 271

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Discípulas a trabalhar na máquina de costura
Ir. Tripti e Ir. Renu confeccionam rosários
O Instituto inspira-se em Cristo. Como
os 12 apóstolos e os 72 discípulos,
os membros vão dois a dois ou em
pequenos grupos aos povoados
remotos e a novas paróquias, onde
há maior necessidade e onde é difícil
chegar. Anunciam o amor de Deus Pai,
do Filho e do Espírito Santo a todos,
especialmente aos necessitados,
pobres, pecadores, doentes, órfãos,
viúvas, crianças, jovens, idosos e
deficientes. Vivem entre o povo (como
sal, fermento, luz e trigo), visitando-o
em suas casas, nas favelas, pelas
estradas, como o Bom Pastor. Aceitam
tudo o que o povo e o pároco podem
lhes oferecer como alimentação e
alojamento. Trabalham com base na
idade, saúde, inteligência, qualificações,
situação; oram, ensinam, cuidam,
servem, santificam e sofrem como
Cristo.
Pertença à Família Salesiana
Os “Discípulos” foram aceitos na
Inspetoria de Nova Délhi em 1998 e
acolhidos pelo Reitor-Mor como “Grupo
da Família Salesiana” em 2009.
As características salesianas presentes
no Instituto são a orientação apostólica,
o estilo de vida e o método educativo, o
sentido de Igreja local, a preferência pelo
trabalho entre pessoas particularmente
pobres e carentes, a ardente devoção
a Maria Auxiliadora (modelo de escuta
da Palavra de Deus, aceitação da
vontade de Deus, atitude de visitar e
ajudar os necessitados, abertura ao
Discípulas de 1973
271

28.2 Page 272

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Espírito Santo e presença com os apóstolos e discípulos na obra de
evangelização), espírito de família, pobreza, trabalho, simplicidade e
alegria, doação e coragem, Sistema Preventivo (presença salesiana,
bondade, diálogo), pastoral juvenil.
4. Situação atual
A Congregação dos “Discípulos” conta hoje com 350 Irmãs e 65
Irmãos. Colaboram, além de com os Salesianos, também com
outras 7 Congregações: Jesuítas, Palotinos, Pilar, CMI, SVD, OFM,
JMJ.
A Casa Geral das Irmãs localiza-se em Shishya Niketan
Shantipara, Kunkuri, Chhattisgarh (Índia). O Instituto tem 7
centros de Coordenação: Krishanagar (Bengala Ocidental), Kunkuri
(Chhattisgarh), Jhabua (Madhya Pradesh), Tinsukia (Assam),
Ambikapur (Chhattisgarh), Jagdalpur (Chhattisgarh) e Sicília.
Há uma Coordenadora com seu Conselho que responde por todos
os Centros de Coordenação.
A Casa Geral dos Irmãos fica em Don Bosco Ashram, Raidanr
P.O. Narayanpur Dt., Jashpur, Chhattisgarh. Segundo as últimas
estatísticas de 2019, os “Discípulos” estão presentes em 51
dioceses: 42 na Índia e 9 no exterior (1 diocese no Peru e 8 dioceses
da Itália).
272
Uma Discípula a serviço no Peru
Irmãs Discípulas em Saraskombo

28.3 Page 273

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5. Desafios para o futuro
• Desafio: muitos Bispos e Congregações pedem as Irmãs e os
Irmãos para escolas, albergues e para o setor de administração,
e não para a evangelização direta. Isso mantém nossas Irmãs
afastadas do carisma da Congregação, embora possa ser bom
para os Irmãos, pois o carisma deles é, assim como para os 7
diáconos, ajudar sacerdotes e bispos em escolas, albergues,
paróquias e na administração.
• Plano futuro: Retirar gradualmente as Irmãs das escolas,
albergues e administração e colocá-las na evangelização direta.
No futuro, em todos os novos centros, elas serão destinadas
apenas à evangelização direta.
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1. Fundador e origens
A Comunidade Canção Nova foi fundada em 2 de fevereiro de 1978
pelo Padre Jonas Abib. O padre Jonas iniciou seu caminho vocacional
com os Salesianos de Dom Bosco em 1949, no Colégio São Manoel,
em Lavrinhas, Estado de São Paulo. Foi ordenado sacerdote em 8
de dezembro de 1966.
Em 1968, iniciou seu trabalho com jovens juntamente com outros
Salesianos, promovendo encontros em Campos do Jordão (SP). Na
época era um movimento pioneiro, que incluía formação, oração,
música e dinâmica de grupo. O atendimento aos jovens durante a
noite, após um dia agitado, foi a causa de uma tuberculose que o
fez ficar três meses em Campos do Jordão para tratamento. Mas
sua paixão pela juventude era tão grande que, mesmo no hospital,
organizava pequenas reuniões para pacientes jovens, atraindo a
atenção dos médicos. Assim que melhorou, os médicos pedem que
seus superiores o levem imediatamente, porque excedia nas suas
atividades.
Padre Mario Bonatti comenta: “O padre Jonas sofria do mesmo mal
que Dom Bosco: era louco pela juventude e não se poupava”.Depois
276
Os cofundadores da comunidade Canção Nova, Luzia de Assis Santiago e Wellington Jardim,
com São João Paulo II

28.7 Page 277

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disso, o Padre Jonas é transferido de São Paulo para Lorena (SP), e
seu novo e único trabalho passa a ser o de professor no Seminário.
Essa tranquilidade não dura muito e lhe é confiado o serviço de
direção espiritual na Catedral de Nossa Senhora da Piedade.
Em novembro de 1971, o padre Jonas conhece a espiritualidade
da Renovação Carismática Católica e, no ano seguinte, inicia as
primeiras experiências denominadas “Seminário de Vida Nova no
Espírito”, e retoma suas reuniões com os jovens. Para acolher esses
jovens, recebe um sítio onde inicia a Associação Canção Nova.
Um fato importante que culminou na fundação da Comunidade
foi o diálogo com o Bispo de Lorena, Dom Antonio Affonso de
Miranda, que em 1976 entregou ao Padre a Exortação Apostólica
pós-sinodal Evangelii Nuntiandi, de Paulo VI, pedindo que fizesse
algo pelos jovens. Assim nasceu a experiência do “Catecumenato”
na forma de um curso de catequese mais profunda para os jovens.
Com o tempo, a formação e o acompanhamento desses jovens
tornaram-se sempre mais exigentes e estruturados e, sentindo
a necessidade de ter um local para receber os participantes, em
1977, o Padre Jonas construiu uma casa de retiros em Queluz (SP),
chamada Canção Nova – A casa de Maria.
2. A História da Comunidade da fundação até hoje
Foi em novembro de 1978, Festa de Cristo Rei, que o Padre Jonas,
inspirado, lança um desafio aos jovens participantes daquela reunião:
“Quem está disposto a sair de casa para viver em comunidade
e trabalhar pela evangelização?”. No início do ano seguinte,
doze jovens, incluindo rapazes, moças e três Irmãs Salesianas,
iniciaram a experiência comunitária com o padre Jonas, o primeiro
núcleo da Comunidade. Os
ensinamentos começam a
ser gravados em cassetes,
dando origem às primeiras
gravações em áudio, que
futuramente se tornariam
o DAVI – Departamento de
Audiovisuais.
Centro médico “Padre Pio” em
Cachoeira Paulista
277

28.8 Page 278

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Nessa época, o monge beneditino Frei Cipriano Chagas deu ao Padre
Jonas um equipamento profissional para produzir os primeiros
programas de rádio. Também neste caso, o documento Evangelii
Nuntiandi de São Paulo VI orientou a ação da Comunidade:
“A Igreja viria a sentir-se culpável diante do seu Senhor, se ela não
lançasse mão destes meios potentes que a inteligência humana torna
cada dia mais aperfeiçoados. É servindo-se deles que ela ‘proclama
sobre os telhados’, a mensagem de que é depositária. Neles encontra
uma versão moderna e eficaz do púlpito. Graças a eles consegue falar
às multidões”(EN 45).
Mesmo sem financiamento, o Padre Jonas teve a coragem de
comprar a Rádio Bandeirantes AM de Cachoeira Paulista (SP), cidade
onde se situa a sede da Canção Nova. Era uma pequena emissora
com pouco alcance, mas foi o começo de uma grande aventura de
comunicação. Em 1982, foi criada a “Fundação João Paulo II”, com o
objetivo de financiar o sistema de comunicação Canção Nova.
O desejo de expandir o anúncio da Palavra de Deus levou a
Comunidade a iniciar o trabalho com a televisão. Em 8 de dezembro
de 1989, a emissora fez sua primeira transmissão ao vivo, com a
celebração da Santa Missa em homenagem à Imaculada Conceição
e aos 25 anos da ordenação sacerdotal do Padre Jonas Abib.
Atualmente, o Sistema Canção Nova de Comunicação inclui rádio,
televisão, internet, revistas, redes sociais, livrarias, editoras e
estúdios de gravação. Outra dimensão da evangelização é a rede
de desenvolvimento social, com sistema educacional, sociocultural,
de assistência médica e de promoção da vida.
Depois de todos esses anos de intenso trabalho, a Comunidade
Canção Nova recebeu o Reconhecimento Pontifício no dia 12 de
outubro de 2008 e, no dia 21 de janeiro de 2009 começou a fazer
parte da Família Salesiana.
278

28.9 Page 279

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3. Identidade
A Comunidade Canção Nova é uma Associação Internacional
Privada de Fiéis Leigos de Direito Pontifício. Seu carisma é uma
forma renovada e prioritária de promover a experiência de um
encontro pessoal com Jesus Cristo, na eficácia do Espírito Santo.
Sua missão é evangelizar, comunicar Jesus, a nova vida que ele
nos deu, através de reuniões de oração e da mídia. A Comunidade
também lida com educação, saúde, artes, cultura e promoção
social, com o objetivo específico de contribuir concretamente para
a transformação do ser humano e das estruturas sociais.
Pertença à Família Salesiana
Dom Bosco entra na vida do Padre Jonas desde o nascimento. Sua
mãe, hospitalizada para dá-lo à luz, apesar de todas as tentativas,
não consegue. Ao lado de seu quarto, ouve falar de um novo santo
dos jovens, um certo João Bosco.
Fez sua oração sincera por aquela criança que nasceria. Recebe
o milagre. E é assim que decide consagrar o recém-nascido aos
cuidados de Dom Bosco.
Visita do Reitor-Mor, P. Ángel Fernández Artime, ao Instituto Canção Nova
279

28.10 Page 280

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As dificuldades financeiras da família são muitas e, devido a um
problema nos olhos do pequeno Jonas, é forçada a se mudar
para a cidade de São Paulo. Morando na capital, Jonas começa a
frequentar o serviço social GAP, das Irmãs da Divina Providência,
que tinha como patrona Maria Auxiliadora.
Dizem que certa vez se aproximou das Irmãs um padre Salesiano,
que falou assim do padre Jonas: “era tão espontâneo que na época
disse: eu gostaria de ser padre. Amo meu pároco, mas gostaria de
ser padre salesiano”.
E assim continua o seu caminho e, posteriormente, frequenta as
Escolas Técnicas Salesianas, onde estuda artes gráficas, que para
ele era o sinal de Dom Bosco em sua vida e que o conduziria à
realização de sua vocação.
Tornando-se Salesiano, o amor pelos jovens cresceu ainda mais.
O lema de Dom Bosco “Basta que sejais jovens para que vos ame
muito” está incorporado em sua vida, tanto que podemos dizer que
toda a obra do Padre Jonas encontra um impulso no amor pelos
jovens.
Desde os primeiros encontros, com o advento da Comunidade e com
sua capacidade de falar aos jovens com a música, usando gestos
280
Cerimônia de reconhecimento pontifício (3 de novembro de 2008).
Declaração do Reitor-Mor dos Salesianos, Padre Pascual Chávez Villanueva.

29 Pages 281-290

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29.1 Page 281

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e palavras, forma novos homens e mulheres, convidando-os sem
medo à santidade. O padre Jonas diz que a Comunidade Canção
Nova é a extensão do sonho de Dom Bosco: uma comunidade de
jovens que vive totalmente para a evangelização, tendo a santidade
como objetivo final.
Presença de Maria
Dom Bosco disse que “foi Maria quem tudo fez”. Desde o início,
a Comunidade Canção Nova reconhece a presença materna e
silenciosa da Mãe de Jesus. A Canção Nova é a Casa de Maria.
4. Situação atual
Seguindo Dom Bosco, a Comunidade Canção Nova está
comprometida com o processo de formação permanente. O homem
e a mulher estão sempre em crescimento humano e espiritual, até
Primeiro prédio da TV Canção Nova
chegar à estatura e maturidade de Cristo, o homem perfeito. Seu
objetivo é formar novos homens e mulheres para um novo mundo,
inspirado no objetivo de Dom Bosco: “formar bons cristãos e honestos
cidadãos”.
O Sistema Preventivo
O Sistema Preventivo está presente não apenas na esfera educativa
do Instituto Dom Bosco, mas em toda a Comunidade. É graças
à Comunidade que aprendemos a conhecer, amar e respeitar o
281

29.2 Page 282

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Senhor com a liberdade de filhos, e a escolher conscientemente
o bem, pela sua bondade, beleza e verdade. Ao mesmo tempo,
aprendemos a ser responsáveis pelo nosso processo de conversão
pessoal e em comunhão com os de outros. Vivemos em comunidade
para evangelizar e, evangelizando a nós mesmos, é possível levar o
Evangelho a outras pessoas.
O trabalho santificado
A Comunidade Canção Nova é uma “comunidade de ação” pelo
Reino dos Céus. Assim como Dom Bosco, que se consumiu pela
juventude do seu tempo, a Comunidade vive da mesma maneira:
totalmente dedicada à missão de salvar almas.
Não é por acaso que o projeto de evangelização que continua
até hoje, é o “Da mihi animas”. Não se trata apenas de um slogan
para apoiar o trabalho de evangelização, mas um projeto de vida e
missão.
A veste do missionário
Por algum tempo pensou-se em usar um hábito ou algo que
pudesse identificar os missionários, mas o Padre Jonas indicou o
sorriso como único instrumento visível do missionário da Canção
Nova. Segundo ele é preciso mostrar a alegria de pertencer a Deus,
mesmo nas dificuldades e sofrimentos da vida.
O Reconhecimento Pontifício ajudou a organizar a Comunidade do
ponto de vista institucional. O Governo-Geral é composto por nove
conselheiros: o Presidente (Mons. Jonas Abib), o Vice-Presidente,
o Formador-Geral, o Secretário-Geral, o Tesoureiro-Geral, o
Conselheiro para os Casais, o Conselheiro para os clérigos, o
Conselheiro para os celibatários e dois outros Conselheiros-Gerais.
Atualmente, a Comunidade está presente em vários Países: Brasil,
Portugal, Itália, França, Moçambique, Estados Unidos e Israel.
Um santuário diocesano dedicado ao Pai da Misericórdia
foi inaugurado na sede da Comunidade, expressão do amor
misericordioso de Deus que acolhe todos os seus filhos de braços
abertos. Alguns membros da comunidade dedicam-se à animação
e manutenção deste santuário diocesano.
282

29.3 Page 283

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5. Desafios para o futuro
Um dos desafios da Comunidade Canção Nova é permanecer fiel ao
modo de viver e comunicar seus princípios de vida, sendo sempre
mais consagrados, assumindo-os com a Graça e a responsabilidade.
Os princípios da Comunidade são:
• Autoridade e submissão: para viver o conselho evangélico da
obediência.
• Viver da Providência: para viver o conselho evangélico da
pobreza.
• Convívio sadio entre os diversos estados de vida: para viver o
conselho evangélico da castidade.
• Reconciliação transparente e participativa: para viver a
fraternidade e cultivar laços profundos
Primeiros acampamentos de oração em Rincão, nos anos 80.
283

29.4 Page 284

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29.5 Page 285

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29.6 Page 286

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1. Fundador e origens
A Congregação foi fundada no final do século XIX pelo Beato Bronislaw
Markiewicz (1842-1912) com a participação da Venerável Anna
Kaworek (1872-1936), considerada Cofundadora.
O Padre Markiewicz, Salesiano, desejava levar as instituições e as
obras de Dom Bosco para a Polônia. Quando se tornou pároco em
Miejsce Piastowe, perto de Krosno, no sul dos Cárpatos (na época
essas terras faziam parte do Império Austro-Húngaro), começou a
organizar instituições de ensino e reunir candidatas à Congregação das
Irmãs Salesianas (Filhas de Maria Auxiliadora). No outono de 1896, a
Ir. Rosalia Zakrzewska, FMA, chegou a Miejsce Piastowe para preparar
as candidatas à vida religiosa juntamente com o Salesiano Padre Pietro
Sikora. Seis delas, em 5 de março de 1897, emitiram votos privados.
Quando o Padre Markiewicz deu início ao próprio instituto, essas
mesmas candidatas constituíam o primeiro núcleo da nascente
Congregação feminina. Depois de algum tempo, a irmã Anna Kaworek
foi escolhida pela Irmãs como sua superiora. Sob a direção de Padre
Markiewicz, organizou a vida seguindo a regra que ele preparara, muito
semelhante a Regra das Irmãs Salesianas. A comunidade nascente
cresceu em número e trabalhou em instituições educativas organizadas
pelo Beato Markiewicz em Miejce Piastowe e em Pawlikowice, perto
de Cracóvia.
286
Serva de Deus Anna Kaworek
Os inícios do instituto educativo em Miejce Piastowe

29.7 Page 287

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2. A História da fundação até hoje
O Fundador pediu ao Bispo de Przemysl, hoje São José Sebastiano
Pelczar, a aprovação diocesana do Instituto de suas Irmãs, mas o Bispo
não aceitou o pedido devido à falta de número suficiente de candidatas
e a frágil segurança econômica do grupo.
As candidatas, apesar da recusa, decidiram ficar com o Padre Markiewicz,
contentando-se em ser simples serviçais e continuando a realizar todas
as tarefas que lhes foram confiadas anteriormente. Após a morte do
Fundador, adquiriram um terreno e começaram a construir uma casa
para si e para meninas órfãs, dedicando-se sem parar à sua educação.
Permaneceram fiéis aos seus ideais, apesar dos obstáculos do bispo,
São José Sebastiano Pelczar Quando ele faleceu em 1924, a situação
mudou completamente para elas.
O novo bispo, Dom Anatol Nowak, obteve o Nihil Obstat da Congregação
dos Religiosos, e com Decreto de 21 de agosto de 1928, erigiu a
“Sociedade das Irmãs de São Miguel Arcanjo”, como Instituto Religioso
de Direito Diocesano. No mesmo dia, as Irmãs receberam o hábito
religioso, por elas tão desejado, e começaram o noviciado.
Em 29 de setembro de 1930, 54 irmãs fizeram a primeira Profissão
religiosa e, três anos depois, 49 delas fizeram a Profissão perpétua.
Nesse longo período (mais de 30 anos) de espera pela aprovação
eclesiástica da Congregação, a Venerável Madre Anna Kaworek teve
um papel predominante. Dedicando sua vida com amor ao trabalho
perseverante em favor de crianças e jovens pobres e abandonados,
despertava e suscitava nas Irmãs a esperança de obter a aprovação
da Congregação pelas autoridades eclesiásticas. Madre Anna Kaworek
serviu como Superiora-Geral até o fim de sua vida. Em 30 de dezembro
de 1936, morreu com fama de santidade, deixando às gerações futuras
um modelo ideal de fidelidade ao espírito do Pai Fundador e à missão
confiada à Congregação.
Uma vez erigida, a Congregação cresceu numericamente e continuou a
administrar numerosas obras educativas na Polônia. Em 1956, obteve
do Presidente da Conferência Episcopal Polonesa o Decreto de Louvor
que, mais tarde, foi confirmado pela Congregação dos Religiosos,
passando o Instituto Religioso a ser de Direito Pontifício.
287

29.8 Page 288

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Participação dos Superiores-Maiores Micaelitas na Consulta Internacional da Família
Salesiana, em Turim, 2015
Durante o regime comunista, as Irmãs não puderam realizar o seu
trabalho educativo, porque o governo proibiu a todos a administração
de institutos educativos. Dedicaram-se então, à catequese nas
paróquias.
Depois de recuperar a liberdade, voltaram ao trabalho educativo.
Abriram novas instituições de ensino para as jovens e organizaram
oratórios. Além disso, têm atualmente, internatos e trabalham em
paróquias como catequistas, sacristãs, organistas e também como
enfermeiras.
3. Identidade
A Congregação das Irmãs de São Miguel Arcanjo, também chamada
de “Irmãs Micaelitas”, é um Instituto religioso em que as Irmãs unem a
caráter contemplativo de louvor a Deus à atuante caridade apostólica
realizada no serviço pedagógico, catequético, caritativo e social, no
ministério paroquial e nas missões. O fundamento da vida das Irmãs é
expresso por estas duas expressões: “Quem é como Deus?” e “Trabalho
e temperança”.
Pertença à Família Salesiana
No Capítulo-Geral de 2007, foi decidido encaminhar ao Conselho-Geral
da Sociedade de São Francisco de Sales o pedido de ingresso na Família
Salesiana. Eis alguns tópicos da carta da Superiora-Geral a respeito:
“Como Filhas Espirituais do Beato Bronislaw, sentimos realmente um
profundo vínculo familiar com a Congregação fundada por São João Bosco,
em que o nosso Fundador bebeu a experiência do espírito e do carisma.
288

29.9 Page 289

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Analisando a biografia de nosso Fundador e suas obras, podemos ver
facilmente a grande influência que tiveram sobre sua pessoa e sua missão,
Dom Bosco e a Congregação Salesiana.
A vicissitude das primeiras Micaelitas e toda a história da nossa Congregação
permitem-nos ver a grande importância da formação salesiana recebida
por meio do Beato Markiewicz e transmitida a todo o Instituto. Nesse
espírito, formaram-se todas as gerações de Irmãs que tomaram como
exemplo aquelas que as precederam, imitando sua diligência, temperança,
generosidade, amor altruísta pelas crianças abandonadas e o alegre louvor
a Deus, doador de todo o bem. O espírito de família, típico da Congregação
Salesiana, que também nos foi passado pelo Bem-Aventurado Fundador,
do que procuramos cuidar e reforçar em nossa formação, leva-nos a
confirmar de modo formal, que está ele presente nos ideais mais profundos
e preciosos que unem as nossas congregações”.
Em 22 de janeiro de 2009, o Reitor-Mor, Padre Pascual Chávez
Villanueva, declarou oficialmente que a Congregação das Irmãs de
São Miguel Arcanjo faz parte da Família Salesiana; isso se deu na
presença da Superiora-Geral, Madre Natanaela Bednarczyk, das
demais Responsáveis pelos Grupos pertencentes à Família Salesiana e
aproximadamente 340 participantes dos “Dias de Espiritualidade”.
4. Situação atual
As Irmãs são, atualmente, 256, vivendo em 38 casas. Além da Polônia,
as Irmãs trabalham na Itália, Alemanha, França, Belarus, Ucrânia e
Camarões. Atualmente, a Congregação dirige 3 escolas com 1.000
crianças; mantém instituições educativas em 6 localidades, educa 80
crianças em período integral, anima Oratórios em 8 locais com 625
adolescentes; e mantêm jardins de infância em 12 lugares com 930
crianças. Além disso, muitas Irmãs fazem catequese em escolas do
Estado e jardins de infância, alcançando cerca de 11.000 pessoas com
seu ensino e educação. Por fim, orientam vários grupos paroquiais com
aproximadamente 3.000 pessoas.
5. Desafios para o futuro
Atualmente, em Camarões, as Irmãs Micaelitas, entre os muitos
ministérios que acompanham, como a gestão de escolas, oratórios e
internatos e um dispensário médico, trabalham também na formação
dos jovens. Graças a esse trabalho, as Irmãs já têm vocações e foi
289

29.10 Page 290

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aberta uma nova casa de formação para as candidatas e noviças.
Recentemente, foi fundada outra casa religiosa no Paraguai. Ali, as
Irmãs atuam no oratório e entre as crianças e famílias mais pobres,
que vivem nas favelas em extrema pobreza. As Irmãs que ali trabalham
há três anos receberam as primeiras vocações, por isso foi aberta a
casa de noviciado. As novas vocações e o seu entusiasmo juvenil dão
esperança de expansão do carisma.
Há diversos anos vem crescendo a comunidade MICHAEL, que recebe
em seus centros mulheres provenientes de diversos países e nações. A
exemplo de São Miguel Arcanjo e como novos Coros Angélicos, unem-
se ao louvor de Deus lutando pela salvação das crianças e pelos que
são vítimas de várias formas de escravidão.
Tendo presente que a missão da Congregação é servir os mais pobres,
procuram colocar-se à escuta das necessidades do tempo presente e
ajudar as crianças, os jovens e as famílias que sofrem por várias formas
de pobreza.
O primeiro desafio é transmitir a herança espiritual dos Fundadores a
todos os necessitados, através de obras de caridade. Com o trabalho
quotidiano, querem dar amor e devolver o sorriso a tantas pessoas
frágeis, porque os pobres precisam das suas mãos elevadas, dos seus
corações para sentir novamente o calor da afeição, da sua presença
para vencer a solidão. O segundo desafio é descobrir onde a Igreja
precisa dos seus corações e das suas mãos abertas para os desafios
do mundo de hoje.
290
Crianças reunidas diante da estátua do Beato Bronislaw Markiewicz durante a
peregrinação anual a Miejsce Piatowe

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1. Fundador e origens
A semente da árvore da Congregação das “Irmãs de Maria Auxiliatrix”
foi semeada em 13 de maio de 1976 pelo Padre Muthamthotil Antony
(M. C), sdb. Ele, com quatro Irmãs, segundo o carisma “para socorrer as
jovens pobres e abandonadas”, cuidou delas iniciando em Vyasarpadi,
Chennai (Índia), e, depois, das que eram negligenciadas pela sociedade,
material e espiritualmente.
Antes de 1976, o governo de Tamil Nadu havia criado moradias para
os repatriados da Birmânia, em Vyasarpadi, mas não cuidava das suas
necessidades quotidianas. Vendo a agonia e o sofrimento do povo, o
Padre Francis Schoolz, sdb, enviado à paróquia do Centro das Bem-
Aventuranças, entendeu que esses pobres precisavam de um guia para
o seu desenvolvimento e resolver suas necessidades mais imediatas e
encarregou seu assistente o Padre M. C. Antony,sdb, para cuidar desses
oprimidos repatriados ajudando-os a levar uma existência mais digna.
Com um pouco de hesitação, o Padre M. C. Antony aceitou a nobre missão
com a Legião de Maria. Testemunhando o enorme sofrimento vivido
por essas pessoas e as terríveis condições em que se encontravam,
principalmente as jovens, decidiu criar uma Congregação religiosa que
292
Madre Josephine e seu Conselho

30.3 Page 293

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Visita do Reitor-Mor P. Ángel Fernández Artime à sede da Congregação
tivesse como exigência maior cuidar daquelas jovens. Foi essa visão
que deu forças ao Padre Antony levando-o a criar a Congregação das
Irmãs de Maria Auxiliatrix.
2. A História da fundação até hoje
Após a morte do fundador, em 23 de janeiro de 1990, o primeiro
Inspetor de Chennai, Padre Vincent Durairaj, nomeou como Diretor da
Congregação o Padre N. A. Joseph, que apoiou a Congregação espiritual
e materialmente de 1990 a 1997.
O Padre Camillus Fernando, novo Inspetor de Chennai, nomeou o
Padre Rozario Krishnaraj como assistente eclesiástico em substituição
ao Padre N. A. Joseph, ficando, apenas, alguns meses trabalhando na
Congregação. O Inspetor Padre Bellarmine, o Padre Mark Velankanni e
outros Salesianos também contribuíram na assistência financeira e no
crescimento da Congregação.
Inicialmente como “Pia União”, foi erigida como Congregação de Direito
Diocesano pelo Arcebispo de Madras-Mylapore, Dom Aruldas James,
em 24 de maio de 1999. As Constituições redigidas pelo Fundador
foram avaliadas à luz dos ensinamentos da Igreja, atualizadas levando
em consideração as necessidades presentes e aprovadas pelo
arcebispo de Madras-Mylapore Dom A. M. Chinnappa, sdb, em 15 de
dezembro de 2005.
293

30.4 Page 294

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3. Identidade
Seguindo a espiritualidade salesiana de Dom Bosco, o carisma da
Congregação é: “cuidar das jovens pobres e abandonadas”, como fez
Jesus. O Grupo foi reconhecido e acolhido na Família Salesiana em 16
de julho de 2009.
4. Situação atual
As sementes plantadas no início, agora cresceram, fortaleceram-se
e floresceram como uma árvore plenamente desenvolvida de acordo
com o carisma do fundador, Padre M. C. Antony sdb.
A Congregação possui atualmente 108 Irmãs professas perpétuas, 16
professas temporárias, 11 noviças, 3 pré-noviças, 3 aspirantes e 17
candidatas. A Congregação conta hoje com 32 centros em diversas
partes do mundo: Tamil Nadu, Kerala, Andhra, Bengala Ocidental, na
Itália e em sua jurisdição. Espalhou-se para 11 dioceses em Tamil
Nadu, Chennai, Chingleput, Trichy, Vellore, Sivagangai, Thanjavur, além
de um centro na diocese de Ernakulam no Kerala, Eluru em Andhra,
294
O carisma da Congregação é:
“Cuidar das jovens pobres e abandonadas”, como fez Jesus

30.5 Page 295

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Um dos projetos da Congregação em campo vocacional é reforçar a formação das Irmãs
Raiganj no Bengala Ocidental. Também estão presentes nas dioceses
de Vicenza e Trento, Itália.
Para viver o lema de Dom Bosco “Da mihi animas, cetera tolle”, a
Congregação incentiva e promove redes em nível local, provincial
e regional entre os grupos da Família Salesiana e ajuda os jovens a
viverem uma vida plena, especialmente no contexto das novas formas
de pobreza.
5. Desafios para o futuro
A Congregação enfrenta vários desafios: falta de vocações,
comunidades pequenas (atividades espirituais e sociais) em várias
partes da Índia, baixo nível de formação acadêmica das Irmãs; falta de
formação atualizada para o contexto atual em vista de uma abordagem
religiosa adequada no mundo moderno; é preciso, também, melhorar
o conhecimento adequado dos valores socioeconômicos, religiosos
e culturais, ter um maior envolvimento dos leigos, acertar situações
econômicas não sustentáveis, criar infraestruturas de qualidade.
A Congregação tem os seguintes projetos:
No campo vocacional, fortalecer a formação das Irmãs para o
atual contexto da sociedade.
Construir a capela de adoração para as Irmãs rezarem pela paz
no mundo.
Investir na qualificação formal e não formal das Irmãs.
295

30.6 Page 296

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Fazer uma abordagem realista mais popular da missão.
Iniciar o movimento “Amigos das Irmãs de Maria Auxiliatrix”
(FSMA) para envolver mais os leigos.
Buscar recursos locais para a sustentabilidade financeira.
Estabelecer contatos com outras agências, como Congregações
Religiosas, agências governamentais e fóruns de ONGs leigas
para fortalecer a missão.
Iniciar um projeto para as jovens em situação de risco e ex-
detentas.
Fortalecer as atividades espirituais e sociais em andamento para
as meninas e jovens como principal objetivo da Congregação.
296
Momento de formação das Irmãs

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30.8 Page 298

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31 de janeiro de 2015, Festa de Dom Bosco no Colle. Serviço diaconal de Guido Pedroni
1. Fundador e origens
A fundação remonta a 1982, segundo a releitura da história da CMB,
que permitiu reconhecer seu “elemento fundante” na inspiração
durante uma celebração eucarística em Roma. Naqueles primeiros
anos, o fundador, diácono Guido Pedroni, formou o primeiro grupo
missionário (1983), envolvendo, inicialmente, alguns animadores
do Oratório do Sagrado Coração de Bolonha e, após alguns meses,
também outros jovens deram corpo e força ao grupo nascente.
Inicialmente, o campo de serviço missionário foi dirigido à Etiópia,
que via a Inspetoria Lombardo-Emiliana no Projeto África.
2. A História da fundação até hoje
Em seguida, a atenção “missionária” dirigiu-se com a mesma
intensidade à atividade educativa num “Estado de Missão”, que se
tornava sempre mais “testemunho com a vida”.
A Comunidade foi criada em 1994 como associação civil com
relativo estatuto; foi aprovada definitivamente pela Igreja, com uma
Regra de Vida, em 2004, e aceita na Família Salesiana com decreto
de 15 de janeiro de 2010.
A fundação envolveu algumas pessoas que, nos primeiros
anos, constituíram ao lado do Fundador, a “Tenda Mãe”, isto é, o
298

30.9 Page 299

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núcleo inicial da Comunidade.
A Comunidade espalhou-se em
alguns países com oratórios,
centros educativos e abrigos, com
a criação de Grupos e Tendas. As
Tendas são núcleos que animam
toda a estrutura da Comunidade.
A releitura da história levou ao
longo dos anos à adaptação
do Estatuto e da Regra da Vida.
De grande importância foi a
celebração de duas Assembleias-
Gerais mundiais em 2010 e 2016.
Muitos membros da Comunidade
testemunharam com suas vidas a
Centro educativo em Haiti
dimensão missionária em vários
países: da Itália à Etiópia, Madagascar, Burundi, Haiti e Gana; de
Madagascar a Burundi e Haiti; de Burundi a Gana; da Argentina a
Gana e Haiti; do Chile ao Haiti.
A Comunidade sabe e acredita que “é essencial fazer as pessoas
circularem para que possam se encontrar. Dessa forma, circulam
ideias e renova-se uma saudável energia comunitária”. A formação
e promoção do espírito comunitário fez com que, em diferentes
ocasiões houvesse na Itália encontros dos países em que a
Comunidade está presente. Também foram organizadas reuniões
entre os grupos da CMB na América do Sul.
3. Identidade
Desde 1983, a Comunidade vê na Unidade, na Caridade e na
Essencialidade as suas três colunas de sustentação. Em 1988, a
Comunidade reconheceu-se como Comunidade em caminho. A
descoberta de uma paternidade que emerge da história, de um
modo original de viver o Sistema Preventivo baseado em quatro
verbos dinâmicos (acreditar-despertar-envolver-criar), e ter uma
espiritualidade específica (Espiritualidade da Busca), permitiu
delinear uma identidade carismática original, como esperado pelo
Reitor-Mor emérito Padre Pascual Chávez, sdb, para os grupos
pertencentes à Família Salesiana.
299

30.10 Page 300

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Foi sempre essencial envolver e compartilhar os vários tipos
de atividades com a população local, despertando interesse e
curiosidade, com uma formação sólida e contínua, compartilhando
gradualmente a responsabilidade pelas atividades e obras.
Criar relacionamentos verdadeiros e profundos, o mais amplamente
possível, é acreditar que o Senhor é o primeiro construtor desses
relacionamentos para que, nesse caminho, se torne sempre mais
forte e vivo o espírito de pertencer à Comunidade e à Igreja em
espírito de dedicação aos jovens.
Primeira Assembléia Geral em Pisana, Roma, 2010
A busca contínua da vontade de Deus e, sobretudo, como e onde
“atuá-la” é a tradução da Espiritualidade da Busca, sabendo que o
horizonte educativo e o modo de viver a fé estão sempre mais em
movimento, em uma periferia que alarga as fronteiras.
As características fundamentais e específicas são: a Entrega e o
Estado de Missão. No processo de formação, de ao menos 5 anos,
há alguns compromissos que devem ser assumidos diante de Deus
300

31 Pages 301-310

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31.1 Page 301

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e da Comunidade, um caminho “pedagógico”, mas também um
caminho gradual e profundo de pertença à Comunidade da Missão
Dom Bosco.
O primeiro passo é a Acolhida, seguido pelo Ato de Compromisso;
depois vem o Ato de Fé e, enfim, o Ato de Entrega, que a Regra da
Vida indica como intermediário entre a promessa e o voto. Com a
emissão do Ato de Compromisso, podem ser recebidos mandatos
específicos do Superior-Geral, de acordo com uma forma particular
de obediência chamada “convergência”.
4. Situação atual
Promover a presença do CMB significa envolver jovens e adultos,
crescer na fé em um caminho de familiaridade e santificação,
propondo um empenho concreto pelos jovens mais pobres,
de acordo com a identidade salesiana própria da Comunidade.
Madagascar. Comunidade CMB na Casa Henintsoa
301

31.2 Page 302

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Atualmente, a CMB conta com 400 membros em 18 grupos em
vários níveis de pertença. A Comunidade está presente, até agora,
em 7 países.
5. Desafios para o futuro
A reflexão sobre o “estado de missão” que se manifesta na
constante entrega a Deus, à comunidade e aos jovens levou ao
discernimento da CMB à opção pelo Diaconato Permanente.
A Diaconia de Maria para com o Senhor pode ser o modelo para
que os membros da Comunidade possam receber, desde que
permanecendo na Comunidade, o sacramento da ordem, tornando-
se diáconos permanentes.
302
Oratório no Burundi

31.3 Page 303

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31.4 Page 304

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1. Fundador e origens
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Padre Carlo della Torre,
Salesiano sacerdote, missionário na Tailândia, começou a reunir
um grupo de jovens no povoado de Thà Muang, província de
Kanchanaburi, preparando-as para se consagrarem ao Senhor.
Ensinava-lhes, num clima de família e fé cristã, como se sacrificar
e enfrentar as dificuldades da vida, procurando fazer sempre a
vontade de Deus. Depois da guerra, levou o grupo para Bangkok.
Em 1949, o Padre Carlo deparou-se com uma difícil e decisiva
opção para sua vocação: pedir para deixar a Congregação Salesiana
e incardinar-se na diocese de Bangkok continuando com seu
incipiente Instituto Secular ou interromper seus esforços para
fundar o Instituto e permanecer na Congregação Salesiana. Com
grande pesar, deixou a Congregação e foi recebido pelo Bispo
diocesano, que lhe permitiu dedicar-se plenamente ao Instituto.
Em 3 de dezembro de 1954, Dom Louis Chorin, Arcebispo de
Bangkok, erigiu oficialmente as “Filhas da Realeza de Maria
Imaculada” como Instituto Secular Feminino de Direito Diocesano.
Em 1955, o novo Instituto recebeu as sete primeiras Profissões.
304
Sede da Congregação, sob a jurisdição da Arquidiocese de Bangkok

31.5 Page 305

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O Padre Carlo continuou a cuidar, ao longo de sua vida, do Instituto
Secular que fundara, animando-o com espírito salesiano e
dedicação apostólica, principalmente entre os jovens mais pobres.
Para mais detalhes sobre o Fundador Padre Carlo Della Torre, sdb
(1900-1982), consultar este livro sobre as “Filhas da Realeza de
Maria” DQM. As “Irmãs da Realeza de Maria” – SQM formam um
grupo que derivou do grupo mãe “Filhas da Realeza de Maria”.
2. A História a fundação até hoje
As primeiras Constituições das Irmãs da Realeza de Maria foram
aprovadas pela Cúria Romana em 3 de dezembro de 1954 e as
religiosas “Filhas da Realeza de Maria” foram reconhecidas como
Instituto Secular. Em 1973, quando a saúde do Padre Carlo começou
a declinar, ele pediu que um Salesiano sacerdote o ajudasse na
formação espiritual e religiosa do seu Instituto.
Em 1974, Padre Carlo enviou duas irmãs a Turim, na Itália, para se
formarem na vida religiosa pelas Filhas de Maria Auxiliadora e se
tornarem futuras formadoras.
Enquanto isso, também pediu ajuda a Dom Praphon Chaichareon,
então Inspetor Salesiano, para a adaptação da segunda edição do
regulamento (1982).
Algumas Irmãs da Realeza de Maria
305

31.6 Page 306

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Após um atento estudo, Padre Carlo ficou satisfeito, como
testemunhou numa carta de 29 de novembro de 1980 às suas
filhas.
Após a morte do Padre Carlo em 4 de abril de 1982, a Congregação
DQM convocou o primeiro Capítulo-Geral para a aprovação da
terceira edição das Constituições (1986).
O estilo de vida religiosa aparece ali mais claro. Aprofunda-se a
formação para a vida comunitária e a vida de pobreza, vivida em
comunidade, colocando tudo em comum, proclamando a Boa Nova,
vivendo como testemunhas públicas de Cristo e da sua Igreja. No
entanto, permaneceu o status de Instituto Secular. Isso se deve,
possivelmente, ao fato de a Igreja na época não distinguir claramente
entre Instituto Secular e Instituto Religioso, que perdurou até a
aprovação do novo Código de Direito Canônico em 1983.
Em 2000, quando a Igreja convidou os Institutos a retornarem às
suas origens, o Instituto DQM inspirando-se na Igreja Universal e
Local, refletiu sobre suas origens históricas e procurou esclarecer
o estilo de vida das Irmãs que fizeram os votos. Essa reflexão abriu
caminho para a formação de duas Congregações: uma é o Instituto
Secular chamado “Filhas da Realeza de Maria (DQM)”, enquanto a
outra é um Instituto Religioso chamado “Congregação das Irmãs da
Realeza de Maria (SDM)”. Convocou-se, então, um Capítulo-Geral
Especial que ocorreu de 1º a 5 de abril de 2008.
A decisão unânime foi permitir que cada membro vivesse, de acordo
com a própria consciência, os dons do Espírito Santo a serviço da
Igreja, segundo o carisma do Fundador. A Congregação SDM pediu,
então, a aprovação oficial do seu status religioso de tal modo que
o seu estilo de vida, desde o início sob a forma de Instituto Secular,
fosse aprovado por escrito tanto pela Igreja Universal como pela
Local.
Depois da revisão das Constituições e dos Regulamentos feita de
acordo com as diretrizes da Congregação para os Institutos de
Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, a mesma
Congregação também sugeriu mudar o nome – em tailandês e
306

31.7 Page 307

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em inglês - de “Irmãs, Filhas
da Realeza de Maria” para
“Irmãs da Realeza de Maria
(SQM)” tornando clara a
separação e a distinção.
3. Identidade
A Congregação das “Irmãs
da Realeza de Maria – SQM”
é uma Congregação religiosa
diocesana sob a jurisdição
da Arquidiocese de Bangkok.
As Irmãs emitem os votos
de castidade, pobreza e
obediência em resposta ao
chamado de Deus e vivem
em comunidade.
O Reitor-Mor, P. Ángel Fernández Artime, com
duas Irmãs da Realeza de Maria
Seu carisma é viver a fraternidade para servir a Deus e a Igreja
imitando o Espírito da Sagrada Família de Nazaré, seguindo o
excepcional exemplo do Fundador, Padre Carlo della Torre, que viveu
e procurou cultivar a piedade e o serviço no coração de cada Irmã.
O carisma se manifesta claramente no fervoroso amor à Eucaristia,
na oração e no trabalho, no amor especial e na devoção à Bem-
Aventurada Virgem Maria, na alegria e no relacionamento fraterno,
na atmosfera de amor, humildade e respeito recíproco imitando o
exemplo da Sagrada Família de Nazaré.
Pertença à família salesiana
A Congregação SQM sempre manteve um relacionamento especial
com os Salesianos, quer pelo Fundador quer pela espiritualidade
salesiana que ele deixou em herança, e deseja continuar a receber
formação de Salesianos sacerdotes para manter o espírito do
Fundador. Foi oficialmente aceita como grupo da Família Salesiana
em 2012, após a sua separação do Instituto Secular.
4. Situação atual
307

31.8 Page 308

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Coreografia em Bangkok (2008)
Sua missão é viver o empenho de renovar e semear o Reino de
Deus através de atividades de oração e caridade entre cristãos e
não cristãos, com particular atenção aos jovens e, dentre eles, os
mais pobres e menos afortunados, em estreita colaboração com a
Igreja local.
A Congregação conta, atualmente, com 24 irmãs de profissão
perpétua, 1 irmã de profissão temporária e 1 noviça no segundo
ano. Dirige cinco escolas próprias: duas em Bangkok, uma na
diocese de Surathani, outra em Ayutthaya e uma nova na diocese
de Ubonratchthani. Também trabalham em duas escolas na diocese
de Bangkok.
5. Desafios para o futuro
O verdadeiro desafio é manter-se fiéis ao patrimônio carismático e
progredir com perseverança.
308

31.9 Page 309

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31.10 Page 310

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1. Fundador e origens
A difícil situação dos moradores das aldeias nas periferias num
contexto de pobreza, ignorância e doenças fez sofrer o coração
do arcebispo Hubert D’Rosario, sdb, de Shillong-Guwahati (Índia).
Ele experimentara e vira pessoalmente aquelas misérias visitando
suas casas.
Depois de muitas orações e reflexões convenceu-se de que uma nova
Congregação seria a solução para atender a essas necessidades. Em
29 de junho de 1982, na reunião mensal dos sacerdotes, anunciou:
“Há anos eu penso em como ajudar nossas aldeias, como levar o
Evangelho, a palavra viva de nosso Senhor Jesus Cristo. A maioria
dos nossos cristãos vive em aldeias, impregnadas de pobreza,
ignorância e doenças. Há uma necessidade urgente de Irmãs que
morem no meio deles e os ajudem a se levantar”. Seria preciso que
a nova Congregação se dedicasse aos pobres e necessitados das
aldeias, não se limitando a visitá-las esporadicamente durante o
ano.
310
As protagonistas da fundação da Congregação

32 Pages 311-320

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32.1 Page 311

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Em 31 de maio de 1983, festa da Visitação da Bem-Aventurada
Virgem Maria, o sonho se realizou com a fundação da “Pia Asso-
ciação das Irmãs da Visitação de Dom Bosco”.
Dois dias antes, em 29 de maio de 1983, dez jovens da Arquidiocese
de Shillong chegavam ao Convento de Nossa Senhora para formar
o primeiro núcleo da nova Congregação. Em 31 de maio de 1986, o
primeiro grupo de noviças emitiu os votos.
O Fundador queria que as Irmãs mantivessem uma forte ligação
com seus pais mediante contatos frequentes. Por isso, em 14
de outubro de 1993, fundou a “Associação dos Pais das Irmãs da
Visitação de Dom Bosco”.
2. A história da fundação até hoje
A Congregação, no início, esteve sob os cuidados das Irmãs de Nossa
Senhora das Missões (RNDM). A partir 1992, as Irmãs começaram
a assumir a administração da Congregação, permanecendo sob a
orientação do Fundador. Porém, em 30 de agosto de 1994, quando
o Fundador foi para a Casa do Pai, as Irmãs tiveram que suportar
todo o ônus da responsabilidade que comportava o incipiente
Instituto.
Em 8 de dezembro de 1997, a “Pia Associação das Irmãs da Visitação
de Dom Bosco” obteve reconhecimento canônico do Arcebispo
Tarcisius Resto Phanrang, sdb, como Congregação de Direito
Diocesano.
311

32.2 Page 312

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A Congregação começou a expandir-se nas aldeias, criando
comunidades de Irmãs a partir da Comunidade “Nossa Senhora da
Boa Saúde”, em Pomlakrai, em 31 de janeiro de 1988. Em 1997,
a Congregação estendeu sua missão ao Assam, posteriormente a
outras províncias do nordeste da Índia, depois a Arunachal Pradesh,
Tripura e Manipur. Em 2012, a Congregação respondeu ao pedido de
uma missão no Sudão do Sul, África, criando ali uma comunidade.
Tempo de Adoração Eucarística
3. Identidade
O arcebispo Hubert D’Rosario fundou a Congregação escolhendo
Maria como sua patrona e modelo na sua Visitação. Maria, depois
de ter respondido à Palavra de Deus no momento da Anunciação,
apressou-se para encontrar sua prima Isabel, já idosa, que esta-
As Irmãs em suas várias ações missionárias
312

32.3 Page 313

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va no sexto mês de gravidez.
A visitação é a manifestação
das virtudes da sensibilidade,
generosidade e disponibilida-
de quando oferece o próprio
bem-estar para prestar um
serviço fraterno a quem preci-
sava d’Ela. As irmãs, seguindo
seu exemplo, também se colo-
cam com alegria e dedicação a
serviço das pessoas que vivem
em aldeias distantes e zonas
urbanas negligenciadas.
Alguns dos elementos de im-
portância primordial do VSDB
são: a missão, o estilo de vida,
a vida apostólica, a vida co-
munitária apostólica e a Asso-
ciação dos pais.
O carisma missionário do VSDB manifesta-se no serviço aos po-
bres e necessitados de periferias rurais e urbanas descuidadas. Em
obediência ao mandamento de Cristo “Vai, discípula” e à imitação
de Maria em sua Visitação, as VSDB dedicam-se seriamente às vi-
sitas às pessoas em suas casas para evangelizar e catequizar, le-
vando o amor, a unidade, a justiça, a paz e a alegria de Cristo.
Assim agindo, promovem uma transformação radical em suas vi-
das, principalmente na dos jovens, segundo o espírito de Dom Bo-
sco.
Coreografia de jovens Irmãs
313

32.4 Page 314

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Pertença à Família Salesiana
A Congregação foi oficialmente acolhida na Família Salesiana em 25
de janeiro de 2012. Embora a Congregação tenha Maria como mo-
delo e guia, traz o nome de Dom Bosco. Como verdadeiro filho de
Dom Bosco, o Fundador queria que sua Congregação fizesse parte da
Família Salesiana. Assim, a Congregação inspirou-se no dinamismo
missionário com que Dom Bosco viveu a sua vida e missão.
O artigo 2º das Constituições diz: “As VSDB vivem sua vida de
amor com todas as outras virtudes necessárias em fidelidade às
Constituições”. Obediência ao Papa e à Igreja, amor apaixonado
pelos jovens pobres, Sistema Preventivo em estilo oratoriano e o
espírito alegre de família, são alguns dos aspectos salesianos que
constituem a vida e a missão das VSDB.
4. Situação atual
A evangelização direta, a catequese e a atenção pastoral mediante
as visitas familiares estão no centro da missão da Congregação.
A VSDB preocupa-se com as necessidades espirituais e a
transformação social e radical das pessoas, através do serviço de
aconselhamento, de animações e seminários, de obras sociais, da
educação formal e informal e da assistência à saúde, de terapias
clínicas e holísticas, como a sujok therapy.
A Casa-Geral da VSDB localiza-se em Nongkseh, Upper Shillong,
Meghalaya, Índia. Pela estatística de 2018, a Congregação conta
com 142 Irmãs professas, e está crescendo quer no número quer
no dinamismo. Atualmente tem 29 presenças na Índia e no Sudão
do Sul.
5. Desafios para o futuro
A experiência demonstra que é preciso enfrentar mais desafios do
que soluções prontas. Famílias em crise, dependência de drogas e
de álcool, falta de esperança e de sentido da vida, especialmente
entre os jovens, são preocupações e desafios constantes. A situação
exige competência e sensibilidade para não responsabilizar as
vítimas e os grupos de pessoas que sofrem.
Olhando para o futuro com esperança, a Congregação quer conhecer
e interpretar mais concretamente o carisma, o espírito e a tradição
da Congregação transmitidos pelo Fundador.
314

32.5 Page 315

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32.6 Page 316

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1. Fundador e origens
A iniciativa da Fraternidade Contemplativa Maria de Nazaré tem
suas raízes em uma inquietação sentida pelo Padre Nicola Cotugno
desde o noviciado salesiano (Como, Itália) em 1957, quando
mostrou sua inclinação à vida contemplativa e foi encorajado pelos
seus superiores a continuar na Congregação Salesiana.
Em 1964, o Padre Egídio Viganò – futuro sétimo sucessor de Dom
Bosco – indicou-lhe, em resposta à sua insistente ansiedade, que
vinha do carisma salesiano um forte apelo à contemplação. Em
1974, o Padre Raineri, Conselheiro-Geral para a Família Salesiana,
encorajou-o ainda mais. Em 1975, acrescentou-se o forte incentivo
de Dom Giuseppe Gottardi, Bispo Auxiliar de Montevidéu.
Na véspera da festa da Assunção de Maria, em 1977, alguns se
consagraram a Nossa Senhora como Fraternidade Contemplativa.
Dom Gottardi, que presidia a Missa em que o Padre Nicola Cotugno
concelebrou, declarou: “... Posso garantir que a contemplação
na ação, aspiração em que queremos viver a nossa vida, está
profundamente dentro da espiritualidade salesiana”.
2. A História da fundação até hoje
Abriram-se, assim, as portas para viver a nova experiência
contemplativa iniciada em Montevidéu com um grupo de jovens,
noivos, casais e comunidades nascentes de consagrados e
consagradas que, desde 1986, se estabeleceram na sede central da
Fraternidade. Enquanto procuravam potencializar e aprofundar a
2 de junho de 1991: As primeiras “Nazarenas” no Colle Don Bosco
316

32.7 Page 317

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São João Paulo II encoraja o Fundador e a Fraternidade
identidade dos grupos, surgiu a consciência de unidade e pertença
ao Movimento.
Em 7 de dezembro de 1986, o Arcebispo de Montevidéu, Dom José
Gottardi, em uma solene concelebração na Catedral, incorporou
a Fraternidade Contemplativa Maria de Nazaré à Igreja local,
recebendo publicamente o voto de contemplação de 33 Nazarenos.
Em 3 de maio de 1993, na festa dos santos Felipe e Tiago, Dom José
Gottardi, reconheceu juridicamente a Fraternidade Contemplativa
Maria de Nazaré como Associação de Fiéis.
Em 20 de dezembro de 1998, Dom Nicola Cotugno, bispo da diocese
de Melo (Uruguai) desde 1996, foi nomeado pelo Santo Padre
Arcebispo Metropolitano da arquidiocese de Montevidéu (Uruguai).
O Senhor surpreende novamente com seus desígnios e chama os
Nazarenos a uma renovada e maior fidelidade ao carisma recebido
Alguns jovens celebram na Capela dedicada a São João Paulo II
317

32.8 Page 318

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como dom do Espírito à Fraternidade. Em 18 de julho de 2016 a
Fraternidade é aceita como o 31º Grupo da Família Salesiana.
3.Identidade
O Senhor pede para orar sem cessar (Lc 18, 1). Buscando modos
concretas de cumprir o mandato evangélico, é correto perguntar:
“Como isso é possível no mundo de hoje, em nossa cultura dominada
pela atividade?”. Querendo viver a contemplação como o cume da
oração e da ação, os Nazarenos querem assumir o desafio da vida
espiritual ao homem contemporâneo e oferecer um caminho de
união com Deus através da mesma ação, seguindo as orientações
de São João Paulo II (Cf. Redemptoris Missio, 90).
Mediante a contemplação na ação, os Nazarenos desejam alcançar
a união com Deus, não apenas na ação, mas por meio da própria
ação, cientes de que é o modo de viver a contemplação que
transforma o agir humano em sacramento de união com Deus,
prolongando o agir divino no mundo.
No evangelho de João, ouvimos Jesus dizer: “Meu Pai trabalha
sempre e eu também trabalho” (5, 17). Através da contemplação na
318
O Fundador com alguns animadores

32.9 Page 319

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ação, os Nazarenos querem mergulhar no mistério do agir humano
de Jesus que, sendo um com o Pai, viveu a plenitude da união com
o Pai na história, também mediante o seu agir.
Hoje e aqui querem ser “DISCÍPULOS” de Jesus vivo e verdadeiro.
Sua presença determina a vida pessoal e social de cada membro no
contexto concreto da Igreja que é Seu Corpo, em que ele é a cabeça.
Os nazarenos, quando se fala de contemplação, entendem a
experiência da união com deus, com jesus que antecipou em nazaré,
com maria e josé, o modo de viver na história como novas criaturas.
Pela característica própria do movimento (constituído pelos três
estados de vida da igreja: leigos, consagrados, sacerdotes), a
unidade baseia-se na complementaridade e na subsidiariedade.
Os trabalhos e as atividades são caracterizados pela pluralidade de
manifestações no serviço.
Filiação à Família Salesiana
Na Santa Missa sobre a solenidade da Assunção, em 1977, o bispo
Gottardi afirmou: “. O que posso garantir é que essa contemplação
em ação, que é a aspiração pela qual desejam viver suas vidas, está
profundamente dentro da espiritualidade salesiana . ” Em 18 de
julho de 2016, a Fraternidade foi incorporada à Família Salesiana
como seu 31º Grupo Oficial.
Jovens Nazarenos passeiam depois da IV Assembleia-Geral da Fraternidade (2016)
319

32.10 Page 320

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4. Situação atual
Existem 52 nazarenos com o “voto perpétuo de contemplação”,
29 nazarenos com o “voto temporal”, 10 jovens nazarenos com
a “promessa de contemplação”, 25 jovens nazarenos com o
“compromisso com a contemplação” e 200 jovens “ Viagem”.
Eles estão presentes no Uruguai (Montevidéu, Melo-Cerro Largo
e Tacuarembó); Argentina (Buenos Aires); Itália (Colle Dom Bosco,
Castelnuovo Dom Bosco, Valfenera, Chieri, Buttigliera, Turim); a
República Eslovaca (Bratislava); e a República Tcheca (Praga).
Uruguai
A Fraternidade é formada por: – consagrados que vivem em
comunidades ou em seus próprios lares; – casais e jovens
ativamente engajados que, com os consagrados e os sacerdotes,
formam a tripla manifestação da Fraternidade que é UNA na sua
identidade vocacional e carismática.
Três sacerdotes incardinados na Arquidiocese de Montevidéu; – um
Bispo-Auxiliar com Voto Perpétuo de contemplação; e três jovens
Nazarenos no seminário interdiocesano de Montevidéu. Todos
inseridos na Igreja Local e ativos em várias paróquias e organismos
diocesanos.
A nomeação e a consagração de Dom Nicola Cotugno como bispo
de Melo (capital de Cerro Largo, nordeste do Uruguai) e a residência
Animadores
320

33 Pages 321-330

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33.1 Page 321

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de um Nazareno consagrado nessa cidade marcam o início de uma
nova presença da Fraternidade. Hoje em Melo há um grupo de 4
Nazarenos consagrados e 2 aspirantes.
A presença de um casal Nazareno em Tacuarembó (norte do Uruguai)
deu origem “Rincón Nazareno” (“Espaço Nazareno”) sementeira de
muitos jovens que, precisando migrar para a capital em vista dos
estudos, se uniram ao caminho de crescimento espiritual proposto
pelo Movimento, assumindo como próprio o carisma da união com
Deus na vida.
Atualmente, com outros jovens de Montevidéu, são cerca de 200
os que aderiram à Fraternidade assumindo o compromisso, a
promessa e o Voto de Contemplação.
Numerosos grupos de crianças, adolescentes, jovens e novas
famílias, abertas a conhecer e aprofundar a proposta nazarena,
acompanhados por Nazarenos (jovens, casais, adultos), fazem a
caminhada de descoberta da vocação nazarena.
Argentina
Em 28 de dezembro de 1991, alguns Nazarenos uruguaios,
acompanhados pelo Padre Nicola Cotugno, iniciaram a experiência
da Fraternidade na Argentina, a pedido do Padre Juan Cantini, então
Inspetor salesiano de Buenos Aires. Em Buenos Aires, capital da
Argentina, há reuniões em comum com Nazarenos de diferentes
regiões. Com o objetivo de promover a dimensão contemplativa
de todo o Povo de Deus, organizam-se reuniões “abertas” para
todos os que desejam viver a união com Deus na vida quotidiana.
321

33.2 Page 322

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Atualmente, um Nazareno consagrado com Votos Perpétuos
coordena a presença.
Itália
Foi decisivo à vida da Fraternidade o convite do Reitor-Mor, Padre
Egídio Viganò, aos Nazarenos em outubro de 1989, para estarem
presentes no Colle Dom Bosco, berço do carisma salesiano.
Assim, em 31 de maio de 1991, dois deles, consagrados,
acompanhados pelo Fundador, chegaram ao Colle Dom Bosco,
recebidos providencialmente pelo próprio Reitor-Mor e seu irmão
Padre Angelo, Inspetor. A presença da Fraternidade no Colle Dom
Bosco é certamente uma das maiores graças que Maria Auxiliadora
pudesse dar-lhes, através de Dom Bosco.
Daquela semente plantada pela primeira comunidade consagrada
de Nazarenos nas terras de Dom Bosco, surgiu uma realidade
de pessoas de diversos estados de vida e de alguns grupos que
desejam viver a vida cristã em chave nazarena.
Atualmente, há 12 nazarenos com Voto Perpétuo de Contemplação
e outros 6 com votos temporários. Com os leigos (casais e jovens)
empenhados no Movimento, o Senhor deu à Fraternidade uma
consagrada que fez a Profissão Perpétua durante a IVª Assembleia-
Geral em agosto de 2016.
Em oração a Maria, Virgem dos Trinta e Três, Uruguai
322

33.3 Page 323

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Estudantes Nazarenos (encontro internacional), depois de um retiro espiritual
Eslováquia
Em janeiro de 1993, houve o primeiro encontro como resposta ao
interesse manifestado pelo Salesiano Padre Ladislav Tóth.
Sucedem-se, depois, outros encontros organizados pelas
Nazarenas consagradas presentes no Colle Dom Bosco. Atualmente,
o Grupo é formado por duas consagradas com Voto Perpétuo de
Contemplação e um grupo de leigos comprometidos com o Voto de
Contemplação.
República Checa
Após o nascimento da Fraternidade na Eslováquia, e com a mediação
de um salesiano padre de Praga, surge na capital Checa uma
aspirante à vida consagrada. O primeiro contato deu-se em abril de
1995 e a partir dessa data, aconteceram outras reuniões. Após três
anos de caminhada, em agosto de 1998, ela fez a primeira profissão
dos conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência, além
do Voto de Contemplação em Montevidéu, Uruguai, por ocasião da
Primeira Assembleia-Geral do Movimento.
Mais tarde, uniram-se a ela alguns leigos (casais, solteiros e jovens)
em busca da dimensão contemplativa da vida cristã. Atualmente,
essa presença é composta por duas Nazarenas consagradas, um
casal com Voto Perpétuo de Contemplação e um grupo de 8 leigos
comprometidos com Voto Perpétuo de Contemplação.
323

33.4 Page 324

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5. Desafios para o futuro
ƒƒ Fortalecer a pastoral vocacional, fazendo crescer a
fidelidade ao carisma recebido.
ƒƒ O reconhecimento como grupo da Família Salesiana foi,
para os Nazarenos, uma graça e ao mesmo tempo um
desafio: tornar conhecida a identidade da Fraternidade e
a dimensão contemplativa da espiritualidade salesiana.
ƒƒ Conseguir realizar o convite do Reitor-Mor: “dar
uma contribuição válida e original à Família Salesiana,
enriquecendo-a com o próprio carisma de contemplativo na
ação, no espírito de Dom Bosco e em fidelidade ao Fundador”.
324

33.5 Page 325

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33.6 Page 326

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1. Fundador e origens
A Associação das Mensageiras de Santa Maria foi fundada em
Petrolina (PE), Brasil, por Dom Antonio Campelo de Aragão, sdb, em
1º de julho de 1957. A “inspiração fundamental” veio-lhe depois de
encontrar um grupo de jovens missionárias e considerar as grandes
necessidades das dioceses e paróquias mais pobres.
O Bispo, além de assumir a atenção pastoral da diocese que lhe
foi confiada, também assumiu a formação das filhas espirituais.
Era apaixonado e preciso em suas intervenções e atento às
necessidades. Sabia como orientar, corrigir, motivar, animar e
educar com amor. De uma maneira toda especial, foi capaz de
orientar, com muito cuidado, as responsáveis pela direção e
formação das futuras religiosas. Nomeou a Irmã Iria Maciel como a
primeira Madre-Geral. Depois de dez anos, o grupo já tinha cerca de
cem religiosas e um bom número de noviças e aspirantes.
2. A História da fundação até hoje
A nova Associação, embora nascida de uma boa semente, encontrou
sérias dificuldades em seu crescimento. De modo particular,
quando se tratou de estabelecer a própria identidade, em vez de
seguir as diretrizes do Fundador, um grupo de irmãs, apoiadas
pela Madre-Geral, deixou-se influenciar fortemente por ideias que
interpretavam diferentemente princípios e afirmações do Concílio
Vaticano II.
Casa Mãe da Associação, Petrolina, PE
326

33.7 Page 327

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Diante dessa situação,
o arcebispo Campelo
retirou-se respeitosa-
mente, deixando a
Associação livre para
fazer o próprio camin-
ho. Insatisfeitas com
a situação, metade
das Irmãs retirou-se e
pediu a Dom Campelo
que fundasse um novo
Via Lucis in Camerun
Instituto. Como era Inauguração do Ano Profissional em Petrolina, 2019
homem de fé profun-
da, esperança inabalável e caridade ardente, o arcebispo Campelo
aceitou na fé o sofrimento de um aparente fracasso. De fato, con-
fiava na ação do Espírito, capaz de “fazer novas todas as coisas” e
dar novo vigor aos espíritos perdidos e deprimidos (cf. Is 43,18-19).
Dom Campelo refletiu sobre os fatos ocorridos, soube ler neles os
sinais do chamado de Deus e aceitou os apelos. Assim, em 10 de
dezembro de 1968, fundou o novo instituto das “Irmãs Medianeiras
da Paz”, com sede no “Centro Social Pio XI”, em Petrolina, Estado de
Pernambuco.
Representantes das Servas e Jovens da Família Medianeira
327

33.8 Page 328

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Escola materna “O menino do dedo verde”, Salvador, Estado da Bahia
O Instituto tem por finalidade o desenvolvimento de uma sólida pieda-
de e de uma profunda vida interior e tem como elementos indispensáv-
eis a santificação pessoal e a fecundidade sobrenatural no apostolado.
3. Identidade
ƒƒ Instituto Religioso de Direito Diocesano.
ƒƒ Sua ereção canônica ocorreu em 5 de julho de 1993.
ƒƒ Tem como Carisma: ser presença medianeira para a construção
da paz.
ƒƒ Sua espiritualidade é centrada em Jesus Cristo Mediador.
ƒƒ Sua Missão: atuar nos setores da educação, saúde, assistência
social, catequese e evangelização em dioceses e paróquias
carentes e em regiões mais pobres e difíceis.
ƒƒ Palavrascentrais:santidadeeapostolado;açãoecontemplação;
Sistema Preventivo e espírito de família.
ƒƒ Lema: “Suporto tudo pelos eleitos” (2Tm 2,10).
ƒƒ Patronos: Maria Mediadora e Rainha da Paz; São João Bosco.
Infância missionária: Amazonas
328

33.9 Page 329

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Pertença à Família Salesiana
O Instituto foi oficialmente aceito como o 32º Grupo da Família
Salesiana em 17 de fevereiro de 2019.
Encontro da Família Medianeira com o Reitor-Mor, P. Ángel Fernández Artime
4. Situação atual
Organization
Como filho fiel de Dom Bosco, Dom Campelo transmitiu a suas
Irmãs a estrutura organizativa da Congregação, alinhada ao espírito
da Família Salesiana.
ƒƒ A Coordenadora Geral é o centro de unidade da Família
“Medianeiras da Paz”. É eleita pelo Capítulo-Geral por cinco
anos, com outras quatro conselheiras, cada uma encarregada
de uma missão específica. Tem a missão de coordenar, dirigir e
animar a vida religiosa das Irmãs.
ƒƒ Cada comunidade local tem uma Coordenadora que, em
harmonia com o Governo-Geral, garante a vida segundo o
carisma, a espiritualidade e a missão, em comunhão com os
pastores da Igreja e com o povo de Deus.
329

33.10 Page 330

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ƒƒ As etapas da formação estão bem definidas: aspirantado,
postulantado, noviciado, pós-noviciado e profissão perpétua.
ƒƒ Atualmente, pertencem ao Instituto 71 irmãs em 14
comunidades, distribuídas em 9 dioceses. Nelas são
desenvolvidos diversos projetos: acolhimento, educação,
evangelização, assistência e promoção social, visitas
domiciliares, formação de leigos, reuniões de oração.
ƒƒ A Família “Medianeira”, é formada pelos seguintes grupos: As
Irmãs, Instituto de Consagradas. Os Servos: Movimento de
adultos. A JUME: Movimento Juvenil.
Os grupos vivem em comunhão, participando do mesmo carisma
e espiritualidade, e participando da mesma missão, animados pelo
Evangelho e pelo espírito de Dom Bosco.
Missão
O Instituto vive o carisma salesiano nas seguintes dimensões e
modalidades:
ƒƒ Missão evangelizadora entre os mais pobres e nos lugares
mais difíceis, nas periferias.
ƒƒ Catequese para famílias, crianças, adolescentes e jovens, em
centros de assistência social, na educação, no oratório, no
hospital.
ƒƒ Sistema Preventivo como método educativo e pastoral.
ƒƒ Espiritualidade eucarística e mariana centrada nas três
devoções: Jesus no SS. Sacramento, Maria Mãe Medianeira
e Rainha da Paz, o Papa sucessor de São Pedro e Vigário de
Cristo.
ƒƒ Obra missionária, principalmente em paróquias mais pobres e
difíceis, sensíveis à família no seu contexto, segundo o Sistema
Preventivo de Dom Bosco.
5. Desafios para o futuro
Ao completar 50 anos, o Instituto, no atual contexto social de
desintegração familiar, relativismo e consumismo, tem como
missão enfrentar os seguintes desafios:
330

34 Pages 331-340

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34.1 Page 331

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ƒƒ Aprofundar a espiritualidade e os ensinamentos transmitidos
por Dom Campelo, levará a renovar com profunda alegria o
testemunho de Cristo e da vida comunitária.
ƒƒ Fortalecer as áreas de ação e continuar o processo de
qualificação das Irmãs para revigorar a missão do Instituto.
ƒƒ Cuidar da formação das formadoras e fortalecer o serviço de
animação vocacional.
ƒƒ Conscientes de que o Senhor “faz tudo pelos seus escolhidos”,
as Irmãs entregam-se à Sua graça e à Sua presença.
Visita do P. Joan Lluís Playà, à Sede Central, Salvador, Bahia
331

34.2 Page 332

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34.3 Page 333

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Informações gerais
os Grupos

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Quando surgiram os Grupos
1. Enquanto Dom Bosco vivia
1859 (18 de dezembro): Sociedade de São Francisco de Sales (Turim, Itália)
1869 (18 de abril): Associação de Maria Auxiliadora (Turim, Itália)
1872 (5 de agosto): Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (Mornese, Itália)
1876 (9 de maio): Associação dos Salesianos Cooperadores (Turim, Itália)
2. Sob a influência direta de Dom Bosco
1870 (24 de junho): Ex-alunos/as de Dom Bosco (Turim, Itália)
1889 (29 de junho): Apóstolas da Sagrada Família (Messina, Itália)
1897 (2 de setembro): Congregação São Miguel Arcanjo (Miejsce Piastowe, Polônia)
1897 (2 de setembro): Congregação das Irmãs São Miguel Arcanjo (Miejsce
Piastowe, Polônia)
1905 (7 de maio): Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria (Agua de Dios,
Colômbia)
1908 (19 de março): Ex-alunas/os de Maria Auxiliadora (Turim, Itália)
1917 (20 de maio): Instituto das Voluntárias Dom Bosco (Turim, Itália)
3. A forte corrente missionária
1931
1933
1937
1937
1938
1942
1948
1954
1956
(30 de maio): Irmãs Anunciadoras do Senhor (Shaoguan, China)
(8 de dezembro): Salesianas Oblatas do Sagrado Coração (Pellaro, Itália)
(15 de agosto): Irmãs da Caridade de Jesus (Miyazaki, Japão)
(7 de dezembro): Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria (Bangkok,
Tailândia)
(8 de dezembro): Irmãs de Jesus Adolescente (Campo Grande, Brasil)
(24 de outubro): Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora dos Cristãos
(Assam, Índia)
(12 de dezembro): Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora dos
cristãos (Krishnagar, Índia)
(3 de dezembro): Filhas da Realeza de Maria Imaculada (Bangkok, Tailândia)
(25 de dezembro): Filhas do Divino Salvador (San Vicente, El Salvador
4. Nos últimos 60 anos
1968 (13 de maio): Associação Damas Salesianas (Caracas, Venezuela)
1968 (10 de dezembro): Irmãs Medianeiras da Paz (Petrolina, Brasil)
1973 (2 de junho): Discípulos (Chattisgarh, Índia)
335

34.6 Page 336

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1976 (13 de maio): Irmãs de Maria Auxiliatrix (Chennai, Índia)
1977 (15 de setembro): Irmãs da Ressurreição (San Pedro Carchá,
Guatemala)
1978 (2 de fevereiro): Comunidade Canção Nova (Queluz, Brasil)
1983 (31 de maio): Irmãs da Visitação de Dom Bosco (Shillong, Índia)
1983 (7 de outubro): Comunidade da Missão de Dom Bosco (Bolonha,
Itália)
1984 (8 de dezembro): Testemunhas do Ressuscitado (Roma, Itália)
1986 (8 de dezembro): Fraternidade Contemplaria Maria de Nazaré
(Montevidéu, Uruguai)
1994 (12 de setembro): Voluntários Com Dom Bosco (Roma, Itália)
2008 (5 de abril): Irmãs da Realeza de Maria (Bangkok, Tailândia)
336

34.7 Page 337

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Onde e por quem os Grupos foram fundados
1. Itália
Bolonha
ƒƒ Comunidade da Missão de Dom Bosco (Diácono Guido Pedroni, 25 anos)
Mornese
ƒƒ Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (São João Bosco, 57 anos, e Santa
Maria Domingas Mazzarello, 35 anos)
Messina
ƒƒ Apóstolas da Sagrada Família (Card. Giuseppe Guarino, Arcebispo,
Cooperador, 62 anos)
Pellaro (RC)
ƒƒ Salesianas Oblatas do Sagado Coração (Dom Giuseppe Cognata, 48 anos)
Roma
ƒƒ Testemunhas do Ressuscitado (Padre Sabino Palumbieri, sdb, 50 anos)
ƒƒ Voluntários Com Dom Bosco (Padre Egídio Viganò, Reitor-Mor, 74 anos)
Turim
ƒƒ Sociedade de São Francisco de Sales (São João Bosco, sacerdote turinense,
44 anos)
ƒƒ Associação dos Salesianos Cooperadores (São João Bosco, 61 anos)
ƒƒ Associação de Maria Auxiliadora (São João Bosco, 54 anos)
ƒƒ Confederação dos Ex-Alunos de Dom Bosco (Sr. Carlo Gastini; estrutura com
Estatuto pelo Beato Felipe Rinaldi, Prefeito-Gera, 52 anos)
ƒƒ Confederação das Ex-Alunas/os das Filhas de Maria Auxiliadora (Beato
Felipe Rinaldi, 52 anos)
ƒƒ Instituto Secular das Voluntárias de Dom Bosco (Beato Felipe Rinaldi, 61
anos)
2. Polônia
Miejsce Piastowe
ƒƒ Congregação de São Miguel Arcanjo (Beato. Bronislaw Markiewicz, sdb, 55
anos)
ƒƒ Congregação Irmãs de São Miguel Arcanjo (Beato. Bronislaw Markiewicz,
sdb, 55 anos) e Ven. Anna Kaworek, 25 anos)
3. América Latina
Brasil
ƒƒ Medianeiras da Paz (Dom Antonio Campelo de Aragão, sdb, 50 anos)
ƒƒ Comunidade Canção Nova (Mons. Jonas Abib, sdb, 42 anos)
ƒƒ Irmãs de Jesus Adolescente (Dom Vicente Priante, sdb, 55 anos)
337

34.8 Page 338

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Colômbia
ƒƒ Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria (Beato Luigi Variara, sdb, 30
anos)
El Salvador
ƒƒ Filhas do Divino Salvador (Dom Pedro Arnoldo Aparicio, 48 anos)
Guatemala
ƒƒ Irmãs da Ressurreição (Padre Jorge Puthenpura, sdb, 36 anos)
Uruguai
ƒƒ Fraternidade Contemplativa Maria de Nazareth (Dom Nicola Cutugno, sdb, 51
anos)
Venezuela
ƒƒ Damas Salesianas (Padre Miguel Gonzàlez, sdb, 47 anos)
4. Índia e Ásia Meridional
Assam
ƒƒ Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora dos Cristãos (Dom Stefano Ferrando,
47 anos)
Chattisgarh
ƒƒ Discípulos (Padre Joe D’Souza, sdb, 32 anos)
Chennai
ƒƒ Irmãs de Maria Auxiliatrix (Padre. Muthamthottil Anthony, sdb, 51 anos)
Krishnagar
ƒƒ Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora dos Cristãos (Dom Louis La
Ravoire Morrow, 56 anos)
Shillong
ƒƒ Irmãs da Visitação de Dom Bosco (Dom Hubert D’Rosario, sdb, 65 anos)
5. Ásia Oriental
China
ƒƒ Irmãs Anunciadoras do Senhor (São Luigi Versiglia, sdb, realizado por Dom
Ignazio Canazei, 48 anos)
Japão
ƒƒ Irmãs da Caridade de Jesus (Padre Antonio Cavoli, sdb, 49 anos)
Tailândia
ƒƒ Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria (Dom Gaetano Pasotti, Prefeito
Apostólico, 47 anos)
ƒƒ Filhas da Realeza de Maria (Padre Carlo Della Torre, 52 anos)
ƒƒ Irmãs da Realeza de Maria (Padre Carlo Della Torre, 52 anos)
338

34.9 Page 339

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Patronos dos Grupos
1. Jesus Cristo
1. Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria
2. Irmãos Anunciadoras do Senhor
3. Salesianas Oblatas do Sagrado Coração
4. Irmãs da Caridade de Jesus
5. Irmãs de Jesus Adolescente
6. Filhas do Divino Salvador
7. Discípulos
8. Irmãs da Ressurreição
9. Testemunhas do Ressuscitado
2. Maria
1. Associação de Maria Auxiliadora
2. Filhas de Maria Auxiliadora
3. Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria
4. Ex-Alunas/os das Filhas de Maria Auxiliadora
5. Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria
6. Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora dos Cristãos
7. Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora dos Cristãos
8. Filhas da Realeza de Maria
9. Irmãs de Maria Auxiliatrix
10. Fraternidade Contemplativa de Maria de Nazaré
11. Irmãs da Realeza de Maria
339

34.10 Page 340

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3. Sagrada Família
1. Apóstolas da Sagrada Família
4. São Miguel Arcanjo
1. Congregação Irmãs de São Miguel Arcanjo
2. Congregação de São Miguel Arcanjo
5. São Francisco de Sales
1. Salesianos de Dom Bosco
2. Salesianos Cooperadores
3. Associação Damas Salesianas
6. São João Bosco
1. Ex-Alunos de Dom Bosco
2. Instituto Secular das Voluntárias de Dom Bosco
3. Irmãs da Visitação de Dom Bosco
4. Comunidade da Missão de Dom Bosco
5. Voluntários Com Dom Bosco
7. Outros
1. Irmãs Medianeiras da Paz
2. Comunidade Canção Nova
340

35 Pages 341-350

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35.1 Page 341

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Identidade Canônica – Eclesial
1. Institutos Religiosos Masculinos de Direito Pontifício
1. Sociedade de São Francisco de Sales (SDB), Itália
2. Congregação de São Miguel Arcanjo (CSMA), Polônia
2. Institutos Religiosos Femininos de Direito Pontifício
1. Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), Itália
2. Congregação das Irmãs de São Miguel Arcanjo (CSSMA), Polônia
3. Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria (SS SS CC),
Colômbia
4. Apóstolas da Sagrada Família (ASF), Itália
5. Salesianas Oblatas do Sagrado Coração (SOSC), Itália
6. Irmãs da Caridade de Jesus (SCG), Japão
7. Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora dos Cristãos (MSMHC),
Índia
8. Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora dos Cristãos
(SMI), Índia
9. Filhas do Divino Salvador (HDS), El Salvador
10. Irmãs de Maria Auxiliatrix (SMA), Índia
3. Institutos Religiosos do Direito Diocesano
1. Irmãs Anunciadoras do Senhor (SAL), China
2. Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria (SIHM), Tailândia
3. Irmãs de Jesus Adolescente ( IJA), Brasil
4. Irmãs Medianeiras da Paz (MP), Brasil
5. Irmãs da Ressurreição (AR), Guatemala
6. Irmãs da Visitação de Dom Bosco (VSDB), Índia
7. Irmãs do Realeza de Maria Imaculada (MQS), Tailândia
4. Instituto Secular de Direito Pontifício
1. Instituto das Voluntárias de Dom Bosco (VDB), Itália
5. Institutos Seculares de Direito Diocesano
1. Filhas do Realeza de Maria (DQM), Tailândia
2. Discípulos (DISC), Índia
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6. Associações Públicas de Fiéis
1. Associação de Maria Auxiliadora (ADMA), Itália
2. Associação Salesianos Cooperadores (ASSCC), Itália
3. Voluntários com Dom Bosco (CDB), Itália
4. Fraternidade Contemplativa Maria de Nazaré (FCMN), Uruguai
7. Movimentos Espirituais e Associações Privadas de Fiéis
1. Associação Damas Salesianas (ADS), Venezuela
2. Comunidade Canção Nova (CN), Brasil
3. Testemunhas do Ressuscitado (TR), Itália
4. Comunidade da Missão de Dom Bosco (CMB), Itália
8. Associações Privadas Inter-religiosas de Leigos
1. Associação dos Ex-alunos/as de Dom Bosco (EXA.DB), Itália
2. Associação das ex-alunas/os das FMA (EXA.FMA), Itália
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35.3 Page 343

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Consistência numérica dos Grupos (1º de janeiro de 2020)
1. Salesianos de Dom Bosco
2. Filhas de Maria Auxiliadora
3. Salesianos Cooperadores
4. Associação de Maria Auxiliadora
5. Confederação Mundial de Ex-Alunos/as de Dom Bosco
6. Confederação Mundial de Ex-Alunas/os das FMA
7. Instituto Secular Voluntárias de Dom Bosco
8. Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria
9. Salesianas Oblatas do Sagrado Coração
10. Apóstolas da Sagrada Família
11. Irmãs da Caridade de Jesus
12. Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora dos Cristãos
13. Filhas do Divino Salvador
14. Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria
15. Irmãs de Jesus Adolescente
16. Associação Damas Salesianas
17. Voluntários Com Dom Bosco
18. Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora dos
Cristãos
19. Filhas da Realeza de Maria
20. Testemunhas do Ressuscitado
21. Congregação de São Miguel Arcanjo
22. Congregação das Irmãs da Ressurreição
23. Irmãs Anunciadoras do Senhor
24. Discípulos
25. Comunidade Canção Nova
26. Irmãs de São Miguel Arcanjo
27. Irmãs de Maria Auxiliatrix
28. Comunidade da Missão de Dom Bosco
29. Irmãs da Realeza de Maria
30. Irmãs da Visitação de Dom Bosco
31. Fraternidade Contemplativa Maria de Nazaré
32. Irmãs Medianeiras da Paz
TOTAL
14,601
11,791
30,000
100,000
50,000
35,973
1,141
308
262
54
935
1,244
170
91
19
3,153
82
665
40
500
330
59
19
415
1,340
256
124
400
24
142
118
71
254.327
343

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Endereços
1. Salesianos de Dom Bosco (SDB)
Fundador
São João Bosco
Data e local da fundação 18 de dezembro de 1859, Turim, Itália
Sede Central
Via Marsala, 42
00185 Roma - Italia
Tel: (+39) 06-656121
Página Web
www.sdb.org
2. Filhas de Maria Auxiliadora (FMA)
Fundador
São João Bosco
Cofundadora
Santa Maria Domingas Mazzarello
Data e local de fundação 5 de agosto de 1872, Mornese, Itália
Pertença à Família Salesiana
Constituições FMA art. 3
Casa-Geral
Istituto Figlie di Maria Ausiliatrice
Via dell’Ateneo Salesiano, 81
00139 Roma - Italia
Tel.: (+39) 06-87.27.41
Fax.: (+39) 06-87.13.23.06
E-mail: fmasegreteria cgfma.org
Página Web
www.cgfmanet.org
3. Associação dos Salesianos Cooperadores (ASSCC)
Fundador                                    
São João Bosco
Data e local de fundação
       9 de maio de 876, Turim, Itália
Endereço da Secretaria
Associazione Salesiani Cooperatori
Via Marghera, 59
00185 Roma - Italia
E-mail: segreteria@asscc-mondiale.org
Página Web                                  www.asscc-mondiale.org
345

35.6 Page 346

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4. Associação de Maria Auxiliadora (ADMA)
Fundador
São João Bosco
Data e local de fundação
18 de abril de 1869, Turim, Itália
Endereço o Escritório
ADMA Primaria
Via M. Ausiliatrice, 32
10152 Torino - Italia
Tel. (+39) 011 5224216
E-mail: adma@admadonbosco.org
Página Web www.admadonbosco.org
5. Confederação Mundial Ex-Alunos/as de Dom Bosco (EXA-DB)
Fundador (Origem)
Mr. Carlo Gastini
Data e local de fundação
24 de junho de 1870 – Turim, Itália
Data e local de fundação 8 de setembro de 1911 – Turim, Itália
Pertença à Família Salesiana
Const. SDB Art. 5, Estatuto Art. 1
Secretaria
Confederazione Mondiale Exallievi/e di D. Bosco
Via Tiburtina, 994
00156 Roma - Italia
E-mail: office@exallievi.org
secretariat.rome@exallievi.org
Página Web
www.exallievi.org
Periódico de informação
Ex Allievi Newsflash
E-mail: newsflash@exallievi.org
6. Confederação Mundial de Ex-alunas/os das FMA (EXA-FMA)
Fundador
Beato P. Felipe Rinaldi
Data e local da fundação 19 de março de 1908 em Turim, Itália
Pertença à Família Salesiana
29 de outubro de 1988
Sede legal
Via Gregorio VII N.133, sc/B int. 4
00165 Roma - Italia
Tel.: (+39) 06-635692
fax: (+39) 06-39375131
E-mail: segretariaconfederale@gmail.com
Página Web www.exallievefma.org
346

35.7 Page 347

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7. Instituto Secular Voluntárias de Dom Bosco (VDB)
Fundador
Beato P. Felipe Rinaldi
Data e local da fundação
20 de maio de 1917
Pertença à Família Salesiana
20 de maio de 1917
Sede Central
Ist. Secolare Volontarie di Don Bosco
Via Aureliana, 53
00187 Roma - Italia
Tel. (+39) 06 4883946/45438633
Fax: (+39) 06 4870688
E-mail: segreteria@istitutovdb.it
Página Web
www.volontariedonbosco.org
8. Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria (HHSSCC)
Fundador
Beato P. Luís Variara, SDB
Data e local da fundação
7 de maio de 1905, Colômbia
Pertença à Família Salesiana
23 de dezembro de 1981
Casa-Geral
Carrera 15, n. 45-39
Santafe de Bogotà - Colombia
Tel. (+57) 1 2457273
Email: hijascorazones1904@gmail.com
suoredonvariara@yahoo.it
9. Salesianas Oblatas Salesianas do Sagrado Coração (SOSC)
Fundador
Dom José Cognata SDB
Data e local da fundação
1933, Reggio Calabria, Itália
Pertença à Família Salesiana
28 de fevereiro de 1987
Casa-Geral
V.le Ciaccia, 29
00019 Tivoli (RM) - Italia
Tel: (+39) 0774 330962
E-mail: sosc.segreteria@libero.it
Página Web www.salesianesosc.org
347

35.8 Page 348

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10. Apóstolas da Sagrada Família (ASF)
Fundador
Cardeal José Guarino
Data e local da fundação 23 de novembro de 1890, Messina, Itália
Pertença à Família Salesiana
18 de dezembro de 1984
Casa-Geral
Istituto Leone XIII, Via Elenuccia n.15
98121 Messina - Italia
Tel. and Fax: (+39) 090 51174, 339 8251122
E-mail: casageneralizia@apostolesacrafamiglia.it
Página Web
www.apostolesacrafamiglia.it
11. Irmãs da Caridade de Jesus (SCG/SCJ)
Fundador
P. Antonio Cavoli, sdb
Data e local da fundação 15 de agosto de 1937, Miyazaki, Japão
Pertença à Família Salesiana
31 de janeiro de 1986
Casa-Geral
Piazza Antonio Salviati 3
00152 Roma - Italia
Tel.: (+39) 06 5346238
E-mail: contact@caritadigesu.org
Página web www.caritadigesu.com
12. Irmãs Missionárias de Maria Auxiliadora (MSMHC)
Fundador
Dom Estêvão Ferrando, SDB
Data e local da fundação 24 de outubro de 1942, Assam, Índia
Pertença à Família Salesiana
8 de julho de 1986
Casa-Geral
MSMHC Generalate,
Little Flower Convent,
Convent Hatigano,
Guwahati 781038 Assam - India
Tel.: (+91) 0361 2263631
E-mail: msmhcghy06@gmail.com
Página Web
www.msmhc.org
348

35.9 Page 349

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13. Filhas do Divino Salvador (HDS)
Fundador
Dom Pedro Arnoldo Aparicio Quintanilla
Data e local da fundação 24 de dezembro de 1956, El Salvador
Pertença à Família Salesiana
5 de fevereiro de 1987
Casa-Geral
Hijas del Divino Salvador,
Ant. Carr. Panamericana Nº 24 Bº San José
13011 Santo Domingo - Dep. S. Vicente,
El Salvador
Tel.: (+503) 23330166 /2333 0424
Cell: (+503) 70233156
E-mail: hdssecretaria@gmail.com
Página Webhijasdeldivinosalvador.org
Blog
hijasdeldivinosalvador.blogspot.com
Facebook
www.facebook.com/ hijasdeldivinosalvadorhds
Instagram
hds_aparicio1
Twitter
@del_ hijas
14. Irmãs Servas do Coração Imaculado de Maria (SIHM)
Fundador
Dom Caetano Pasotti, SDB
Date and Place of Foundation
December 7, 1937, Bangkok,
Thailand
Pertença à Família Salesiana
28 de fevereiro de 1987
Casa-Geral
Phetchakasem Rd, Hua Hin,
Prachuabkirikhun 77110 Thailand
Tel.: (+66) 32532625; Fax: (+66) 32532737
E-mail: sistersihm@gmail.com
Página Web
www.sihm.or.th
15. Irmãs de Jesus Adolescente (IJA)
Fundador
Dom Vicente Bartolomeu Maria Priante, sdb
Data e local da fundação
8 de dezembro de 1938
Pertença à Família Salesiana
1º de janeiro de 1989
Casa-Geral
Instituto de Jesus Adolescente
Rua Antonio Maria Coelho, 1583
79002-221 Campo Grande, MS - Brasile
E-mail: jesusadolescente@yahoo.com.br
349

35.10 Page 350

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16. Associação Damas Salesianas (ADS)
Fundador
P. Miguel González, sdb
Data e local da fundação
13 de maio de 1968
Pertença à Família Salesiana
29 de dezembro de 1988
Casa-Geral
Av. San Felipe Edif. Don Bosco 88,
La Castellana, Caracas - Venezuela.
Tel.: (+58) 212 2630960
E-mail: asistenteadsdi68@gmail.com
Página Web
adsmundo.org.ve
17. Voluntários Com Dom Bosco (CDB)
Fundador
P. Egídio Viganò, sdb
Data e local da fundação 12 de setembro de 1994, Roma, Itália
Pertença à Família Salesiana
24 de maio de 1998
Secretaria-Central Segreteria Centrale
Via Marsala, 42
00185 Roma - Italia
E-mail: segreteria.centrale@volontaricdb.org
Página Web www.volontaricdb.org
18. Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora dos Cristãos
(SMI)
Fundador
Dom Louis La Ravoire Morrow, sdb
Data e local fundação 12 de dezembro de 1948, Krishnagar, Índia
Pertença à Família Salesiana
10 de junho de 1992
Casa-Geral
Sisters of Mary Immaculate
Mother House and Generalate
Krishnagar 741101
West Bengal - India
Cell: (+91) 9475843334
E-mail: smisecygen@gmail.com
Página Web www.smiofbpmorrow.org
350

36 Pages 351-360

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36.1 Page 351

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19. Filhas da Realeza de Maria (DQM)
Fundador
P. Carlos della Torre, sdb
Data e local da fundação
3 de dezembro de 1954, Bangkok,
Tailândia
Pertença à Família Salesiana
July 12, 1996
Casa-Geral
Daughters of Queenship of Mary (DQM)
247 Chan Rd 27 Sathorn
Bangkok 10120 - Thailand
Tel.: (+66) 026749451-2
E-mail: tereat@gmail.com
Página Web
www.dqmi.org/www.c-dellatorre.org
20. Testemunhas do Ressuscitado (TR)
Fundador
P. Sabino Maria Palumbieri, sdb
Data e local da fundação 8 de dezembro de 1984, Roma, Itália
Pertença à Família Salesiana
25 de março de 1999
Contatos do escritório
Tel. and Fax (+39) 06 45540104
E-mail: coordinatrice.tr@gmail.com
Página Web
www.testimonidelrisorto.org
www.vialucis.org
Periódico de informações Trnews
21. Congregação de São Miguel Arcanjo (CSMA)
Fundador
Beato P. Bronislaw Markiewicz
Data e local da fundação
2 de setembro de 1897,
Miejsce Piastowe, Polônia
Pertença à Família Salesiana
24 de janeiro de 2000
Casa-Geral
Ul.Marszalka Jozefa Pilsudskiego 248/252
05-261 Marki - Polonia
Tel.: (+48) 22 7811490 - Fax: (+48) 22 7713456
E-mail: kuria@michalici.pl - dariuszwilk@poczta.fm
Página Web
www.michalici.pl
351

36.2 Page 352

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22. Irmãs da Ressurreição (HR)
Fundador
P. Jorge Puthempura SDB
Data e local da fundação 15 de setembro de 1977, Guatemala
Pertença à Família Salesiana
31 de janeiro de 2006
Casa-Geral
Centro Talita Kumi,
San Pedro Carchá A.V. - Guatemala
Tel.: (+502) 30753059
E-mail: caalcacao1973@gmail.com
23. Irmãs Anunciadoras do Senhor (SAL)
Fundadores
São Luís Versiglia, sdb
Dom Ignazio Canazei, sdb
Data e local da fundação
30 de maio de 1931
Pertença à Família Salesiana
28 de julho de 2005
Casa-Geral
1 Fa Po Street, Yau Yat Chuen,
Kowloon - Hong Kong.
Tel.: (+852) 69339055 - Fax: (+852) 27899354
E-mail: tnpstsang@yahoo.com.hk
24. Discípulos (DISC)
Fundador   
P. Joseph D´Souza, sdb
Data e local da fundação 2 de junho de 1973, Chattisgarh, Índia
Pertença à Família Salesiana
21 de janeiro de 2009
Casa-Geral das Irmãs
Shishya Niketan Shantipara
P.O. Kunkuri 496 225
Jashpur Dt., Chattisgarh - India
Tel.: (+91) 9425575137
E-mail: dsouzajoesdb@gmail.com
Casa-Geral dos Irmãos
Don Bosco Ashram, Raidanr,
P.ONarayanpur 496 225
Jashpur Dt., Chattisgarh.
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25. Comunidade Canção Nova (CN)
Fundador
Mons. Jonas Abib
Data e local da fundação
2 de fevereiro de 1978, Queluz
(SP), Brasil
Pertença à Família Salesiana
21 de janeiro de 2009
Sede-Central
Comunidade Canção Nova
Av. João Paulo II, S/N – Alto da Bela Vista,
Cachoeira Paulista, SP, 12630-000
Tel.: (+55) 12 31862000 | Ext. 30153
E-mail: secretariageral@comunidadecn.com
Página Web
https://comunidade.cancaonova.com
26. Irmãs de São Miguel Arcângelo (CSSMA)
Fundador
Beato P. Bronislaw Markiewicz
Cofundadora
Ven. Madre Anna Kaworek
Data e local da fundação
September 2, 1897,
Miejsce Piastowe, Poland
Pertença à Família Salesiana
January 22, 2009
Casa-Geral
ul. Ks. Br. Markiewicza, 22
Miejsce Piastowe - Polonia
Tel.: (+48) 134338130 - Fax: (+48) 134338132
E-mail: m.generalna@michalitki.pl
Página Web
www.michalitki.pl
27. Irmãs da Maria Auxiliatrix (SMA)
Fundador
P. Muthamthotil Antony, sdb
Data e local da fundação
13 de maio de 1976, Chennai, Índia
Pertença à Família Salesiana
16 de julho de 2009
Casa-Geral
SMA Generalate
No. 226, Thapalpetty, MMC Road
Chennai 600 060, Tamil Nadu - India
Tel.: (+91) 44 25556436, 9444694805
E-mail: smasuperiorgeneral@gmail.com
Página Web
www.smasistersmadhavaram.org
353

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28. Comunidade da Missão de Dom Bosco (CMB)
Fundador
Diác. Guido Pedroni
Data e local da fundação 7 de outubro de 1983, Bolonha, Itália
Pertença à Família Salesiana
15 de janeiro de 2010
Sede Histórica e Operativa Comunità della Missione di Don Bosco
c/o Istituto Salesiano
Via Jacopo della Quercia, 1
40128 Bologna - Italia
E-mail: presidente@associazionecmb.it
Página Web www.associazionecmb.it
29. Irmãs da Realeza de Maria (SQM)
Fundador
P. Carlos della Torre, sdb
Data e local da fundação 5 de abril de 2008, Bangkok, Tailândia
Pertença à Família Salesiana
24 de janeiro de 2012
Casa-Geral
Queen Maria’s Rome, 2/1
Soi Sathuoradut 34,
Bang Pongphang, Yan Nawa,
Bangkok 10120 - Thailand
Tel.: (+66) 0942281
E-mail: nongdasqm@gmail.com
Página Web http://www.sqmsister.org
30. Irmãs da Visitação de Dom Bosco (VSDB)
Fundador
Dom Hubert D’Rosario, sdb
Data e local da fundação
31 de maio de 1983, Shillong, Índia
Pertença à Família Salesiana
25 de janeiro de 2012
Casa-Geral
Madonna Convent, Nongkseh,
Upper Shillong, 793005 Meghalaya - India
Tel.: (+91) 9485448733
E-mail: madonnavsdb@gmail.com
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31. Fraternidade Contemplativa Maria de Nazaré (FCMN)
Fundador
Dom Nicolás Cotugno, sdb
Data e local da fundação 8 de dezembro de 1986, Montevidéu,
Uruguai
Pertença à Família Salesiana
18 de julho de 2016
Casa-Geral
Avda, 8 de octubre, 2835
12.400 Montevideo - Uruguay
Tel.: (+598) 24807412
E-mail: tarrago1@adinet.com.uy
Secretaria
margarev@hotmail.com
32. Irmãs Medianeiras da Paz (MP)
Fundador
Dom Antônio Campelo de Aragão, sdb
Data e local da fundação
10 de dezembro de 1968, Brasil
Ereção canônica
5 de julho de 1993
Pertença à Família Salesiana
17 de fevereiro de 2019
Casa-Geral
Rua Edgar Chastinet, 01, Quadra I,
Bairro Santa Mônica,
40.342-100 Salvador (BA) - Brasil
Tel. (+55) 071 33863216
Fax: (+55) 33860168
Cell: (+55) 992976232
E-mail: ismep@ig.com.br - pazoliveira2012@hotmail.com
Página Web
www.impaz.org.br
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