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Nº 380
ano LXXXIV
janeiro-março
2003
Projeto de animação e governo
do Reitor-Mor e do seu Conselho
para o sexênio 2002-2008

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Tradução: Pe. Fausto Santa Catarina
Pe. Ailton António dos Santos
2003 © Editora Salesiana
EDITORA SALESIANA
Rua Dom Bosco, 441 – Mooca
03105-020 São Paulo SP
Fone: (11) 3277-3211 – Fax: (11) 3209-4084
vendas@editorasalesiana.com.br
www.editorasalesiana.com.br
1. APRESENTAÇÃO
Origens e razões do Projeto ........................................................ 6
Necessidade de ter um Projeto ................................................... 7
Prioridade de animação e principais linhas de ação ................. 10
O nosso Projeto histórico ............................................................ 12
2. Primeira Parte
Prioridade da Congregação para o sexênio 2002-2008 ............. 15
1. Primado da vida espiritual na comunidade ....................................... 16
2. Testemunho de comunhão e fraternidade da comunidade ............... 17
3. Ressignificação da presença salesiana entre os jovens ................... 18
4. Formação: compromisso pessoal e comunitário ............................... 21
3. Segunda Parte
Aplicação do Projeto a cada setor
1. Formação .............................................................................................. 24
1. Assunção da Ratio e coerência operativa ........................................................ 24
2. Formação permanente ..................................................................................... 24
3. Formação inicial ................................................................................................ 25
4. Formação dos formadores ............................................................................... 27
5. Coordenação e colaboração interinspetorial e regional .................................. 28
6. Empenho renovado, extraordinário e específico pela vocação
do salesiano coadjutor ..................................................................................... 29
2. Pastoral da Juventude ........................................................................... 31
1. Formação pastoral ............................................................................................ 31
2. A evangelização como uma clara dimensão vocacional ................................. 34
3. Promoção da solidariedade e da justiça .......................................................... 38
4. Qualificação da presença salesiana na educação superior ............................ 39
3. Família Salesiana .................................................................................. 42
1. Salesianos na Família Salesiana ..................................................................... 42
2. Formação na e para a Família Salesiana ........................................................ 43
3. Animação vocacional na Família Salesiana ..................................................... 44
4. Organização da Família Salesiana .................................................................. 45
5. Consolidação e expansão da Família Salesiana ............................................. 46

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4. Comunicação Social ............................................................................. 48
1. Visão unitária de conjunto ................................................................................ 48
2. Animação e formação ....................................................................................... 50
3. Informação ........................................................................................................ 52
4. Empresas de comunicação .............................................................................. 54
5. Missões Salesianas .............................................................................. 56
1. Animação Missionária ...................................................................................... 56
2. Práxis e formação missionária ......................................................................... 56
3. Solidariedade missionária ................................................................................ 57
4. Novas fronteiras ................................................................................................ 58
6. Economato Geral .................................................................................. 59
1. A pobreza evangélica ........................................................................ 59
2. Administração .................................................................................... 60
3. Solidariedade-centralização .............................................................. 61
4. Projetos específicos do sexênio ........................................................ 62
4. Terceira Parte
Aplicação do projeto a cada região
1. África – Madagascar ............................................................................. 65
2. América Latina – Cone Sul ................................................................... 69
3. Interamérica .......................................................................................... 77
4. Ásia Leste – Oceania ............................................................................ 83
5. Ásia Sul ................................................................................................. 89
6. Europa Norte ......................................................................................... 93
7. Europa Oeste ........................................................................................ 97
8. Itália – Oriente Médio ............................................................................ 103
1. APRESENTAÇÃO
Origens e razões do Projeto
Necessidade de ter um Projeto
Prioridade de animação e principais linhas de ação
O nosso Projeto histórico
Roma, 8 de dezembro de 2002
Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora
Caríssimos irmãos,
Tenho a satisfação de apresentar-vos o Projeto de animação
e governo do Reitor-Mor e do seu Conselho para o sexênio 2002-
2008. O Projeto representa o plano histórico que a Congregação
assume para o período entre o CG25 e o CG26. Enquanto tal, ele
se encontra em linha de continuidade com a programação anterior
e, ao mesmo tempo, introduz a novidade que o Capítulo Geral 25
nos ofereceu.
No discurso de encerramento do Capítulo, eu convidava a
“passar do papel à vida”. Referia-me, evidentemente, ao Docu-
mento Capitular, que deve tornar-se operativo na vida das comu-
nidades às quais foi entregue: elas, de fato, são o seu destinatário
e sujeito. E é preciso reconhecer, pelas informações que chegam
das inspetorias, que em todas as partes da Congregação estão
sendo promovidas iniciativas verdadeiramente estimulantes para
o conhecer, assumir e aplicar.
O Projeto do Reitor-Mor e do seu Conselho, que agora foi
redigido, tem como objetivo converter o Documento Capitular
em plano e programa de animação e governo, a fim de dar ao

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6 ATOS DO CONSELHO GERAL
Reitor-Mor com o seu Conselho a possibilidade de estimular,
acompanhar e verificar o processo de renovação traçado pelo
Capítulo Geral.
Origem e razões do Projeto
Foi iniciativa pessoal do nosso pranteado padre Juan E. Vecchi
a de fazer, há seis anos, uma programação orgânica, não apenas
setorial, de todo o Conselho, e de publicá-la, não como simples
instrumento para a coordenação do trabalho dos conselheiros, mas
procurando, por um lado, que cada irmão soubesse para onde
rumava a Congregação, com que opções, objetivos, estratégias,
com que ações, e visando, por outro, dar mais unidade e eficácia
às intervenções de governo.
Todavia, a iniciativa do meu predecessor não deve ser julgada
apenas uma boa idéia. Ele próprio, ao apresentá-la, dizia haver
recolhido na Assembléia Capitular um pedido insistente de dar
mais organicidade às intervenções dos conselheiros, tanto os de
setor como os regionais. A programação quis então ser uma res-
posta ao risco não apenas imaginário da fragmentação no desenvol-
vimento do serviço do Reitor-Mor e do seu Conselho. Além disso, a
programação de seis anos atrás inseria-se na mentalidade projetual
que a Congregação tanto havia estimulado como parte do novo mo-
delo de Pastoral Juvenil, na consciência de que hoje a evangelização,
a educação, a formação, o governo têm necessidade indispensável
de intencionalidade, de definição dos objetivos e dos caminhos a
serem percorridos, de identificação das metas e de processos que
libertem os dinamismos para atingir as metas visadas.
A pouco e pouco, todas as inspetorias, ainda que com ritmos
diversos, entraram em tal mentalidade projetual, que não é um
esnobismo pastoral e nem sequer a transferência de uma prática
do mundo da economia e da política para a vida religiosa e para a
práxis educativo-pastoral. O novo modelo pastoral surgiu justa-
APRESENTAÇÃO 7
mente para vir ao encontro dos desafios que nos apresenta o novo
contexto em que se desenvolve a nossa vida e a nossa missão.
Um contexto caracterizado por crescente fragmentação, que exi-
ge, pois, uma reconstrução dos componentes através da integração
da comunidade educativo-pastoral, e de uma multíplice variedade
de propostas, que exige um projeto que as escolha, estabelecendo
as prioridades, e as articule segundo determinados objetivos e pre-
vendo os passos para atingi-los. A projetualidade, com efeito, ou-
tra coisa não é senão o estímulo para trabalhar juntos.
Passamos, assim, da simples calendarização de atividades, quan-
do as mudanças culturais eram muito lentas e a sociedade parecia
mais monolítica, mais homogênea, a projetos e programações. Tal-
vez ainda custe a alguma comunidade compreender o porquê da
mudança, e oferece resistência a trabalhar com base num projeto.
Mas torna-se sempre mais comum e natural o desenvolvimento des-
sa mentalidade projetual; aliás, não podia ser diversamente.
A programação do sexênio passado, a primeira no seu gênero
em nível de Conselho Geral, teve um sucesso tal que, de fato, muitos
inspetores a tomaram como modelo e referência para suas próprias
programações. Foi um fato muito positivo, porque desencadeou uma
verdadeira identificação com o projeto histórico que a Congregação
estava desenvolvendo. E fazemos votos por que neste sexênio, que
apenas se iniciou, se torne práxis comum nas inspetorias. Não admi-
ra, pois, que os capitulares expressassem uma avaliação tão positiva
da experiência e pedissem explicitamente sua continuidade. O que
significa que esta nova programação para o sexênio 2002-2008 tra-
duz operativamente um pedido do CG25 e repisa as razões que leva-
ram o padre Vecchi a elaborá-la seis anos faz.
Necessidade de ter um Projeto
Talvez já percebestes que preferimos empregar o termo projeto,
em vez de programação. Não são realidades opostas. Trata-se mais

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8 ATOS DO CONSELHO GERAL
de fases diversas e complementares em qualquer planejamento.
Este pressupõe, antes do mais, um quadro de referência, que
para nós são as Constituições, chamadas com acerto “Projeto de
Vida dos Salesianos de Dom Bosco”. Nele se encontram as re-
postas às perguntas: Quem somos? Que estamos chamados a fa-
zer? Quais os nossos critérios de referências para organizar a vida
e a missão?
O projeto tem a tarefa de concretizar esse quadro ideal num
contexto determinado e por um tempo preciso, respondendo às
perguntas: Quais as nossas prioridades? Aonde nos propomos
chegar? Com quais processos? Com quais intervenções?
A programação precisa, ao invés, “quem, como, quando, onde
se realiza o projeto”. De outra sorte, tudo não passaria de uma
declaração de intentos.
Em nosso caso, ter um projeto histórico significa compreender a
nossa vocação como um desígnio de Deus a ser realizado no tempo,
em contextos muito concretos, sempre a favor dos meninos.
Quereria, pois, partilhar convosco as vantagens que encontro
em ter um projeto. Podemos ver quão enriquecedora é esta experiên-
cia, quão envolvente, quão exigente, porque não é somente algo
técnico. Com efeito, nós procuramos o crescimento das pessoas e
a renovação da comunidades, e não apenas a eficácia apostólica: é
esta a meta última, sempre subjacente. Queremos fazer crescer o
sentido de pertença e de responsabilidade de todos os irmãos, cha-
mados a serem protagonistas, não apenas expectadores; aparece
assim o meio principal e a garantia de sucesso.
Elaborar um projeto é fazer comunhão. A elaboração nos
obriga a olhar juntos a realidade, a valorizá-la com critérios co-
muns, a fazer juntos as opções que reputamos prioritárias, a redi-
gir o plano operativo para concretizá-las. Dessa maneira, os irmãos
partilham os valores, as motivações e as opções que inspiram a
vida e a missão e se constrói a verdadeira comunhão dos cora-
ções e das mentes. Poucas coisas criam comunidade como o fato
APRESENTAÇÃO 9
de partilhar um projeto! Por conseguinte, elaborar um projeto
não é tarefa de alguns peritos, apesar de competentes e algumas
vezes indispensáveis, mas é tarefa de todos os que neles se acham
interessados. Quanto mais o trabalho for obra só de alguns tanto
menos será assunto dos outros. Quanto mais estiverem todos
envolvidos tanto mais o projeto se tornará comum.
Fazer um projeto já é, em certa medida, governar, porque
nos coloca diante da realidade, dos desafios que devemos en-
frentar, e das energias que existem na Congregação e devem ser
desenvolvidas. Não podemos evidentemente resolver todos os
problemas ou realizar plenamente elementos de mudança que
exigem tempos, etapas, prazos. Temos, porém, a responsabilida-
de indelegável de fazer o que nos foi confiado como missão.
Encontramo-nos, pois, com a necessidade de fazer uma opção de
áreas que devem ser priorizadas.
Realizar um projeto é também animar, porque na elaboração
do projeto deve-se precisar não apenas quais as grandes priorida-
des, mas também quem serão os nossos interlocutores diretos, a
quem são endereçados e quais os tipos de intervenção a realizar
para poder atingir os objetivos. Parece evidente que o Reitor-
Mor e os conselheiros tenham como destinatários de sua anima-
ção todos os salesianos, mas de modo especial os inspetores e os
organismos de governo das inspetorias e das casas. São eles, com
efeito, que operam em nível local, para nele realizar a vida e a
missão salesiana em favor dos jovens.
Redigir um projeto é até um modo de verificar, porque os
projetos não nascem do nada, mas constituem uma etapa de lon-
go caminho, que começa precisamente com uma avaliação dos
passos dados até então e dos ainda por dar. Um projeto deve,
sobretudo, traduzir-se numa programação que determine os eventos,
os responsáveis, os tempos, os lugares para a realização dos objetivos
e ofereça alguns indicadores precisos e mensuráveis, à luz dos quais se
possa avaliar se as metas propostas foram atingidas e em que medida.

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10 ATOS DO CONSELHO GERAL
Talvez nem sempre seja feita esta parte da avaliação, também porque
alguns perguntam se projetos que têm a ver com o crescimento e ma-
turidade das pessoas, como a evangelização, a educação e a formação,
sejam verificáveis. Respondo que sim. Tudo depende dos parâmetros
que são fixados justamente para fazer uma avaliação.
Prioridade de animação e principais linhas de ação
O presente Projeto procede dos módulos operativos do CG25,
mas também da relação sobre o estado da Congregação apresen-
tada aos capitulares e do discurso de encerramento do Reitor-
Mor. Encontramos, antes de tudo, uma convergência sobre as
grandes prioridades nas quais focalizar a nossa atenção, isto é, o
primado de Deus, a visibilidade da comunhão e da fraternidade,
a ressignificação da presença salesiana, e a formação. Precisa-
mos, pois os objetivos a serem atingidos em cada uma das áreas
prioritárias, os processos que tencionamos ativar e as interven-
ções específicas que se devem fazer.1
Chegamos, dessa maneira, à formulação que apresento sinte-
ticamente:
1. Primado da vida espiritual na comunidade (CG25, modo
operativo 2)
Metas por atingir:
• Recuperar a centralidade de Deus na vida pessoal e co-
munitária.
1 Nas várias partes do Projeto:
– Com prioridade entendem-se: áreas de particular atenção durante o sexênio, sem
excluir a animação e o governo em continuidade com o sexênio anterior.
– Com objetivos entendem-se: metas por atingir, correspondentes às prioridades
indicadas.
– Com processos se entendem: os modos para atingir um objetivo, os caminhos, as
etapas para atingir uma meta.
– As intervenções são: ações por realizar, suscitar e estimular por parte do Conselho
Geral nas inspetorias e nas comunidades.
APRESENTAÇÃO 11
• Garantir um alto grau de vida espiritual na comunidade.
• Tornar legível o testemunho comunitário do seguimento
de Cristo.
2. Testemunho de comunhão e fraternidade da comuni-
dade (CG25, módulo operativo 1)
Metas por atingir:
• Criar na comunidade uma experiência de família, rica de
valores humanos, dedicada ao serviço dos jovens.
• Garantir as condições que tornam viável e eficaz a experiên-
cia comunitária.
• Tornar cada comunidade casa e escola de comunhão na
CEP, na FS, na Igreja local, no território.
3. Ressignificação da presença salesiana entre os jovens
(CG25, módulo operativo 3)
Metas por atingir:
• Levar a comunidade a acolher e partilhar a vida com os
jovens, sobretudo os mais pobres.
• Criar um novo modo de presença, que resulte atraente e
propositivo para os jovens.
• Habilitar a comunidade ao acompanhamento pessoal dos
jovens e à proposta vocacional.
• Redefinir as estruturas de animação e governo a todos os
níveis e garantir seu bom funcionamento.
4. Formação: Empenho pessoal e comunitário (CG25,
módulo operativo 4)
Metas por atingir
• Habilitar e motivar o irmão a uma formação que dure
toda a vida e que envolva toda a pessoa, como resposta
ao dom da vocação.
• Fazer da comunidade o lugar privilegiado do crescimento

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12 ATOS DO CONSELHO GERAL
humano e vocacional de cada irmão.
• Fazer crescer o irmão e a comunidade na identificação com
Dom Bosco e com o seu projeto apostólico.
• Garantir o estudo pessoal e a assimilação comunitária
dos cinco módulos operativos do CG25 e da Ratio.
Essas prioridades de animação e principais linhas de ação encon-
tram, depois, sua correspondente aplicação nos diversos setores e em
cada uma das regiões. No diálogo periódico com os conselheiros pro-
curarei – como Reitor-Mor – verificar o conhecimento e aplicação do
Projeto, e como Conselho faremos juntos duas avaliações, uma na
metade do sexênio e a outra no fim, também em vista do CG26.
O nosso Projeto histórico
Eis, queridos irmãos, o nosso Projeto histórico, o que nos
compromete a todos durante este sexênio. Eu vo-lo entrego com
grande esperança de que seja acolhido, estudado e assumido como
proposta e ponto de referência para as vossas programações
inspetoriais e locais.
Já havia sido apresentado, no seu primeiro esboço, aos inspeto-
res e a diversos grupos de irmãos e membros da Família Salesiana,
para receber observações, sugestões a fim de melhorá-lo e, sobretu-
do, envolver a todos.
Agora, o Projeto de animação e governo do Reitor-Mor e do
seu Conselho para o sexênio 2002-2008 é um projeto de Congre-
gação, que nos ajudará a avigorar nossa identidade carismática e
a vocação comum.
É um projeto pastoral, no sentido que toda a nossa consagra-
ção é apostólica e por isso tem em mente os destinatários da nos-
sa missão: os jovens. Eles têm necessidade de salesianos que sejam
como Dom Bosco “profundamente homem... profundamente ho-
mem de Deus” (C 21), que saibam criar uma atmosfera de famí-
APRESENTAÇÃO 13
lia nas casas e nas obras, que encontrem toda sua alegria no estar
presentes no pátio em meio aos jovens, que procurem sempre sua
renovação espiritual, profissional, pedagógica.
O Projeto de animação e governo do Reitor-Mor e do seu Con-
selho para o sexênio 2002-2008 nasce da vontade de sermos fiéis à
vocação salesiana, vivida como processo dinâmico. É, pois, um meio
verdadeiro e eficaz de formação permanente. Com efeito, são parte
fundamental do projeto os processos, os que promovem a renova-
ção, o amadurecimento, a conversão da mente e do coração.
Como salesianos temos nas Constituições o nosso Projeto de
Vida, com razão chamado pelo padre Viganó a nossa Regra de
Vida. Como salesianos temos, a partir deste momento, também
um Projeto histórico a ser executado, e queremos empenhar-nos
em fazê-lo com generosidade e responsabilidade.
Justamente buscando aprofundar este aspecto, vêm-me à men-
te as palavras de Dom Bosco “Se me amastes no passado,
continuai a amar-me no futuro com a exata observância das nos-
sas Constituições”, porque lembram as palavras de Jesus: “Quem
me ama observa a minha palavra”. Isto faz ver que a comunhão
mais autêntica que existe entre as pessoas é o amor, que, porém,
não se reduz a um afeto, mas se torna visível na partilha de um
projeto comum e se torna crível na sua realização.
Robusteçamos nosso afeto e nossa comunhão caminhando juntos.
Confio a Nossa Senhora o bom êxito deste Projeto. Seja ela
nossa Mestra e nos ensine a abraçar o projeto de Deus sobre nos-
sa vida e a moldá-lo conforme o plano de Deus.
Pe. Pascual Chaves Villanueva

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14 ATOS DO CONSELHO GERAL
PRIORIDADE DA CONGREGAÇÃO PARA O SEXÊNIO 2002-2008 15
Primeira Parte
PRIORIDADE DA CONGREGAÇÃO
PARA O SEXÊNIO 2002-2008
1. Primado da vida espiritual na comunidade
2. Testemunho de comunhão e fraternidade da comunidade
3. Ressignificação da presença salesiana entre os jovens
4. Formação: compromisso pessoal e comunitário