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RECENSIONI
AZZI Riolando, A expansão da obra salesiana (1933-1958) in A obra de Dom Bosco
no Brasil. S. Paulo, Editora Salesiana 2003, vol. III, 518 pp.
Riolando Azzi é doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Ja-
neiro, Licenciado em Teologia pela Universidade Pontifícia Salesiana de Roma, Li-
cenciado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma. Professor na
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor do Instituto Brasileiro de Desen-
volvimento Social (IBRADES) do Rio de Janeiro. Pesquisador do Centro João XXIII
do Rio de Janeiro. Membro da Comissão de Estudos da História da Igreja Latino-
Americana (CEHILA). Tem muitos livros e artigos publicados no Brasil e no exterior.
Escreveu a história de vários Institutos Religiosos no Brasil.
A pedido da Conferência Inspetorial do Brasil, está escrevendo a história dos
salesianos no Brasil, de que este é o terceiro volume.
Ao abrir o livro, constatamos sem mais a complexidade dos assuntos por ele
tratados.
Começa por apresentar um quadro da sociedade brasileira no período em estudo
e do relacionamento da Igreja com os seus diversos aspectos: a cultura, a vida social,
as forças armadas, o Estado e vida política, o fascismo.
Segue-se uma visão da ampliação geográfica da obra salesiana. São examinadas
as presenças salesianas em vários Estados da Federação. O balanço conclusivo desse
exame leva a considerar a importância da obra salesiana no Estado de S. Paulo, a res-
saltar sua atuação nas zonas de imigração européia no Sul do país e no Espírito Santo,
a expor a consolidação da atividade missionária e a sinalizar o avanço da presença
salesiana no Centro e no Norte do país.
Na terceira parte, o autor privilegia “a análise do controle do corpo realizada
nos colégios salesianos, dentro do horizonte da sociedade capitalista, por constituir
uma das linha de estudos sobre a educação brasileira”. É uma opção justificável. Pa-
rece-nos, porém, que a análise feita é insuficiente. De fato, grande parte dos aspectos
positivos de tal controle foram tratados em outro lugar do livro. Influenciado talvez
pela obra de Delarim Martins Gomes, Homem objetivação de uma sujeição, - obra
que é um válido testemunho de vida, mas que contém graves defeitos de metodologia
científica, - o autor parece assumir a controvertida posição de Michel Foucault. Os
mesmos aspectos positivos do controle do corpo, como a medicina preventiva, a edu-
cação higiênica e outros, são vistos numa ótica negativa que os desvirtua. O mesmo
se diga de livros como O Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, e Pedagogia: manual teó-
rico-prático para uso dos educadores, de Carlos Leôncio Alves da Silva. Chega-se ao
extremo de fazer do P. Carlos Leôncio um fautor do regime autoritário de Getúlio
Vargas, afirmação que os que convivemos com o grande educador brasileiro não acei-
tamos absolutamente como verdadeira.

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406 Recensioni
A quarta parte nos apresenta o contraste entre os Pioneiros da Escola Nova e as
liderança católicas brasileiras. Fala-nos das reformas educacionais realizadas no
período em estudo, da participação de alguns líderes católicos no movimento escola-
novista. E dedica três capítulos à apresentação da ação educativa de Dom Bosco e sua
possível integração dentro da Escola Nova (Lembramos, aliás, que o sistema educa-
tivo de Dom Bosco alcança os 25 pontos da escala proposta pelos congressos da
Escola Nova para o reconhecimento de um sistema educativo como parte da Escola
Nova). Preciosa a apresentação que Riolando Azzi faz do livro de Mário Casassanta,
Dom Bosco Educador Um Mestre Velho da Escola Nova.
Segue-se um capítulo sobre os salesianos e a formação humanística e outro com
uma rápida apresentação do manual de pedagogia do P. Carlos Leôncio.
A quinta parte trata da produção editorial salesiana nos seus vários aspectos. É
boa a apresentação dos diversos autores salesianos. Pena que não tenham chegado às
mãos do autor as obras de Dom Lustosa sobre a realidade do Ceará e sobre a seca no
Nordeste.
A atividade missionária, efetuada em regime de Cristandade, - especialmente na
Amazônia, - é relatada na sexta parte. O autor não deixa de falar da crise que houve
nas Missões do Mato Grosso, da colaboração do Governo, em geral, e das forças ar-
madas, em particular. As falhas da ação missionária são apresentadas com serenidade,
dentro de seu contexto histórico.
Ao tratar das atividades pastorais, na parte seguinte, o autor fala dos primórdios
da renovação pastoral e da catequese no Brasil. Assinala a pouca participação dos sa-
lesianos nesses movimentos e não deixa de apresentar os aspectos positivos da ação
salesiana.
Uma parte especial é reservada ao Juazeiro do Padre Cícero. O autor, porém,
omite o fato de que, em 1916, Dom Quintino R de Oliveira reintegrou parcialmente o
P. Cícero no uso de suas funções sacerdotais. Só posteriormente é que se estabeleceu
o conflito entre os dois eclesiásticos.
Uma longa descrição da formação salesiana e de suas diversas fases ocupa a
nona parte da obra. Fala-se da sua organização em base ao princípio então vigente da
fuga mundi, da campanha das mil vocações do P. Orlando Chaves, do esforço para
qualificação do pessoal das casas de formação e de outros aspectos.
Segue-se uma última parte que trata da organização das Inspetorias.
Uma bem balanceada conclusão encerra o volume.
Além das observações já feitas à terceira parte do volume, há algumas pequenas
imprecisões: Quanto à cronologia básica:
– p. 19 - 1894 - Casa Inspetorial São Paulo (SP) - naquela ocasião Brasil e Uru-
guai constituíam uma única inspetoria. A Casa Inspetorial estava em Villa Colón
(Montevidéu). Com a criação da Inspetoria brasileira, a casa inspetorial ficou em
Lorena, até 1908, quando passou para S. Paulo.
– p. 19 - 1914 - Instituto Dom Bosco: Em 1914 foi entregue aos salesianos a
Paróquia do Bom Retiro. No Congresso dos Cooperadores de 1915, votou-se a

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criação do Instituto Dom Bosco, que se realizou um pouco mais tarde. Como casa sa-
lesiana só vai comparecer no Elenco da Congregação em 1919.
– p. 22 - 1956 - Faculdade Salesiana Lorena (SP) - a Faculdade Salesiana foi
criada em 1952, ano de sua autorização, e reconhecida em 1954.
Carta de Roma - p. 183 - “transcrevendo um trecho da famosa carta de Roma de
1883, na qual o santo educador narrava um sonho retratando a vida do antigo
Oratório de Turim” - a carta de Roma é de 1884.
– a p. 214 - “Fez a primeira profissão religiosa em 29 de janeiro de 195”. A
data de profissão do P. José Stringari é 29 de janeiro de 1925.
– p. 405 - “decidiu o inspetor Orlando Chaves que a partir de 1945 o Colégio
São Joaquim passasse a ser utilizado como estudantado filosófico”. Lembramos que
em 1943 o estudantado tinha sido transferido de Lavrinhas para o Colégio S. Joaquim
de Lorena.
– p. 407 - Cita-se Michel Schoyans, que afirma: “A filosofia dos nossos se-
minários, demasiado acadêmica, não ensinava a pensar pessoalmente”. - Cabe-me dar
testemunho de que em Lorena, o P. José Vieira de Vasconcelos fazia questão absoluta
de que tivéssemos nossa opinião pessoal sobre quanto se discutia em aula. Parece-me
incorreto citar o seminário do Ipiranga para justificar um juízo sobre Lorena.
– p. 408 - “Em 1946, o Pe. Vasconcelos voltou de novo a Lorena, como cate-
quista dos estudantes de filosofia. Retomou então o mesmo esforço. Preparou inclu-
sive uma sala de leitura...” - Como se vê dos Elencos da congregação, P. Vasconcelos
estava em Lorena desde 1943, com os aspirantes. Passou realmente a catequista dos
estudantes de filosofia em 1946, mas o fato da biblioteca deu-se em 1945. Partici-
pamos inclusive de um concurso para decidir qual o lema da biblioteca. Venceu a
frase Accedite et illuminamini.
E passamos a uma apreciação geral do livro de Riolando Azzi.
A primeira qualidade a ressaltar na presente obra é a vasta documentação
de que o autor se serve. Suas afirmações são sempre baseadas em documentos de
arquivo ou em publicações, geralmente de primeira mão. Não deixa também de
usar trabalhos já feitos por outros estudiosos, citando sempre a origem de quanto
apresenta.
O sentido de equilíbrio, que mesmo críticos de renome como Américo Jacobina
Lacombe reconhecem em Riolando Azzi, se manifesta neste volume. Mesmo ques-
tões delicadas e extremamente difíceis são tratadas com serenidade e se evita ao
máximo dar um julgamento sobre as pessoas.
Não podemos também deixar de assinalar a grande competência que o autor
demonstra no campo da História da Igreja e das instituições eclesiásticas.
Parabéns Riolando, e aguardamos o quarto volume!
Antonio da Silva Ferreira

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SANTOS Manoel Isaú Ponciano dos e CASTILHO Edson Donizetti, Com Dom Bosco e
com os tempos Pesquisa histórico-bibliográfica contemplando os 50 anos da
Escola Salesiana São José, a serviço da educação, à luz da preventividade, do
trabalho e da busca do conhecimento como princípios pedagógicos: memória e
profecia. Campinas, Escola Salesiana São José 2003, 304 p., com ilustrações.
O presente livro é a concretização do Projeto IV do Programa de Mestrado em
Educação Comunitária do Centro Universitário Salesiano UNISAL, de Americana.
Trata da Escola Salesiana São José, de Campinas, São Paulo, cujos cursos profissio-
nalizantes são mantidos e dirigidos pelos Salesianos de Dom Bosco, à luz do trabalho
como princípio educativo. A relação escola-trabalho acompanha este livro como fun-
damento teórico-metodológico. Não se trata de uma obra de cunho científico puro. Os
autores tiveram o cuidado de inserir fatos, pessoas envolvidas, episódios realmente
ocorridos, além de ilustrações fotográficas. Procuram celebrar e comemorar os cin-
qüenta anos da Escola Salesiana São José como um exemplo eloqüente da objeti-
vação de uma teoria do trabalho como princípio educativo.
Manoel Isaú Ponciano dos Santos é Doutor em Educação pela Universidade de
São Paulo. Tem várias obras publicadas. Lecionou em várias Universidades e agora é
titular no Programa de Mestrado em Educação Sociocomunitária do Centro UNISAL
de Americana.
Edson Donizetti Castilho é Mestre em Ciências da Educação pela Universidade
Pontifícia Salesiana de Roma e Doutor em Educação pela Universidade Metodista de
Piracicaba. Atualmente é Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa do Centro Univer-
sitário Salesiano UNISAL.
O livro inicia com uma Introdução, muito bem feita, onde se apresenta breve-
mente a história do ensino profissionalizante no Brasil. Segue uma rápida exposição
do conceito de trabalho em alguns pensadores modernos e termina com a exposição
da pedagogia do trabalho em Dom Bosco.
Começa o texto falando do ensino agrícola ministrado na Escola Agrícola Cam-
pineira, mantida pela Associação Agrícola de Educação e Assistência e pelo Liceu
Nossa Senhora Auxiliadora, dos salesianos.
A expansão urbana de Campinas para os lados da Escola, forçou os salesianos a
vender a maior parte das terras e a construir o edifício da Escola Salesiana São José.
Esta, no início, ministrava o ensino agrícola e o ensino profissionalizante. Os desti-
natários eram primordialmente os meninos e jovens enviados pelo Serviço Social de
Menores (SAM), a maioria provenientes da capital paulista. O contínuo avançar da
cidade de Campinas na direção da Escola, fez com que também se desistisse desta
nova fase do ensino agrícola, reduzindo-se a Escola São José ao curso primário e aos
cursos profissionalizantes.
Ao lado da criação do ginásio industrial, tentou-se também fazer da obra um
centro de formação para os Irmãos leigos salesianos de todo o Brasil.
Além dos convênios com o Estado, a Escola desfrutava do apoio da sociedade
campineira e de ajudas vindas da Alemanha.

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Com a entrada de Campinas na era eletrônica, na Escola Salesiana São José
cria-se a Escola de Eletrônica de Campinas (ETEC), uma das únicas duas então exi-
stentes no país.
Uma vez que se fechou o internato, a Escola Salesiana São José se abriu para os
jovens carentes da periferia de Campinas, que passaram a fazer cursos profissionali-
zantes na Escola. A ênfase dada a esses cursos não perturbou o desenvolvimento da
Escola. Ela se foi adaptando às novas necessidades e aos desafios constantes que pas-
saram a ser enfrentados no contexto da “comunidade educativa”, e não mais pelos
dirigentes e professores apenas.
A evolução da ETEC levou a pensar na possibilidade de instalar cursos de nível
superior na Escola Salesiana São José. Embora aprovada a iniciativa pelo Capítulo
inspetorial de 1975, e a autorização concedida pelo Ministério da Educação e Cultura
em 1981, os cursos da Faculdade Salesiana de Tecnologia só tiveram início em 1987.
Muito significativo é que a sociedade campineira absorveu bem as mudanças
ocorridas, prestando sua colaboração na manutenção da Escola e aceitando seus
alunos no meio empresarial.
Encerram o livro três capítulos, muito bons, de Edson Donizetti Castilho sobre
o sistema educativo de Dom Bosco e sua aplicação às escolas salesianas do Estado de
São Paulo.
Passando à avaliação da obra, ela é altamente positiva. Boa documentação, in-
terpretação serena e imparcial dos fatos e dos conflitos ocorridos, linguagem clara e
fácil de ser entendida, estilo atraente. Deixa um pouco a desejar a exatidão no citar
nomes e funções das pessoas como por exemplo do P. Carlos Leôncio da Silva, à
p. 30, de Dom Orlando Chaves, à p. 73, e a longa enumeração da p. 79.
Interessante a descrição que o autor apresenta da vida da Escola em seus di-
versos aspectos, nas diversas fases de sua evolução, especialmente nos capítulos 6:
Vida interna da Escola Salesiana São José e 7: Crescendo contra corrente na década
perdida!...
De grande oportunidade o capítulo 9: Eles fazem parte desta história... sobre os
Salesianos Irmãos Coadjutores que trabalharam e trabalham na Escola.
Importante o trabalho de muitos para que a Escola Salesiana São José continue
fiel ao carisma original, conciliando a instrução profissionalizante e tecnológica com
a formação humana e cristã do homem. Como diz um dos ex-alunos da Escola:
“Cresci em conhecimento, responsabilidade, raciocínio, aprendi uma profissão e
principalmente a ser um “ser humano”.
Antonio da Silva Ferreira
ZOVATTO Pietro (ed.), Storia della Spiritualità Italiana. Trieste, Città Nuova 2003,
776 p. ill.
Per la prima volta in Italia viene messa a disposizione una storia organica della
spiritualità dedicata completamente alla penisola italiana. Sotto la direzione scienti-

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fica di Pietro Zovatto, Costanzo Cagnoni, cappuccino e Antonio Gentili e Mauro Re-
gazzoni, barnabiti, hanno coperto otto secoli di storia della santità, a cominciare da
San Francesco per arrivare ai nostri giorni con Padre Pio, santo.
Dal punto di vista del metodo il volume procede in maniera quanto mai lineare:
si inizia con un’introduzione per ogni secolo o scansione storica compiuta per soffer-
marsi poi sulle singole personalità emergenti di quel periodo.
L’Italia comincia con una stella di prima grandezza, San Francesco d’Assisi,
dalle note intuizioni travolgenti (povertà, preghiera ed entusiasmo d’amore d’ogni
creatura per il suo creatore) fino ad arrivare al capolavoro dei Fioretti. Lo splendido
San Bonaventura nei suoi sviluppi e la dottrina dei padri predicatori (domenicani) do-
mina il Trecento ed emerge accanto al nuovo eremitismo agostiniano, servita e car-
melitano, nonché alle “mulieres religiosae et devotae”, prima fra tutte, Santa Caterina
da Siena.
Con l’umanesimo del Quattrocento trattato da Antonio Gentili, la cristianità ha
nuovi sussulti di vitalità e di crisi, mentre domina l’humanitas e accanto ad essa le
mistiche Francesca Romana, Caterina da Genova, Camilla Battista da Varano.
Il Cinque e Seicento è fatto oggetto di studio da parte di Mauro Ragazzoni. Con
il Concilio di Trento si vedono fiorire i Chierici regolari, Teatini, Barnabiti, Soma-
schi, e a parte soprattutto i Gesuiti. La spiritualità si arricchisce di nuove devozioni:
all’Eucaristia, al Crocifisso, alla Madonna, anche se accanto ad esse si conosce la
stregoneria e la superstizione. Prevale la spiritualità volontaristica e quella dei me-
todi. Il beneficio di Cristo e il Combattimento spirituale sono le opere più emblema-
tiche del tempo.
Zovatto tratta tre secoli: il Sette, l’Otto e il Novecento. Se ascetismo, devozione
alla Croce e al S. Cuore caratterizzano le personalità dominanti, quelle di S. Alfonso,
S. Paolo della Croce, S. Leonardo da Porto Maurizio, il Muratori congiunge la ra-
gione alla devozione scrivendo Della moderata devozione dei cristiani, per poggiarla
sul solido fondamento dogmatico e liberarla dalle “devozioncelle”.
Sull’Ottocento, sempre Zovatto, traccia le caratteristiche specifiche date dal
senso realizzativo di un dinamismo che, unito all’ascetica, può portare veramente la
Chiesa verso la spinta missionaria in ogni continente, privilegiando l’America del
Sud e quindi l’Africa. Figura emblematica di questo volontarismo instancabile è don
Bosco, che individua nei giovani un nuovo spazio pastorale per prevenire il secola-
rismo partito dal Settecento e dalla Rivoluzione francese. Mentre don Bosco sembra
muoversi dalle intuizioni pratiche e da un sano eclettismo, l’abate Rosmini, sviluppa
la dottrina della “Charitas”, che dev’essere universale per poter chiamarsi con quel
nome veramente onnicomprensivo. Nell’Ottocento i due santi, amici, sviluppano e
realizzano la dottrina della Provvidenza e della “voluntas Dei” conseguente, che
veniva espressa dal Superiore. Sulla linea del programma di Pio IX, che tanto aiutò
don Bosco, la spiritualità vive in un clima di pervadente soprannaturalismo, auspice
la grazia. Tra le devozioni ottocentesche vanno annoverate anche quelle delle Anime
del Purgatorio, del Preziosissimo Sangue e soprattutto quella mariana, che in don
Bosco assume la fisionomia della Madonna Ausiliatrice e in Rosmini della Madonna
Addolorata.

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Questa spiritualità che arriva in qualche modo a lambire il ventesimo secolo
con il Concilio Ecumenico Vaticano II incontra una novità assoluta, i Movimenti che
mettono in crisi il tradizionale apostolato dei laici sotto la direzione gerarchica. Si
evidenziano i Focolarini, Comunione e Liberazione e i Neocatecumenali.
La figura che il Novecento, oltre ai Toniolo, De Gasperi, Sturzo, Carretto, La
Pira ed altri ancora, offre al panorama spirituale popolare è quella di Padre Pio con il
suo vistoso corredo delle piaghe di Cristo, emblema delle sofferenze dei cristiani or-
dinari. Padre Pio sembra essere il “santo più carismatico del secolo”, così come don
Bosco lo era forse stato nel secolo precedente. Assente, per ovvi motivi cronologici,
la santa di questi ultimi giorni, madre Teresa di Calcutta, che evidentemente entrerà
di diritto in una eventuale seconda edizione.
A fronte di un simile ampio quadro di studi, raccolti in un solo volume, il grazie
ai curatori ed autori è scontato.
Francesco Motto