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bios, cachimbos, utensílios de cerâmica, instrumentos ignígera, abanicos, cestos, ves-
timentas e alpercatas, arco e flecha, tacapes, punhais, anzóis, redes, adornos, instru-
mentos musicais e urnas funerárias.
A próxima coleção é pertinente ao povo Xavante que se autodenomina AÚWE,
isto é, pessoas de verdade, homens de verdade. Ela é composta de artesanato utilitário
(cestas, cerâmica, esteiras, peneiras, pilão, abanicos, cachimbos, cabaças, pentes, te-
celagem e enfeites); peças de atividades lúdicas, rituais e de subsistência e vestuário.
Explica-se a elevada quantidade de peças Xavante e Bororo, pelo fato da
Missão Salesiana de Mato Grosso estar atuando junto a estes povos desde que se ins-
talou, nesta região, há cem anos.Como a Missão Salesian se faz presente na Região
Norte, configurada em Missão Salesiana do Amazonas, o Museu Dom Bosco também
abriga uma coleção referente à civilização do rio Uaupés que encerra a exposição et-
nológica.
V - Circundada pela coleção etnológica, acham-se expostas aves, répteis,
peixes e anfíbios. Vertebrados taxidermizados configuram um acervo de 2.200 ani-
mais, predominantemente, brasileiros.
VI - Uma sala especial abriga a coleção de insetos oriundos dos vários conti-
nentes num total de 17000 peças da coleção entomológica, onde se sobressaem as
borboletas - lepidópteros, cerca de 8.000.
VII - Minerologia - com cerca de 783 amostras, a coleção mineralógica contém
peças de diversos países como Itália, Zaire, Espanha, Peru, Estados Unidos, Polônia,
Zâmbia, México, Marrocos, Escócia, Austrália, Inglaterra, Rússia e França.
VIII - Mamíferos - nos corredores que marcam o final da visita, estão expostos
exemplares da coleção de mamíferos que evidenciam formações diferentes, resul-
tantes de combinações de genes que fogem ao padrão dito “normal” de seres vivos.
Assim é o Museu Dom Bosco que, nos três últimos anos tem recebido um nú-
mero anual de visitas, em torno de 15.000 (quinze mil) pessoas. Foram 16.187 (de-
zesseis mil, cento e oitenta e sete) visitas em 1994, 14.226 (quatorze mil, duzentos e
vinte e seis) em 1995, e 14.430 (quatorze mil, quatrocentos e trinta) em 1996. Até o
mês de setembro de 1997, o número de visitantes foi de 15.143 (quinze mil, cento e
quarenta e três) pessoas, significando considerável aumento em relação à quantidade
de visitas efetivadas nos anos anteriores. Aproximadamente, 70% (setenta por cento)
deste total corresponde a estudantes da educação básica, do ensino médio e da edu-
cação superior (Dados estatísticos em anexo).
Necessário se faz citar a mais ilustre visita recebida pelo Museu Dom Bosco: o
Papa João Paulo II. Em peregrinação pelas terras brasileiras, Sua Santidade, no ano
de 1991, esteve aqui em Campo Grande e pôde conhecer o Museu cuja existência se
tributa ao trabalho e à dedicação dos Salesianos.
São muitos os estudiosos, pesquisadores e personalidades, nacionais e interna-
cionais, que deixam o registro de suas impressões quando em visita ao museu. Entre
eles destacam-se:
“Sem qualquer conotação de discriminação geográfica, eu não esperava mesmo encon-
trar em Campo Grande um museu com tanto material relevante e tão bem cuidado. A
parte antropológica, em especial, é impecável. Malacologia, entomologia e antropologia