sdb 115 Fevereiro 2010


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SDB-Moçambique
Visitadoria Maria Auxiliadora
Fevereiro 2010 - n..º 115
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Na nossa programação para 2010, leio como primeiro objectivo específico: Como discípulos e
apóstolos de Jesus encontrarmo-nos com Cristo na Palavra, na Eucaristia e nos jovens.
Como explica o Reitor Maior na Estreia, antes de ser apóstolo, o salesiano ou qualquer evangeliza-
dor tem de ser discípulo. Tem que colocar-se na escola de Jesus para o ouvir, para lhe captar o
seu estilo de vida; o seu modo de tratar e acolher a gente; o seu modo de atender os pobres e os
pecadores; o seu modo de se fazer encontrar com os que necessitam dele, como a samaritana,
Zaqueu ou Mateus.
Um dos modos que hoje temos de nos colocarmos na escola de Jesus para O escutar é a leitura e
a meditação da sua Palavra. Uma das formas recomendadas de o fazer é através da prática da
lectio divina que o nosso Reitor Maior, P. Pascual Chavez, tanto recomenda.
Para concretizar este objectivo a nossa programação, para este ano, aponta como estratégia a
lectio divina comunitária sobre as leituras de domingo. É interessante a experiência de alguma
comunidade em que não só a comunidade participa, mas também os jovens. Gostaria que se intro-
duzisse nas nossas comunidades este bom costume à semelhança do que se fez com a introdução
da oração por cada uma das comunidades.
Quando se celebrou o Sínodo da Palavra recolhi a intervenção de D. Plínio Domingos, que tem por
título: A «Lectio Divina» partilhada em grupo. Ele, na sua diocese, propôs que se criassem os “gru-
pos paulinos” em todas as comunidades cristãs nos quais deveriam realizar esta prática.
Diz ele que “na modalidade do grupo que partilha a “lectio”, o centro não é o animador mas o texto;
e todos os membros do grupo se tornam animadores. Ao animador cabe a tarefa de coordenar as
intervenções. Cada membro do grupo vai directamente à fonte e colhe pessoalmente a mensagem
do texto sagrado. Depois partilha com os membros do grupo. Assim coloca-se no centro o próprio
texto e não o mediador…
A partilha em grupo prepara, completa e desdobra a pregação. Em vez do pregador põe-se o texto
a falar. Faz-se a leitura meditada pessoalmente. Cada um presta atenção e deixa que o texto fale ao
coração e à vida. Assim o texto adquire vida. Depois faz-se a partilha e põe-se em comum a pers-
pectiva que cada um colheu. Deste modo, através da meditação partilhada, unem-se e complemen-
tam-se as perspectivas dos vários membros do grupo. Escuta-se o texto e escutam-se os outros na
partilha. A Palavra é para mim e é para o outro. A Palavra partilhada torna-se Palavra para o mun-
do, para a sociedade”.
Nas nossas comunidades, julgo que não custaria muito encarregar algum membro da comunidade
para ajudar a fazer, o primeiro passo da lectio, isto é o que diz a leitura. Há muitos lugares onde
encontrar um comentário no qual se apresenta o ambiente, o contexto das leituras, por exemplo
www.ecclesia.pt. Depois dessa breve apresentação deixa-se tempo para que cada um indique a
frase, a atitude, a personagem, o gesto que lhe chamou mais a atenção no texto.
Na segunda etapa, a meditação, cada membro do grupo poderá dizer o que o texto me diz a mim; o
que o texto tem a ver com a minha situação hoje, ou com a situação social ou da nossa comunida-
de; é o porquê eu sublinhei esta frase ou atitude ou gesto da leitura.
Na terceira etapa trata-se de rezar a partir da palavra e sobretudo da frase que me disse mais e
da situação pessoal ou social que ela ilumina. Em alguma comunidade na adoração de domingo à
tarde retoma-se a lectio nesta etapa, voltando assim às leituras.
As etapas de contemplação e de compromisso são pessoais, por isso serão feitas num tempo de
silêncio.
Sei que várias comunidades já estão a fazer este exercício. Animo as outras a experimentarem
também, colocando-nos assim, como discípulos, na escola de Jesus que é a base para uma boa
evangelização.
P. Leal
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CURATORIO
De 5 a 8 de Fevereiro realizou-se me
Lubumbashi a reunião do Curatorio. Fazem
parte da reunião do Curatorio os responsá-
veis do Centro de estudos e os provinciais
do Instituo de modo a oferecer o curso de
catequética no segundo ciclo e sobre outros
aspectos da formação.
Os salesianos estudantes de Moçambique
encontram-se bem integrados e dão uma
colaboração apreciada na vida da comunida-
de. O mesmo se pode dizer do Tito que se
encontra em Kansébula e que terminará o seu
curso em Junho deste ano.
Recorda-se ainda que, em Julho deste ano,
receberão o dicaconado o Alfiado e o Arlin-
do e, em Jerusalém, o Carlos Ochoa.
Tive a oportunidade de participar na assem-
bleia dos religiosos da província de Katanga,
com a presença de cerca de 400 religiosos e
religiosas, que se celebrou no domingo, dia
10. Foi ocasião para partilhar as preocupa-
ções dos religiosos e também comunicar o
que fazemos em Moçambique como CIRM-
CONFEREMO.
P. Leal
que tenham estudantes no Centro. Estiveram
presentes D. Cereda, conselheiro geral para
a formação, o Director da comunidade do
teologado, o Director do Instituo, os provin-
ciais da inspectoria do África Central e de
Moçambique. O provincial de AFO não se
encontrava presente devido à realização do
seu Capítulo Inspectorial.
Os responsáveis de cada sector apresenta-
ram os seus relatório com as actividades e
também o relatório financeiro: da comuni-
dade, do Instituo e da Biblioteca.
Em geral a apreciação é positiva. Há alguns
aspectos a ter em conta, como o número de
alunos que este ano teve algum aumento,
mas insuficiente, o que se reflecte no
aumento de custo por aluno, a necessidade
de diversificar a proveniência dos salesianos
estudantes para enriquecer a diversidade
cultural e internacional; necessidade de for-
madores e professores salesianos, se possí-
vel também provenientes das províncias de
origem dos estudantes; a necessidade de
personalizar a formação de modo a criar
consagrados coerentes e resistentes aos ven-
tos opostos aos valores da vida consagrada.
A presença de D. Cereda foi uma oportuni-
dade para dialogar sobre o desenvolvimento
NOVICIADO
No fim do dia 8 de Fevereiro pelas 21.45,
chegavam ao aeroporto os 12 noviços de
Angola, acompanhados pelo P. Piccoli e o
tirocinante Nunes Ndumba. Do aeroporto
seguiram directamente para a casa do novi-
ciado na Namaacha, passando pela Matola
para recolher os 7 noviços moçambicanos.
Assim, todo o grupo subiu as montanhas dos
Libombos para entrarem ao mesmo tempo no
noviciado.
Na tarde do dia seguinte, dia 9 de Fevereiro,
já descansados da viagem, numa celebração
simples, mas carregada de sentido, dava-se o
início oficial ao noviciado. Reunidos na
capela os 19 noviços reafirmaram a sua deci-
são de entrar no noviciado, colocando-se na
disposição de entrar na escola do Mestre,
fazendo a experiência de discípulos para
depois se tornarem apóstolos e testemunhas
da experiência vivida com Ele.
No convívio da refeição, entre os cantos, não
faltou também o “rata-plan” do nosso P.
Júlio, dando alegremente, com os seus ver-
sos, as boas-vindas aos noviços.
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TOMADA DE POSSE DO P. PIERRE
MAIBWE
Tomada de possa do P. Pieere Maibwe,
como Director de Moamba, no dia 13 de
Fevereiro.
Tomada de posse do director de Moamba
No dia 13 de Fevereiro realizou-se a tomada
de posse do Director da Escola Profissional
de Moamba, P. Pierre Maibwe.
Reunidos os alunos internos com a comuni-
dade salesiana e alguns colaboradores, cele-
brou-se a Eucaristia, durante a qual se reali-
zou a profissão de fé e a assinatura da Acta
de toma da de posse, na presença do Provin-
cial.
Desejamos ao P. Pierre bom trabalho e que
o seu ministério, neste ano em que celebra-
mos o centenário da morte do Beato P. Rua,
consiga criar naquela escola o ambiente do
Oratório de Valdocco, como D. Bosco que-
ria.
FESTA DE S. JOÃO DE BRITO EM
MOAMBA
7 de Fevereiro
No passado dia 7 de Fevereiro, a comunida-
de paroquial de Moamba celebrou a festa do
seu padroeiro – S. João de Brito – santo
missionário que, em tempos idos, levou a
Palavra ao oriente.
Durante a manhã, realizou-se asagrada
Eucaristia, presidida pelo novo director da
obra salesiana de Moamba, P. Pierre Maib-
we, à qual se seguiu a procissão pelas ruas
da vcila, numa clara manifestação de fé e de
alegria. Seguidamente, teve lugar um chá
com pão, servido no recinto da igreja, onde
também, simultaneamente, decorriam alguns
jogos.
Todavia um dos momentos mais animados
da festa foi o almoço, organizado pelo páro-
co local, P. Luís Belo, e só possível graças à
generosa participação e colaboração de
várias pessoas que ofereceram os ingredien-
tes, nomeadamente 60 frangos, 100kg de
arroz e os restantes condimentos. Este almo-
ço é já tradição das festividades moamben-
ses e é, para muitos, também uma graça,
onde a abundância contrasta com os inúme-
ros dias de escassez a que muitos paroquia-
nos, infeliz e forçosamente, já se habituaram.
O período da tarde foi marcado pela realiza-
ção de vários e animados jogos populares e
uma corrida corta-mato para as crianças.
Tudo correu muito bem e sem incidentes a
registar, pelo que é com imenso júbilo que
podemos afirmar que a festa foi um sucesso,
pautada pela alegria e convívio fraternos,
pese embora o cansaço decorrente da organi-
zação deste tipo de eventos.
Resta deixar um agradecimento a todos
quantos, de forma directa ou indirecta, con-
tribuíram para a realização destas festivida-
des, destacadamente a toda a comunidade
salesiana de Moamba. No próximo ano há
mais!
Sandra Rodrigues
LANÇAMENTO DO ANO PASTORAL
2010
Como já é tradição entre nós, no início de
cada ano a Família Salesiana reúne-se sem-
pre na paróquia de São José de Lhanguene
para juntos fazer o acolhimento do Lema do
Reitor Maior Pe. Pascual Chavez. E também
escutarmos a partilha dos objectivos pasto-
rais de cada ramo da Família Salesiana.
Para 2010 o lema é: “Senhor, queremos ver
Jesus. À imitação do Padre Rua, como dis-
cípulos autênticos e apóstolos apaixonados,
levemos o Evangelho aos jovens”.
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Quando era por volta das 8.00h havia nos
espaços da paróquia de São José um colori-
do muito festivo: muitos jovens e adolescen-
tes, adultos, várias irmãs salesianas e sale-
sianos. Todos estavam felizes de poderem
festejar Dom Bosco e ao mesmo tempo aco-
lher o novo lema do R. Mor.
A Eucaristia solene foi o ponto mais alto do
dia. Foi muito bem participada. Presidiu o
Pe. António Tallon acompanhado de vários
concelebrantes.
Destaque especial foi o momento das pro-
messas e o envio dos animadores finalistas
da formação da Moamba. Eram 10 valentes
jovens e entre eles 4 eram noviças salesia-
nas. Pelas 10.45h deu-se o inicio ao segundo
momento e muito esperado: a projecção do
vídeo do Reitor Mor Pe. Pascual Chavez.
Tivemos momento de breve reflexão sobre o
vídeo e depois a partilha dos objectivos pas-
torais dos diversos ramos da família salesia-
na. No fim, dois grupos (adolescentes da
Unidade 7 e jovens do Bom Pastor) brinda-
ram aos presentes com belíssima encenação
sobre a evangelização e um canto muito lin-
do interpretado pelos jovens do grupo Socie-
dade de Alegria.
Gracinda e Hidrogénio (Coord. MJS)
ENCONTRO DE COORDENADORES DE
PASTORAL
Teve lugar no dia 18 do passado mês de
Fevereiro o primeiro encontro de Coordena-
dores de pastoral a nível das casas salesianas
da Visitadoria de Moçambique. Participa-
ram os seguintes salesianos: Pe. Pierre
actual director da casa da Moamba, Pe.
Donatien da Matola, Pe. Miguel de São José
de Lhanguene, Pe. Filipe actual coordenador
do Matundo-Tete, Pe. Pescador, pároco e
coordenador da pastoral do ISDB e o Pe.
Joaquim Bambo.
O encontro foi de um dia e realizou-se na
sala magna da sede da Visitadoria em Mapu-
to. Como de costume orientou o encontro o
Delegado de pastoral o Pe. Bambo.
Segundo o programa pelas 8.30h tivemos a
oração inicial e seguido da leitura do pro-
grama do dia. Depois foi o momento de par-
tilha da realidade pastoral de cada casa.
Depois de breve interrupção para o lanche
tivemos o tempo forte de reflexão sobre o
repensamento da nossa pastoral juvenil à luz
da Estreia do Reitor Mor Pe. Pascual Cha-
vez.
Pelas 12.00h fizemos uma paragem para o
almoço merecido. Quando eram 14.30h
demos continuidade aos nossos trabalhos.
Esteve algum momento entre nós o Pe. Pro-
vincial Leal Gomes. Saudou-nos e encora-
jou-nos a trabalhar em equipa e a valorizar
os projectos comuns que já levam anos de
caminhada na nossa Visitadoria. Ainda nessa
mesma tarde tratamos concretamente da
revisão dos objectivos pastorais para 2010,
consolidação de projectos comuns como a
Formação de lideranças juvenis, Educação
aos valores face ao HIV-SIDA nos grupos de
vida; Documento do MJS, Acompanhamento
dos grupos, voluntariado Nacional.
Em relação ao manual de Formação Humana
concluiu-se que depois muitos entraves, vai-
se finalmente dar continuidade para a sua
conclusão, fazendo-se valer da parceria com
o ISMMA (Instituto Superior Maria Mãe de
Africa).
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Foi-nos comunicado também que há oportu-
nidade dos salesianos na Visitadoria pode-
rem participar no curso de LOVEMAT-
TERS da Africa do Sul, promovidos pelos
salesianos daquela província. O Pe. Bambo
aproveitou o encontro para partilhar connos-
co o encontro havido no final de Janeiro em
Nairobi sobre o Convénio de voluntariado
Internacional no qual daqui de Moçambique
tomaram parte a voluntária Sandra e o Dele-
gado de Pastoral juvenil Pe. Bambo. O
material completo das conclusões do convé-
nio chegará em breve e será partilhado pelas
comunidades. Quando eram 17.30horas deu-
se por encerrado o encontro.
Pe. Filipe Ajuda, Sdb.
REUNIÃO DO CONSELHO PROVIN-
CIAL – FEVEREIRO
Na sua sessão de Fevereiro o conselho da
visitadoria tratou os seguintes temas:
- Estudou do papel do delegado para a for-
mação;
- Apreciou o relatório da reunião do Curato-
rio de Lubumbashi, juntamente com os
escrutínios;
- apreciou a construção da sede da Visitado-
ria marcando a sua inauguração para o pró-
ximo mês de Agosto, convidando o Ecóno-
mo Geral e outros salesianos, entre eles Dom
Joaquim Mendes que poderia ordenar Diá-
cono Manuel Catonda;
- aprovou-se o Projecto de Formação;
- Na área dos projectos deu-se conta do pon-
to de situação do Projecto FICA, para a
construção de oficinas e laboratórios do
ISDB; do projecto de Desenvolvimento
Rural para Moatize; da construção do “Inter-
nato para a Escola profissional de Inharrime;
apresentou-se a proposta de uma possível
parceria na área de aproveitamento da ener-
gia solar.
DATAS A TER EM CONTA
11-12/03 1º encontro de Tirocinantes
13/03 Retiro para os acólitos
13-22/03 Visita do Provincial a Tete
19/03 Festa de S. José
Encontro em Bonn sobre For. Profissional – P. José
15/03 Mem. Artémides Zati
20/03 1ª Formação de Monitores de Oratório
21/03 Formação para conselhos locais dos grupos da FS
25/03 Anunciação do Senhor
28/03 Dom. de Ramos; Dia Mundial da Juventude
01/04 Quinta-feira Santa
02/04 Sexta-feira Santa
03/04 Sábado Santo
04/04 Páscoa do Senhor
06/04 Centenário da morte de D. Rua
Reunião da comissão administrativa
07/04 2ª Sessão do Capítulo Provincial
Felicidades - Parabéns
13/03
19/03
26/03
27/03
04/04
07/04
08/04
P. Miguel Delgado
José Adolfo Duro
Francisco Lourenço
P. Pierre Maibwe
Ir. Elisio
P. Luís Belo
Sérgio Daniel
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