Defunti|Leituras

1 de fevereiro

Comemoração de todos os irmãos salesianos defuntos

Omite-se esta comemoração se cair num domingo. Nes­te caso, não deve ser transferida para outro dia.

O sufrágio pelos Irmãos falecidos é um dever de gratidão e de fraternidade. A lembrança daqueles que conhecemos e com os quais certamente partilhamos por anos a mesma vocação e missão pode constituir um es­tímulo eloqüente para edificar e prolongar na Família Salesiana o empenho pela santidade.

Na memória dos Irmãos Falecidos, a Congregação celebra o amor que o Senhor manifestou na vida de seus filhos, e vê realizada a promessa de continuidade feita a São João Bosco.

Indulgência Plenária

Invitatório

Ant. Vinde, adoremos o Senhor, esperança dos viventes.

Oficio das Leituras

Hino

Já dos sepulcros ouvimos a voz; em silêncio, á vivos, escutai; nenhum rumor, neste dia, façais: com nossos mortos vai Ele falar.

"Descer eu devia; é lei cio amor". Ele agora apenas sorri e fulgura. Todos narram contentes o evento: 'a- própria morte todos compreendem.

"Também a morte é espaço de Deus". Foi a sua morte que o revelou: nada, dele, nós saber poderíamos, se na tumba não tivesse descido.

São os mortos que agora nos falam: "Não mais choreis, ó vivos; só confiai. Oh! pudésseis ver a Deus também vós, assim como nós aqui o contemplamos".

Rebrilhe a fulgente aurora de Pãscoa, ó Pai com o Espírito onipresente; vivos e mortos, em Cristo, se abracem: viverão juntos para sempre. Amém

Salmodia

Ant. 1 Bem-aventurados os que esperam no Senhor.

Salmo 39 (40),2-14.17-18 Ação de graças e pedido de auxílio

  • Esperando, esperei no Senhor, * e inclinando-se, ouviu meu clamor.

5

  • Retirou-me da cova da morte * e de um charco de lodo e de lama.

  • Colocou os meus pés sobre a rocha, * devolveu a firmeza a meus passos. Canto novo ele põs em meus lábios, * um poema em louvor ao Senhor.

  • Muitos vejam, respeitem, adorem *

  • esperem em Deus, confiantes.

  • feliz quem a Deus se confia; +

quem não segue os que adoram os ídolos *

  • se perdem por falsos caminhos.

Quão imensos, Senhor, vossos feitos! * Maravilhas fizestes por nós!

  • Quem a vós poderá comparar-se * nos desígnios a nosso respeito?

- Eu quisera, Senhor, publicá-los, * mas são tantos! Quem pode contá-los?

2 Sacrifício e oblação não quisestes, * mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, + holocaustos por nossos pecados. * E então eu vos disse: "Eis que venho!"

= Sobre mim está escrito no livro: + "Com prazer faço a vossa vontade, * guardo em meu coração vossa lei!"

Ant. 1 Bem-aventurados os que esperam no Senhor.

Ant. 2 Senhor, guiai-me na vossa justiça, aplainai diante de mim vosso caminho.

II

  • 1" Boas-novas de vossa justiça + anunciei numa grande assembléia; * vós sabeis: não fechei os meus lábios!

=" Proclamei toda a vossa justiça, + sem retê-la no meu coração; * vosso auxílio e lealdade narrei.

  • Não calei vossa graça e verdade * na presença da grande assembléia.

Não negueis para mim vosso amor! * Vossa graça e verdade me guardem!

  • `1 Pois desgraças sem conta me cercam, + minhas culpas me agarram, me prendem, * e assim já nem posso enxergar.

= Meus pecados são mais numerosos + que os cabelos da minha cabeça: * desfaleço e me foge o alento!

-1' Dignai-vos, Senhor, libertar-me, * vinde logo, Senhor, socorrer-me!

2' Mas se alegre e em vós rejubile *

todo ser que vos busca, Senhor!

- Digam sempre: "É grande o Senhor!" *

os que buscam em vós seu auxílio. *

  • Eu sou pobre, infeliz, desvalido, +

porém guarda o Senhor minha vida, * e por mim se desdobra em carinho.

  • Vós me sois salvação e auxílio: * vinde logo, Senhor, não tardeis!

Ant. 2 Senhor, guiai-me na vossa justiça, aplainai diante de mim vosso caminho.

Ant. 3 Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: Quando irei contemplar a face do Senhor?

Salmo 41 (42)

Sede de Deus e saudades do templo

  • Assim como a corça suspira *

pelas águas correntes,

  • suspira igualmente minh'alma * por vós, ó meu Deus!

2 Minha alma tem sede de Deus, * e deseja o Deus vivo.

  • Quando terei a alegria de ver * a face de Deus?

  • O meu pranto é o meu alimento *

de dia e de noite,

  • enquanto insistentes repetem: * "Onde está o teu Deus?"

2 Recordo saudoso o tempo * em que ia com o povo.

  • Peregrino e feliz caminhando * para a casa de Deus,

  • entre gritos, louvor e alegria * da multidão jubilosa.

= Por que te entristeces, minh'alma, * a gemer no meu peito?

  • Espera em Deus! Louvarei novamente *

  • meu Deus Salvador!

Minh'alma está agora abatida, * e então penso em vós,

- do Jordão e das terras do Hermon * e do monte Misar.

= Como o abismo atrai outro abismo, * ao fragor das cascatas,

  • vossas ondas e vossas torrentes * sobre mim se lançaram.

2 Que o Senhor me conceda de dia * sua graça benigna

  • e de noite, cantando, eu bendigo * ao meu Deus, minha vida.

2° Digo a Deus: "Vós que sois meu amparo, * por que me esqueceis?

  • Por que ando tão triste e abatido * pela opressão do inimigo?"

=` Os meus ossos se quebram de dor, * ao insultar-me o inimigo;

  • ao dizer cada dia de novo: * Onde está o teu Deus?"

2° Por que te entristeces, minh'alma, * a gemer no meu peito?

  • Espera em Deus! Louvarei novamente *

  • meu Deus Salvador?

Aut. 3 Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: Quando irei contemplar a face do Senhor?

V. É grande a vossa misericórdia, Senhor:

R. Vivificai-me segundo a vossa promessa.

Primeira leitura 2Cor

ResponsórioCf Si 50,4

R. Não me julgueis, ó Deus, segundo as minhas ações: diante de vós nada fiz de bom. Suplico à vossa majesta­de: * no vosso amor apagai todo o meu pecado.

V. Lavai-me de todas as minhas culpas, purificai-me da minha injustiça. R. No vosso amor apagai todo o meu pecado.

Segunda leitura

Do Tratado sobre "Isaac ou a Alma" de Santo Ambrósio, bispo

8,78-79; SAEMO 3, 123-125)

O verdadeiro bem é a vida eterna

Fujamos para aquela que é nossa verdadeira pátria. Lá temos a pátria e temos o Pai, que nos criou, lá onde está a cidade de Jerusalém, que é a mãe de todos.

Mas em que consiste essa fuga? Certamente não é uma fuga com os pés: porque os pés, para onde quer que corramos, corremos sempre sobre a terra e passamos de um solo a outro. E não devemos também fugir de navio, nem de carro, nem a cavalo que tropeça e cai, mas deve­mos fugir com a alma e os olhos e os pés do nosso homem interior. Habituemos os nossos olhos a ver as realidades que são resplandecentes e claras, a olhar o rosto da continência e da temperança e de todas as virtudes, nas quais nada há de escabroso, nada de obs­curo e tortuoso. Cada um olhe para si próprio e para sua consciência; purifique o olho interno, para que não te­nha nenhuma mancha, porque o que é visto não deve discordar daquele que vê, porque Deus nos quer confor­mes à imagem do seu Filho. Conhecemos o bem, que não está longe de nenhum de nõs: "Nele, de fato, vive­mos, nos movemos e somos; nós somos, portanto, da sua estirpe"(At 17, 28), como o Apóstolo supõs que os pagãos deveriam entender. Este é o bem que procura­mos, o único bem: ninguém, de fato, é bom, a não ser somente Deus.

Este é o olho que vê o grande, o verdadeiro esplen­dor. Como somente um olho são e vivo pode ver o sol, assim, somente uma alma boa pode ver o bem. Torne-se bom, portanto, aquele que quer ver o Senhor e o que é bom. Tornemo-nos semelhantes a este bem e, con­formemo-nos a ele, fazendo aquilo que é bom. Este é o bem que está acima de toda a ação, acima de toda inte­ligência e de todo intelecto. É o que dura para sempre, para o qual convergem todas as coisas. "Nele habita cor­poralmente toda a plenitude da divindade" (C1 2, 9), e por meio dele todas as coisas se reconciliam com ele. Para definir mais perfeitamente o que é o bem, o bem é a vida, porque o bem dura para sempre doando a todos o viver e o ser, fonte de vida de todos é Cristo.

Dele diz o profeta: "Nós viveremos em sua presen­ça" (Os 6,2); realmente, "a nossa vida está escondida em Cristo; mas quando Cristo nossa vida aparecer, en­tão aparecemos também com ele revestidos de glória" (Cl 3, 3-4). Não devemos, pois, temer a morte, porque ela é repouso do corpo, ao mesmo tempo que é liberdade para a alma. E não devemos temer quem pode matar o corpo, mas não pode matar a alma, porque não tememos aquele que pode levar nossas vestimentas, não teme­mos aquele que pode roubar nossas coisas, mas não pode roubar-nos a nós mesmos. Nós somos nossas al­mas, e nossos membros são nossas vestes. Devemos conservar as vestes, é verdade, para que não se estra­guem nem envelheçam; mas quem usa essas vestes, deve, com muita mais razão, conservar e guardar a si mesmo.

  • ResponsõrioCf SI 26,4.13; Fl 1,21

R. Uma só coisa peço ao Senhor: habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida. * Estou certo de que contemplarei a bondade do Senhor na terra dos viventes.

V. Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. * Estou certo de que contemplarei a bondade do Senhor na ter­ra dos viventes.

Segunda leitura

Do "Testamento Espiritual" de São João Bosco, pres­bítero

(Constituições da Sociedade de
São Francisco de Sales 1984, 252-253)

Meus queridos filhos em Jesus Cristo,

Antes de partir para a minha eternidade devo cum­prir alguns deveres para convosco e assim satisfazer o grande desejo do meu coração. Antes de mais nada, agradeço-vos com o mais vivo afeto do coração a obedi­ência que me prestastes e todo o trabalho que tivestes para manter e propagar a nossa Congregação.

Eu vos deixo aqui na terra, mas apenas por pouco tempo. Espero da infinita misericórdia de Deus que um dia nos possamos encontrar todos na feliz eternida­de. Lá vos espero.

Recomendo-vos que não choreis a minha morte. É uma dívida que todos havemos de pagar, mas depois será copiosamente recompensado todo o trabalho sofri­do por amor do nosso Mestre, o nosso bom Jesus.

Em vez de chorar, tomai firmes e eficazes resolu­ções de permanecer firmes na vocação até a morte. Fi­cai atentos e vigiai a fim de que nem o amor deste mun­do, nem a afeição aos parentes, nem o desejo de vida mais cômoda vos levem ao grande despropósito de pro­fanar os santos votos e assim transgredir a profissão religiosa, com que nos consagramos ao Senhor. Nenhum de nós tome de novo o que ofereceu a Deus.

Se me amastes no passado, continuai a amar-me no futuro, mediante a exata observância das nossas Cons­tituições.

O vosso Reitor já não vive, mas será eleito outro que cuidará de vós e da vossa eterna salvação. Ouvi-o, amai-o, obedecei-lhe, rezai por ele, como fizestes para comigo.

Adeus, queridos filhos, adeus. Espero-vos no céu. Lá falaremos de Deus, de Maria, Mãe e sustentáculo da nossa Congregação; lá bendiremos por todo o sempre esta Congregação, cujas regras por nós observadas con­tribuíram poderosa e eficazmente para a nossa salvação.

Seja bendito o nome do Senhor agora e para sempre. No Senhor eu esperei e não serei confundido eternamen­te.

ResponsórioCf Fl 3,20.21; Cl 3,4

R. A nossa pátria está nos céus, de onde esperamos como salvador, o Senhor Jesus Cristo. * Ele transfor­mará nosso mísero corpo, para conformá-lo ao seu cor­po glorioso.

V.Quando Cristo, nossa vida, se manifestar, então tam­bém nós seremos manifestados com Ele na glória. *Ele transformará nosso mísero corpo.

ou

Dos escritos do Servo de Deus José Quadrio,
salesiano, presbítero

A morte para o cristão é início
cia verdadeira vida

A fé ilumina a morte com luz suave, apresentando também seus aspectos positivos e consoladores. Para um cristão, morrer não é acabar, mas é começar; é o início da verdadeira vida, é a porta que introduz na eter­nidade. É como quando, dentro do arame farpado do campo de concentração, ressoa o anúncio suspirado: "Vamos para casa!". Morrer é entreabrir a porta e dizer: "Meu Pai, eis-me aqui, cheguei!". É, na verdade, um salto no escuro; mas com a certeza de cair nos braços do Pai celeste.

Quem acredita realmente na vida eterna, não pode deixar de repetir com São Paulo: "Para mim a marte é um ganho... Desejo ir e estar com Cristo, porque é mui­to melhor". "Enquanto vivermos neste corpo, nós nos encontramos longe do Senhor... O nosso desejo é mu­dar a morada deste corpo pela morada do Senhor". Os olhos que fechamos continuam vendo para além da se­pultura. Os mortos não são criaturas aniquiladas, mas criaturas que sobrevivem.

O medo obsessivo da morte poderia ser também cau­sado pela consciéncia dos pecados que cometemos e pelo temor do juízo divino. Neste caso, deve-se opor a este temor uma firmíssima esperança na misericórdia divina do Pai celeste. Quem vai nos julgar e decidir a nossa sorte eterna não é um inimigo ou um desconhe­cido; mas é o nosso irmão maior, que para salvar-nos padeceu os tormentos do Calvário e nos ama muito mais do que amamos a nós mesmos. São Francisco de Sales dizia que, no dia do Juízo preferia ser julgado por Deus a ser julgado pela própria mãe. Basta reconhecer-nos pecadores e abandonar-nos com confiança à incomen­surável bondade de Deus, para termos certeza do per­dão e da salvação. É tão belo não se julgar "igual" a Ele, mas necessitados da sua misericórdia; sentir-nos per­didos e, ao mesmo tempo, salvos por Ele que "veio para salvar o que estava perdido".

Por fim, a raiz da inquietação diante da morte po­deria ser o pensamento das dores e das angústias que freqüentemente a acompanham. Há um remédio infa­fivel, não para suprimir, mas para superar e adoçar este pensamento: é o de oferecer todos os dias a pró­pria agonia e morte, com todos os sofrimentos físicos e morais que a acompanharão ao Pai celeste em união com a morte de Cristo, com o mesmo amor e pelas mes­mas intenções que Cristo teve na cruz. Quanta luz e quanto conforto brotam desta celebração antecipada e amorosa da própria morte, oferecida ao Pai como uma pequena hóstia à grande Hóstia, que é Jesus imolado no Calvário e em todas as Missas! Então a nossa mor­te recebe o significado e o valor de uma "co-redenção", isto é, de uma cooperação com Cristo na glorificação do Pai, na expiação dos pecados e na salvação do mun­do.

A morte, tornada, assim, objeto de fé, de esperança e de amor, não deixará de incutir pavor; mas este pavor será aceito e amado como matéria preciosa do sacrifício humano.

ResponsórioCf Si 30, 20; 1Cor 2,9

R. Como é grande a vossa bondade, Senhor que tendes reservada para aqueles que vos temem * Vós a conce­deis àqueles que em Vós confiam.

V. Aquelas coisas que o olho não vé, nem os ouvidos escutam, nem jamais entraram no coração humano, es­tas preparastes, ó Deus, para aqueles que vos amam. * Vós a concedeis àqueles que em Vós confiam.

Oração como nas Laudes

Laudes

Hino

Sede bendito, meu Deus!

Mostrais a vossa luz ao peregrino; a estrada a quem caminha pela noite. A võs encontram, pasmos e extasiados, os mortos chamados à nova vida.

Sede bendito, meu Deus!

Após o "Êxodo", atravessada a nuvem, brilha mais amável o vosso rosto; alegremente baila a vossa luz no lindo alvorecer da Páscoa eterna.

Sede bendito, meu Deus!

A vossa presença é a de um ser vivo,

que chama ao grande banquete das núpcias;

convosco, numa delirante festa,

caminha a leda turba dos remidos.

Sede bendito, meu Deus!

Os mortos, em vós reencontram a paz e são a vossa glória, ó Deus vivo; no vosso mistério aguardam a tuba dos céus novos, como da terra nova.

Sede bendito, meu Deus!

Õ Pai, que nos mostrais a vossa glória; ó Filho, que reavivais a esperança; ó Espírito, que acendeis o desejo, para sempre vos louvamos. Amém. •

Salmodia

Ant. 1 Olhai, Senhor, para a minha fraqueza; perdoai todos os meus pecados.

Salmo 50 (51)

Tende piedade, ô meu Deusl

Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! * Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, * e apagai completamente a minha culpa!

2 Eu reconheço toda a minha iniqüidade, *

  • meu pecado está sempre à minha frente. = Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, * e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

- Mostrais assim quanto sois justo na sentença, * e quanto é reto o julgamento que fazeis. Vede, Senhor, que eu nasci na iniqüidade * e pecador já minha mãe me concebeu.

= Mas vós amais os corações que são sinceros, *

na intimidade me ensinais sabedoria. 2 Aspergi-me e serei puro do pecado, *

e mais branco do que a neve ficarei.

Fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria, * e exultarão estes meus ossos que esmagastes. Desviai o vosso olhar dos meus pecados * e apagai todas as minhas transgressões!

22 Criai em mim um coração que seja puro, *

dai-me de novo um espírito decidido.

2 Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, *

nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

2' Dai-me de novo a alegria de ser salvo *

e confirmai-me com espírito generoso!

2' Ensinarei vosso caminho aos pecadores, *

e para vós se voltarão os transviados.

2 Da morte como pena, libertai-me, *

e minha língua exaltará vossa justiça!

2 Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, *

e minha boca anunciará vosso louvor!

2 Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, *

e, se oferto um holocausto, o rejeitais. -111 Meu sacrifício é minha alma penitente, *

não desprezeis um coração arrependido!

-?" Sede benigno com Sião, por vossa graça, * reconstruí Jerusalém e os seus muros! E aceitareis o verdadeiro sacrifício, * os holocaustos e oblações em vosso altar!

Ant. 1 Olhai, Senhor, para a minha fraqueza;
perdoai todos os meus pecados.

Ant. 2 Invocarei o Senhor da alegria: da morte e do mal serei libertado

Cântico (Is 3S,10-14.17-20)
Angústia de um agonizante e alegria da cura

=" Eu dizia: "É necessário que eu me vá *

no apogeu de minha vida e de meus dias;

- para a mansão triste dos mortos descerei, *

sem viver o que me resta dos meus anos".

=1' Eu dizia: "Não verei o Senhor Deus + sobre a terra dos viventes nunca mais; *

nunca mais verei um homem neste mundo!"

Minha morada foi à força arrebatada, * desarmada como a tenda de um pastor.

  • Qual tecelão, eu ia tecendo a minha vida, * mas agora foi cortada a sua trama.

2 Vou me acabando de manhã até à tarde, * passo a noite a gemer até a aurora.

  • Como um leão que me tritura os ossos todos, * assim eu vou me consumindo dia e noite.

O meu grito é semelhante ao da andorinha, *

  • meu gemido se parece ao da rolinha. - Os meus olhos já se cansam de elevar-se, * de pedir-vos: "Socorrei-me, Senhor Deus!"

Mas vós livrastes minha vida do sepulcro, * e lançastes para trás os meus pecados.

  • Pois a mansão triste dos mortos não vos louva, * nem a morte poderá agradecer-vos;

  • para quem desce à sepultura é terminada * a esperança em vosso amor sempre fiel.

  • Só os vivos é que podem vos louvar, * como hoje eu vos louvo agradecido.

  • O pai hã de contar para seus filhos *

vossa verdade e vosso amor sempre fiel.

= Senhor, salvai-me! Vinde logo em meu auxílio, !

e a vida inteira cantaremos nossos salmos, *

agradecendo ao Senhor em sua casa.

Arit. 2 Invocarei o Senhor da alegria:

da morte e do mal serei libertado

Ant. 3 Louvarei com cãnticos o nome do Senhor,

e celebrarei exultante a sua glória.

Salmo 150

Louvai o Senhor

  • ' Louvai o Senhor Deus no santuário, * louvai-o no alto céu de seu poder! Louvai-o por seus feitos grandiosos, * louvai-o em sua grandeza majestosa!

  • Louvai-o com o toque da trombeta, * louvai-o com a harpa e com a cítara!

  • Louvai-o com a dança e o tambor, * louvai-o com as cordas e as flautas!

  • z Louvai-o com os címbalos sonoros, * louvai-o com os címbalos de júbilo!

  • Louve a Deus tudo o que vive e que respira, * tudo cante os louvores do Senhor!

Ant. 3 Louvarei com cânticos o nome do Senhor, e celebrarei exultante a sua glória.

Leitura breveSb 2,23-24-3,1.5-6.9b

Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à ima­gem de sua própria natureza; foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na os que a ele pertencem. A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. Tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os põs ã prova e os achou dignos de si. Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos.

Responsório breve

R- Eu vos exalto, Senhor, * porque me libertastes. V. Eu vos exalto, Senhor, * porque me libertastes. R- Mudastes o meu lamento em canto de alegria. N/:porque me libertastes.

R. Glória ao Pai.

V. Eu vos exalto, Senhor.

Cântico evangélico

Ant. Eu sou a ressurreição e a vida:

quem crê em mim ainda que esteja morto, viverá;

e todo aquele que vive e crê em mim

não morrerá jamais.

Preces

Deus Pai, que ressuscitou Jesus dos mortos, restituirá a vida também aos nossos corpos mortais por meio do seu Espirito. Sustentados nesta esperança, rezemos:

R• Escutai-nos, Senhor da vida!

Pai, pelo Batismo nos sepultastes na morte do vosso Filho e nos fizestes participar da sua ressurreição:

fazei que, mortos ao pecado, caminhemos sempre em novidade de vida.

Pai, nós levamos sempre e em toda parte no nosso corpo a morte de Jesus, vosso Filho:

  • fazei que a sua vida se manifeste em nossa carne mortal.

Pai, na ressurreição de Jesus a vossa fidelidade é proclamada para sempre:

dai-nos viver na esperança, não obstante o mistério da morte.

Pai, nós não desanimamos enquanto nosso corpo vai sempre mais se desfazendo:

  • fazei que o nosso espírito se renove dia a dia.

Pai, nós estamos certos de que nem a morte nem a vida, nem presente nem futuro, poderão nos separar do amor que vós revelastes em Cristo Jesus:

  • enquanto vos confiamos nossos irmãos salesianos defuntos, renovai-nos na certeza de que sois fiel às vossas promessas.

(intenções livres)

Pai Nosso ... Oração

Ó Pai de infinita misericórdia, que prometestes uma feli­cidade sem fim àqueles que procuram antes de tudo o Reino dos céus, acolhei, nós Vos pedimos, os nossos ir­mãos falecidos (os Salesianos falecidos), que consumiram sua vida a serviço do Evangelho, percorrendo o caminho traçado por São João Basco. Concedei a eles contemplar a vossa face, e a nós, continuar com fidelidade na nossa caminhada com fé, esperança e caridade. Por NSJC...

II Vésperas

Quando o dia 2 de fevereiro cai no domingo, celebram-se as primeiras vésperas da Apresentação do Senhor.

Hino

Ó Cristo, nossa única esperança, vida e ressurreição,

  • olhar e o coração a ti volvemos neste pranto da morte.

Tu também estes espasmos provaste no madeiro da cruz,

quando, no extremo da dor, entregaste

  • espírito ao Pai.

Deveras, tu, levando no teu corpo,

as fraquezas humanas,

nos tornas capazes de salvação

para os nossos irmãos.

Com teus braços abertos, tu nos olhas.

No teu lado ferido,

os míseros, prostrados no seu pranto,

reencontram esperança.

Tu, do túmulo subiste pra o céu,

vencedor para sempre.

Agora a nós, pela morte marcados,

vem doar-nos a vida.

Todos os irmãos, que já têm repouso,

no sono de tua paz,

só contemplem a glória de teu rosto,

vivam de amor. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Caminharei na presença do Senhor

na terra dos viventes.

Salmo 120 (121)

Deus protetor de seu povo

  • ' Eu levanto os meus olhos para os montes: * de onde pode vir o meu socorro?

  • "Do Senhor é que me vem o meu socorro, * do Senhor que fez o céu e fez a terra!"

  • Ele não deixa tropeçarem os meus pés, * e não dorme quem te guarda e te vigia.

  • Oh! não! ele não dorme nem cochila, * aquele que é o guarda de Israel!

  • O Senhor é o teu guarda, o teu vigia, * é uma sombra protetora à tua direita.

  • Não vai ferir-te o sol durante o dia, * nem a lua através de toda a noite.

  • 7 O Senhor te guardará de todo o mal, * ele mesmo vai cuidar da tua vida!

  • Deus te guarda na partida e na chegada. * Ele te guarda desde agora e para sempre! Ant. 1 Caminharei na presença do Senhor lá na terra dos viventes.

Ant. 2 Não abandoneis, Senhor, a obra de vossas mãos.

Salmo 129 (130)

Das profundezas eu clamo

  • ' Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, * escutai a minha voz!

- Vossos ouvidos estejam bem atentos * ao clamor da minha prece!

  • 3 Se levardes em conta nossas faltas, * quem haverá de subsistir?

  • Mas em vós se encontra o perdão, * eu vos temo e em vós espero.

No Senhor ponho a minha esperança, * espero em sua palavra.

  • A minh'alma espera no Senhor * mais que o vigia pela aurora.

  • 7 Espere Israel pelo Senhor * mais que o vigia pela aurora!

  • Pois no Senhor se encontra toda graça * e copiosa redenção.

  • Ele vem libertar a Israel * de toda a sua culpa.

Ant. 2 Não abandoneis, Senhor, a obra de vossas mãos.

Ant. 3 Como o Pai ressuscita e dá a vida aos mortos, assim também o Filho dá a vida aos seus escolhidos.

Cãntico Fl 2,6-11
Cristo, o Servo de Deus

  • Embora fosse de divina condição, +

Cristo Jesus não se apegou ciosamente * a ser igual em natureza a Deus Pai.

(R. Jesus Cristo é Senhor para a glória de Deus Pai))

= Porém esvaziou-se de sua glória + e assumiu a condição de um escravo, *

fazendo-se aos homens semelhante.(R.)

=" Reconhecido exteriormente como homem, + humilhou-se, obedecendo até à morte, *

até à morte humilhante numa cruz.(R.)

  • Por isso Deus o exaltou sobremaneira +

e deu-lhe o nome mais excelso, mais sublime,+

e elevado muito acima de outro nome.(R.)

= "'Para que perante o nome de Jesus + se dobre reverente todo joelho, *

seja nos céus, seja na terra ou nos abismos. (R.)

  • E toda língua reconheça, confessando, +

para a glória de Deus Pai e seu louvor: *

"Na verdade Jesus Cristo é o Senhor!"(R.)

Ant. 3 Como o Pai ressuscita e dá a vida aos mortos, assim também o Filho dá a vida aos seus escolhidos.

Leitura breve1Cor 15, 20-24a.25-27a

Mas, na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Com efeito, por um ho­mem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos mor­rem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em pri­meiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. A se­guir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai. Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. O último ini­migo a ser destruído é a morte. Com efeito, "Deus põs tudo debaixo de seus pés".

Responsôrio breve

R. Em vossa misericórdia, Senhor, *dai-lhes o descan‑

so eterno.

V. Em vossa misericórdia, Senhor, *dai-lhes o descan‑

so eterno.

R. Vós que haveis de julgar os vivos e os mortos:

V. dai-lhes o descanso eterno.

R. Glória ao Pai.

R. Em vossa misericórdia. Cântico evangélico

Ant. Vou preparar-vos um lugar - diz o Senhor -;

retornarei e tomar-vos-ei comigo,
para que estejais onde eu estiver.

Ou

Ant. Aqueles que o Pai me deu, virão a mim;

e quem vem a mim eu não o rejeitarei.

Preces

Nós sabemos que quando morrermos receberemos de Deus uma morada eterna nos céus. Cheios de confian­ça, aclamemos:

R. Senhor, Vãs sois a ressurreição e a vida!

Cristo Senhor, que dais a vida, e sois luz sem ocaso:

  • fazei brilhar sobre nós a luz da vossa face para teste­munharmos com a nossa vida o vosso amor.

Cristo Senhor, que vencestes a morte e sois as primícias dos ressuscitados:

  • concedei aos nossos irmão salesianos defuntos a re­compensa prometida aos vossos servos fiéis.

Senhor Jesus, que estais sentado a direita do Pai:

  • na hora do juizo, olhai-nos com olhos de misericór­dia.

Vós, que fizestes novas todas as coisas:

  • abri aos fiéis defuntos que confiaram em vós, os no­vos céus e a nova terra onde habitam a justiça e a paz.

A lembrança daqueles que nos precederam é para nós fonte de esperança e de encorajamento:

  • concedei-nos reencontrã-los um dia no paraíso para cantarmos juntos o vosso amor e a vossa glória.

(intenções livres)

Pai Nosso ...

Oração como nas Laudes