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1.1 Page 1

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Dicastério para a Comunicação Social
ROMA, VIA DELLA PISANA, 1111
O SALESIANO UM
COMUNICADOR
Manual para a comunicação
Social
2005

1.2 Page 2

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Apresentação
1
Este manual tem um único objetivo: ajudar os que
trabalham na Comunicação Social nas Inspetorias, nas Con-
ferências de Inspetorias ou Regiões, oferecendo-lhes orien-
tações operativas, explicando melhor os parâmetros de refer-
ência presentes no Sistema Salesiano de Comunicação Social
(SSCS). Foi publicado pela primeira vez em 2001, mas esta
nova edição é uma reedição completa daquela, tendo em vista
que um ou dois anos é um tempo bastante longo nesta época
de ‘Rápido Desenvolvimento’ (título da última carta de João
Paulo II antes de morrer, e, precisamente, sobre a Comuni-
cação social), e tendo presente que também na Congregação
muita coisa aconteceu neste campo, depois do CG25 e da eleição
de um Conselheiro específico para a Comunicação Social.
Na Carta ‘Com a coragem de Dom Bosco nas novas fron-
teiras da Comunicação Social’ (ACG 390), o P. Pascual Chávez
convocou os irmãos para uma mudança de estratégia neste
campo: não criar novas linhas operativas, mas dar passos
concretos para ‘libertar a vida que se encontra latente no patrimônio
doutrinal da Congregação e projetar as maneiras de encarná-
lo nas nossas comunidades educativas pastorais e no território’.
Esta declaração é bem apropriada para indicar a intenção deste
manual.
A quem se destina este manual?
2 Este manual se destina aos agentes responsáveis em
nível inspetorial: o Inspetor e seu Conselho e os Delegados
inspetoriais para a Comunicação Social. Outros beneficiários
são aqueles que trabalham no campo da Comunicação Social
2

1.3 Page 3

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nos vários níveis: inspetorial ou local (entre eles, os editores
do Boletim Salesiano, escritores e editores de textos de todo
tipo), os líderes e os animadores da Comunicação Social, os
membros de comissões e de grupos de consultoria. Quem tra-
balha no campo da Formação - dos jovens, dos irmãos jovens,
dos irmãos em geral na área da Comunicação Social, encon-
trará úteis informações neste manual, como também no sub-
sídio “SSCS” e na “Formação para a CS – Orientações opera-
tivas”. Este último é uma produção conjunta dos Dicastérios
para a Formação e para a Comunicação Social.
3 Outro grupo de possíveis beneficiários deste texto são os
Delegados e as Comissões Nacionais de CS, das Conferên-
cias ou das Regiões. Nas nações onde existe mais de uma
Inspetoria ou onde algumas Inspetorias formam uma Confer-
ência, tem-se mostrado útil a organização de uma articulação
da Comunicação Social em torno de um Delegado Nacional
ou de Conferência. Existe também a possibilidade de uma es-
trutura de comunicação em nível regional não desenvolvida
suficientemente em todas as regiões.
Como está organizado o manual?
4 O manual se desenvolve a partir da II Parte do Sis-
tema Salesiano de Comunicação Social (SSCS): o funcionamento
do SSCS, com ulteriores referências a aspectos da III Parte do
mesmo documento, ou seja, a organização da CS. Com efeito,
a estrutura dos capítulos é a seguinte:
CAPÍTULO PRIMEIRO: o Plano Inspetorial de CS: o por que,
o que e o como; este deve ser lido juntamente com
3

1.4 Page 4

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o esquema de plano apresentado em anexo no fi-
nal do subsídio “SSCS”.
CAPÍTULO SEGUNDO: a gestão e a organização da CS den-
tro e fora da Comunidade Salesiana e da Família
Salesiana.
CAPÍTULO TERCEIRO: o delegado e os grupos ou equipes
envolvidas na CS, relativos a uma Inspetoria, a
uma Conferência, a uma Região.
CAPÍTULO QUARTO: estruturas e serviços que envolvem as
relações públicas e os argumentos internos, como
documentação e arquivo.
CAPÍTULO QUINTO: articulação entre as Inspetorias.
5 Em cada uma das áreas evidenciadas acima, existem
responsabilidades específicas nos vários níveis: o Delegado
Inspetorial tem a tarefa de levar avante a integração com o
Projeto Educativo Pastoral (PEP) da Inspetoria, com a dele-
gação do Inspetor. Ele conta com uma equipe de consultoria
e/ou uma Comissão, segundo as circunstâncias locais.
6 Onde não existe um Plano Inspetorial é difícil, ou mesmo
impossível, trabalhar eficazmente com e na CS de jeito sale-
siano. Sem um plano, tudo o que se fizer permanecerá isolado
e disperso, sem impacto.
7 Onde falta uma delegação por parte do Inspetor, o en-
cargo do Delegado torna-se muitas vezes complicado.
8 Como se trata de um setor em contínua evolução, é
necessária uma coordenação e um apoio constantes: somente
4

1.5 Page 5

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o Inspetor com o seu Conselho pode garantir opções que dizem
respeito às comunidades locais e às iniciativas práticas na ed-
ucação e evangelização.
5

1.6 Page 6

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1 O PLANO INSPETORIAL
DE CS
Comunicação a serviço da Inspetoria
9 Na perspectiva da Comunicação Social promovida e de-
senvolvida pela Congregação especialmente no último decênio,
as ‘nossas comunidades, obras e atividades. . . fazem parte de
um sistema de comunicação mais amplo com o qual se con-
frontam e dentro do qual interagem’ (P. Vecchi, ACG 370). O
Sistema Salesiano de CS, como agora é chamado, é um projeto
orgânico e unitário, com uma visão partilhada de valores e de
missão identificados com o carisma salesiano, que são vistos
na prática de cada Inspetoria, em seus setores de atividade,
em suas comunidades.
10 A CS é um setor específico da atividade salesiana; este
setor é representado em nível de Congregação por um Con-
selheiro com sua equipe, conhecido como Dicastério para a
CS, e assistido por um organismo consultivo composto de
especialistas de todo o mundo. Em nível Inspetorial, o se-
tor é também representado por um Delegado que atua em
nome do Inspetor, e conta com uma equipe conhecida habit-
ualmente como Comissão de CS. Pode haver também um or-
ganismo de consultoria. O setor da CS se coloca a serviço do
6

1.7 Page 7

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1 O PLANO INSPETORIAL DE CS
projeto mais amplo da Inspetoria para toda a sua atividade.
Elementos básicos do Plano de
Comunicação
11 O Plano Inspetorial de CS (PICS) é o coração da ativi-
dade de CS em nível Inspetorial e local. Este plano faz parte
do Projeto Educativo Pastoral Inspetorial. A comunidade sale-
siana adota um método pedagógico no seu trabalho educativo-
pastoral: um modelo que é ao mesmo tempo gradual e circu-
lar.
Gradual: adapta-se às condições do desenvolvimento integral
do jovem e do adulto. Não oferece tudo de uma vez
ou indiscriminadamente; nem adia o que é necessário,
quando isso é necessário. Está atento ao crescimento,
acompanha-o, sustenta-o, encoraja-o. Evita repetições e
não teme enfrentar novas situações.
Circular: oposto a linear ou a um modelo que vê as coisas na
ordem cronológica e não interativa. O modelo circular
recolhe a riqueza de momentos particulares e experiên-
cias, ao invés de tratar as coisas segundo uma rígida ori-
entação de tempo. O nosso interesse é que aquilo que se
conquistou ajude a influenciar os passos seguintes: isto
favorece a busca e a resposta. O processo não termina
nunca: vai crescendo continuamente.
7

1.8 Page 8

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1 O PLANO INSPETORIAL DE CS
O Plano de Comunicação Social
12 Um plano é a formulação do método detalhado ou do
desenho segundo o qual uma coisa deve ser feita. É algo que
se deve realizar numa realidade concreta e que começa com
essa realidade.
O Plano de CS responde às necessidades e perguntas que
surgem de um grande quadro de referência e como parte do
Projeto Inspetorial. Para isso, um ponto de referência se en-
contra nos Anexos do “Sistema Salesiano de Comunicação
Social”: dentre esses, o segundo é um esquema geral e uma
lista de avaliação de aspectos e situações que devem ser in-
cluídas no PICS de uma Inspetoria.
A acima citada carta do P. Pascual faz referência a esses
anexos como a um programa urgente a ser lido e atuado:
seguindo os pontos mencionados. . . e aceitando
as orientações operativas sugeridas, é-se levado a
diagnosticar, atuar e verificar sistematicamente o
estado da comunicação social nas Inspetorias’. O
plano, resultado concreto e final de um processo
de planejamento, é ‘redigido e realizado com a maior
e a melhor participação possíveis em diversos níveis;
deveria ser constantemente animado e periodica-
mente avaliado pelos Organismos de animação e
governo da Inspetoria.
Para integrar o Plano Inspetorial de CS no Projeto Orgânico
Inspetorial (POI) são fundamentais os seguintes elementos:
8

1.9 Page 9

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1 O PLANO INSPETORIAL DE CS
A comunidade
Um projeto Inspetorial não é fruto do pensamento de uma
única pessoa. As seguintes pessoas e grupos (sem elencá-
los em ordem específica) deveriam estar de acordo a respeito
de um plano para a CS): o Delegado Inspetorial / a Comis-
são de CS / os responsáveis na comunidade pelo relaciona-
mento com o centro Inspetorial / os responsáveis pela Sala
de imprensa inspetorial (o editor do Boletim Salesiano, o en-
carregado do Noticiário Inspetorial, os editores de revistas e
livros do centro Salesiano, etc.), os especialistas em comuni-
cação da Inspetoria / o Delegado de Pastoral Juvenil e a sua
Comissão de PJ / a CIF / o Conselho Inspetorial / e o In-
spetor. O elenco não é exaustivo.
O carisma
A CS em suas várias formas e aspectos requer linhas de orien-
tação, ou estratégias, que assegurem sua fidelidade ao carisma
salesiano. Estas linhas são amplamente estabelecidas no SSCS.
Um exemplo de conteúdo de um Plano de CS poderia ser o
seguinte:
objetivo do plano,
relacionamento do setor da CS com os outros setores da
atividade Inspetorial,
estrutura organizativa em nível de Congregação,
organização inspetorial,
Delegado de CS,
9

1.10 Page 10

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1 O PLANO INSPETORIAL DE CS
Comissão de CS,
Consultoria,
Sala de imprensa ou de informação,
organização e coordenação local,
delegados locais ou coordenadores,
áreas de atividade, formação e informação, iniciativas
empresariais.
A Inspetoria de Bombaim (Ásia Sul) traçou uma política de
CS como parte de um projeto mais global de comunicação da
Inspetoria que pode servir de exemplo. Essa política consid-
era os meios de coordenação para apresentar as informações
(‘Bosco Information Service’, ou BIS), os procedimentos para
as relações públicas com a mídia e a presença na mídia, quem
pode emitir um comunicado de imprensa e sobre quais as-
suntos, crise da comunicação: o que é e quem a pode cuidar.
O Delegado Inspetorial para a CS e o Plano
13 O Delegado Inspetorial de CS – elemento chave para
o desenvolvimento, coordenação e avaliação do PICS e para
a sua integração dentro do Projeto Orgânico Inspetorial – faz
parte de um projeto mais amplo que envolve toda a vida sale-
siana da Inspetoria. É importante para o delegado manter
contatos, diálogo e entendimento com os outros setores da
vida da Inspetoria. Esses setores incluem:
10

2 Pages 11-20

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2.1 Page 11

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1 O PLANO INSPETORIAL DE CS
Formação e sua organização
14 As pessoas são o centro e o primeiro critério para as es-
colhas quando se trata da vida e da atividade salesiana. Cada
Inspetoria Salesiana tem uma (Comissão Inspetorial de For-
mação).
Esse grupo organizativo não é somente para aquelas In-
spetorias que têm fases de formação organizadas na própria
Inspetoria. É algo que vale para todas as Inspetorias, porque
é necessário pensar na Formação permanente e não só na ini-
cial. O entendimento com a CIF é essencial para a Formação
dos jovens salesianos e para os irmãos que trabalham na co-
munidade, para que possam programar iniciativas sobre a
Formação organizando os respectivos conteúdos. O docu-
mento «A Formação para a CS – Orientações Operativas (2005-
6)», produzido pelos Dicastérios da CS e da Formação, pode
ajudar neste sentido.
Pastoral Juvenil e sua organização
15 Não se pode esquecer que o nosso trabalho se desen-
rola sempre dentro de áreas mais amplas que as da Pastoral
salesiana e eclesial, de modo partilhado e integrado. O en-
trosamento com a Pastoral Juvenil significa:
fazer parte da Comissão Inspetorial de Pastoral Juve-
nil e dar importância aos projetos da PJ elaborados em
nível Inspetorial e local;
ter um Delegado da PJ ou, ao menos, um seu represen-
tante na Comissão de CS;
11

2.2 Page 12

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1 O PLANO INSPETORIAL DE CS
discutir com frequência as iniciativas e critérios ao levar
avante os projetos nas várias obras e atividades: esco-
las, centros de formação técnica, paróquias, oratórios,
publicações, obras com jovens em situação de risco, etc.
Setor Economia e sua organização
16 Todos sabem quanto custa hoje uma comunicação de
qualidade, juntamente com os recursos financeiros necessários
para produzir mensagens e informação. O Delegado Inspeto-
rial planeja prevendo, entre outras coisas, os custos finan-
ceiros do que entende realizar. Para isso é necessário dialogar
com o Ecônomo Inspetorial antes de definir uma atividade de
comunicação e apresentá-la ao Inspetor e seu Conselho.
Tal diálogo considera também a possibilidade de levar adi-
ante atividades de CS que são ‘autônomas financeiramente’,
no sentido de que não envolvem as finanças da Inspetoria.
Por sua parte, o ecônomo deve considerar o trabalho da CS
como um serviço pastoral que ocasionalmente poderia ter ne-
cessidade de especial apoio financeiro.
A Família Salesiana e sua organização
17 A experiência de Dom Bosco e de sua Família sublinha
a importância de trabalhar com os leigos nos diversos setores
de nossa atividade. O CG24 voltou a atenção à possível e
desejada contribuição dos leigos no espírito e na missão de
Dom Bosco.
No documento Christifideles Laici a Igreja indicou os novos
campos para o envolvimento dos leigos na nova evangeliza-
ção, sem descuidar do campo da comunicação. Outros doc-
12

2.3 Page 13

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1 O PLANO INSPETORIAL DE CS
umentos sucessivos desenvolveram esta linha. Manter con-
tatos com a Família Salesiana significa dispor de uma grande
reserva de possibilidades, tanto de especialistas quanto de co-
laboradores. Grupos de leigos na Família Salesiana muitas
vezes incluem em seus estatutos um apelo a trabalhar na CS.
Dimensão missionária e sua organização
18 Basta recordar ao Delegado Inspetorial o que diz a
Encíclica Redemptoris Missio no n. 37 para motivá-lo a conectar-
se estreitamente com o Delegado Inspetorial para a Animação
missionária. As missões, especialmente ‘ad gentes’, são uma
forte mensagem de comunicação para os nossos jovens: não
seria vantajoso para o carisma de Dom Bosco descurar esta
área.
Contatos ampliados que enriquecem o Plano
19 Além dos contatos internos com os salesianos, devem
ser considerados e favorecidos contatos com outros que tra-
balham neste campo em nível local. Os jornalistas, os que
trabalham na rádio e na TV, os profissionais de publicidade,
os diretores de novas agências, os artistas do canto, da música
e do teatro, etc., são todos importantes para nós.
Manter contato com eles tem dois objetivos: estabelecer
boas relações a fim de propiciar uma assistência mútua, para
aprender sobre comunicação com profissionais que a exercem
em suas vidas; envolvê-los na Animação e Formação, a fim de
pedir-lhes apoio em momentos chave e nos modos adequados
para atingir os objetivos.
13

2.4 Page 14

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1 O PLANO INSPETORIAL DE CS
20 Conseqüência prática do que se afirmou acima poderia
ser um encontro anual com as pessoas mencionadas no pará-
grafo anterior, para entender as diretivas e os novos desen-
volvimentos no setor. Fazia parte da tradição salesiana cele-
brar a festa de S. Francisco de Sales com os profissionais da
comunicação. O Papa João Paulo II havia escolhido anunciar
o tema para o Dia Mundial das Comunicações Sociais no dia
24 de janeiro, festa de S. Francisco de Sales. Esta celebração,
tão apropriada para nós, poderia tornar-se uma tradição a ser
mantida.
14

2.5 Page 15

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2 GERENCIAR A
COMUNICAÇÃO
INTERNA E EXTERNA
Animação
21 A Animação é descrita no SSCS (N. 87) como ‘gestão. . .
nos processos educativos’ e como ‘relações internas e exter-
nas’. A Animação se efetua quando existe uma pessoa que a
torna possível. O Delegado que atua em nome do Inspetor,
a equipe que o assiste, os coordenadores locais nas comu-
nidades – todos compartem a tarefa de ‘promover as reali-
dades da comunicação’ (CG23, 259) e o seu acompanhamento.
Existem pelo menos quatro áreas essenciais de Animação
relativas à CS: Educomunicação Formação Informação Pro-
dução
Animação Educomunicação
22 O Delegado Inspetorial assiste os indivíduos e as co-
munidades na elaboração de programas de estudo de edu-
cação aos meios de comunicação. O presente manual não
oferece material para tais programas. Para educar os jovens
e assisti-los na educação aos meios é necessário procurar ma-
15

2.6 Page 16

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
terial adaptado. Também os irmãos têm necessidade de ser
educados a e com os meios. Este assunto será retomado no n.
24.
23 Da educação à Educomunicação:
‘Toda comunidade é convocada a melhorar a comunicação
institucional; a projetar e a realizar nas comunidades educativo-
pastorais a educação para a comunicação e a educação com
os meios, a educomunicação, que inclui a educação ao uso
das linguagens e dos meios; a utilizar a mídia na educação
e na evangelização na escola, na paróquia, no oratório, etc.;
a manter-se em diálogo com os comunicadores, os artistas e
os editores, especialmente se forem jovens; a ajudar os novos
pobres, os novos excluídos das tecnologias comunicativas, a
melhorar a competência midiática’ (Pascual Chávez, ACG 390,
p. 39).
24 Os programas que tratam da Comunicação social, par-
ticularmente para os jovens, devem ser flexíveis, tendo em
conta que os jovens nascem com o computador e que a tele-
visão faz parte de sua bagagem! Mais do que de currículos
completos para os jovens, é necessário pensar em termos de
unidade a respeito de conhecimentos e formação, porque em
muitos casos os jovens de hoje estão já na frente em relação
aos jovens e aos adultos de algum tempo atrás. Devem por
isso ser evitadas as repetições inúteis: as repetições poderiam
levar ao desânimo.
25 Ajudar os que trabalham na comunicação para que
realizem o próprio trabalho como educadores, através dos
meios que usam, vai além das possibilidades e dos esforços
de um Delegado salesiano e de sua equipe. Entretanto o sim-
16

2.7 Page 17

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
ples pensar nisto é já um sinal positivo da vontade de desco-
brir o que se pode fazer: assim, comunidades e indivíduos,
mais que se lamentar de programas e instrumentos de comu-
nicação, poderão conhecer o modo de oferecer alguma idéia
útil e mesmo alguma possível mudança de direção.
Animação Formação
26 O Delegado Inspetorial de CS é visto, no conjunto
da organização da Inspetoria, como um responsável pela for-
mação, no sentido de que ele tem um seu papel específico a
desenvolver na formação inicial e permanente dos salesianos.
27 O prospecto de currículo salesiano para a formação ini-
cial e permanente, descrito em Formação à CS – Orientações,
é um recurso e um guia para o delegado em sua tarefa relativa
à formação inicial e permanente.
28 O aspecto da formação do PICS representa uma tarefa
primária do Delegado Inspetorial e da Comissão de CS. Ten-
ham como referência o elenco em SSCS, em cujo apêndice se
delineia o PICS.
29 A animação que ignora o contexto é ineficaz. A formação
requer dos formadores que façam parte do contexto, de modo
a proceder de acordo com um plano que enriqueça a pessoa.
30 Uma possível atividade de Formação: aqui se chama
a atenção para uma iniciativa que envolve toda a Igreja: o
Dia Mundial das Comunicações Sociais. Esta é uma ocasião
propícia de formação. O Dicastério Romano prepara o ma-
terial de reflexão e oração para o tema do Dia, que pode ser
17

2.8 Page 18

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
utilizado nas comunidades. As Conferências Episcopais e as
Secretarias diocesanas preparam o material concreto para o
bom êxito do Dia.
31 Eis algumas notas para a utilização deste material:
ler o texto da mensagem papal;
organizar um encontro de comunidade sobre o tema es-
colhido pelo Papa, aprofundando a discussão e os prob-
lemas relacionados com o mesmo;
convidar especialistas sobre o tema apresentado na men-
sagem, de modo a oferecer um ponto de vista e outras
perspectivas a seguir;
encontrar tempo para rezar sobre a Comunicação Social,
recordando a sua importância, a sua incidência, as suas
possibilidades, os riscos e os desafios do nosso mundo;
sugerir a possibilidade de uma Pastoral da Comunicação
para a reflexão da Igreja local.
Dadas as muitas declarações eclesiásticas, se poderia passar
à ação partindo do serviço oferecido pela comunicação na
Igreja. Existe um longo caminho a percorrer. Podemos dar
os primeiros passos!
A referência à celebração do Dia da Comunicação não sig-
nifica que o nosso empenho salesiano no setor se limita ape-
nas a esta lembrança anual. Começando por este dia, se de-
vem propor outras iniciativas que chamam a atenção e pro-
movem uma área que os jovens de hoje vivem com muita in-
tensidade.
18

2.9 Page 19

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
Animação Informação
32 A informação é tanto interna quanto externa à Família
Salesiana. A informação externa é representada por algu-
mas atividades que podem funcionar também internamente,
como o Boletim Salesiano e os sites internet da Congregação
ou da Inspetoria, mas essa assume também atividades e re-
lações que se estendem ao mundo em geral.
Por informação interna se entende a que se faz: para a Co-
munidade Salesiana SDB; para a Família Salesiana. A Infor-
mação interna à comunidade diz respeito, portanto, à Inspeto-
ria; e à Congregação como um todo.
Não podemos tomar em consideração aqui todos os produ-
tos de informação disponíveis nas diversas Inspetorias: limitamo-
nos a alguns de natureza geral:
o Noticiário Inspetorial (1);
o Boletim Salesiano (2);
o Site Web Inspetorial (3);
os outros produtos típicos (4);
a Rede dos correspondentes (5).
(1) O Noticiário Inspetorial
33 Um projeto de Noticiário Inspetorial é assunto que
merece atenta análise. Eis alguns pontos essenciais de refer-
ência para um projeto significativo de Noticiário como meio
eficaz de informação.
34 Um prospecto de projeto:
o noticiário Inspetorial dentro do Plano Inspetorial de
CS;
19

2.10 Page 20

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
natureza do Noticiário;
a quem se destina o Noticiário;
política editorial do Noticiário;
o encargo de produzir o Noticiário;
estruttura do Noticiário;
freqüência de edição do Noticiário;
linguagem e estilo do Noticiário.
Não devemos esquecer que para muitas Inspetorias o Noti-
ciário é o único meio de informação que existe, interna e ex-
ternamente, porque faltam outros canais para a circulação de
informações. É bom ter consciência disto, se quisermos nos
interrogar acerca da visibilidade e do significado da presença
e ação salesiana em determinado lugar e cultura.
35 O Noticiário Inspetorial no Plano Inspetorial de CS
A primeira coisa que se deve considerar, caso não haja um
plano de CS, é que o Noticiário corre o risco de naufragar
no campo histórico mais que apresentar os acontecimentos
atuais da Inspetoria. Estará sujeito a contínuas mudanças, de
acordo com o encarregado de o produzir, ou correrá o risco de
que as suas escolhas não correspondam às orientações reais
da Inspetoria. Será o plano de CS Inspetorial a dar-lhe as co-
ordenadas essenciais:
o respeito à história da Inspetoria, da qual o Noticiário
é guardião e promotor;
20

3 Pages 21-30

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3.1 Page 21

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
e, como parte da história do carisma salesiano, o Noti-
ciário deveria ajudar a reler o carisma salesiano na situ-
ação da Inspetoria, sem fechar-se na simples narração
de celebrações que se fazem ou que se farão;
oferecer colaboração e empenho vocacional (em termos
gerais) aos leigos que partilham o estilo de Dom Bosco.
36 O P. Viganó escrevia:
Sem uma boa informação sobre as origens, a história
e a vida atual da nossa Congregação e da Família
Salesiana, não existe uma circulação suficiente de
linfa vital no organismo. Sem adequados impul-
sos para a própria identidade e o sentido de pertença,
ele se atrofia. Ao contrário, uma adequada infor-
mação (circulação e comunicação dos valores sale-
sianos) o faz crescer em vitalidade e o enriquece
em consciência e entusiasmo, suscitando alegria
de família.
37 Natureza do Noticiário Inspetorial
Nem todos os produtos inspetoriais que servem à comuni-
cação interna recebem o título de Noticiário Inspetorial. To-
das as Inspetorias, no entanto, seguem as indicações do CAPÍ-
TULO GERAL ESPECIAL sobre o modo de dar vida às notí-
cias de família. O CGE, em o n. 516, estabelece:
Comunicação dentro e fora da Congregação. . . . .
b) em nível inspetorial: Seja promovida uma in-
formação completa através de um “noticiário”, que
21

3.2 Page 22

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
sirva de intercâmbio fraterno; satisfaça os inter-
esses de irmãos e comunidades a respeito dos prob-
lemas de ordem inspetorial, favoreça iniciativas espon-
tâneas, propostas de encontros; sugira soluções de
determinados problemas e proporcione o confronto
e a revisão de idéias, experiências, métodos, etc”. (O
cursivo é do texto capitular).
O resultado é o seguinte: o Noticiário Inspetorial é:
38 um instrumento de comunicação
Este é o primeiro ponto enfatizado no texto do CGE: infor-
mação completa. Um instrumento portanto que permite a
circulação das informações: deveria na medida do possível
seguir os critérios típicos de qualquer outro produto de di-
vulgação. Notícias de atualidade são o aspecto necessário e
essencial da informação.
39 um instrumento de comunhão
A comunhão nasce da consciência de se ter motivo para um
interesse comum, isto é, atração afetiva e efetiva, e relações
criadas em torno de problemas comuns que dizem respeito
aos irmãos e às comunidades. O caminho para a comunhão
que se constrói em torno do Noticiário é diferente do gerado
pelas relações interpessoais, pela oração ou pela opinião co-
mum.
40 estímulo para uma renovação criativa
O Noticiário deve ser pensado e produzido como algo que
busca suscitar criatividade e renovação. Num certo sentido
ele é um espaço para verificar iniciativas em andamento, para
novas experiências ou novos modos de ação, para a criativi-
dade pastoral que responde a necessidades do tempo e do
22

3.3 Page 23

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
lugar. É necessário captar o alto conceito do CGE sobre os
Noticiários.
O risco que se pode correr é de fazer do Noticiário:
uma coleção de histórias sobre eventos desligados entre
si
uma espécie de substituição da crônica da casa
uma espécie de revista de material impresso nas casas e
na inspetoria. Pode ser útil para assegurar a memória
do que aconteceu e como foi recebido em termos de
eventos salesianos na imprensa local e nacional;
uma espécie de coleção oficial de documentos eclesiásti-
cos e salesianos em diversos níveis, mundial, nacional,
inspetorial, local. É claro que algum número especial,
que contenha documentação, pode ser útil, se não hou-
ver outra forma de fazê-lo chegar aos irmãos. Mas isto
deveria acontecer com poucos números, e não ser uma
forma regular de elaboração do Noticiário.
A lista de riscos poderia continuar. É melhor mostrar que
cada risco tem conseqüências práticas no planejamento do
Noticiário. Ao Delegado Inspetorial se pede avaliar o Noti-
ciário à luz desses aspectos positivos e negativos acima men-
cionados.
41 O Noticiário Inspetorial: a quem se destina
A escolha do público para um meio de informação é im-
portante. É essencial definir o objetivo, a quem endereçar os
conteúdos, o estilo de linguagem, como também estabelecer
23

3.4 Page 24

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
as prioridades. Geralmente são os irmãos os destinatários do
Noticiário.
O Noticiário chega também a pessoas fora da comunidade
salesiana.
O Noticiário não trata somente da vida da comunidade reli-
giosa. Ele considera também a missão e o espírito de uma co-
munidade salesiana – comunidade que tem uma Família Sale-
siana e parceiros leigos que fazem parte de seus horizontes e
que desenvolvem papéis de responsabilidade nas atividades
salesianas.
As orientações práticas dadas pelo CG24 devem fazer parte
do significado do Noticiário Inspetorial. A animação, serviço
típico da comunidade SDB para a CEP, utiliza também um
meio de comunicação como o Noticiário. A escolha todavia
não deveria permanecer em termos gerais ou tácita. Deve ser
expressa e definida nos diversos níveis inspetoriais.
As expectativas dos salesianos que vivem na inspetoria não
deveriam ser perdidas de vista. Eles fazem parte do todo da
Congregação. O Noticiário deveria responder a essas neces-
sidades.
42 O Noticiário Inspetorial: política editorial
O Noticiário é:
instrumento de comunicação;
instrumento de comunhão;
estímulo para a renovação criativa.
Tudo isto não pode ser feito de modo improvisado ou deix-
ado ao acaso. O Noticiário tem algo de institucional em si em
24

3.5 Page 25

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
nível inspetorial. Deveria poder apresentar a Inspetoria nos
seus contextos específicos de sociedade, Igreja, jovens, edu-
cação. Isto requer linhas de orientação, critérios de referência
ou, em outras palavras, uma política editorial.
43 Esta realidade tem nomes variados nas diversas regiões:
política editorial, parâmetros de referência, etc. O importante
é que a escolha seja: consciente, fundada sobre a natureza
precisa de Noticiário.
O Inspetor e seu Conselho fazem parte dessa política jun-
tamente com o Delegado Inspetorial para a CS e o editor do
Noticiário;
explícita, para que seja pública e conhecida na Inspeto-
ria;
conhecida especialmente por aqueles que nele trabal-
ham atualmente e por aqueles que são chamados a con-
tribuir com a redação do Noticiário;
coerente com o sistema de comunicação atual na Inspeto-
ria. Deveria ser feita uma avaliação sobre os meios de
comunicação e de informação na Inspetoria para anal-
isar a relação e a coordenação que existe entre eles; con-
tínua no tempo.
Para ser honestos, a política editorial não é algo rígido, imutável,
mas ao mesmo tempo não pode mudar a cada edição. 44 A
Carta, ou circular, do Inspetor aos irmãos da Inspetoria
Uma reflexão a respeito do melhor lugar para a Carta do
Inspetor, se essa fizer parte do Noticiário. Se for o primeiro
assunto no Noticiário, ela assume o papel de artigo de fundo
25

3.6 Page 26

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
(geralmente, entretanto, esta não é a intenção da carta, ainda
que ocasionalmente o possa ser): conseqüentemente ela dev-
eria ser escrita tendo presente este ponto de vista.
Se vier no corpo do Noticiário, ela poderia referir-se a em-
penhos institucionais: objetivos a alcançar, informações rece-
bidas e que devem ser tomadas em consideração, notícias de
comunidades. A carta teria então a função de guia prático. Se
viesse como conclusão do Noticiário, ela teria uma função de
encorajamento, estímulo, revisão, planejamento, etc. O lugar
da Carta, portanto, não é matéria de importância secundária.
E muito menos a perspectiva de quem escreve é matéria in-
diferente.
45 O Noticiário Inspetorial: produção
O Inspetor nomeia a pessoa que elabora o Noticiário, escol-
hendo na Inspetoria os que têm disponibilidade e competên-
cia. Geralmente é
o Vigário Inspetorial;
o Secretário Inspetorial;
o Delegado Inspetorial de CS;
o Diretor do Boletim Salesiano.
Cada uma dessas escolhas tem suas vantagens e desvanta-
gens.
Não se podem transcurar: a capacidade (a atual e a que se
deve adquirir) de trabalhar com a informação e a disponibili-
dade de tempo para a tarefa.
O Delegado Inspetorial ajuda o encarregado a coordenar o
trabalho, indicando:
26

3.7 Page 27

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
um irmão em cada comunidade responsável para en-
viar informações;
outras coisas úteis para assegurar uma produção fácil e
funcional;
uma lista de possíveis colaboradores externos.
46 O Noticiário Inspetorial: estrutura
A sua estrutura organizativa implica:
organização financeira: o aspecto financeiro do Noti-
ciário é algo menor em comparação com outros pro-
dutos. Dado que faz parte da instituição inspetorial,
o Conselho Inspetorial deveria incluí-lo em seu orça-
mento programático;
organização editorial: definir o que faz parte do Noti-
ciário;
os diversos setores da atividade educativo-pastoral na
Inspetoria deveriam estar incluídos:
formação;
pastoral juvenil;
família salesiana;
missões;
comunicação social;
aspecto financeiro.
Outras informações relevantes para o mundo salesiano
têm o seu lugar, se já não tiverem sido mencionadas
antes.
27

3.8 Page 28

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
Igualmente os assuntos que se referem às comunidades
e às obras da Inspetoria.
distribuição organizada: saber quem são os destinatários
orienta o tipo de distribuição. Deve ser considerada
também a possibilidade de tornar o Noticiário conhecido
não só dos irmãos mas também da Família Salesiana, da
Igreja local, de pessoas que trabalham na comunicação,
especialmente se o Noticiário fosse o único produto in-
stitucional na Inspetoria;
organização gráfica e ‘layout’: estes são elementos téc-
nicos e seria conveniente pedir sugestões a profission-
ais sobre diagramação (aspectos como disposição, capa,
legibilidade do texto, desenho, fotografias para colocar
em relevo o texto); e assim por diante.
47 O Noticiário Inspetorial: freqüência
O que foi delineado acima pode ser aplicado a todo tipo
de meio de informação. Se a característica da informação é
a atualidade das notícias, um Noticiário não freqüente (por
exemplo, três ou quatro edições por ano) não cumpre a sua
função real. É preferível ter um Noticiário freqüente com
menos páginas do que um grande saindo apenas ocasional-
mente.
48 O incremento de Noticiários ‘on-line’
Isto faz parte de uma nova realidade. A facilidade de uso
do computador e da Internet ofereceu novas possibilidades
para enviar informações para o mundo salesiano e para fora.
Somente uma observação: não é suficiente inserir a versão
impressa do Noticiário na internet. A Internet tem os seus
28

3.9 Page 29

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
próprios processos e devem ser respeitados na produção da
informação.
(2) O Boletim Salesiano
49 O Delegado Inspetorial para a CS em algumas Inspeto-
rias é também o diretor do Boletim Salesiano. Em outras não
é a mesma pessoa. Neste último caso o Delegado Inspetorial
para a CS tem algumas responsabilidades particulares para a
animação, enquanto tenha informações que lhe vêm do cen-
tro, como parte do Conselho Inspetorial. Quanto segue inter-
essa diretamente ao Delegado Inspetorial para a CS e natural-
mente também ao diretor do Boletim Salesiano.
O Boletim Salesiano é um dos mais antigos e institucionais
produtos de informação. O art. 41 dos Regulamentos expõe o
escopo geral do Boletim.
O Boletim Salesiano, fundado por Dom Bosco, di-
funde o conhecimento do espírito e da ação sale-
siana, especialmente missionária e educativa. Interessa-
se pelos problemas dos jovens, encoraja a colabo-
ração e procura despertar vocações. É, além disso,
instrumento de formação e vínculo de unidade para
os diversos grupos da Família Salesiana. É redigido
em várias edições e línguas, conforme as diretrizes
do Reitor-Mor e do seu Conselho.
50 Após longa preparação por parte do Dicastério, o P. Vec-
chi e seu Conselho chegaram às seguintes conclusões-decisões,
ainda válidas com algum pequeno retoque, devido à evolução
dos tempos. Um número de propostas, então, expressas como
29

3.10 Page 30

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
objetivos, foram realizadas (por exemplo, os Boletins on-line
no site web da Congregação).
1. Dar visibilidade ao Boletim para tornar a sua importân-
cia mais reconhecível. Todos os Boletins deveriam ser
ao menos bimestrais.
2. Torná-los conhecidos e partilhados para que as pessoas
se sintam co-responsáveis. Constituir uma comissão cen-
tral.
3. Organização efetiva. Toda edição do Boletim deveria
ter: um grupo editorial com suas tarefas e funções; um
corpo administrativo, Um Regimento
4. Boletins Salesianos on-line: Estrutura do site internet da
Direção Geral
5. O eixo de toda estratégia prática: as pessoas. Formação
dos diretores do BS Avaliação constante do processo de
relançamento e desenvolvimento.
51 O trabalho realizado pelo Dicastério em nível mundial
foi recolhido no livro: O Boletim Salesiano no mundo – Encon-
tro mundial do BS para o terceiro milênio - Editora SDB, edição
extra-comercial, Roma, Pisana 1999.
Os procedimentos e as decisões do mais recente encontro
mundial de 2005 dos editores do BS, realizado em Roma, pode
ser encontrado em forma de CD nas inspetorias onde o BS é
produzido, ou diretamente no Dicastério, em Roma.
Em nível Regional houve encontros para a formação de di-
retores e colaboradores do BS, para colocar em prática as con-
clusões do Conselho Geral. A literatura salesiana sobre o BS
30

4 Pages 31-40

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4.1 Page 31

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
é ampla, sinal do interesse sobre este meio de comunicação,
começando pelo Reitor-Mor. Circulares, reflexões várias, in-
tervenções oportunas, pesquisas de campo, experiências e cria-
tividade, têm favorecido esta publicação a crescer.
52 O Delegado Inspetorial para a Comunicação Social e o BS
As tarefas de animação do BS por parte do Delegado Inspeto-
rial poderiam ser as seguintes:
re-leitura juntamente com o diretor do BS das conclusões
e decisões do Conselho Geral mencionadas acima;
programar juntos como realizar tais decisões: preparando
um calendário de intervenções sobre cada ponto e de-
terminando as pessoas responsáveis;
ajudar a individuar as pessoas para o organismo edito-
rial do BS: não se deixe de envolver também membros
externos à Comunidade salesiana, escolhendo pessoas
qualificadas da Família Salesiana e outros especialistas
entre os Amigos de Dom Bosco;
estudar juntos como formar um corpo administrativo
na área em que se trabalha: passos concretos devem ser
programados de modo detalhado, de acordo com o In-
spetor e o Conselho Inspetorial;
experimentar oportunidades de formação específica para
a edição do BS: através do treinamento em jornalismo e
nos diversos aspectos relacionados com um produto de
comunicação;
estabelecer juntos avaliações regulares dos produtos ou
do programa;
31

4.2 Page 32

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
estar atento às rubricas do BS, para apresentar melhor a
imagem da Inspetoria e da Congregação;
aumentar a lista dos endereços dos que recebem o BS,
estudando junto com o diretor os modos de chegar a
pessoas, grupos, organizações civis e eclesiásticas que
poderiam estar interessadas nas notícias salesianas.
(3) Sites Web Inspetoriais
53 Os sites web inspetoriais se tornaram uma característica
regular e importante. São mais que uma conexão ‘intranet’ in-
spetorial e se tornaram acessáveis ao mundo em geral. Além
dos sites inspetoriais, também as comunidades e obras têm
adotado largamente a prática de instalar um site web.
Existe um certo número de questões fundamentais que de-
vem ser consideradas no momento de instalar um site web
(sem falar dos aspectos técnicos que não tratados aqui):
A quem se destina o site? (Salesianos? Empregados?
Estudantes? Jovens? Todos?) Em conseqüência: escol-
her palavras, gráfica e conteúdo pertinentes.
O que se deseja comunicar ao grupo que se tem em
mira? Como apresentar a informação de modo breve
e apropriado?
Como construir um site para que tal grupo o possa descar-
regar rapidamente e que seja útil e facilmente naveg-
ável?
Os sites inspetoriais deveriam ter um link com o site da Con-
gregação www.sdb.org.
32

4.3 Page 33

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
54 O site web www.sdb.org : - informações adequadas so-
bre o seu uso vêm do Centro. O Delegado Inspetorial deveria
tomar em consideração o que foi enviado a respeito de IN-
TRANET/Área reservada, assim poderá ajudar os delegados
inspetoriais de outros setores e as comunidades a usá-lo bem.
Um aspecto particular e importante a este respeito para o
Delegado de CS é o de comunicar ao Coordenador do site
www.sdb.org as mudanças nas informações e endereços já
presentes no site. Será quase impossível ao Coordenador atu-
alizar as mudanças se ele não for informado adequadamente.
(4) Outras produtos de comunicação
55 Duas explicações: - não nos referimos aqui a todos os
possíveis produtos de uma inspetoria, mas àqueles que en-
tram na categoria de ‘informação’.
Outros produtos serão considerados ao menos em parte
no CAPÍTULO terceiro, que trata das iniciativas empresariais
salesianas. Referimo-nos aqui às paróquias, aos noticiários de
escolas ou àqueles de outros grupos que se inspiram em Dom
Bosco: todos fazem parte de uma opinião pública ligada à
Congregação.
Existem ainda muitos folhetos semanais ou mensais de notí-
cias, que fazem parte da vida cotidiana local. São consid-
eradas aqui também as contribuições de Rádio e Televisão,
que divulgam as atividades e iniciativas da comunidade sale-
siana.
É impossível portanto incluir tudo aqui porque existe muita
coisa neste campo. A referência é feita na perspectiva do Del-
egado Inspetorial de CS, não dos editores destes produtos.
33

4.4 Page 34

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
56 O papel do Delegado Inspetorial é:
estudar o tipo de coordenação possível. Isto não sig-
nifica necessariamente uma cooperação material, mas
sobretudo a definição de modos concretos para torná-
la possível;
oferecer a cada um, em geral, critérios para o melhor e o
mais eficiente trabalho, a fim de que os produtos sejam
de boa qualidade;
ajudar, se solicitado, na realização de produtos individ-
uais. A força da animação não é menor que a possibili-
dade de decisão!
A animação proposta diz respeito a aspectos já tratados so-
bre o Noticiário Inspetorial. Deve-se procurar uma pequena
estrutura que cuide da qualidade do trabalho, mesmo nas pe-
quenas coisas.
57 Assegurar o funcionamento da Informação Salesiana da sede
local
O Delegado Inspetorial deveria tornar-se o ponto de referên-
cia para as comunidades locais. Um instrumento muito útil
na inspetoria seria um pequeno livro ou manual, elaborado
em nível local e de acordo com as necessidades do lugar: algo
na linha deste manual que apresentamos agora, mas mais de-
talhado em termos de necessidades de comunicação e de re-
spostas em nível de comunidade.
Um excelente exemplo de manual deste tipo foi feito em
espanhol, intitulado Manual de Comunicación para Ambientes
Salesianos, de José Luis Calvo Torello (SSE). Os capítulos 4-8
34

4.5 Page 35

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
do citado manual contêm material prático muito útil sobre:
informação salesiana, Dicastério para a Comunicação, tipos
de comunicação, a casa, o protocolo, os instrumentos.
Indicamos acima a necessidade de uma pessoa de referên-
cia para as informações necessárias para o Noticiário Inspeto-
rial. Se todas as comunidades o fazem, isso marcará o início
de uma rede inspetorial que dará bons frutos de comunhão e
missão entre os irmãos e as comunidades. No centro da In-
spetoria existirão disposições para retransmitir informações e
atividades que vêm das casas. Uma organização deste tipo
produz notícias de atualidade. Não é necessário esperar o
Noticiário para ter notícias em circulação.
58 O Noticiário tem outro papel: reflete sobre acontecimen-
tos cotidianos, relança iniciativas nos ambientes salesianos,
descobre a espiritualidade viva. A respeito da informação ex-
terna, mais dois aspectos: um serviço de informação sobre a
vida da Inspetoria Salesiana, relações mais diretas com a mí-
dia local.
59 Assegurar o funcionamento da Informação que vem do ‘centro’
da Congregação
A mesma atuação em rede é pedida pela Congregação. ANS
é uma Agência Internacional Salesiana de Informação em nosso
projeto. Não deveria ser confundida com outros produtos.
Ela é espaço onde a informação é organizada para ser dis-
tribuída nas Inspetorias. É um centro de coleta e seleção.
Como centro de coleta, precisa da ajuda de todas as Inspeto-
rias: este é um serviço específico pedido aos Delegados In-
spetoriais de CS.
O Delegado, ao seguir as atividades salesianas na Inspeto-
ria, tenha presente que é necessário:
35

4.6 Page 36

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
“construir” as notícias,
“redigir” a informação,
“colocá-la” na mídia de acordo com o nível de interesse
da notícia (interesse local, se diz respeito a atividades
salesianas locais; nacional, se envolve interesses mais
amplos derivados do acontecimento).
“informar” a Agência a fim de dar continuidade ao pro-
cesso de informação.
60 Não basta enviar notícias; é preciso ver que efeitos ela
pode produzir local e mundialmente. Os verbos “construir”,
“redigir”, “colocar”, “informar” são termos técnicos na comu-
nicação. Apresentamos aqui um esquema que poderia ajudar
a concretizar este aspecto do tema que está sendo tratado.
(5) Uma rede de correspondentes
61 A informação se sustenta com o conhecimento e a ajuda
de muitos outros esforços. Por isto é necessário:
criar uma rede para coletar informações sobre tudo o
que diz respeito à Família Salesiana;
profissionalizar essa rede, de modo que o serviço garanta
a maior coleta possível de informações pertinentes;
dispor dos meios técnicos e profissionais; estes são necessários
para garantir às informações um tratamento adequado
e a sua distribuição.
36

4.7 Page 37

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
Os Delegados Inspetoriais e Nacionais, que são os correspon-
dentes normais da Agência, podem ter presente o que segue
para desenvolver um serviço de informação segundo as ex-
igências da Congregação e poderem assim encorajar outros
potenciais correspondentes a fazerem o mesmo.
62 Fontes de informação para a ANS
Fontes salesianas
Direção Geral: o Reitor-Mor e o Conselho Geral, os
Serviços centrais e de Dicastério, a Casa Geral em
Roma
Inspetorias: o Inspetor, o Conselho Inspetorial, o
Secretário Inspetorial, os Serviços inspetoriais, Pro-
gramação e agenda, Salesianos proeminentes
Família Salesiana, atividades e iniciativas dos movi-
mentos leigos
Publicações: Boletins Salesianos, Noticiários Inspeto-
riais, publicações locais
Fontes não-salesianas
Santa Sé
Conferências Episcopais, Dioceses
Conferências de Religiosos
Organizações pertencentes a outras Confissões
Organizações internacionais, nacionais e regionais
Centros culturais e pedagógicos
Organizações juvenis internacionais, nacionais e re-
gionais
37

4.8 Page 38

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
Outras agências de imprensa mundiais em nível
nacional ou internacional.
63 As notícias: como são e como funcionam
Conceito
As notícias são um texto com um escopo elementar: ex-
plicar um evento com a máxima informação possível no menor
espaço de tempo possível e com o maior efeito comunicativo.
Devem suscitar interesse no público.
As notícias não existem se um correspondente não as pro-
duz. Um evento permanece um evento; para tornar-se notícia
é necessário o esforço jornalístico de um correspondente.
Características editoriais
As notícias devem ser elaboradas: com uma linguagem sim-
ples, destacada, concisa e clara; usando frases breves, uma
idéia somente por frase e com abundância de verbos ativos e
nomes concretos; evitando expressões técnicas, que somente
alguns conseguem entender, e usando a linguagem comum
do povo. Opinião e informação não deveriam ser confusas.
As fontes devem ser verificadas: sobre fatos e suas palavras.
Existem vários modos para enfrentar a preparação das notí-
cias: duas das apresentadas aqui são: o ‘take’ e um outro
modo, menos rígido, que permite aos redatores de ANS redi-
gir a partir dos pontos oferecidos pelo correspondente.
A realidade mostra que muitos ‘correspondentes’ salesianos
são voluntários, com tempo parcial (‘part time’), no jargão jor-
nalístico, com muitos encargos por cumprir. Não possuem
nem o tempo e às vezes nem a preparação jornalística para
dar a outros algo a mais que os elementos de base para que
redijam em seu lugar.
Preparar um ‘take’ de notícia
38

4.9 Page 39

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
Para a Agência, a notícia consiste em escrever um ou mais
‘takes’, ou partes do conteúdo. Um ‘take’ é breve, com um
tamanho máximo de 10 linhas. O primeiro ‘take’ deve ser
auto-suficiente, isto é, não deve precisar de acréscimos para
ser compreendido. ‘Takes’ sucessivos se acrescentam para dar
ulterior informação; mas todos os elementos da notícia de-
vem aparecer no primeiro. Escrever um novo item em um ou
mais takes depende da importância das notícias a transmitir
e daqueles que a lerão.
A estrutura de um ‘take’ O primeiro ‘take’ se abre com uma
frase-guia, isto é, com o elemento mais importante da notí-
cia. Resta considerar que as notícias mais bem escritas são as
que seguem a fórmula clássica das cinco perguntas, ou seja:
quem, o que, onde, quando e para que; e ainda ‘como’.
Os títulos
É necessário sempre colocar um título à frente da notícia.
O escopo do título é identificar, anunciar e reassumir a infor-
mação contida na notícia, como também convencer e suscitar
interesse. Uma palava-chave abre o título (no máximo duas
palavras).
Exemplo: DROGA: AS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS
SALESIANAS SE ENCONTRAM.
Os títulos de ANS não deveriam superar 55 letras. Os tí-
tulos de um texto narrativo são habitualmente formados por
uma frase, na qual possivelmente o verbo permanece implíc-
ito. Textos de atualidade habitualmente têm título sem verbo.
Outro modo de preparar as notícias e transmitir a ANS
(a)Escolher um título breve
(b)A base para colocar juntos os pontos da notícia é ter no
máximo 3 idéias centrais e 7 detalhes (estas cifras devem ser
39

4.10 Page 40

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
consideradas rigidamente)
(c)Indicar as fontes, se possível
(d)Indicar a Inspetoria ou a Circunscrição de origem
(e)Indicar o setor salesiano melhor representado na notícia
(PJ, Formação, etc.)
A isto se pode acrescentar: buscar um ritmo regular. A ex-
periência demonstra que um ritmo mínimo que funciona é o
mensal, especialmente se a Inspetoria tiver várias pessoas que
trabalham com este método. Não requer muito de cada um e
todavia favorece um bom fluxo de notícias para ANS, se se
considera que mais de 90 Inspetorias trabalham com este sis-
tema!
64 Tabela que mostra um esquema de trabalho que poderia ser
usado para uma notícia
40

5 Pages 41-50

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5.1 Page 41

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
ELEMENTOS BÁSICOS PARA NOTÍCIAS
1.EVENTO
2.ONDE: LOCALIZAÇÃO PRECISA
3.QUANDO: DATA (tempo)
4.QUEM: PESSOAS, GRUPOS . . .
5.QUANTOS: GRUPOS, PARTICIPANTES. . .
6.O QUE
7.POR QUE
8.COMO
9.ASPECTOS IMPORTANTES
10.OUTRAS COISAS DE INTERESSE
11.PROBLEMAS
12.POSSIBILIDADES
13.COMENTÁRIOS
14.ESTATÍSTICA
15.DOCUMENTOS (programas, textos, discursos, etc.)
16.FOTOGRAFIAS, VÍDEO
17.GRAVAÇÃO SONORA
65 Ligação entre o correspondente e o escritório de ANS
O trabalho do correspondente não é completo se a infor-
mação não chega em tempo ao escritório de ANS. Notícias
importantes ou de grande relevo devem ser enviadas o mais
rápido possível. Notícias de assuntos ordinários podem ser
enviadas com uma única expedição postal no primeiro dia de
cada mês. Eventos para a agenda ANS, ao invés, devem ser
enviados antes do dia 20 de cada mês. O material deve ser en-
viado preferivelmente via e-mail, tanto ao endereço de ANS
quanto ao pessoal que trabalha na sede central.
66 Uso do telefone
41

5.2 Page 42

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
O telefone, celular ou semelhante, é um dos instrumentos
mais úteis aos jornalistas, particularmente às agências. As
informações podem ser dadas ou recebidas por telefone. O
telefone é útil quando há necessidade urgente de verificar de-
talhes ou ter contatos imediatos. Quando um jornalista entra
em contato pela primeira vez, deveria apresentar: a própria
identidade, a agência de imprensa para a qual trabalha e o
motivo de sua chamada. Declarações breves por telefone são
possíveis, como também breves entrevistas.
Para ser realmente fiéis, a gravação da chamada serviria
aos escopos jornalísticos. As perguntas deveriam outrossim
ser breves e precisas, e direcionadas a obter tudo o que é
necessário para escrever uma notícia completa. A chamada
telefônica, portanto, deveria ser transcrita e desenvolvida num
enunciado ou sob a forma de uma entrevista.
67 Uso de e-mail
O e-mail é o instrumento mais comum para conectar os cor-
respondentes da Agência. O e-mail deveria ser examinado
todos os dias pelo menos uma vez. O correspondente deve-
ria normalmente escrever e receber elementos de notícias ‘off-
line’, isto é, com documento anexo: o e-mail faz referência ao
tipo de documento anexado.
É melhor formatar o documento anexado como RTF (Rich
Text Format) ou nas atuais versões de Word (evitar usar ver-
sões ulteriores a Word ’95). A caixa para indicação do assunto
indica em poucas palavras a natureza do documento anex-
ado. Usar a forma “urgente” ou “muito urgente”, quando
necessário; isto economiza tempo acelerando a distribuição
através do ‘server’.
68 Fotografias
42

5.3 Page 43

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
Quando o e-mail não permite a transmissão de imagens
ou de fotos de qualidade, é necessário usar métodos mais
tradicionais: correio aéreo. As fotos devem ser expedidas no
formato-panorama de preferência ao formato-retrato, com di-
mensões de 10 x 15cm, a cores e sempre acompanhadas de
legendas que indicam o assunto, a data, o lugar, os tópicos ou
o evento, etc. Os ‘slides’ são também úteis.
NB. Problemas relacionados com a transmissão de fotos Trata-
se de problemas técnicos e práticos em relação a um serviço
fotográfico de notícias. Esta matéria requer sugestões de tipo
técnico. O escritório de ANS está sempre pronto para respon-
der a perguntas deste tipo.
Organização da Informação externa à comunidade
salesiana
69 Também a informação externa à comunidade salesiana
deveria ser sempre organizada. Considerar quanto segue: as
relações com
o pessoal de comunicação na área local (1),
a ativa participação da Igreja local no empenho pela comu-
nicação (2),
fazer funcionar diversos serviços inspetoriais para a CS:
sala de imprensa (3), serviço de relações públicas (4), serviço
de promoção da imagem salesiana (5), serviço de resenha de
notícias ou ‘clipping’ (6).
70 A finalidde não é a de propor estruturas pesadas e
complicadas. Mas indicar as áreas possíveis para uma in-
spetoria. A distinção entre diversas áreas não significa que
sejam necessários diversos responsáveis para cada uma. Uma
43

5.4 Page 44

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
pessoa pode cobrir diversos papéis. Por outro lado, talvez
nem todas as Inspetorias possam organizar imediatamente os
serviços aqui apresentados. O Delegado Inspetorial deve, de
qualquer forma, pensar no vasto campo que lhe foi confiado.
É importante, pois, que ele receba assistência por parte da
Comissão de CS.
71 A nossa convicção de início é a seguinte: é necessária
uma maior presença da mensagem salesiana na mídia. Não
faltam experiências interessantes por parte de alguns irmãos
que chegam a participar na mídia; mas não parece que tais
experiências representem um esforço coordenado ou especí-
fico por parte das comunidades. Levar a mensagem salesiana
“lá fora” faz parte da tarefa do Delegado Inspetorial. Este se-
ria um modo realista para os salesianos enfrentarem o desafio
da Comunicação Social: a Comunicação Social é também um
modo, verdadeiramente importante, de estar em contato com
a missão salesiana.
Somente declarações não são suficientes. Temos necessi-
dade de pessoal!
72 Relações com as estruturas e o pessoal de comunicação na área
local
Um entendimento recíproco entre os que trabalham no mesmo
setor é o primeiro passo a dar para uma efetiva cooperação.
Pode-se redigir um elenco de estruturas, pessoas e meios, com
os quais ter contato:
Contatos pessoais
Contatos de trabalho
Contatos entre instituições
44

5.5 Page 45

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
Estas são as pontes de entendimento sobre as quais a infor-
mação pode passar para além da comunidade. Já falamos
algo sobre o Dia Mundial das Comunicações. A mesma idéia
é retomada aqui, mas não somente para este Dia.
Relacionamento amigo encoraja a outros encontros. Estes
podem ser inseridos no calendário dos eventos.
O Delegado Inspetorial deveria recordar que não somente
pede informações aos colegas, mas oferece também a eles úteis
informações. Voltaremos a este aspecto quando falarmos dos
serviços salesianos de informação. Neste momento vemos a
urgência de coordenação entre o nível inspetorial e nacional.
As duas estruturas deveriam sustentar-se mutuamente. O
relacionamento não se limita apenas às pessoas. Deveria ser
também institucional, por exemplo, com as estruturas da Igreja
local chamadas a organizar-se segundo as linhas da Aetatis
Novae. O mesmo se pode dizer, especialmente nas grandes
cidades, para as estruturas civis e jornalísticas de rádio e tele-
visão.
73 Participação no empenho da Igreja local para a Comunicação
Social
O Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais pub-
licou no dia 22 de fevereiro de 1992 a sua instrução pastoral,
para celebrar os 20 anos de Communio et Progressio. O pará-
grafo final do texto tem este título: ‘A necessidade de uma
programação pastoral’, e examina dois pontos: a responsabil-
idade dos bispos, a necessidade de um projeto pastoral para
a Comunicação Social. Parte integrante do texto é o apêndice:
‘Elementos de um projeto pastoral para as comunicações so-
ciais’.
74 Um dos primeiros deveres do Delegado Inspetorial é
45

5.6 Page 46

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
o de ler atentamente o que afirma a instrução pastoral. As
responsabilidades dos bispos são apresentadas no n. 20:
Reconhecendo o valor e a urgência das necessi-
dades suscitadas pela ação da mídia, os bispos e
os que têm o dever de decidir como aplicar os lim-
itados recursos humanos e materiais da Igreja, de-
veriam agir para dar a isto a devida prioridade,
levando em consideração as situações particulares
na própria nação, região e dioceses. Esta necessi-
dade é hoje ainda maior porque, pelo menos em
parte, o grande ‘Areópago’ dos meios de comuni-
cação contemporâneos foi até o momento mais ou
menos transcurado pela Igreja.
Como observou o Santo Padre: ‘Geralmente a preferência foi
dada a outros meios de formação e evangelização, enquanto
os meios de comunicação de massa foram deixados às inicia-
tivas individuais ou de pequenos grupos, que têm um papel
secundário no planejamento pastoral’. Esta é uma situação
que deve ser corrigida.
75 A colaboração por parte da Inspetoria Salesiana pode se
dar de vários modos:
através da presença e participação nos eventos organi-
zados em nível diocesano,
através de iniciativas a tomar, caso a diocese não esteja
ainda organizada – propondo-se a ajudar na formação
dos comunicadores,
através da animação litúrgica,
46

5.7 Page 47

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
através de grupos juvenis,
através da participação na rádio local e nos programas
de TV.
76 Internet
Dois assuntos devem ser considerados quando se trata de
internet. A ambos se conectam diversos aspectos. O primeiro:
o uso da internet O segundo: a utilidade da internet
77 O uso da internet
Aqui não descemos a detalhes; só consideramos o que diz
respeito ao trabalho do Delegado Inspetorial para a CS, evo-
cando a dimensão social do fenômeno. O Delegado procura
educar os ‘navegantes’, adultos ou jovens. Ao fenômeno in-
ternet se liga a educação técnica, moral e social. É uma área
educativa que o Delegado Inspetorial deve esforçar-se por
projetar e coordenar. É necessário aprender a usar a internet
para falar de fé, para ensinar, informar, educar, rezar. Super-
ado o perigo de uma ‘navegação’ descontrolada, a internet se
torna um verdadeiro dom de Deus. Talvez seja u’a meta a que
tender. O fator primário é a educação. Como em todo campo
de atividade e de vida o resultado depende de um planeja-
mento tempestivo, assim também acontece com a internet:
não devemos faltar a este encontro que nos oferece a nova
tecnologia.
78 A utilidade da internet Para o uso da internet tendo
em vista de nossos escopos, chamamos a atenção para a im-
portância de ser profissionais. A ajuda por parte de profis-
sionais torna a nossa presença on-line visível, atraente e efi-
caz.
47

5.8 Page 48

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
Animação Produção
79 O papel do Delegado neste aspecto gira em torno de três
atitudes: respeitar os processos de empresa e as suas várias
competências específicas; coordenar este aspecto juntamente
com os outros envolvidos no campo da comunicação na In-
spetoria, garantir o caráter salesiano da empresa.
80 Respeitar os processos de empresa e as suas competências
O Delegado Inspetorial torna-se parte do empreendimento,
tendo presente três aspectos:
a delegação explícita que recebe do Inspetor para ani-
mar este serviço, de forma que se torne clara a sua re-
sponsabilidade neste campo;
a organização típica de cada empresa para o seu fun-
cionamento, com as suas estruturas e instâncias de de-
cisão e de atribuições internas;
o pessoal qualificado e competente (para evitar inter-
venções que não correspondem ao estilo de gestão da
empresa).
O respeito pelas competências é sinal de reconhecimento da
autonomia deste campo.
81 Coordenação
O Delegado deve estar atento a quanto segue: uma inicia-
tiva empresarial tem recursos humanos, capacidades estrutu-
rais, uma atitude mental aberta à realidade e ao futuro; A or-
ganização inspetorial da comunicação social pode aproveitar
de tudo isto não para desviar a empresa da sua tarefa mas
48

5.9 Page 49

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
para utilizá-la de forma a ajudar as comunidades a crescer na
compreensão da comunicação.
Relacionar-se pessoalmente com os que trabalham na em-
presa, seguir o desenvolvimento das iniciativas e projetos,
conhecer o planejamento anual da empresa – tudo isso pode
ajudar o projeto inspetorial de CS. Para o Delegado não se
trata de coordenar o pessoal, mas os projetos e o modo de
realizá-los.
82 Garantir o caráter salesiano das nossas iniciativas empresari-
ais
Este é um ponto fundamental que deve ser realizado antes
de tudo no diálogo com o Inspetor e o seu Conselho, não di-
retamente com os responsáveis da iniciativa. Chamamos a
atenção ainda para:
a dimensão promocional e educativa da atividade em-
presarial
a dimensão ‘projetual’ através de uma declaração de in-
tenções redigida pela empresa
a dimensão formativa dos empregados, para realizar os
escopos de uma empresa salesiana
De tudo isto se conclui que o Inspetor e o seu Conselho devem
apoiar a pessoa que os representa como Delegado. Una forma
concreta de apoio é assegurar que o Delegado faça parte de
um dos conselhos de gestão da empresa.
Alguns aspectos importantes para conduzir com sucesso uma ativi-
dade empresarial
49

5.10 Page 50

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
83 É possível encontrar preconceitos nas comunidades a
respeito de iniciativas empresariais. Sejam estabelecidas as
relações entre a Inspetoria e tais iniciativas.
84 Preconceitos comuns
As comunidades, pelo geral, não são favoráveis a atividades
empresariais de Comunicação Social. Há uma série de fatores
em jogo. Alguns preconceitos são de ordem prática, outros de
ordem teórica.
85 Preconceitos de ordem prática
Os seguintes, entre outros:
falta de conhecimento do setor empresarial: poucos sale-
sianos fizeram experiência de atividade empresarial; isto
faz com que tais atividades sejam vistas como estranhas
ao carisma. Além disso, são poucos os salesianos que
têm competência específica para conduzir uma atividade
econômica completa, com todas as regras que tal ativi-
dade comporta. Muitas vezes esta falta de conhecimento
gera dúvidas e suspeitas;
algumas preocupações de ordem financeira: a experiên-
cia financeira que se tem de algumas empresas de co-
municação em algumas inspetorias não é positiva. Em
alguns casos falências financeiras colocaram a Inspeto-
ria em sérias dificuldades. Por que correr tais riscos sem
necessidade? As circunstâncias religiosas de irmãos que
gerenciam iniciativas empresariais: as comunidades po-
dem ter alguma reserva a respeito da vida religiosa dos
que trabalham em atividades empresariais, especialmente
nos aspectos que dizem respeito à pobreza religiosa. Na
50

6 Pages 51-60

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6.1 Page 51

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
sua maneira de ver parece difícil observar a pobreza
onde se trabalha com projetos, finanças, aquisições de
grande valor, relações públicas dispendiosas e assim por
diante. E existe ainda a evidência de algum irmão que
vive fora da comunidade, em situações de não grande
testemunho do carisma salesiano.
A primeira tarefa do Delegado Inspetorial é ajudar as comu-
nidades salesianas a ver a atividade empresarial de forma ob-
jetiva e favorável. Não é algo que foge do âmbito do carisma
salesiano. Não é uma escolha em contraste com a tradição.
Não é uma atividade de alguns, levada adiante como algo
‘pessoal’, mas uma atividade inspetorial e comunitária, parte
de um projeto que vê a presença salesiana na Igreja ou numa
jurisdição civil e dentro do projeto educativo-pastoral mais
amplo da Inspetoria. Se estes preconceitos não forem supera-
dos será difícil um certo desenvolvimento e crescimento neste
campo. Cremos que seja importante chegar a convencer a re-
speito da salesianidade do trabalho da comunicação, incluído
o aspecto econômico-empresarial.
86 Preconceitos de ordem teórica
Medos neste sentido incluem:
A fácil oposição que se pode criar entre ‘negócio’ e ‘min-
istério’
Uma atividade empresarial tem poder e dinheiro
Um ministério pastoral ao invés se define principalmente
como serviço. Existe verdade nisto, sem dúvida. Entre-
tanto não se pode e não se deve considerar, em termos
51

6.2 Page 52

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
absolutos, como sendo um bom e outro ruim. Existe
um ministério pastoral ‘poderoso’ e existem atividades
econômicas que ‘servem’. Curtos-circuitos servem ape-
nas para confundir.
Se a realidade fosse expressa somente nestes termos simpli-
ficadores, como explicar a presença maciça e ativa da Igreja
nas comunicações e nas iniciativas de comunicação? Como
explicar a parte não secundária que a experiência econômica
teve na vida de Dom Bosco? Hoje, especialmente, a Igreja
está atenta e interessada no campo das comunicações e nas
iniciativas a ele conexas. Estas se tornaram veículo para o
Evangelho! O que foi dito a respeito das preocupações a este
respeito deveriam tornar mais atentos os que trabalham neste
campo e não deixar-se envolver pelos aspectos do poder.
Medo de perder os contatos pessoais com o povo e deixar-
se convencer pela ‘audience’ (público) nas escolhas editori-
ais. Este medo diz respeito a uma sensibilidade típica dos
salesianos: buscar contatos pessoais com os que servimos no
ministério. Indica também o desejo de buscar a verdade di-
ante das preocupações com relação à moda corrente. Esta
preocupação não deve ser subestimada. Isto interessa a todo
salesiano de Dom Bosco.
Tudo indica que a Comunicação Social e suas iniciativas
empresariais conexas não podem reduzir-se a coisas materi-
ais, a instrumentos e estruturas. A riqueza de estruturas e de
meios não representa todo o empenho das comunidades sale-
sianas que trabalham para os jovens, especialmente para os
mais necessidades e os mais pobres. As estruturas e os meios
fazem parte de um projeto mais amplo que sempre coloca as
pessoas para as quais se trabalha e a intenção de salvá-las no
52

6.3 Page 53

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2 GERENCIAR A COMUNICAÇÃO INTERNA E EXTERNA
centro do trabalho salesiano.
87 Relação entre Inspetoria e empresa
É atribuição da Inspetoria, através dos serviços respon-
sáveis pela atividade e pela vida quotidiana, organizar
a comunicação e em particular as iniciativas econômicas
a ela ligadas;
todo tipo de omissão por parte da Inspetoria, isto é, do
Inspetor e de seu Conselho, seja em nível de idéias que
de prática, somente causa problemas e dificuldades no
futuro imediato; O Inspetor e o seu Conselho precisam
de uma ajuda adequada para a animação e o governo
deste setor: isto explica o papel do Delegado Inspetorial
para a CS, assistido por uma Comissão de especialistas
neste campo;
o projeto Inspetorial deveria levar em conta todas as
áreas de atividade e de vida que se devem coordenar e
animar, para favorecer o crescimento de cada uma e de
tudo: estruturas, pessoas, organizações e perspectivas;
a organização de empresas e atividades econômicas, com
definições de papéis internos ao trabalho e das funções
atribuídas a pessoas, grupos e conselhos, serve para re-
speitar as competências de cada um e assegurar o de-
senvolvimento ordenado da empresa.
Dom Bosco se colocava na vanguarda do progresso. Os sale-
sianos têm a força e a possibilidade de continuar as escolhas
de seu Pai e Fundador.
53

6.4 Page 54

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3 O DELEGADO E SUAS
EQUIPES
88 Nas comunidades salesianas com frequência se pergunta
quem está envolvido na CS.
O Delegado
89 O CG23 falava da Comunicação Social (cf. Atos nn. 254-
260: “O caminho de fé dos jovens exige da comunidade uma
nova forma de comunicação”) no contexto das deliberações
a respeito da atividade salesiana. Indicava-se ao Inspetor a
necessidade de nomear a pessoa responsável pela CS na In-
spetoria (n. 259).
90 O irmão nomeado recebe o título de Delegado Inspeto-
rial para a CS. Existem outros delegados na organização de
uma Inspetoria; estes animam as diversas atividades da ação
salesiana.
91 Cabe esclarecer o seguinte a este respeito:
Todo Delegado recebe a delegação diretamente do seu
superior. Quando isto não acontece cria-se incerteza so-
bre o que fazer (sobre quanto e como fazer) e ainda so-
bre uma possível avaliação do trabalho feito. É digno de
54

6.5 Page 55

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3 O DELEGADO E SUAS EQUIPES
nota o fato de que uma delegação clara realmente ajuda
a guiar a pessoa encarregada e é um apoio de autori-
dade para o seu trabalho na comunidade.
92 É, portanto, conveniente para o Delegado entender-se
com o Inspetor e seu Conselho a respeito dos limites e das
possibilidades do seu trabalho, tendo recebido a obediência
de animar e coordenar a Comunicação social na Inspetoria.
93 O ponto de partida e a orientação de base para trabal-
har na CS devem ser elaborados (pelo Inspetor, o Conselho
Inspetorial e o Delegado) tendo presentes as indicações das
Constituições e Regulamentos, do Projeto de Animação e de
Governo do Reitor-Mor e de seu Conselho (por exemplo, para
o sexênio 2002-8) e do documento SSCS.
As equipes de CS: Comissão e Consultoria
94 O Delegado de CS é essencialmente uma pessoa de
grupo. É normalmente assistido por uma Comissão e às vezes
tem também um grupo de consultoria. Depende em grande
parte da situação e das necessidades da Inspetoria o fato de
ter uma Comissão e um grupo de consultoria ou uma fusão
dos dois. Algumas Inspetorias chamam com outros nomes
semelhantes, a entidade, mas as funções são claras.
A Comissão trabalha diretamente com o Delegado para pro-
mover a CS na Inspetoria. O seu papel está bem delineado no
SSCS nos nn. 167ss. O grupo de consultoria o ajuda com sug-
estões e está disponível para estudar aspectos que requeiram
ulteriores exames, ajuda-o no acompanhamento dos proces-
sos, e assim por diante.
55

6.6 Page 56

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3 O DELEGADO E SUAS EQUIPES
A Comissão de CS
95 A Comissão deveria encontrar-se na condição de ter
encontros freqüentes e breves. Seu trabalho cobre diversas
funções. Sem sermos exaustivos falaremos das mais funda-
mentais:
A Comissão como grupo de trabalho
96 O planejamento da CS depende diretamente do Inspetor
com seu Conselho em nível Inspetorial, do Diretor com seu
Conselho em nível local. A Comissão de CS é um grupo de
trabalho a serviço do Inspetor e das comunidades locais.
A Comissão não impõe, não está afastada e nem interfere
no projeto; ela assiste estudando o problema ou os problemas
que surgem na realidade da vida e das atividades, sem perder
o contato com a realidade salesiana. Perder o contato com a
realidade salesiana significaria perder a sua precisa função de
animação. ‘Estar a serviço’ inclui dar impulso e estímulo para
avançar.
O estudo do problema da comunicação em todas as suas
formas e o estudo dos problemas reais da Inspetoria e das co-
munidades envolvidas com questões de comunicação (e por-
tanto problemas de pessoal e também de atividades): tudo
isto faz parte do papel da Comissão.
A Comissão como grupo de experimentação
97 A Comissão apóia o Delegado Inspetorial e assume a
tarefa de experimentar:
novos projetos,
56

6.7 Page 57

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3 O DELEGADO E SUAS EQUIPES
cursos de formação para jovens e adultos,
atividades voltadas para diversas áreas da atividade sale-
siana (escolas, paróquias, oratórios, atividades com jovens
em situação de risco, associações, liturgia, etc.),
renovação e coordenação das atividades tradicionais (teatro,
cinema, canto, música, etc.),
articulação e cooperação com as instituições locais, civis
e eclesiásticas.
A Comissão como grupo de planejamento
98 O Inspetor e o seu Conselho são os primeiros respon-
sáveis pelo planejamento e pela execução do Plano de CS da
Inspetoria. Eles realizam isso através da Comissão. De fato, a
Comissão é e funciona como serviço de planejamento no se-
tor da Comunicação Social. Existe um amplo espaço de ação
neste sentido.
99 Como grupo de planejamento, a Comissão estende
seus serviços às comunidades locais. A comunidade educa-
tiva pastoral (CEP) e os diversos conselhos de trabalho di-
rigidos pela comunidade necessitam de ajuda para planejar
e projetar, segundo as exigências do lugar, da comunidade e
das forças efetivamente presentes em campo.
A Comissão como centro de comunicação
100 O termo ‘centro’ chama a atenção para uma dupla ne-
cessidade que a Comissão deveria considerar em sua agenda:
57

6.8 Page 58

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3 O DELEGADO E SUAS EQUIPES
o centro é o ponto de referência: em termos de organização; o
centro é um serviço: em termos de coordenação.
101 O centro é um ponto de referência: em termos de organização
A primeira tarefa que o Delegado Inspetorial e a Comissão
devem enfrentar é a organização do setor da CS. Este é um se-
tor da atividade e da presença salesiana. Organizar significa:
estudar a situação,
tomar nota dos recursos,
verificar as possibilidades,
planejar o que se pode fazer,
acompanhar a avaliação,
iniciar o novo projeto.
102 As Inspetorias estão bastante acostumadas a trabal-
har com um plano e a organizar o ministério pastoral. Agora
é necessário estar prontos a participar dessa dinâmica (Dele-
gado, Consultoria, Comissão, coordenadores locais, ....).
103 O centro é um serviço: em termos de coordenação
Muitas vezes o que falta é a coordenação. Nem sempre as
Inspetorias estão conscientes do que já existe em matéria de
comunicação. Não se avalia todo o pessoal qualificado. Nem
todos os instrumentos são utilizados da melhor forma.
Nem sempre todas as atividades de comunicação estão ar-
ticuladas (editoria, Boletim Salesiano, boletins locais, bibliote-
cas, lugares de encontro, publicações várias; e assim por di-
ante). Ora, a Comissão tem a possibilidade de oferecer esta
58

6.9 Page 59

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3 O DELEGADO E SUAS EQUIPES
coordenação tão necessária e construir uma comunicação in-
tegrada e sistemática.
A Consultoria para a Comunicação Social
104 O Delegado e a sua Comissão podem desejar ou ter
necessidade de um grupo de consultoria, cujo papel é semel-
hante ao da Consultoria Mundial. Este acompanha, avalia,
pesquisa, guia, estuda a comunicação social como ela se ap-
resenta no contexto da Inspetoria. Mantém contatos com as
comunidades locais e com o centro inspetorial. Assiste as co-
munidades locais no tocante aos muitos aspectos técnicos.
A Consultoria pode atuar como um grupo de especialistas
do setor para ajudar no êxito dos projetos e certamente acon-
selhar durante o percurso. As comunidades não devem ser
deixadas a si mesmas. O acompanhamento assegura duas
coisas essenciais: a continuidade dos projetos - quando se
parte para a ação; e a capacidade de seguir projetos plane-
jados por outros. Os projetos precisam ser monitorados con-
stantemente para assegurar que estejam bem direcionados e
atualizados perante as situações sempre em mudança.
O trabalho de acompanhamento oferece excelentes oportu-
nidades de formação permanente a professores, líderes e out-
ros operadores. A Comissão responde às necessidades das
comunidades.
Coordenadores locais
105 Como existe um delegado em nível inspetorial as-
sim também é necessário um coordenador em nível de comu-
nidade. Este é um nível de atividade não muito desenvolvido
59

6.10 Page 60

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3 O DELEGADO E SUAS EQUIPES
nas Inspetorias. Detalhes sobre o seu papel podem ser en-
contrados no SSCS, nos números 173ss. Uma das tarefas é
a de estar regularmente em contato com o Delegado Inspeto-
rial para a CS, especialmente para garantir que os projetos em
nível local estejam integrados no sistema de CS da Inspetoria.
Esta observação não deve ser entendida em sentido restri-
tivo, mas orientador. Para que a rede de correspondentes se
torne realidade, os coordenadores locais de CS são como a
espinha dorsal, porque eles muitas vezes podem comunicar
diretamente, tanto ao Delegado quanto a ANS, as suas inicia-
tivas e eventos.
106 Banco de dados sobre recursos de pessoal
Uma das preocupações iniciais do Delegado será a de de-
scobrir os talentos que lhe estão ao redor e encorajá-los a pôr-
se em ação. Muitos jovens têm inclinação e capacidade para
trabalhar na comunicação. O mesmo se pode dizer de muitos
irmãos.
A preparação do pessoal e a competência nos setores de
presença salesiana são objetivos primários para o Delegado
Inspetorial no seu trabalho de animação e formação. Em nível
Inspetorial vimos que está cada vez mais fácil ter um banco de
dados com os nomes e as qualificações daqueles que podem
ajudar ou colaborar no campo da comunicação.
Ter nomes disponíveis pode ser muito útil em certas situ-
ações: quando, p. ex., a comunidade salesiana celebra algum
evento; prepara uma celebração significativa para os jovens
ou para os pobres do lugar deve corrigir uma certa desin-
formação a respeito dos salesianos ou da vida e atividade da
Família Salesiana lança uma iniciativa para envolver a outros
no campo do desenvolvimento ou da educação, e da evange-
60

7 Pages 61-70

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7.1 Page 61

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3 O DELEGADO E SUAS EQUIPES
lização.
61

7.2 Page 62

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4 ESTRUTURAS E
SERVIÇOS
107 As idéias aqui apresentadas não significam que todas
as Inspetorias devem implantar todas as estruturas descritas.
Não há por que desanimar se a Inspetoria não consegue pôr
em prática algum dos pontos aqui sugeridos...; tampouco sig-
nifica que não se deva fazer nada. Cada Inspetoria decide o
que é possível realizar entre as idéias oferecidas, de acordo
com os recursos e os meios concretos de que dispõe.
Outras Estruturas
Sala de Imprensa
108 Um dos primeiros serviços inspetoriais, úteis para a
vida e a atividade da Inspetoria, e para além mesmo da comu-
nidade salesiana, poderia ser a Sala de Informação Salesiana,
ou Sala de Imprensa. Pode ser organizada de modo simples.
Ela responde a perguntas iniciais sobre a vida e a atividade
dos salesianos na Inspetoria, no país, na região ou no mundo.
Deveria, por isso, ter à disposição algumas informações bási-
cas:
número de irmãos (total geral e por Inspetoria),
62

7.3 Page 63

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
número de comunidades (total e por Inspetoria),
presença missionária (quantos irmãos nas missões, quan-
tas áreas de missão, etc.)
novas presenças, como se articulam as várias obras (com
informação sobre a educação, a evangelização, o desen-
volvimento),
atividades particulares (meninos de rua, refugiados, etc.),
experiências em andamento, e tudo o que objetivamente
pode ajudar na apresentação da Congregação.
109 Este serviço, ou banco, pode ser incrementado ulteri-
ormente com dados sobre a Família Salesiana: grupos, o que
fazem, projetos particulares; e ainda com outro incremento
referente ao Movimento Salesiano: sua natureza, quem são
os integrantes, qual a sua vida, organização. É do interesse
do Delegado Inspetorial para a CS ter em mãos os dados de
utilidade mais imediata, para o caso de pedidos urgentes de
informações.
Serviço de Relações Públicas
110 Aetatis Novae (n. 31) assim discorre das relações públi-
cas:
As relações públicas necessitam, por parte da Igreja,
uma comunicação ativa com a comunidade através
dos meios de comunicação social tanto profanos
quanto religiosos. Essas relações, que exigem a
63

7.4 Page 64

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
disponibilidade da Igreja para comunicar os val-
ores evangélicos e divulgar seus ministérios e pro-
gramas, requerem por sua vez que a Igreja faça
todo o possível para assegurar que a sua imagem
seja reflexo daquela de Cristo.
Um Plano pastoral para a CS deveria procurar: estabelecer
escritórios para relações públicas, com suficientes recursos
humanos e materiais; - tornar efetiva a comunicação entre a
Igreja e a comunidade.
111 O delegado para a CS deveria considerar a necessi-
dade de sermos ativos nas comunicações; não simplesmente
esperar que os outros nos peçam informações, mas oferecer
o que nós pensamos que deve ser conhecido sobre a vida e
a atividade salesiana: um equilíbrio entre a visibilidade e a
excessiva publicidade. Não ser visíveis significa não ser con-
hecidos. Ser muito ‘publicitado’ significa criar indiferença.
Há também a necessidade de manter contato com os delega-
dos das outras Inspetorias que trabalham na mesma nação ou
região.
112 As principais atribuições deste serviço poderiam ser:
manter contato com os responsáveis pela CS;
apresentar a política da Congregação a respeito dos vários
problemas ou assuntos que são tratados e enfrentados
na opinião pública;
responder a perguntas que surgem na vida quotidiana
ou nos eventos particulares de grande relevância quanto
a aspectos educativos ou que dizem respeito aos jovens;
64

7.5 Page 65

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
preparar os eventos da Congregação, de modo que não
permaneçam em nível de simples celebração externa;
fornecer suporte técnico ou de reflexão quando a Con-
gregação exprime os seus valores;
preparar comunicados oficiais para enviar a todos os
que desejam ser informados;
indicar a verdade sobre os fatos em questão;
oferecer uma chave de leitura sobre situações que susci-
tam perguntas ou problemas;
guiar a opinião pública;
estar presentes de modo acreditado e oficial em nome
da instituição em encontros e congressos, conferências
com mesa redonda e em debates, abertos a todos os que
trabalham no setor.
Declarações formais a respeito dos temas elencados devem
ser emitidas habitualmente como comunicados de imprensa.
O Delegado para a CS, de acordo com o Inspetor ou com al-
guém em seu nome, deve providenciar a preparação e emis-
são de tais declarações.
113 Especificamente, a respeito de possíveis destinatários
No contexto atual, para uma instituição como a dos sale-
sianos, inseridos ativamente na vida de tantas pessoas em
muitas e diversas nações do mundo (primeiro, segundo, ter-
ceiro ou quarto mundos), seria útil ter uma estrutura que pudesse
ajudar:
65

7.6 Page 66

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
a apresentar a realidade objetiva da Congregação
a interagir com outras instituições civis e religiosas
a fornecer informação aos meios de Comunicação Social
que muitas vezes procuram notícias, positivas ou nega-
tivas a respeito da Congregação nos diversos países
a tornar-se um porta-voz oficial para o grande público
e ... um filtro reconhecido para as notícias para fora da
instituição
a construir uma imagem apropriada da comunidade sale-
siana no mundo, em vista de uma melhor incidência no
tecido social e eclesiástico e - a dialogar de forma visível
e transparente com o público interessado na experiên-
cia salesiana, a conhecer melhor as reações do mundo
às iniciativas salesianas:
na educação
no ministério,
sendo coletor e emissor de notícias que chegam de
fora à instituição.
114 O serviço a ser prestado exige que o encarregado deste
setor seja oficialmente conhecido e oficialmente nomeado pelo
Inspetor com seu Conselho como responsável de referência.
Serviço de Promoção da Imagem Salesiana
115 O serviço de promoção pertence à esfera da vida de
cada dia e oferece pontos de vista originais e adequados a
respeito da instituição que representa e promove. Esta tarefa é
66

7.7 Page 67

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
importante, conquanto, freqüentemente muito difícil. Muitas
vezes não aparece.
Para promover a imagem de uma pessoa e de uma institu-
ição é necessário: captar a imagem, organizá-la e explicar seu
significado em termos de qualidade e quantidade, através da
mídia, para suscitar simpatia, atenção, acolhida das pessoas
ou instituição, das escolhas feitas, das iniciativas, dos valores.
Do ponto de vista da comunicação isto significa ‘fazer notí-
cia’. Isto deve ser bem compreendido para não apresentar
imagens sem conteúdo!
Os tempos e as modalidades de ‘fazer imagem’ são dita-
dos pelas circunstâncias reais na vida das pessoas e da Con-
gregação. É necessário estar atentos e adaptar-se às diversas
situações locais. A imagem da Congregação pode e deve ser
desenvolvida onde está em jogo:
a vida dos jovens,
a vida da gente simples
renovação cultural,
os direitos dos sem voz.
Serviço de Resenha de Imprensa
116 Um serviço de resenha de imprensa pode parecer
de importância secundária. No entanto ele é a premissa e o
contexto para as duas tarefas precedentes da imagem e das
relações públicas. O serviço diz respeito a: recolher tudo o
que faz parte da opinião pública, positiva ou negativamente,
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7.8 Page 68

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
na mídia, a respeito dos aspectos da vida e da atividade sale-
siana; - arquivar o que interessa ou desafia a Congregação nas
diversas esferas da vida e da missão salesiana; - atualizar con-
stantemente os dados e oferecê-los aos responsáveis pela vida
e o desenvolvimento da Congregação, a respeito da reação
dos meios de comunicação de massa.
117 O trabalho cotidiano de coleta deste tipo de infor-
mações, para uma instituição tão amplamente espalhada e
grande como é a Congregação Salesiana, não pode ser deix-
ado somente à sede central de Roma. Cada Inspetoria deve
sentir-se diretamente responsável. Também o Delegado In-
spetorial deveria ter um olho sobre este campo e enviar a ANS
o que é de interesse geral.
Serviços de particular importância para a Inspetoria
e as comunidades locais
118 A Crônica da Casa:
O art. 178 dos Regulamentos indica que é dever do Diretor
‘redigir ou fazer redigir a crônica da casa’. Dito isto, a Crônica
é um ponto da comunicação que merece a atenção do Dele-
gado Inspetorial, no sentido de que este pode sugerir úteis re-
comendações para a sua redação nas comunidades. Estas re-
comendações poderiam incluir comentários semelhantes aos
que seguem:
escrever a crônica como uma ‘ficha’ correspondente às
cinco clássicas perguntas: quem, o que, quando, onde,
como e, ocasionalmente, por que;
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7.9 Page 69

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
incluir o que tem valor para a história da comunidade.
É mais do que uma lista de quem saiu e quem chegou;
o estilo deveria ser narrativo;
o contexto e a atmosfera são importantes ao escrever
a crônica, portanto, é necessário fazer referências a cir-
cunstâncias nacionais, civis, eclesiásticas, paroquiais...;
os nomes das pessoas devem ser citados com precisão
para uma identificação posterior;
juízos de valor deveriam ser evitados; (‘Scripta manent’!);
faz parte ainda da crônica uma série de outros materiais:
fotografias, programas, convites, CDs e outros materiais
digitais. . . ;
é melhor colocar data em tudo por amor aos pósteros;
um anexo pode conter os horários da comunidade.
119 Cartas mortuárias:
A carta emitida pela comunidade (normalmente) na qual o
irmão morreu, é um ato de comunicação importante e cabe
ao Delegado de CS dar sugestões às comunidades em linhas
gerais sobre a sua redação. As sugestões podem seguir as
seguintes linhas:
estilo de apresentação: legível e dotado de uma certa
elegância;
para fins de arquivo e para uso mais amplo (de Congre-
gação) deveria utilizar folhas de tamanhos mais comuns
(ACG: 15x21cm);
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7.10 Page 70

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
um certo equilíbrio deve ser respeitado entre uma carta
e outra: a Inspetoria poderia por exemplo sugerir um
determinado tamanho;
lembrar aos diretores o seu dever de escrever tais cartas;
dado que uma carta mortuária poderia ser o único doc-
umento de dados pessoais de um irmão, estes dados de-
vem ser o mais possível completos;
evitar muita ênfase sobre a doença final: esta carta diz
respeito mais à vida do irmão;
concentrar-se sobre as coisas que distinguiram o irmão
na Congregação;
se são inseridas citações diretas, estas devem ser colo-
cadas no contexto justo;
antes da publicação a carta deve ser lida por várias pes-
soas para assegurar-se que foi bem elaborada.
120 Os arquivos:
A responsabilidade principal dos arquivos em nível inspeto-
rial é do Secretário Inspetorial (R 159) e o artigo citado para
a crônica em nível local inclui uma referência aos arquivos
da casa. Existe, em anexo, um comentário mais geral sobre
arquivos em R 62. Os ‘Elementi Giuridici e Prassi Amminis-
trativa nel Governo dell’Inspetoria’, na última publicação, em
2004, e certamente disponíveis também em inglês e espan-
hol, é uma referência de base também para o Delegado de CS,
pelo menos para uma tomada de consciência sintética sobre o
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8 Pages 71-80

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8.1 Page 71

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
assunto. Contém informações sobre como preservar a docu-
mentação e instalar o fichamento e a classificação.
121 Nestes dias de rápido desenvolvimento da tecnolo-
gia digital é necessário também pensar na conservação do
material digital: o ‘texto’, no seu significado mais amplo (fo-
tografias, áudio, etc.), corre o risco de se perder se permanecer
somente na forma digital. Em muitos casos pode ser trans-
ferido para uma cópia impressa, mas pode-se também asse-
gurar uma reserva adequada de material digital (‘back up’),
especialmente se não se dispuser de uma cópia impressa ou
não se desejar este tipo de recurso.
122 O Delegado de CS tem a tarefa de, juntamente com
suas equipes, aconselhar o Inspetor e as comunidades locais a
respeito de protocolo e procedimentos para o necessário seg-
redo de material digital. Muitos documentos delicados em
nossos dias são registrados em ‘disco rígido’ nos escritórios
inspetoriais ou semelhantes. É possível, usando o software
livre (um exemplo entre outros é o TrueCrypt), criar facil-
mente material criptado e discos virtuais que podem ser aber-
tos somente através do nome do usuário e da sua «password».
123 Manual de estilo: desde que existam diversos exem-
plos de manuais de estilo geralmente usados no mundo das
comunicações, seria conveniente para uma Inspetoria ter um
seu manual de estilo que recolha os diversos assuntos conti-
dos neste manual e os apresente em forma de manual de estilo
para uso da Inspetoria: os diversos aspectos acima apresenta-
dos sobre a carta mortuária podem servir de exemplo.
Na Direção Geral existem diversos exemplos deste tipo de
manual: um Vade-mécum usado pelos membros do Conselho
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8.2 Page 72

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
Geral e um Manual de Estilo como tal, em preparação, ape-
sar de ainda não estar aprovado definitivamente. Guias deste
tipo podem incluir referências à editoria na Inspetoria (inspirando-
se para o assunto no documento do Conselheiro Geral para a
CS, cf. ACG 390), a adoção e o uso de um logotipo Inspeto-
rial, convenções em uso para material de publicação ou de
internet.
Alguns assuntos de particular interesse e atenção
124 ‘Open Source’ ou Movimento de Software Livre (FLOSS):
Uma área que dispõe de bastante impulso global para garan-
tir que seja monitorada e considerada tanto teórica como prati-
camente, em todos os níveis da Congregação, é o software
Open Source (Fonte Aberta) e o Free, Livre e Open Source
Software (FLOSS, quando são colocadas juntas).
A instrução ‘Ética na Internet’ do Conselho Pontifício para
as CS de 2002 falava do fato que ‘internet requer uma coop-
eração internacional para estabelecer parâmetros e mecanis-
mos aptos a promover e proteger (o bem comum) .... São
necessárias ações decididas nos setores públicos e privados
para fechar e finalmente eliminar a ‘brecha digital’.
O P. Pascual Chávez, em sua carta nos ACG 390 falava di-
retamente deste assunto, observando que ‘Open Source é um
modo de caminhar na direção da democratização da infor-
mação e da cultura’. O tema tem uma importância primor-
dial, e deve ser considerado em nível inspetorial por um grupo
de consultoria ou pela Comissão de comunicação. Torna-se
sempre mais difícil, principalmente nas nações e inspetorias
mais pobres, sustentar os softwares privados; com aspectos
morais também a considerar.
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8.3 Page 73

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4 ESTRUTURAS E SERVIÇOS
O FLOSS merece ser considerado como uma alternativa por
motivos de: legalidade (evitar pirataria), custos efetivos, in-
dependência da prisão de um único sistema, cultura de co-
laboração e de comunidade que ele assume, sua flexibilidade.
125 Desafios educativos e institucionais:
O P. Pascual Chávez na sua carta em ACG 390 sobre a co-
municação social faz uma lista de desafios que hoje se ap-
resentam à educação, sob o título ‘Uma cultura de. . . ’; uma
listsa portanto de desafios à Congregação: a comunicação do
seu carisma, os desafios da tecnologia, o emprego do tempo,
dos meios de comunicação, da formação. Estes também são
assuntos que devem ser tomados em consideração em nível
inspetorial e local sobre os quais se deve atuar conforme a
necessidade.
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8.4 Page 74

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5 ARTICULAÇÃO COM
OUTRAS INSPETORIAS
Áreas de cooperação e coordenação
126 Este manual abre agora horizontes para o trabalho
dos Delegados para a Comunicação Social em Nível Inspeto-
rial, Nacional e de Região. Limitar-nos-emos aqui todavia
a poucos critérios e a poucas áreas, especificamente às três
seguintes: co-produções, copyright, exposição dos produtos
salesianos.
Co-produções
127 Da lista apresentada nas páginas precedentes se pode
ver a possibilidade de um trabalho partilhado entre os que at-
uam na mesma área. Estando presentes com iniciativas, em-
presas e atividades em todos os continentes, podemos formar
uma rede de relacionamentos e de realizações.
O argumento não é simples, pois apresenta muitos prob-
lemas: de pessoal qualificado para este tipo de trabalho, de
interesses doutrinais e escolhas práticas, de organização en-
tre os parceiros, de confiança recíproca, inclusive no aspecto
econômico, de legislação civil, de direitos editoriais. . .
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8.5 Page 75

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5 ARTICULAÇÃO COM OUTRAS INSPETORIAS
128 Empenho e constância para atingir o objetivo podem
levar à superação dos problemas.
As Inspetorias e as Conferências interinspetoriais têm a própria
responsabilidade neste campo. A experiência dos anos passa-
dos é positiva no campo da editoria e da rádio. Uma grande
casa editora tem ajudado outras menores e mais fracas eco-
nomicamente a planejar juntos a presença salesiana nas esco-
las católicas e estatais.
É necessário seguir um percurso que leve em consideração
tanto a clareza das relações quanto a legalidade dos acordos.
Sejam convocados os líderes que numa Inspetoria desejam a
cooperação e um projeto comum. O Dicastério faz a parte de
‘fiador’ para o estabelecimento dos acordos.
Copyright (Direitos)
129 Uma segunda área para um grande entendimento na
Inspetoria é a do copyright. Dada a experiência comum de di-
versos custos de vida nem todas as Inspetorias podem dispor
de gente qualificada para conduzir uma empresa.
Conseqüentemente algumas Inspetorias têm a possibilidade
de oferecer a outras: estudos, pesquisas, ajudas para a for-
mação, material educativo, pastoral e catequético.
Seria possível, mediante acordos bilaterais ou plurilaterais,
conceder o direito de reprodução ou de impressão de mate-
rial, para não ter que importar um produto acabado a custos
proibitivos para a outra parte. A pirataria é algo que se deve
evitar por razões morais.
130 Temos um pouco de experiência neste campo. Muitos
de nossos editores (para material impresso ou áudio) com a
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8.6 Page 76

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5 ARTICULAÇÃO COM OUTRAS INSPETORIAS
aprovação da sua Inspetoria abrem as suas publicações a out-
ras nações. É bom estimular o crescimento desta prática. Um
exemplo evidente de trabalho de equipe entre Inspetorias foi
realizado no Brasil para a preparação do logo salesiano.
O Dicastério para a CS (DCS) pode servir de mediador neste
tipo de contratos, deixando às partes contraentes a solução
dos detalhes dos acordos.
Uma exposição de produtos salesianos
131 As Inspetorias de duas Regiões Salesianas experimen-
taram a possibilidade de unir forças para organizar uma ex-
posição de livros para o seu continente. A Inspetoria na qual
se realiza a exposição assume a tarefa de coordenar o envolvi-
mento das outras inspetorias interessadas, instalando o ma-
terial a ser exposto, garantindo a publicidade necessária dos
produtos, recebendo eventuais instruções, criando contatos
entre as casas editoras e os compradores.
132 Quando várias nações se revezam na organização de
uma exposição o peso da organização é dividido entre todas
as Inspetorias. Temos um rico potencial neste campo. A aber-
tura a novos modos de trabalhar juntos, favorece a imagem
positiva da presença salesiana.
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