JMS 2011 México

México

Voluntários e Salesianos a serviço dos imigrantes


Os voluntários nos "rejuvenescem", trazem vitalidade. Compartilhar com eles a casa, a comida, o apostolado, compartilhar os momentos de oração e de relax nos "rejuvenesce": dão-nos energia, vitalidade, enchem de alegria a nossa Casa.

No apostolado, eles são os nossos anjos da guarda: estão conosco, são nossos apoios, são amáveis, respeitosos das regras das comunidades e grandes trabalhadores, pessoas muito disponíveis.

P. Raul Valcava, Responsável pelo Projeto Dom Bosco Tijuana


Tijuana é considerada a cidade mais ocidental da América Latina. Está situada a nordeste do México, nos limites com os Estados Unidos, e tem cerca de 2.212.233 habitantes. Desde 1950 sua população cresceu mais de 500%, devido à sua particular posição de fronteira. A maior parte dos habitantes de Tijuana é, de fato, representada por imigrados. Muitos deles estão apenas de passagem a caminho dos Estados Unidos e, em muitos casos, não conseguindo ultrapassar a fronteira ficam em Tijuana, onde é relativamente fácil encontrar trabalho graças ao grande número de pequenas indústrias têxteis e de empresas comerciais existentes na região.


Essa dinâmica cria muitos conflitos sociais. Há um difuso estado de pobreza entre os imigrados e isso estabelece uma grande linha entre ricos e pobres. O salário mínimo diário de uma pessoa é de 4,66 dólares e interessa a 68,6% da população. A idade média dos residentes é de 25 anos. Outras problemáticas sociais de Tijuana muito difusas são o tráfico de droga e a corrupção.


Em 19 de março de 1987, chegaram os primeiros Salesianos em Tijuana e, depois de alguns meses, em 24 de outubro, os primeiros voluntários do México (Griselda, Rafa, Gelito e Paty). No ano seguinte, acrescentaram-se os primeiros voluntários estrangeiros da Inspetoria salesiana de San Francisco. A obra salesiana de Tijuana nasceu, pois, desde o início e depois se desenvolveu graças à colaboração dos Salesianos com os voluntários.


Hoje, a missão salesiana de Tijuana conta com seis oratórios (S. Francisco de Sales, La Lupita, S. Domingos Sávio, S. João Bosco, S. José Operário e Maria Auxiliadora) e um Centro de acolhida que oferece refeições três vezes por semana a mais de 700 mendicantes. O programa cotidiano dos voluntários e dos Salesianos é muito trabalhoso: às 6:30 encontram-se na capela para as orações da manhã, às 7:15 tomam juntos o café da manhã e partem em seguida para seus oratórios onde trabalham até as 8 ou 9 horas da noite. Às 10 retornam à casa central para um momento de oração e o tradicional boa-noite.


A comunidade salesiana é composta por 8 sacerdotes e 12 voluntários que vêm principalmente da Áustria, Estados Unidos e México. Os voluntários são responsáveis pela promoção das atividades em diversos oratórios. Organizam campeonatos de futebol, administram a escola, dirigem os corais, guiam os grupos juvenis e empenham-se na manutenção da casa. Sem voluntários seria quase impossível levar adiante um trabalho como esse.


Graças à ação dos voluntários, nota-se a diferença das colônias onde se localizam os oratórios. Graças a eles, é mais fácil acompanhar os jovens da Obra. E vê-se que quando os voluntários não estão na Obra, as coisas não vão muito bem! No século 21 este é seguramente um exemplo de como o amor de Dom Bosco é transmitido por meio dos Salesianos e dos voluntários em particular.


P. Hugo explicou que graças à presença do Oratório e dos voluntários em Colônia Sanchez a violência diminuiu. Conta-se que há muitos anos eram as quadrilhas que administravam a vida da região, mas agora, graças à presença salesiana, a situação do bairro acalmou-se muito.


Concluindo, o voluntariado não é só um bem para a comunidade, mas também para o indivíduo. Graças à presença e ao acompanhamento dos Salesianos os voluntários amadurecem como bons cristãos e honestos cidadãos. Para muitos, esta é uma experiência que mudou suas vidas para sempre. Dom Bosco tocou seus corações e eles serão agentes de mudança da sociedade em que vivem,compartilhando o amor de Cristo com o povo que vive ao redor deles.

Juan Carlos Montenegro