Bakaru Rowatsu's (noticias misionarias)| 10

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Missão Salesiana de Mato Grosso

ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA INSPETORIAL

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO INDÍGENA (CDI)

Av. Tamandaré, 6000 - Jd. Seminário

Caixa Postal 100 - UCDB

79.117-900 Campo Grande MS

Fone (067) 312-3600 / 3731 Fax (067) 312-3301

E-mail: lachnitt@ucdb.br




"BAKARU-ROWATSU'U-Notícias Missionárias"

é de Circulação Interna




Coordenação: Delegado Inspetorial de Animação Missionária:

Pe. Georg Lachnitt SDB





Digitação e Diagramação: Georg Lachnitt





Impressão: Mariza Etelvina Rosa Irala

Centro de Documentação Indígena

UCDB - Campo Grande MS




Capa:

BAKARU, palavra Bororo, significa: o que se conta, notícia

ROWATSU'U, palavra Xavante, significa: o que se conta amplamente, notícia

Apresentação


Este número de BAKARU-ROWATSU'U- Notícias Missionárias trata do tema da Iniciação Cristã entre os Xavante sob vários aspectos. Partindo da prática em São Marcos, o tema foi contemplado no Curso de Formação de Catequistas e Agentes de Liturgia, realizado de 11 a 15 de dezembro de 2004. Vendo a prática nas diversas frentes de ação missionária, sentiu-se conveniente frisar alguns aspectos no processo da mesma iniciação. Por fim, parece oportuno divulgar mais amplamente os "Critérios" que animam a ação missionária, que sem essa maior divulgação ficam restritos ao ambiente das Missões.

Evento relevante é a Formatura de 3 Bororo e 11 Xavante no início de julho próximo, na UCDB. Assim se concretiza o esforço de vários missionários e missionárias que durante ano se dedicam pacientemente à educação escolar indígena. Agora esses mesmos indígena são habilitados a dar do seu melhor para a educação escolar de seus filhos.

Ao concluir a reflexão sobre o significado do MITO no trabalho missionário, missionários e missionárias são convidados a se manifestarem sobre o tema de uma nova reflexão que pode ser útil no trabalho entre os indígenas.

Inserimos pela primeira vez o ítem Notícias Breves, que hoje conta com poucas notícias, mas esperamos que vocês enviem muitas para o próximo número.

A dimensão missionária atua transversalmente em todas as dimensões da nossa ação pastoral. Isso deve ser levado em conta nas programações pastorais de nossas atividades.



Muita Animação Missionária!


Pe. Georg Lachnitt SDB

1. Curso de Formação em São Marcos

Georg Lachnitt

O Curso de Formação de Catequistas e Agentes de Liturgia da Paróquia Indígena Nossa Senhora Auxiliadora de São Marcos foi realizado em São Marcos, com 22 participantes de São Marcos e antigas aldeias vizinhas. As aldeias recentemente saídas de São Marcos não compareceram, como igualmente os representantes de Areões e Água Branca, que se comprometeram a participar. Talvez precise personalizar mais o convite.

Atendendo ao pedido dos missionários, a equipe organizadora: Pe. Osmar, Pe. Aquilino, Pe. Georg e Pe. Giaccaria promoveu reflexão sobre o processo de Iniciação Cristã de Adultos, dentro das categorias culturais próprias do pvo Xavante, com um método de catequese particular, levando em conta a mitologia indígena, a novidade do Evangelho e sua incidência na vida da comunidade indígena. A necessidade da afirmação da cultura tradicional foi tema discutido amplamente pelos anciãos presentes. Hoje em dia há muita influência do mundo externo, influência facilmente demais em sentido negativo. Foi discutido com os participantes uma metodologia, por exemplo, o mito indígena da criação diante da narração bíblica da criação. Do ponto de vista antropológico e teológico foram levantados alguns elementos comuns da verdade sobre a criação, diante de outras teorias a respeito. A inculturação do Evangelho, da catequese e da liturgia pode hoje apresentar fatos importantes, de que a comunidade indígena se orgulha. Mas muito mais ainda tem que ser promovido. Foi discutida novamente a modalidade de celebrar o Novena de Natal e prevaleceu a decisão de fazê-lo de maneira indígena na aldeia. Em tempos idos, em 1993, os Xavante tomaram decisão original e começaram uma prática. Essa prática porém foi contestada por alguns jovens "progressistas", ainda sem voz ativa no conselho, com apoio de alguns missionários e missionárias. Por isso tinha-se tornado um tema polêmico. Os desafios provenientes do contato com o mundo circundante atual exigem reação decidida, sobretudo pela incidência do fumo, do álcool e da droga. Há um sinal significativo nesta ano nesta área: multiplicaram-se as roças em todas as direções, com ampla participação dos jovens.


2. Por onde vai a Iniciação Cristã entre os Xavante

Georg Lachnitt

Vendo uma certa semelhança entre o sistema de iniciações tribais e a Iniciação Cristã, as comunidades indígenas em vias de evangelização assumiram com facilidade o processo de Iniciação Cristã de Adultos, garantindo a participação ativa de comunidade cristã local, que lhe fornece catequistas, padrinhos e madrinhas, e assim todos acompanham o desenvolvimento do processo e oportunamente se fazem ouvir ativamente. Missionários e missionárias em suas visitas pastorais periódicas assessoram os catequistas e promovem as respectivas celebrações. Acompanhando esses processos mais de longe, o Animador Missionário também vê com simpatia essas muitas atividades, nas áreas de Areões, Pimentel Barbosa, Parabubure e São Marcos.

Algumas sugestões parecem úteis para a reflexão de missionários/as junto com as lideranças cristãs em suas comunidades, sugestões estas que já fazem parte do calendário de ação missionária. Elas desejam ser, muito mais, um estímulo diante das dificuldades encontradas e uma palavra de coragem para continuar na árdua missão do anúncio de Jesus Cristo e de seu Evangelho.

= Ao promover a Iniciação Cristã de Adultos nas comunidades Xavante, convém ter presente uma orientação dos catequistas locais sobre elementos básicos do processo de iniciação cristã, tais como:

- a leitura dos Evangelhos e a reflexão sobre os mesmos, tendo em conta a proposta das leituras do Ano Litúrgico; esta prática tem seu início no pré-catecumenato e merece continuidade em todo o tempo de catecumenato;

- a catequese mais sistemática que leva em conta:

1) a experiência religiosa indígena e a mitologia religiosa, cujos depositários qualificados são os anciãos da aldeia;

2) a novidade do Evangelho de Jesus Cristo que vem iluminar, enriquecer, levar à plenitude o que o Espírito Santo realizou antes da vinda dos missionários;

3) esta novidade não vem substituir o complexo da religião indígenas existente, antes, vem complementar a rica experiência existente, com as devidas distinções e o respeito para cada uma das partes;

4) a real experiência de vida cristã, feita pelos catecúmenos e acompanhada, orientada e avaliada pela comunidade cristã local, como os desafios do alcoolismo e da droga que positivamente devem ser enfrentados pelos catecúmenos; esta experiência à luz do Evangelho merece tempo adequado, de um ano ou mais, para conferir o real proveito dos catecúmenos na vida real com os compromissos na comunidade, tanto de trabalho quando de ritualidade;

5) a apropriação progressiva da vida de oração pessoal, comunitária e litúrgica; os catequistas devem promover não só ensaios, mas verdadeiras celebrações da Palavra, dando oportunidade para a prática ritual.

Podemos acrescentar ainda algumas considerações sobre a dinâmica da Iniciação Cristã, como ela se desenvolve numa comunidade Xavante:

= A vida da comunidade cristã local Xavante se mede pelo vigor de suas iniciações, tanto pelas tradicionais de sua cultura, quanto pela novidade da Iniciação Cristã. A comunidade cresce, vive e tem vigor graças à sua vigorosa Iniciação Cristã; inversamente, a comunidade definha cristãmente com a ausência prolongada de seus ritmos de Iniciação Cristã;

= As comunidades pequenas têm muita dificuldade para promover por si mesmas sua Iniciação Cristã; normalmente devem inserir-se em alguma comunidade próxima ou afinada; se isto não for possível, a presença e ação de missionários/as com catequistas de outras aldeias podem ser uma ajuda valiosa, sempre porém integrados com lideranças locais. Sinais indicativos para isso são os mecanismos de promover as iniciações culturais tradicionais.

Como os urgências da atividade misionária são normalmente maiores que as forças disponíveis, solicita-se novamente a participação de voluntários. Para a próxima Páscoa dois sacerdotes voluntários dariam uma significativa contribuição, já que há três aldeias em Parabubure que desejam celebrar o batismo e a primeira eucaristia. O esforço simpático de adequar-se para a celebração em língua indígena seria um outro desafio, que outros voluntários souberam enfrentar com sucesso.





3. CRITÉRIOS para a Inculturação da Iniciação Cristã entre os Xavante

Georg Lachnitt (Coord.)

O texto citado a seguir figura como parte da introdução no ĨHÖIBA PRÉDU 'RÃTI'I NA'RATADZÉ (Iniciação Cristã de Adultos), o ritual editado pela primeira vez em 1985 e agora re-editado com algumas modificações oportunas de origem pastoral. Esses Critérios foram reunidos pelos missionários e missionárias e na reunião para essa finalidade aos 11 de maio de 2000 julgou-se oportuno divulgá-las amplamente para orientar o processo de Iniciação Cristã, a Catequese e as celebrações litúrgicas respectivas.

1. Critérios gerais de Inculturação

1.1. A inculturação representa um critério geral da ação evangelizadora, como mostra o documento de Santo Domingo1.

1.2. O serviço, diálogo, anúncio e testemunho da comunhão são exigências ou aspectos distintos, mas complementares, da própria ação evangelizadora e pastoral.2

1.3. A catequese é uma parte da evangelização (cf. CT 19).

1.4. Como a evangelização em geral, também a catequese deve desenvolver-se pelo processo da inculturação (cf. CT 53).

1.5. A catequese se desenvolve normalmente dentro do processo de iniciação cristã.

1.6. A catequese seja integrada na liturgia da Iniciação Cristã e do Ano Litúrgico.

1.7. A Iniciação Cristã entre os Xavante, que dura normalmente dois ou mais anos, culmina regularmente com o batismo celebrado durante a Vigília Pascal na própria comunidade. Na mesma celebração os recém-batizados também são admitidos à participação do sacramento da Eucaristia. Com isso, o tempo de Quaresma é tempo de intensa vivência catecumenal de toda a comunidade, com os catecúmenos no centro da vida, da atenção e das celebrações litúrgicas3.

2. Critérios de inculturação da Iniciação Cristã

2.1. Entre os Xavante, a Iniciação Cristã é promovida para os adultos, pelo que via de regra não há batismo de crianças, a não ser em perigo de morte. Participam do processo de Iniciação Cristã os não-batizados, os batizados em perigo de morte e os batizados regularmente quando criança, pois todos necessitam de verdadeira iniciação (cf. Doc. CNBB 2ª 2.3).

2.2. Ao celebrar os ritos de Iniciação Cristã, deve-se levar em conta esses dois grupos, no sentido de não repetir ritos já administrados anteriormente, embora possam ser renovados e atualizados. Quanto aos já batizados, sobretudo em perigo de morte "conforme o testemunho oral", pode-se administrar o batismo sob condição quando do batismo do grupo (... se não és batizado, eu te batizo - ai'rãti'i õ wamhã, wa ai'rãti'i - ....)

2.3. A cultura Xavante oferece o esquema, o sistema e a metodologia de iniciação com os quais é realizada a iniciação no mistério cristão.

2.4. A Iniciação Cristã é promovida sempre dentro de um grupo, constituído para essa finalidade, pelo que não há administração de batismo individualmente.

2.5. Um grupo de idade não é promovido à Iniciação Cristã, pois esta se distingue de outras iniciações com suas finalidades. Por isso, membros de diversos grupos sociais (de idade), homens e mulheres, integram o grupo de Iniciação Cristã. Esta é um outro nível de iniciação distinto da iniciação social e religiosa tribais.

2.6. Via de regra, são os pais e padrinhos que apresentam os candidatos e assim assumem responsabilidade pelos filhos e afilhados estando presentes nos ritos e incidindo sobre a catequese. Esse fato não elimina a liberdade de escolha e adesão dos candidatos, antes, a integra e consolida.

2.7. O grupo de padrinhos, madrinhas e, dentro desse, de catequistas, é constituído antes da formação do novo grupo de iniciação. A formação e qualificação desse grupo com os catequistas, como o envio para sua missão, através de uma celebração, são o início do novo processo de Iniciação Cristã.

2.8. Esta formação e o envio podem coincidir com a catequese crismal e a administração desse sacramento. Nesse caso, a crisma é o envio para o exercício da responsabilidade cristã pelo novo grupo de Iniciação Cristã.

2.9. Entre os Xavante, a presença dos padrinhos e das madrinhas nos ritos de iniciação, desde o começo e ainda posteriormente, é indispensável, tendo presente a responsabilidade, a competência que provém dos critérios tribais e da pertença clânica em relação ao afilhado. Por isso se impõe que o padrinho seja naturalmente um Xavante, escolhido dentro e a partir dos critérios tribais. Um padrinho WARADZU não teria condições físicas, nem incidência sobre o candidato e sua vida dentro de sua sociedade.

2.10. A participação ativa e responsável nos eventos culturais e rituais, de acordo com a própria competência, e o exercício das responsabilidades familiares e sociais são condição básica para admissão no grupo de Iniciação Cristã. Dentro desses parâmetros se desenvolve a vida cristã.

3. Critérios para Catequese pré-catecumenal

3.1. O início do processo de Iniciação Cristã de um novo grupo consiste no envio de um grupo de padrinhos e catequistas para a sua missão em favor de um grupo de catecúmenos. No rito de envio, que pode ser a administração do sacramento da Crisma e/ou outra celebração própria, eles recebem o Evangelho de João, que servirá para confirmá-los na fé e na vida cristã e para sua responsabilidade pelos catecúmenos.

3.2. O livro básico de catequese dos pré-catecúmenos e catecúmenos é a Bíblia, que lhes será entregue no Rito da Apresentação à comunidade como candidatos (simpatizantes).

3.3. No citado rito, os candidatos se apresentam ornados a rigor, juntamente com seus padrinhos, como convém nos ritos tribais tradicionais.

3.4. O tempo do Pré-catecumenato é dedicado à evangelização, em que, se anuncia o Deus vivo e Jesus Cristo enviado para a salvação de todos.4

4. Critérios para os Ritos de Iniciação Cristã de Adultos

4.1. A Iniciação Cristã de Adultos é um processo amplo e global que se raliza, entre os Xavante, por três etapas:

- Catecumenato, concluído com o Batismo e a Primeira Eucaristia;

- Tempo de Recém-batizado;

- Tempo de Padrinho/madrinha e catequista, iniciado com o Sacramento da Crisma.

Essas três etapas são intimamente correlacionadas e normalmente uma se concretiza dentro da outra. O centro de atenção da comunidade cristã Xavante é o grupo de catecúmenos, a cujo serviço está o grupo de padrinhos/madrinhas e os catequistas. Este serviço é um exercício de maturidade cristã e de prática da responsabilidade social e eclesial, em que todos os iniciados são envolvidos como grupo de iniciação e, ainda cada um assumindo o ministério de padrinho/madrinha para com um ou mais catecúmenos. Os recém-batizados dão prova de sua fé com o exercício, por própria decisão, da prática de vida cristã. Oportunamente eles são agentes ativos na liturgia sem serem dirigidos pelos catequistas, enquanto que os catecúmenos sempre são precedidos pelos catequistas que indicam a prática e puxam os cantos, por exemplo.

4.2. Com isso fica evidente que os catecúmenos são participantes ativos da liturgia e conferem-lhe vigor e solenidade. Isso não só se refere às celebrações em que são contemplados, mas a todas as celebrações litúrgicas da comunidade onde eles brilham por seu vigor celebrativo.

4.3. Os catequistas foram delegados pela comunidade para esse ministério. No entanto, toda a comunidade observa e acompanha a catequese e oportunamente os cristãos adultos se fazem presente e brindam os catecúmenos com seu discurso, com alguma alocução de animação e para corrigir alguma imprecisão dos catequistas. Eles supervisionam a catequese, embora os catequistas sejam os responsáveis credenciados.



4. Formatura de Bororo e Xavante na UCDB

Georg Lachnitt

Neste mês de janeiro realiza-se a última etapa presencial do Curso Modular de Formação de Docentos de Ensino Básico, em que participam 03 Bororo e 11 Xavante. A Colação de Grau e Formatura estão previstas para o início de julho de 2005.

Depois de formar professores para as escolas indígenas pelo Magistério a nível de 2º Grau em Sangradouro e São Marcos, sob a direção do Pe. Luiz Silva Leal, viu-se a urgência de dar continuidade a esse projeto missionário com o 3º Grau. A UCDB de Campo Grande MS não pôde oferecer esse curso em nossas missões, já que estas estão localizadas em outra unidade federal, exatamente, no Estado de Mato Grosso. Uma tentativa de realizar esse projeto em parceria entre a UCDB e o Estado de Mato Grosso também não foi bem sucedido. Depois de um estudo prolongado pelo Conselho Inspetorial da MSMT, onde o Pe. Luiz Silva Leal foi relator fervoroso, a UCDB enviou seus professores para o vestibular em Sangradouro e em São Marcos. Dos 70 candidatos, 14 foram aprovados no vestibular, a saber, 03 Bororo de Merúri, 04 Xavante de Sangradouro e 07 Xavante de São Marcos.

Já se passaram três anos, em que os candidatos se dedicaram ao estudo na UCDB nos meses de janeiro e julho, com dez aulas diárias. Houve muita perseverança e suores, pois nenhum candidato desistiu, embora tivessem que afirmar-se no meio de muitos outros colegas não indígenas. No início eles se dividiram entre turmas diferentes, dois a dois, nas 06 turmas de 60 alunos cada. Depois cada um optou por sua matéria específica.

Ao concluir o curso, onde o estudo foi patrocinado por bolsa de estudos da UCDB e a hospedagem, transporte e alimentação pela MSMT, podem ser oferecidos aos dois povos indígenas os seguintes professores com suas qualificações:

Alexandre Tsitõmowa'a Brupewe - Biologia

Beno Wadzuridzawi Urebete- Matemática

Cesarina Tsinhotse Rhutuwe Tsahobo - História

Cláudio Brupewe Tseredze - História

Dário Piraiwe Hambe - Matemática

Fortunato Tseremei'wa - Biologia

Júlio Wadzapariwe - Matemática

Júlio Pariwai'a Moritu - Letras

Kleiton Rodrigues Owaiga - Matemática

Kleber Rodrigues Meritororeu - Biologia

Luciano Tserewarotõwe Momotsé - Letras

Marcos Lopes LeandroBorocereu - Letras

Rufino Tomptsé Duprédzamo - Geografia

Tomé Tsi'eiwa'adi Wadzatsé - Pedagogia

Aos formados os melhores votos de um proveitoso trabalho escolar em suas comunidades e a gratidão dos formados à MSMT e à UCDB!


5. O que é Mito (III)

Georg Lachnitt

17. O Mito e os Ritos

Pelo exposto anteriormente, o mito é narrativa, porém de uma maneira peculiar, é história, mas de uma maneira mítica, é um conjunto de elementos simbólicos e, portanto, pertence aos elementos da comunicação e da linguagem. Trata-se agora de ver um pouco o "como", na realidade, se dá o fato do mito, como ele se manifesta, se expressa e se comunica. E é exatamente no conjunto de culto-rito-cerimônia que o mito se realiza hoje.

Etimologicamente, estes três termos significam como segue:

"Culto", palavra que vem do latim cultus onde significa: cultivo, cultura; 1. modo de viver; 2. educação, elegância; 3. modo de vestir; 4. veneração, obséquio.5 A palavra portuguesa "culto" tem hoje o sentido de homenagem que se presta à divindade, adoração, veneração, religião.6

"Rito" é palavra que vem do latim ritus onde significa: costume, hábito.7 No português contemporâneo, "rito" significa: conjunto de cerimônias de uma religião, culto, doutrina, seita, qualquer cerimonial, ritual.8

A palavra "ritual", própria do português, significa livro que consigna as fórmulas das cerimônias que se devem observar na prática de alguma religião, cerimonial, etiqueta, praxe.9

"Cerimônia" é palavra que vem do latim caerimonia, onde significa: cerimônia, rito, santidade, caráter sagrado, veneração.10 No português contemporâneo significa: forma exterior de um culto religioso; pompa e formalidades em festas públicas; conjunto de formalidades que a civilidade prescreve; preceitos de cortesia entre pessoas educadas que não se tratam com familiaridade; etiqueta; protocolo; cortesia incômoda; embaraço; acanhamento.11

Martinez faz pertencer o culto à multiplicidade de manifestações da vida religiosa,12 e o descreve como um respeito temeroso, uma atitude de submissão íntima a um ser que é percebido como superior.13 Neste sentido coincide com o conceito genérico de religião. A seguir, o citado autor acrescenta uma segunda nota essencial do culto, que é sua expressão exterior, espontânea ou tradicional, da atitude interna de respeito.14 Com isso, o culto se situa entre os elementos de expressão simbólica de sentimentos internos do homem, sendo que nessa expressão ele está condicionado aos elementos de linguagem que o contexto cultural lhe fornece para se expressar. Piazza, a partir dos estudos da fenomenologia religiosa contemporânea, pensa os ritos fundamentalmente como uma linguagem de gestos, mediante a qual o homem primitivo procura expressar a sua total entrega a Deus, como ser não só espiritual, mas também corporal. E resume dizendo que os ritos são a expressão corporal da religiosidade humana.15

Martinez esclarece o significado de "rito" como um conjunto de regras estabelecidas para o culto, e ainda o distingue de "cerimônia" que é o conjunto de ritos relacionados entre si e executados num determinado tempo.

Kevin Seasoltz define o rito como comportamento padronizado, repetitivo, formal, que pode ser tanto secular como religioso. E continua dizendo que, quando for religioso, o rito procura relacionar a pessoa humana ao sagrado.16 Nesse sentido, ele julga poder identificar rito com cerimônia.

No sentido antropológico, diversos autores descrevem o ritual como repetição ou reiterada apresentação de um acontecimento primordial.17 Embora se trate de uma dramatização, enquanto representação, é muito mais e claramente uma reatualização de um acontecimento primordial,18 pelo que se torna um acontecimento atual, que teve seu precedente nos tempos primordiais.

Sem contudo recusar seu caráter narrativo pelo que o mito é rememorado, o rito se situa entre as ações, realizações, portanto, entre os fatos reais que estão acontecendo.19

De fato, há duas modalidades de reatualizar o mito no ritual: a primeira original, é realizá-lo repetindo-o conforme a tradição do grupo o mantém em sua memória; a segunda maneira consiste em recitá-lo durante a realização de um ritual. De qualquer maneira, neste sentido se estabelece uma unidade entre memória e realização, passado e presente, narrativa e ação, discurso e rito celebrado, tão originais que um desses elementos não pode ser pensado sem os demais elementos integrantes. O discurso pertence à ação e é ação.20

Esta reatualização do mito através do rito, resulta então numa contemporanização dos participantes nos acontecimentos primordiais. O rito leva o homem a transcender os seus limites, obriga-o a situar-se ao lado dos deuses e dos heróis míticos, a fim de realizar os seus atos. Direta ou indiretamente, o mito provoca uma "elevação" do homem.21 Nesse contexto, o mesmo autor Eliade já havia afirmado que conhecer o mito é celebrá-lo, o que é essencial para o homem, sobretudo para o primitivo, e, ao recordá-lo, ao reatualizá-lo, ele (o homem) é capaz de repetir o que os deuses (...) fizeram "ab origine".22 Em outras palavras, pelo ritual, o homem torna-se contemporâneo das ações que os deuses realizaram "in illo tempore".23

Articulando as reflexões anteriores com estas colocações, podemos deduzir o quanto, sobretudo para o homem primitivo, se interrelacionam o passado e a atualidade, fato histórico e acontecimento atual, isto é, mito, enquanto fato histórico atualizado e sua verdade, que foi e é presenciada pelos participantes. Não é raro constatar entre os primitivos a dificuldade de distinguir entre passado e presente, pois tudo é atualidade para os que participam. Nesse sentido, afirma Eliade que o homem primitivo tem a certeza de que qualquer coisa existe de uma maneira absoluta (...) é um transcendente susceptível de ser vivido ritualmente e que acaba por fazer parte integrante da vida humana.24

Existe, assim podemos afirmar desde já, uma íntima vinculação ou uma interdependência do rito e do mito. Esta interdependência não significa precedência. Ambos são elementos essenciais da vida religiosa e, portanto, da própria cultura de uma etnia, pois tiveram sua origem dentro de uma cultura e estão estritamente vinculados a ela. O rito, afirma Durkheim, não é outra coisa senão o mito posto em ação.25 Para não entender unilateralmente os fatos, o mesmo autor havia esclarecido de maneira original seu pensamento sobre isso. Afirmava ele que o culto que se presta à divindade depende da fisionomia que se lhe atribui: e é o mito que fixa essa fisionomia.26 O mito é então a expressão de como o homem se compreende diante da divindade, e essa expressão se patenteia no rito celebrado. O mito vive e revive dentro do rito e procurar conhecer o mito de uma sociedade é descobri-lo dentro de seus ritos. Para entender o alcance da ação de tantos conquistadores fora do continente europeu em menosprezar os mitos e uma interpretação folclorista dos ritos, bom é ouvir o que afirma ainda Durkheim: se se retira o mito da religião será necessário retirar-lhe igualmente o rito.27

Levando mais adiante a distinção anterior entre interdependência e não-precedência, calha bem o argumento de Terrin: O ritual não cria sentimentos humanos do nada, mas a partir de uma repetição e reatualização de experiências humanas fundamentais onde o homem é coenvolvido aos níveis mais profundos da existência.28 Num sentido, o rito expressa a experiência do homem e do seu grupo. Mas num outro sentido, os mesmos ritos reatualizando o mito modelam e sistematizam a própria experiência,29 experiência que não é apenas profana, mas todo o profano, pelo rito, fica pervadido de sacralidade.30

Estamos cada vez mais explicando de como se deve entender o caráter fundante do mito, naturalmente sempre com seu rito, dentro de uma religião. Se da religião já se afirmava seu caráter fundante da cultura em sua totalidade, isto muito mais agora se pode afirmar do mito como elemento essencial da vida religiosa. Perpetuar o mito de uma sociedade é igualmente perpetuar a própria sociedade em suas motivações mais profundas e em suas disposições diretivas.31 Toda a articulação de uma sociedade depende de sua mitologia, na qual encontra seus modelos, suas razões fundamentais e sua expressão comunicativa.

Piazza, citando Daniélou, apresenta mais um elemento importante quando afirma três elementos constitutivos das religiões: Os mitos, em seu aspecto doutrinário, os ritos, em seu aspecto cultual, e o misticismo, em seu aspecto de experiência interior.32 É este misticismo que contém mais radicalmente as motivações e as razões existenciais para a vida de uma pessoa e esta dentro de sua sociedade.

Nada de estranho, após estas colocações, do que falar não só do significado do mito e do rito, mas mesmo falar de sua eficácia. Terrin sintetiza a mediação eficaz do ritual constatando que faz apelo a todos os aspectos do humano; o seu ser social, os seus sentimentos, suas necessidades e, ao mesmo tempo, reforça as convicções do fiel por meio de um comportamento que não deixa de ser eficaz.33 E Pinkus, argumentando mais de longe, evidencia que somente mediante a função simbólica a pessoa tem a capacidade de penetrar psicologicamente no rito e de "apropriar-se" das energias que dele promanam e que têm condições de transformar a própria dinâmica psíquica.34

Fica evidente que, para um estranho observador, que não tem a chave de leitura do mito e do rito, que é a experiência de tê-lo vivido e celebrado, o mito e os ritos tornam-se de difícil compreensão. Sem a experiência do "reviver" e do viver participando, o mito e o rito se reduzem a uma interpretação inteletual que, como se afirmou acima, está separada da pessoa, não a compromete e, portanto, não tem eficácia.35

18. O Mito é Dinâmico

Por sua dimensão primordial e fundante, por si, o mito se reveste de garantia de estabilidade e de definitividade. Mas o mito não é histórico em si mesmo, mas enquanto interpreta o momento histórico presente à luz do mito. E neste momento presente o mito interpreta de como o homem se entende diante da divindade, como se entende a si mesmo e a si em relação aos outros do seu grupo e, por fim, como o homem se entende dentro do universo.

Não é novidade afirmar que toda a cultura é dinâmica, isto é, está envolvida num processo constante de adequação às novas exigências históricas de sua sociedade. Embora mais de ordem conservadora, mesmo assim o mito está permanentemente envolvido na dinâmica evolutiva da cultura em geral. Deve-se, portanto, manter claro diante dos olhos que o mito é um elemento da linguagem e da comunicação, portanto de interpretação do momento presente. Se o mito interpreta a divindade, esta interpretação é passível de mudanças, não porém a própria divindade.36

A solução "definitiva" dada a determinado problema ou situação é tal no momento de sua origem, suplantando o seu predecessor menos adequado. Surgindo novos problemas e novas situações não previstas nos mitos originais, urge uma nova mitologia mais capaz de cumprir sua função. A renovação da mitologia é, portanto, um fato presente em todas as culturas, sobretudo quando estas, por contactação com outras culturas tecnologicamente mais desenvolvidas, transformam rapidamente a linguagem, o sistema social e, com isso, a cosmovisão e o mundo religioso, a partir de suas manifestações externas.37 O mito se transforma, é certo, com certa lentidão. Mas a mitologia como fato fundante de toda cultura continua e só desaparece com a própria sociedade detentora.

Para concluir estas reflexões sobre o mito, dentro de uma cultura, nada melhor do que apresentar a definição sintética global relatada por Paulo Suess: Nos mitos de origem de quase todos os povos encontra-se uma articulação íntima e original entre cultura e religião. (...) O mito, contado de geração em geração, e no culto representado, é palavra eficaz; é verdade absoluta sobre a caminho do bem e do mal; é história sagrada das origens, constitutiva para a identidade do respectivo grupo humano. O mito é, ao mesmo tempo, uma palavra narrativa e lógica, afetiva e efetiva, repetitiva e historicamente aberta. (...) O mito, a rigor, não explica as origens, mas interpreta o momento histórico, em que é transmitido.38

Com esta terceira reflexão concluímos o tema sobre o MITO.


6. Notícias Breves

Pe. Justino Sarmento Rezende, sacerdote salesiano da Inspetoria Salesiana de Manaus, da nação Tuiuca do Alto Rio Negro, fez com sucesso os exames de seleção de Mestrado em Educação na Linha III - Diversidade Cultural e Educação Indígena, na UCDB. Com isso, a partir de fevereiro estará em Campo Grande para absolver os créditos respectivos.

Pe. Francisco de Lima Ribeiro, sacerdote salesiano e Diretor do Museu Dom Bosco de Campo Grande, defendeu sua tese de mestrado em Antropologia na PUC de São Paulo. Parabens pelo esforço de qualificar o trabalho missionário entre os indígenas e o Museu Dom Bosco!

Pe. Osmar Orotides de Rezende, diretor da MSMT em São Marcos, entre os indígenas Xavante, está fazendo neste janeiro a segunda etapa de Formação Básica do CIMI, em Brasília. Além disso, com perseverança e colaboração dos indígenas habilitou-se para rezar a missa nas aldeias em língua Xavante. Parabens pela dedicação no trabalho missionário.

Pe. Georg Lachnitt, divulgando a dimensão missionaria, participou, de 15 - 18 de novembro de 2004, do Curso de Formação Permanente para missionários e missionárias pela UPS, Roma, com a reflexão sobre Inculturação da Liturgia e Iniciação Cristã. Em 2004 participaram 70 pessoas das mais diversas nações e congregações.

De 20 - 22 de janeiro de 2005 participará de um Simpósio sobre Limites e Intercâmbio de Gênero em Ritos de Passagem na Julius-Maximilians-Universität de Würzburg, Alemanha.


Irmãs Lauritas entre os Indígenas do Brasil

As Irmãs Lauritas têm por carisma o trabalho junto aos povos indígenas. A fundadora, Madre Laura Montoya, foi beatificada em 25 de abril de 2004.

Elas estão atuando entre os Terena de MS, nos municípios de Aquidauana e Miranda, desde 1984. Hoje a equipe conta com:

- Ir. Librada Casura (Espanha);

- Ir. Francis Perez (Venezuela);

- Ir. Consuelo Cuichan (Ecuador).

Elas estão atuado entre os Xavante do T.I. Parabubure, no município de Campinápolis Mt, desde 1993. Hoje a equipe conta com:

- Ir. Martha Genoveva Jara Andino (Ecuador);

- Ir. Felícia Raquel Diaz Mendonça (Colômbia);

- Ir. Rosalba Arismendi (Colômbia);

- Ir. Glória Papias (Colômbia).

Elas estão atuando entre os indígenas que residem na cidade de Campo Grande MS e na pastoral vocacional, desde 1997. Hoje a equipe, conta com:

- Ir. Francisca Gragera (Espanha),

- Ir. Dolores Vélez (Colômbia).



7. Videos Missionários

Os seguintes Videos de temas missionários podem ser encontrados nas Locadoras.

A Missão, Robert de Niro e Jeremy Irons, 2 horas

Hábito Negro. 1:35 horas

Romero - uma história verdadeira. John Duigan. 1:05 horas

Brincando nos Campos do Senhor. Hector Babenco. 3 horas.

A Floresta de Esmeraldas. John Boorman. 1:53 horas

O Curandeiro da Selva. Cinergi. 1:40 horas

Avaeté - semente de vingança. Zelito Viana. 1:10 horas

Gerônimo. Joseph Runningfox. 1:20 horas



8. Agenda

- 03-22/01 - Estudantes Indígenas na UCDB, Campo Grande

- 21/01 - Formatura de Indígenas na UCDB

- 09/02 - Quarta-feira de Cinzas

14-18/02 - Seminário Nacional da Eucaristia, São Paulo

..... - Encontro de Formação de novos Missionários nas Missões

.... - Curso de Agentes de Pastoral Bororo em Merúri

.... - Pastoral Indigenista Diocesana, Rondonópolis

27/03 - Páscoa do Senhor Jesus

18-22/04 - Semana dos Povos Indígenas

9. Publicações Diversas

Folders:

Índios, Xavante 1, Xavante 2, Xavante 3, Xavante 4, Bororo 1, Bororo 2, Nambiquara. - Aldeias Xavante 2004, Aldeias Kaiowá e Guarani, Aldeias Terena-Kinikinaua-Aticum-Guató-Kamba-Kadiwéu-Ofayè Xavante.

Livros recentes do CDI:

TSAWE, Jerônimo. A'uwe na Rowatsu'u 1. Campo Grande, MSMT-UCDB, 2ª ed. 2004, 109 p.

TSAWE, Jerônimo. A'uwe na Rowatsu'u 2. Campo Grande, MSMT - UCDB, 2ª ed. 2004, 114 p.

HITSÉ, Xavante Rafael e outros. O Meu Mundo - Wahöimanadzé - Livro de Leitura. Campo Grande, MSMT-UCDB, 2ª ed. 2002, 107 p.

LACHNITT, Georg e TSI'RUI'A, Aquilino Tsere'ubu'õ (Coord.s). Ihöiba prédu 'rãti'i na'ratadzé - Iniciação Cristã de Adultos. Campo Grande, MSMT-UCDB. 2004, 71 p.

VV.AA. (Coord.) Romhurinhihötö Nhoré Waihu'uprãdzé - Cartilha de Leitura I. 2ª ed. Campo Grande, MSMT, 2004, 47 p.; MSMT-UCDB, 2004, 47 p.

VV.AA. (Coord.) Rowatsu'u Nhorédzé-Cartilha de Leitura II. 2ª ed. Campo Grande, MSMT, 12004, 106 p.; 2ª ed. MSMT-UCDB, 2004, 106 p.

LACHNITT, Georg. O Símbolo "Água" na Iniciação Cristã. Ed. prov. Campo Grande, MSMT-UCDB, 2004, 126 p.

LACHNITT, Georg. Estudando o Símbolo. Ed. prov. Campo Grande, MSMT-UCDB, 2004, 151 p.

LACHNITT, Georg. Ritos de Passagem do Povo Xavante - um estudo sistemático Ed. prov. Campo Grande, MSMT-UCDB, 2004, 155 p.

OBS: Eventuais pedidos sejam dirigidos ao CDI, com o endereço acima.

1Cf. particularmente DSD, n. 228-283; cf. ainda DGAE doc. CNBB 54, nº 171.

22 DGAE doc. CNBB 54, nº 171.

33 Cf. Georg LACHNITT. Iniciação Cristã entre os Xavante. Dissertação. n. 4.1.4, no parágrafo final.

44 Os Critérios elencados foram elaborados por uma equipe de missionários e missionárias, reunidos em Merúri, aos 11 de maio de 2000.

5Ferdinando BERNINI. Dizionario della lingua latina. verbete: cultus.

6Francisco FERNANDES, Dicionário brasileiro contemporâneo, verbete: Culto.

7Ferdinando BERNINI. Dizionario della lingua latina. verbete: ritus.

8Francisco FERNANDES, Dicionário brasileiro contemporâneo, verbete: rito.

9Ibid. verbete: ritual.

10Ferdinando BERNINI. Dizionario della lingua latina. verbete: caerimonia.

11Francisco FERNANDES, Dicionário brasileiro contemporâneo, verbete: cerimônia.

12Luis Campos MARTINEZ, Utopia somos nosotros, antropologia, p. 236.

13Ibid. p. 236.

14Ibid. p. 236.

15Waldomiro O. PIAZZA, Introdução à fenomenologia religiosa, 1983, p. 235.

16Kevin SEASOLTZ. Antropologia e teologia litúrgica. in: POWER, David e BOROBIO, Dionísio. Ritos de passagem e cristianismo. Concilium/132 1978/2 Liturgia, p. 15 (151).

17Cf. Thomas F. O'DEA, Sociologia da religião, p. 63, citando B. Malinowski; cf. Mircea ELIADE, Aspectos do mito. p. 18-19.

18Cf. Mircea ELIADE, Aspectos do mito. p. 18-19, 119 cf. ainda Aldo Natale TERRIN, Leitourgia, dimensione fenomenologica e Aspecti Semiotici, p. 61

19Cf. Thomas F. O'DEA, Sociologia da religião, p. 63; cf. ainda Mircea ELIADE, Aspectos do mito. p. 18-19.

20Cf. Marcelo FABRI, A presença dos deuses in: Régis de MORAIS (org.), As razões do mito, p. 32; Mircea ELIADE, Aspectos do mito. p. 18-19.

21Mircea ELIADE, Aspectos do mito. p. 123.

22Ibid. p. 18-19.

23Ibid. p. 120.

24Ibid. p. 119.

25Emile DURKHEIM. As Formas elementares da vida religiosa. p. 118.

26Ibid. p. 118.

27Ibid. p. 118.

28Aldo Natale TERRIN, Leitourgia, dimensione fenomenologica e Aspecti Semiotici, p. 58.

29Cf. Clifford GEERTZ, A interpretação das culturas, p. 129.

30Cf. Aldo Natale TERRIN, Leitourgia, dimensione fenomenologica e aspecti Semiotici, p. 58, 60.

31Cf. Clifford GEERTZ, A interpretação das culturas, p. 128.

32Waldomiro O. PIAZZA, Introdução à fenomenologia religiosa, 1983, p. 234.

33Aldo Natale TERRIN, Leitourgia, dimensione fenomenologica e Aspecti Semiotici, p. 22.

34Lúcio PINKUS, O mito de Maria, uma abordagem simbólica, p. 56.

35Cf. Waldomiro O. PIAZZA, Introdução à fenomenologia religiosa, 1983, p. 217; onde ele cita Malinowski.

36Luis Campos MARTINEZ, Utopia somos nosotros, antropologia, p. 239.

37Cf. ibid. p. 238.

38Paulo SUESS. Inculturação, Desafios - Caminhos - Metas. in: REB 03/89 fasc. 193 p. 784.