37_anno19_num2-0319-0343


37_anno19_num2-0319-0343

1 Pages 1-10

▲back to top

1.1 Page 1

▲back to top
FONTI
TEBAIDA E ARACAJU
Documenti per la storia
Antenor de Andrade Silva
SIGLAS E ABREVIAÇÕES
ASC
Archivio Salesiano Centrale - Roma
SC
Santa Catarina (Estado)
Aut
f ff
f1 f2
fv
vb
mm
1v 2v 3v
autógrafo
folha, folhas
primeira folha, segunda folha
verso da folha
verso em branco
milímetros
primeiro, segundo, terceiro versos.
I. PREMISSAS
Tebaida: a palavra de orígem egípcia significa ermo, solidão, deserto.
Os monges da Igreja primitiva costumavam se refugiar nos desertos, em grutas
ou mosteiros por eles construídos. Aqueles lugares de isolamento e reflexão eram
chamados tebaidas.
Em fins de 1800 e inícios de 1900, o governo sergipano possuía uma colônia
agrícola nas vizinhanças de São Cristóvão, a 18 km. de Aracaju, capital do Estado.
Ali, Monsenhor Olímpio de Souza Campos, quando Presidente do Estado, costumava
se refugiar nos fins de semana, descansando e fugindo dos problemas políticos.
Chamava seu esconderijo a: Tebaida.
No ano de 1902, os salesianos da Bahia chegam à Tebaida, fundando então a
Escola Agrícola São José. Em 1908 começam o oratório festivo Maria Auxiliadora
em Aracaju e em 1° de março de 1911, inauguraram um colégio, instituição que até
nossos dias tem prestado inestimáveis serviços à juventude sergipana.
A obra salesiana da Tebaida deve-se às solicitações do Arcebispo Primaz da

1.2 Page 2

▲back to top
320 Antenor de Andrade Silva
Bahia, Dom Jerônimo Tomé da Silva 1 e de Mons. Olímpio Campos. As conversações
se realizaram através dos diretores da Bahia, Pe. Luiz Della Valle.2 E do Recife,
Pe. Lourenço Giordano 3.
Apresentamos no presente artigo uma série de documentos sobre a chegada e a
a presença dos salesianos no Estado sergipano. São correspondências enviadas ao Pe.
Miguel Rua,4 escritas por Dom Jerônimo Tomé da Silva, Pe. L. Della Valle, Pe. Giu-
seppe Blangetti,5 Pe. Pedro Ghislandi,6 Pe. Lourenço Gatti,7 Pe. Aníbal Lazzari 8
1 Jerônimo Tomé da Silva, nasceu na cidade cearense de Sobral, na época diocese
de Fortaleza, em 12 de junho de 1849. Faleceu em Salvador aos 12 de fevereiro de 1924.
Sua ordenação sacerdotal aconteceu na cidade de Roma em 21 de dezembro de 1872. Aluno do
Colégio Pio Latino Americano doutorou-se em Filosofia pela Universidade Gregoriana, em
3 de setembro de 1869 e em Teologia pela mesma Universidade em 12 de agosto de 1873.
Lecionou filosofia no Seminário de Olinda e italiano no Colégio pernambucano. Sagrado
bispo de Belém em 26 de junho de 1890, em 12 de setembro de 1893 è transferido do Pará para
Salvador da Bahia, Sede primacial do Brasil, criada em 1551.
2 Luiz Della Valle é de Albenga (Gênova) nascido aos 10 de novembro de 1872. Seu pri-
meiro Colégio foi Val Salice depois Foglizzo. Em 26 de outubro de 1892, recebeu do Pe. Mi-
guel Rua a veste clerical, fazendo a profissão perpétua em outubro de 1893. Ainda clérigo
fez parte da comunidade do Recife voltando a Turim, onde se ordenou sacerdote. Logo após
retorna ao Recife (1899), onde aguarda a fundação do Liceu Salesiano da Bahia. Em Salvador
deveria ser ecônomo porém termina sendo nomeado o primeiro diretor da obra. Pe. Domingos
Molfino escolhido anteriormente não pode assumir. Pe. L. Della Valle foi um incansável des-
bravador amava a Bahia, seus órfãos e gosava a estima de todos que o conheciam. Juntamente
com Pe. Lourenço Giordano fundou a Escola Agrícola da Tebaida em Sergipe. Faleceu no
Oratório de Valdocco, aos 25 de maio de 1914.
3 Lourênço Giordano nasceu em Cirié, Itália, em 30 de julho de 1856 e faleceu na
Amazônia, às margens do rio Javari, em 4 de dezembro de 1919. Trabalhou na famosa Escola
Agrícola de Navarre (França) de onde em 1881, veio para o Colégio de Villa Colón no Uruguai
e em seguida para o Brasil. Foi diretor do Colégio do Recife e primeiro Inspetor da Inspetoria
São Luiz Gonzaga, até a nomeação para Prefeito Apostólico do Rio Negro. Um grande bata-
lhador, muito dedicou-se à formação dos futuros salesianos. Trabalhou incansavelmente nas
Escolas Agrícolas de Jaboatão Colônia e na Escola São José da Tebaida. O Santuário de Nossa
Senhora Auxiliadora de Jaboatão foi construído por ele. Escritor, publicou diversas obras
de cunho religioso moral e temas agrícolas, assunto do qual era mestre.
4 Pe. Miguel Rua nasceu em Turim aos 9 de junho de 1837 e faleceu naquela cidade em
6 de abril de 1910. Primeiro sucessor de Dom Bosco, foi beatificado em 1972. (Vide, Dizio-
nario biografico dei salesiani, a cura dell’Ufficio Stampa Salesiano-Torino, pp. 245-247).
5 Pe. José Blangetti nasceu na Província de Cúneo (Itália) no dia 3 de janeiro de 1873 e
faleceu em Campos do Jordão aos 28 de fevereiro de 1919. Trabalhou em Pernambuco e na Te-
baida, onde foi diretor em 1910. (ASC B 221).
6 Pe. Pedro Ghislandi é de Bérgamo, onde nasceu aos 26 de novembro de 1873. Faleceu
em Salvador (BA), aos 62 anos, em 5 de março de 1936. Foi diretor durante 19 anos, inclusive
na Tebaida. (ASC C 051).
7 Pe. Lourênço Gatti nasceu em Bruni, Itália, no dia 12 de fevereiro de 1882. Faleceu
em Recife no dia 20 de abril de 1955. Vivera 73 anos dos quais, 48 de sacerdócio. Em 1903,
chegara à Bahia, onde fez o tirocínio, enquanto estudava teologia. Ordenado em 1907 pelo
Primaz, Dom Jerônimo Tomé, permaneceu na Bahia, onde foi diretor até 1932, quando se
transferiu para a casa de Manaus e depois a Belém. (ASC C 044).
8 Pe. Aníbal Lazzari veio ao mundo no dia 30 de novembro de 1875 em Pieve Delmona
(hoje, Gadesco Pieve Delmona CA'DE' Mari, Cremona, Itália). Falece em Lavrinhas, Brasil, no
dia 7 de fevereiro de 1938. Estava com 63 anos, dos quais 45 de profissão e 36 de sacerdócio.

1.3 Page 3

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 321
e Pe. Pedro Rota.9 Seus originais inéditos ou copiados pelo próprio autor encontram-
se no Arquivo Salesiano Central de Roma. O Arquivo mensionado encontra-se na
Casa Geral dos Salesianos. Contém mais de sete milhões de documentos gráficos, fo-
tográficos e microfilmados sobre a história salesiana desde o início aos nossos dias:
cada Inspetoria, cada casa, cada irmão vivo ou desaparecido.
Os salesianos lutaram denodadamente durante 18 anos para construirem na Tebaida
uma escola agrícola modelo. As ajudas governamentais carreadas durante os primeiros
anos, quando Monsenhor Olímpio Campos governava o Estado, levaram um certo pro-
gresso e esperanças à obra. Após a morte do Monsenhor 10 os problemas cresceram e se
multiplicaram. Pe. L. Giordano, Luiz Pasquale 11 e outros salesianos lutaram contra toda es-
perança para manter naquelas paragens uma obra tipicamente popular. Para lá foram en-
viados os melhores técnicos agrários formados nas escolas salesianas da Itália e da França.
E escola antes abandonada mudou de aspecto atraindo a admiração e os comen-
tários dos habitantes de S. Cristóvão e de Aracaju. Teve início uma nova vida simples
e bucólica na fazenda ocupada pelos missionário ítalo-baianos. Foram admitidos
alunos internos e externos e em 1903 teve inicio o Noviciado, onde se reuniam os
candidatos próximos integrantes da Sociedade salesiana.
«A Thebaida foi se transformando em alegre a laboriosa povoação, habitada a principio
por um numero limitado de 54 internos, não contando os externos admittidos ás aulas ele-
mentares… Construida em bôas condições hygienicas e provida de todo o necessario pa-
ra o bem-estar dos alumnos, tem por fim dar aos mesmos uma educação intellectual e mo-
ral afim de tornal-os virtuosos cidadãos; activos e honestos operarios. A Escola aceita me-
ninos como apprendizes e estudantes formando duas secções completamente separadas».12
Os primeiros anos foram de desbravamento das terras. O Coadjutor Olavo
Almeida, citado pelo Pe. Carlos Leôncio da Silva observa que sob a proteção do
governo do Estado a obra prosperava chegando mesmo a aumentar a área geográfica.
A ajuda mensal prometida e legalizada não faltava aos educandos.
Em 1895 chega ao Recife deixando a comunidade em 1913 para ser diretor em Aracaju.
Em 1920 Pe. P. Rota pede sua presença na direção do Colégio do Recife. Atacado pela malária
troca de ares passando a residir em Lavrinhas. Ali trabalhou também no Oratório da cidade de
Cruzeiro. Nos dois últimos anos a enfermidade o castigou duramente. Na ocasião do féretro
compareceu entre numerosos ex-alunos o Dr. Abreu e Lima seu antigo aluno do Recife.
O ilustre ex-aluno falou em nome de seus colegas e dos Cooperadores.
9 Pe. Pedro Rota, Monferrato (Itália) 7 de junho de 1861. Lisboa, 8 de agosto de 1931.
Recebeu o hábito clerical do próprio Dom Bosco. Terminando o noviciado fez parte da terceira
expedição missionária a América, fixando-se inicialmente no Uruguai, onde cursou teologia.
Foi diretor em Las Piedras e Villa Collón (Uruguai), Niterói e Bagé. Dos anos 1908 a 1920,
foi Inspetor da Inspetoria do Sul do Brasil e de 1920 a 1925 do Brasil Norte e Sul. Um grande
propulsor das obras salesianas nas Inspetorias onde trabalhou. De 1925 a 1930 encontramo-lo
na direção da Inspetoria Central, Piemonte e no ano seguinte como Visitador da Inspetoria
portuguesa. A bondade e a jovialidade faziam parte das características de sua pessoa.
10 Assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro, em 09 de novembro de 1906.
11 Luiz Pasquale nasceu em Corsetto, Província de Alessandria em 09 de abril de 1873.
Faleceu em Barcelos aos 28 de maio de 1957. Chegou à Bahia no final de dezembro de 1899 e
em 02 de março de 1903 torna-se diretor da casa da Tebaida, onde passa dois sexênios.
12 ASC F 730: Escola Agrícola S. José (Thebaida), Bahia, Esc. Typ. Salesiana, 1910.

1.4 Page 4

▲back to top
322 Antenor de Andrade Silva
«Novos agricultores vieram pôr-se ao lado dos jovens agricolas para imitar-lhes
os exemplos de um trabalho constante e gozar de sua alegre convivencia – e assim
constituiu-se perto da Escola, a Villa D. Bosco com suas casinhas de agradavel aspecto.
Tudo isto foi se realisando debaixo das vistas e sob a acção de jovens; muitos dos quaes,
sahindo da Escola levaram com a educação o amôr ao trabalho e a gratidão profunda
por aquelles que em seu desamparo lhes estenderam a mão caridosa».13
Padre L. Giordano, Mecena das ciências agrárias, implantara em Pernambuco
outra escola e dedicava o melhor de si à nova fundação sergipana da qual foi também
diretor. Para facilitar a aprendizagem dos alunos, escreveu um Manual prático de
Agricultura, composto por três fascículos muito apreciados pelos leitores.
Um dos acontecimentos que favoreceu à Tebaida foi a unificação das Inspetorias
Norte e Sul,14 oferecendo ao Pe. L. Giordano condições de maior facilidade no refe-
rente à transferência de pessoal para o Norte. Assim é que para Sergipe vieram inicial-
mente o técnico em agronomia Pe. A. Cosci e posteriormente Pe. Samuel Galbusera.
No entanto, a vida na escola do Pe. L. Giordano foi sempre difícil: as distâncias,
o isolamento, as enfermidades, a falta de verbas, além de um terreno sáfaro, em
sua maioria composto por tabuleiros e carrascais contribuiram solidários, para que
a Escola Agrícola São José não chegasse a um final feliz.
As dificuldades e crises jamais deixaram de existir. Agravaram-se sobretudo em
três momentos: após 1906 com a morte de Mons. O. Campos; em 1916 com a ida de
Mons. L. Giordano para a região missionária do Rio Negro; piorou mais ainda com a
sua morte, em 04 de dezembro de 1919.
A fundação dos arredores de São Cristóvão faz lembrar o negro existencialismo
de Heidegger e seus discípulos, para quem o ser existe para a morte.15 Parece mesmo
que a Tebaida nasceu para viver sofrendo e morrer prematuramente. Fazia parte
de sua sina. Não desapareceu mais cedo porque o patriarca de nossas fundações
no Nordeste, a sustentou com sua presença quase constante, seu trabalho dedicado
e incansável. Infelizmente Pe. L. Giordano foi vencido pelas forças da natureza,
deixando porém um grande exemplo aos pósteros.
13 Ibid.
14 Em reunião do dia 26 de janeiro de 1912, na sede inspetorial da Inspetoria do Sul, em
Lorena, o Pe. Inspetor Pedro Rota lê uma carta do secretário do Capítulo Superior, pela qual as
duas Inspetoria do Sul e do Norte do país foram unificadas. Assim o Brasil, ao invés de três
Inspetorias passou a ter duas: a do Brasil Sul e Norte (Maria SS. Auxiliadora) e a de Mato
Grosso, denominada S. Afonso Maria de Ligório, cujo Inspetor era Pe. A. Malan (S. Pedro de
Cuneo 1862 - São Paulo 1931. Em 1924 foi eleito bispo da nova diocese de Petrolina, em Per-
nambuco). Em 1925, com o término do mandato do Pe. P. Rota, retornou-se à situação de 1912.
A Inspetoria Brasil Norte e Brasil Sul é novamente separada. Alguns motivos que levaram os
Superiores a tomarem a decisão: poucos salesianos, muito trabalho, cansaço e doenças. A Ins-
petoria do Sul tinha 118 salesianos, enquanto no Norte havia cerca de 60 com uma média mais
ou menos de 5 noviços ao ano; uma certa crise de autoridade, tornava difícil as mudanças
de pessoal, pois o número insuficiente de salesianos fazia com que os diretores não cedessem
facilmente seus súbditos para outras comunidades. Com a união o Norte recebeu novos
salesianos vindo do Sul. A formação dos futuros religiosos passou a ser bem mais aprimorada,
com a preparação nos seminários e o envio dos estudantes para as casas de S. Paulo e Itália.
15 Das Zein zum Tode (O ser para a morte).

1.5 Page 5

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 323
Em 1920 estavam na Escola S. José, “sem ter o que fazer”, o diretor Pe.
Pedro Ghislandi e dois irmãos coadjutores. Diante das realidades passadas, tendo
em vista o presente e uma sombria perspectiva para o futuro, o Conselho inspetorial
resolveu estudar corajosamente a questão da Tebaida. Não se podia mais continuar
como estava.
Aos 28 de maio de 1920, encontraram-se em Aracaju, o Inspetor Pe. P. Rota, o
diretor da Escola São José, Pe. P. Ghislandi, Pe. Antônio Vellar e Pe. José Selva.
Ao se reunirem concuiram que não havia mais condições de se continuar com a es-
cola. A decisão seria comunicada aos superiores de Turim “para termos sua determi-
nação”. O problema era “ver se [se] podia conseguir que o governo, sem levar a coisa
a mal, retomasse aquele terreno, fazendo-nos alguma concessão”.16
A saga tebaidense durou até 1920, quando a Escola Ag. São José cansada e
desnutrida, não teve mais fôlego para continuar caminhando. Hoje suas terras estão
nas mãos de um ex-aluno salesiano.
Os documentos, todos escritos em italiano pelos homens que construiram e
viveram aquela história, mostram por vezes termos aportuguesados, fato compreen-
sível por se tratar de missionários, que estavam chegando a um país estrangeiro.
Pe. Rota apresenta algumas das razões, que segundo nos parecem, devem ter
influenciado no cheque-mate do Conselho inspetorial.
«A minha opinião é que o futuro da Tebaida seria sempre escuro, e um problema de di-
fícil solução. O terreno ingrato, insalubridade deficiente, a ajuda incerta das autoridades
(com efeito, depois de 4 anos virá um outro Governador 17, e como será?), a vizinhança
da cidade de Aracaju (a 18 km), onde temos um pequeno Colégio bem começado, onde
mais tarde se poderá desenvolver uma obra, se não igual, mas pelo menos equivalente a
esta de Tebaida, tudo isto faz pender as razões em favor do fechamento daquela casa.
Por isso eu creio que os Inspetores não julgarão que a Congregação sofre uma grande
perda com isto. Mas, eu sei muito bem, que nem eu, nem o P. Ghislandi podemos tomar
esta determinação, porque eu creio que se requerem mais motivos para se fechar uma
casa do que para abrir. É por isto que deploro sinceramente o acontecido».18
16 ASC F 730: Pe. Rota, La Tebaida.
17 Pe. Rota aqui se refere ao atual chefe do Executivo sergipano que pelo menos pagou
alguns atrasados e era mais ou menos favorável à obra.
18 ASC F 730: Pe. Rota, La Tebaida.

1.6 Page 6

▲back to top
324 Antenor de Andrade Silva
II. TESTI
1
A don Michele Rua
ASC F 545 Bahia
Aut. italiano; biglietto da visita; carta bianca ingiallita; 110 x 70 mm;
inchiostro nero; in alto lo stemma di Monsig. J. Thomé da Silva.
Inedito.
senza righe;
Saudação ao Pe.Miguel Rua – pedido para se abrir uma Colônia Agrícola em Sergipe.
Bahia 22 Giugno 1901
Al molto Rev. P.e D. Michele Rua
D. Jeronymo Thomé da Silva Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil, saluta en toto
Corde e prega che voglia ac[c]ogliere benignamente la supplica che le sarà direttamente
esposta dal R. Pe De la Valle per una Colonia agricola nello Stato di Sergipe, di questa
Archidiocesi.
Le sarà immensamente grato.
2
A don Michele Rua
ASC F 545 Bahia
Aut. italiano; 4ff. 4fv. Bianco; in alto alla sinistra l’iscrizione Sergipe, Brasile; 268 x 227 mm;
carta ingiallita con formato in piccoli rettangoli verticali; inchiostro nero; intestata “Lyceu
Salesiano do Salvador”; in alto alla destra osservazioni di don Rua e don Durando19 sulla fon-
dazione della Colonia Agricola a Sergipe; alla sinistra, anche in alto le sigle: V. G. G. M. (Viva
Gesù, Giuseppe e Maria) e la parola Sergipe sottolineata; nelle margini dei fogli si trovano pa-
recchi osservazioni fatte da don Rua: 1fv. Aquisto del podere; 2f. Sovvenzioni future, Personale;
2fv. Suore, Modo di provved[ere] il personale; 3fv. Quesiti; 4f. d. Barberis ha ricev[uto].
Inedito.
Relação de uma viagem feita à Tebaida – otimismo – urgência em se adquirir a área – possibili-
dades – promessas de ajuda do governo sergipano – interesses por parte do Arcebispo da Bahia
e do Monsegnor Olímpio Campos – Pe. Luíz Pasquale20 poderia ser encarregado da nova Colônia
– Vocações na Bahia.
19 Pe. Celestino Durando (1843-1901), foi um dos escolhidos por Don Bosco para abrir
o pequeno Seminário e Colégio de Mirabello, o primeiro fora de Turim, fundado em outubro
de 1863, do qual Pe. Miguel Rua foi o primeiro diretor. Na época Dom Bosco mandava seus
educadores para as pequenas cidades, onde trabalhavam em pequenos estabelecimentos. Na
América, deu-se o contrário, o objetivo eram as grandes metrópoles (Montevidéu, Buenos
Aires, Niterói, S. Paulo, Recife, Salvador. Em 1886 Pe. C. Durando foi eleito Prefeito Geral da
Congregação e em 1891 designado Postulador da causa de Dom Bosco. Durante 40 anos fez
parte o Capítulo Superior.
20 Luigi Dionisio Pasquale nasceu em Coresetto, província de Alessandria, Itália, em 9
de abril de 1873. Faleceu aos 84 anos no dia 28 de maio de 1957. Estudou no Colégio de Na-

1.7 Page 7

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 325
Bahia, 22 de giugno de 1901
Rev.mo Padre D. Rua,
Confermo la mia lettera dello scorso maggio e le anteriori, attendo risposta
all’ultima specialmente.
Il suo biglietto 14 marzo mi giunse con molto ritardo, invierò la procura ad negotia.
Invio un biglietto dell’Ecc.ma nostro Prelado [sic] pregandola a vedere di soddi-
sfarlo nella domanda che fa di aprire la colonia Agricola, di che secondo gli dice nel
detto io parlo in seguito.
Se Lei ricevesse la mia lettera del 1° passato febbraio io già le avevo scritto in
proposito, come avevo pure scritto al Rvmo Sig. D. Barberis, il quale mi rispose che si
sarebbe in seguito potuto vedere la casa. Giorni sono quindi dietro le replicate istanze
del Presidente-Governatore21 dello Stato di Sergipe e di S. E.mi [sic] l’Arcivescovo 22
mi recai sul luogo per trattare e scrivere a Lei.
L’Arcivescovo desidererebbe per la fine dell’anno inaugurare la detta Colonia
nell’occasione della sua visita pastorale in quei luoghi. Il Presidente-Governatore di
Sergipe è prete scade dal potere nel 1902 e desidera prima di lasciare il potere, aprire
la colonia dandoci quanto è necessario. Il terreno che ci verrebbe dato è un’antica co-
lonia, abbandonata. Egli stesso mi accompagnò sul luogo per farmi visitare il tutto mi-
nutamente. La colonia sarebbe formata da un terreno largo circa 7 km e lungo 2 km.
cioè un’area di terreno di 1400 ettari circa. Ha oltre 100 case piccole per coloni, 2
grandi depositi pei raccolti; 13 case piccole per i salesiani e raggazzi [sic], che comin-
cierebbero la colonia. È irrigata oltre che da parecchi fiumicelli, da un fiume naviga-
bile fino a poca distanza, che da ottima acqua per bere ed abbondante acqua per l’irri-
gazione mettendo al sicuro dalla siccità in questi paesi tanto da temere.
Ha grandi terreni per piantagione più un grande terreno per allevare liberi fino a
500 capi bovini senza contare pecore, capre, maiali etc., è il miglior posto che abbia-
mo nel Sergipe per l’allevamento del bestiame e si può dire l’unica parte presente-
mente usufruita nella colonia. Dallo stesso terreno si può trarre la calce e la terra per fa-
re i mattoni e le tegole sul luogo, come pure il legname da costruzione. Le case che ser-
vono provvisoriamente pel personale sono piccole e non proprie quindi manca un buon
edificio grande, che quantunque non necessario pel primo anno il Presidente-Gover-
natore provvede il denaro per farlo prima di lasciare il potere egli, in questi paesi non
potendo farci troppo assegnamento sui successori.
Le basi stabilite per fare il contratto per assicurare la proprietà ai salesiani sono.
– La Congregazione (in nome dei membri che Lei indicherà) comprerà dal governo
la detta colonia per una somma da stabilirsi corrispondente al suo valore. Il denaro
necessario si riceverà dal Governatore da una mano e si pagherà al tesoro dall’altra,
facendo un atto di compra regolare, che nessun governatore possa più annullare come
varre, onde conheceu Dom Bosco, quando este passou pela França. No final de 1899, chegava
à Bahia e em 2 de março de 1903, passava para a Tebaida, onde foi o primeiro diretor daquela
fundação. Quando se referia aos tempos em que trabalhou na Escola São José da Tebaida
sempre dizia: “aqueles sim, é que foram tempos heróicos”. Trabalhou em S. Joaquim, Jabo-
atão, São Gabriel, Barcelos, Manaus. Em 1929, foi eleito delegado inspetorial ao Capítulo
Geral. Sua maior tristeza nos útimos meses de vida era não poder celebrar, pois ficara comple-
tamente cego.
21 Monsenhor Olímpio de Souza Campos.
22 Dom Jerônimo Tomé da Silva, Arcebispo da Bahia, Primaz do Brasil.

1.8 Page 8

▲back to top
326 Antenor de Andrade Silva
illegale, cosa che potrebbe succedere qualora la colonia si ricevesse dal governo come
donazione. Naturalmente la colonia ci verrà venduta libera da ogni onus di arrendata-
rii o servitù conforme intendemmo col Governatore, solo restando il passaggio
pubblico per non esservi altra strada Reale.23 – Oltre il terreno e il nuovo edificio; darà
un buon numero di capi di bestiame; più ci provvede il materiale necessario, ed anzi
mando all’uopo al Sig. Garbellone incarico, collo stesso corriere, d’informarsi dei
prezzi di ciò che sarà necessario per poi inviare il denaro per fare le compere e man-
dare il tutto col personale in ottobre. Inoltre obbliga per legge il governo a soccorrere
la colonia con 15 contos annuali di sussidio, che se fosse in città potrebbero assicura-
re la manutenzione certa per una casa di 60 persone, e là dove molte cose si avranno
gratis o molto più a prezzo ben amministrati possono garantire la manutenzione
di maggior numero di raggazzi ancora.
Inoltre promette altri sussidii straordinarii di lotterie etc. Queste sarebbero le con-
dizioni; ora io dissi che molto probabilmente in novembre si sarebbe aperta la detta co-
lonia e mi pare si potrà. La distanza da Bahia per mare è di quasi un giorno (poche ore
meno di viaggio); si può anche andare per terra a cavallo. Pel primo anno direi che for-
se si potrà mandare un solo prete, con due o tre agricoltori e probabilmente un chieri-
co, ed il Presidente si sottomette ad accettare questo poco personale purché si apra in
quest’anno. Direi pure che questo prete solo potrebbe accettare 10 o 12 raggazzi al
massimo per dar principio ed egli accetta pel primo anno, pur di cominciare. Addesso
se di altrove non si può aggiustare personale potremmo aggiustare qui le cose special-
mente se Lei concede gli ordini ai ch. Andrea Sierkiewicz, Gaetano Oriti 24 e Pietro
Ghislandi dei quali parlerò in seguito. E realmente sarà utile fare qualche sacrificio
per soddisfare l’Ece.mo Snr. Arcivescovo a cui sta molto a cuore l’apertura di questa
colonia ed il Presidente del vicino stato di Sergipe. Senza contare che è intenzione sua
che si apra poi un Collegio nella città vicina alla colonia per scuole di raggazzi, ed uno
per le raggazze dando pure casa e terreno necessario in località veramente salubri, in
tutto lo stato di Sergipe solo essendovi collegi per raggazzi e raggazze diretti da prote-
stanti con quanto danno della popolazione lascio a Lei immaginare. Ieri questo dissi
che solo se ne potrebbe trattare più tardi non avendo all’uopo personale, anzi più vor-
rebbe pure nel venturo anno almeno chiamare le suore 25 anche per l’ospedale ora in
mano a laici. Lasciando questo a più tardi ecco come si potrebbero aggiustare le cose.
Il Sig. D. Luigi Pasquale potrebbe essere incaricato della nuova colonia, egli già stet-
te molti anni alla Navarra26 e potrebbe intendersene; qui come catechista e consigliere
ci sono i ch. Pietro Ghislandi e Andrea Sierkiewicz che possono ricevere gli ordini e
coi raggazzi ottengono quanto e meglio di lui e possono facilmente sostituirlo.
Fra i parecchi che desiderano essere salesiani vi sono due o tre che già possono
aiutare abbastanza ed uno potrebbe messa la veste fors’anche accompagnare il Padre
Pasquale. Ci abbiamo 6 con vocazione che finiscono il 2° anno di latino; più parecchi
che spero potranno essere ascritti coadiutori prima della fine dell’anno o dalla Navar-
ra ci sono i Sigg. Chabas Joseph, Costa Bernardino e Bart. Bosco, che desiderano pu-
re vivamente venire qui e stesso qui c’è un brasileiro che può (almeno uno) come tale
23 Aracaju era a capital da antiga Província del Rey. Daí, Pe. L. Della Valle referir-se
a estrada real.
24 Ambos, Sierkiewicz e Oriti se ordenaram, deixando posteriormente o ministério sacerdotal.
25 Sergipe é um dos poucos Estados, onde as Filhas de Maria Auxiliadora não se
estabeleceram.
26 Escola Agrícola Salesiana na França.

1.9 Page 9

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 327
andare col Padre Pasquale, ci potrebbe pure aggiungere Valli 27 confratello cuoco e di-
spensiere se crederanno. Come il S. Cuore, Maria Ausiliatrice e D. Bosco aiutarono il
povero scrivente qui, che era più abbandonato, ossia lontano dalle altre case ed era si
può dire tutto da cominciare aiuteranno egualmente il P. Pasquale. Senza contare che
se Lei credesse coi Superiori opportuno, essendo abbastanza vicino e facile il viaggio,
io potrei di tempo in tempo anche ogni mese e se necessario più spesso dar là un pas-
saggio e dare una mano al Sig. D. Pasquale specialmente nel primo anno, e di tempo
in tempo potrebbe pur farlo forse il Sig. D. Giordano quantunque rimanga un poco
lontano. Anzi per l’inaugurazione e prima ancora andando là potrei accompagnarli io
od il Sig. D. Giordano. Certo il Sig. D. Pasquale accetterebbe facilmente e ben volen-
tieri l’aiuto del padre Giordano ed anche il mio debole aiuto specialmente per quanto
riguardasse le relazioni col governo ed in generale le relazioni esterne, come se fosse
necessario anche per l’andamento interno conoscendone abbastanza la sua buona vo-
lontà ed umiltà sempre pronto ad ascoltare l’altrui parere. Sarà bene se nella sua bontà
potrà rispondermi o farmi rispondere quanto prima perché il parlamento dello stato si
chiude in Agosto e dovrebbe decidersi l’affare prima della sua chiusura ed io promisi
al Presidente di Sergipe mandare la sua risposta definitiva in Agosto.
Qui le cose coll’aiuto del S. Cuore, Maria e D. Bosco vanno sempre avanti mol-
to bene, sia pel lato materiale che spirituale. I Confratelli vanno ottimamente i ragazzi
corrispondono e non mancheranno vocazioni.
Fra breve avremo gli Esercizii spirituali, che verrà a dettare il Sig. D. Giordano,
almeno secondo mi promise dietro invito fattole per lettera; allora scriverò riguardo
alle vocazioni per addesso desidererei sapere se:
1° Possono accettarsi figli naturali?
2° Possono accettarsi figli naturali, ma legittimati cioè riconosciuti?
3° Possono accettarsi figli legittimi per attestazione di persona fide-digna, ma di
parenti sconosciuti?
4° Possono accettarsi indifferentemente come preti, chierici o solo come coadiutori?
5° Non potendosi accettare né come preti né come laici, come si deve fare con essi,
quando hanno vocazione e promettono bene? Li potrebbero tenere in Comunità,
ma senza professione? oppure con voti particolari?
6° Ed i mulatti si possono accettare?
Credo bene osservare, che qui il popolo e clero non fanno osservazione sulla le-
gittimità e sul colore scuro (eccetto pel nero); anzi vi sono preti ed uno fra i più zelan-
ti vescovi del Brasile che sa pubblicamente essere figlio naturale. Inoltre è pur bene os-
servare che sono innumerevoli i figli naturali o le persone mulatte in questo paese, e
senza dubbio più numerose che i legittimi o bianchi.
Di questo scrivi pure al Rvmo Sig. Don Piscetta,28 ma io desidererei sapere da
Lei per sapermi regolare in molti casi che qui capitano.
Riguardo agli ordinandi: il ch. Andrea Lierkiewicz l’11 corrente la tonsura ed i
minori, ha finito la teologia, molto ubbidiente, di buona volontà etc. per Settembre S. E.cia
27 Em 1899 foi o primeiro irmão Coadjutor a chegar à Bahia, acompanhando o Pe.
L. Della Valle. Com a fundação da Escola S. José da Tebaida foi transferido para Sergipe.
Pe. Carlos Leôncio em sua obra Sete Lustros da Inspetoria Salesiana do Nordeste do Brasil
(1895-1930), Lorena, S. Paulo, 1967, pp, 132-133, fala sobre a personalidade deste salesiano.
28 Luiz Piscetta, Novara (Itália), 12 de fevereiro de 1858, Turim, 8 de outubro de 1925.
Escreveu diversas obras entre elas três volumes de Theologiae Moralis Elementa (Vide: Dizio-
nario biografico dei salesiani, Torino, Ufficio Stampa Salesiano, 1969).

1.10 Page 10

▲back to top
328 Antenor de Andrade Silva
l’Arcivescovo l’ordinerebbe; se come spero manderanno le dimissorie pel Suddiaco-
nato, e quindi per la fine dell’anno sarebbe prete.
Pel Ch. Oriti scrivi lungamente al Sig. D. Barberis 29 e D. Lazzero,30 mi sembra
proprio il caso di ammetterlo pure al Suddiaconato pel Settembre e quindi col
Sarkiewicz (sic) al Presbiterato per la fine dell’anno.
Pel Ch. Ghislandi domanderei pure i minori, ha già la tonsura, e coi minori il
Suddiaconato pel Settembre, è il più istruito dei tre quantunque non abbia ancora dati
tutti gli esami che certo terminerà prima della fine di ottobre, ed è anche forse il più
virtuoso, certo mi sembra dopo il ch.co Zaichowski, il migliore dei Confratelli di qui,
quantunque tutti siano molto buoni. Anche lui potrebbe ricevere la Messa in dicembre
se essi crederanno.
Al riguardo scrivi più distesamente all’ottimo Sig. D. Barberis.
Perdoni la prolissità della presente e voglia accettare e più sinceri auguri per
le feste di S. Giovanni.
Benedica questa casa ed in particolare il di Lei
dev. ubbid. figlio in Corde Jesu
D. Luigi Della Valle
3
A don Celestino Durando
ASC F 545 Bahia
Aut. italiano; 2ff. 1vb 2vb; carta bianca rigata; 221 x 133 mm;
a sinistra le sigle: V. G. G. M. [Viva Gesù Giuseppe e Maria].
Inedito.
inchiostro nero;
in alto
Comunicará ao bispo a aceitação da Colônia – necessidade de ser logo aberta – o encarregado
será o Pe. Luíz Paquale.
Bahia, 17 Agosto 1901
Rvmo Sac. D. Durando,
Alla sua 29 scorso luglio. Domani comunicherò al ns. (nostro) venerato Prelato
l’accettazione pel novembre di quest’anno della Colonia Agricola in Sergipe e consi-
derata l’utilità d’aprire la detta colonia e la necessità di farlo in quest’anno; si farà
mandando il prete D. Pasquale, che qui potrà essere sostituito dai ch. che devono ordi-
narsi quest’anno, secondo il Rvmo Sac. D. Rua mi scrive che furono ammessi agli Or-
dini. Col D. Pasquale andrà pure uno o due Confratelli di qui, lasciando per l’anno
venturo l’invio di maggior personale, che secondo la sua lettera promette inviare in no-
vembre del 1902.
29 Júlio Barberis, Mathi Torinese 7 de junho de 1847, Oratório de Turim 24 de
novembro de 1927. Aos 13 anos a mãe o apresentou a Dom Bosco que lhe disse: “Seremos
sempre amigos e tornar-te-ás meu ajudante”. Foi diretor espiritual geral da Congregação (Vide
Dizionario biografico..., p. 29)
30 José Lazzero, Pino Torinese 10 de maio de 1837, Mathi 7 de março de 1910. Conse-
lheiro Geral (Vide Dizionario biografico..., p. 165).

2 Pages 11-20

▲back to top

2.1 Page 11

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 329
Qui grazie al S. Cuore e Maria Ausiliatrice andiamo avanti bene.
Benedica questo suo figlio, che raccomandasi unitamente a questa casa alle sue
orazioni ai piedi dell’Ausiliatrice
Dev.o ubb.o in Corde Jesu
D. Luigi Della Valle
4
A don Filippo Rinaldi
ASC F 385 [Thebaida]
Aut. italiano; 2ff. carta bianca rigata; 273 x 221 mm; 1vb e 2vb;
alla sinistra le sigle V. G. M. G.; data sottolineata con matita rossa;
bro della “Escola Agricola Salesiana Tebaida, Sergipe”.
Inedito.
inchiostro blu; in alto
a sinistra in alto il tim-
Primeira carta do Pe. José Blangetti – faz uma relação bastante negra dos problemas da casa –
ali só existem duas coisas boas, ar e água – casa de taipa – terreno ruim - sem comunicação –
falta de auxílios – melhor fechá-la – benfeitores cansados – chegada dos Maristas – enormes
débitos – oratorio de Aracaju – que fazer?
Nesta mesma pasta F 385 hà uma cópia deste carta, autografada pelo mesmo Pe. José Blangetti.
[Tebaida], 26-2-1910
Rev.mo Sigr. D. Rinaldi,
È la prima volta che Le scrivo da questa casa onde arrivai il di 3 di Feb.io,
mi duole però il non potere dar le buone notizie. La relazione, che Le fac[c]io delle
tristi condizioni della casa, la potrei giurare confermare con giuramento. Lei, signor
D. Rinaldi, abbia la bontà di leggere questa mia.
Mandato come direttore io sapevo che avrei incontrate difficoltà, ma non preve-
devo fossero tante.
Qui vivono due sole cose buone, aria ed acqua tutto il resto è cattivo.
1° La casa è di taipa (pali con fango) e di poca durazione, anzi una parte sta per
cadere.
2° Il terreno è cattivo, lo dicono tutti, agricoltori e non agricoltori, si spende mol-
to di più di quello che si raccoglie.
3° Il luogo è lontano da tutto (circa 18 Kil. dalla capitale) e con strade così cat-
tive che sono necessarii 3 paia di buoi per condurre un carro che da noi costì una vac-
ca magra condurrebbe.
4° La strada di ferro,31 che era la speranza di questa scuola agricola, passa lon-
tano 3 Kil. il punto più vicino, e dista 6 Kil. la stazione.
5° Il Governo che dapprima dava la sovvenzione di 20:000000 (vinte contos
de reís fracos a lire italiane 28.571 al cambio attuale) annuali, dopo 15:000000 e
l’anno scorso di 1909 ridusse a 10:000000, in Sett.bre dello stesso anno soppresse
intieramente detta sovvenzione.
31 A estrada de ferro, inaugurada em 1913, une Salvador a Proprià, os salesianos da
Bahia e Sergipe usavam-na freqüentemente, bem como os alunos do Colégio de Aracaju nos
passeios à Tebaida.

2.2 Page 12

▲back to top
330 Antenor de Andrade Silva
6° Il Governatore 32 dello Stato, che ci visitò il dì 19 del corrente mese, mi disse
che è meglio chiudere la scuola agricola e cambiarla di luogo.
7° I benefattori si mostrano stanchi e ci consigliano pure di andare altrove,
[es]sendo impossibile continuare colla scuola agricola in terreno così cattivo.
8° Il Rev.mo Guardiano dei Francescani 33 ieri stesso mi diceva: “non posso ca-
pire come si possa e si voglia continuare in tal modo”.
9° Vennero 4 giovani studenti, ma i parenti al vedere il posto e la casa, se ne pen-
tirono, però li lasciarono per inquanto.
10° Brevemente arriveranno i Revdi Maristi per fondare un Collegio di studenti,
e noi rimar[r]emmo senza studenti.
11° I debiti, senza contare quanto se [sic] deve alle case nostre, perché non riu-
scii ancora ad avere il conto corrente di tutte le case, sommano oltre 3:000000 (cir[c]a
4.285 lire).
12° Ebbi ordine di fare propaganda e si fece senza risultato, il signor D. Silari
andò per l’interiore, ritornò dopo 8 giorni ammalato e con sole lire 25.
13° Presentemente abbiamo 23 giovani poveri ed appena 3 ricchi; e pel calcolo
fatto dobbiamo avere un deficit di 19 lire al giorno, [es]sendo qui tutto molto caro.
14° Intenzioni di Messe non se ne trovano ge[ne]ralmente di modo che l’unica
entrata è la pensione dei cinque studenti più qualche elemosina.
15° Dipende dalla scuola agricola l’Oratorio festivo e Maria Ausce in Aracajú,
è dove si fa un poco di bene, l’Oratorio è anche di peso a questa casa.
In tali condizioni, che cosa si deve fare? Proposi che si chiudesse la casa, e riebbi
[sic] risposta negativa. Termino, pregandoLa a rispondermi indicando che devo fare.
Benedica il suo aff.mo in G. e M.
Conf.llo e figlio aff.mo
D. Blangetti Giuseppe
5
A don Filippo Rinaldi
ASC F 385 Arcaju-Thebaida
Aut. italiano; 1f. carta bianca; 295 x 221 mm; inchiostro nero; un anonimo scrisse in
alto a sinistra: “D. Gusmano faccia conoscere per norma”; nel v. don Gusmano (?) fa anche
una’osservazione: “Parlato con d. Giordano l’8 ottobre 1910 che attenua molto”.
Inédito.
Espera resposta da carta de 26 de fevereiro de1910 – agora as coisas estão melhores – débitos
– alunos da escola – pede que alguém verifique a situação da casa – precisa ir à Itália.
Aracajú-Thebaida 31 - 5- 1910
Revmo sign. D. Rinaldi,
Sono passati tre lunghi mesi dal giorno in cui Le scrissi, e non ebbi ancora ri-
sposta, motivo per cui Le mando nuova copia.
32 José Rodriguez Costa Dória, governador de 1908 a 1911.
33 Esses religiosos, ainda hoje em São Cristóvão, deram grande ajuda aos salesianos
tebaidenses.

2.3 Page 13

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 331
In questi tre mesi qualche cosa migliorò, altre peggiorarono.
4. La strada di ferro mi dicono che passa distante 11/2 km e vi è promessa di
fare una fermata.
5. Finalmente il governo promise di nuovo 6:000 000 annuali.
11. I debiti sono più di 10:000 000 (dieci contos circa 14.000 lire) e penso che
vendendo tutto non si unisce tal somma, e noti bene nel rendiconto apresentato [sic] in
Gennaio dal Revmo D. Pasquale Luigi, solo accusava 3:000 000 e poco non ricordo la
cifra giusta.
13. Adesso abbiamo 23 giovani poveri e 9 studenti pensionisti.
Amatissimo Padre, La prego caldamente di scriver-mi, o meglio ancora di nomi-
nare persona serio [sic] per esaminare tutto seriamente, e non credere alle belle paro-
le di chi no vuole che si conoscano le miserie di questa casa.
Avrei necessità per motivo di salute ed anche per meglio parlare con Lei sulle cri-
tiche condizioni nostre di venire in Italia, già ne feci la domanda, ma il signor Ispetto-
re mi rispose negativamente ed in modo assoluto.
Preghi, amato Padre, per chi ha l’onore de [sic] essere
di V. B. in G. e M.
Figlio af.mo
Sac. Blangetti Giuseppe
6
A don Paolo Albera
ASC F 730 Aracaju
Aut. italiano; 2ff. carta bianca senza righe; 270 x 205 mm; inchiostro nero;
pleta; senza nome dell’autore; in alto a sinistra le sigle: V. G. M. G.
Inedito.
2fv incom-
Morte de Rosário Piccolo – mudança da Tebaida para Aracaju – excelente aceitação dos sale-
sianos – boa vontade do bispo e do governo – associação de Maria Auxiliadora – bondade dos
jovens aracajuenses.
Documento escrito pelo Pe. José Solari (1861-1935). A caligrafia é sua. Ele era então Vice-dire-
tor e Conselheiro da Tebaida. Fazia também as vezes do diretor Pe. L. Giordano, que também era
Inspetor.
Aracajú 10 di Maggio 1912
Rev.mo ed Amatissimo Sr D. Albera,
mi permetta che per mezzo di questa mia rubi un poco del prezioso tempo di
V. R.ma, ma mi pare che abbia necessità di farlo.
In primo luogo sento l’obbligo di rinnovarle i miei sentimenti di stima, affetto ed
obbedienza illimitata di modo che possa francamente V. R.ma disporre di me come gli
pare e piace in Domino. Poi passo a darle la triste notizia che il nostro buon confratello
Piccolo Salvatore 34 due mesi dopo il suo arrivo in questa casa moriva santamente il
34 Faleceu com 27 anos de idade, no dia 02/01/1912. Teria pego a doença na Tebaida.

2.4 Page 14

▲back to top
332 Antenor de Andrade Silva
giorno 12 di Aprile di febbre remittente bigliosa con carattere tipico secondo l’attesta-
to medico, ma in verità di febbre gialla. Il medico occultò per non causare disturbi al
collegio; così mi disse particolarmente. Che riposi in pace la sua bell’anima.
Passo adesso a darle una notizia succinta di questo Collegio. Dopo che d’alcuni
anni funzionava nella Thebaida fu dal Rev.mo D. Giordano trasportato l’anno scorso in
Aracajú capitale dello Stato. Abbiamo incontrato subito eccellente accettazione. Ma
non avendo casa propria dovremmo affittarne una in luogo bastante centrale ed al me-
desimo tempo in riva al mare.35 Però la casa, sebbene in ottima posizione era troppo
piccola per accettare tutti i giovanetti che sollecitavano entrata; per questo motivo ab-
biamo dovuto cercare altra più spaziosa.
L’anno scorso avevamo 17 interni e 50 esterni e quest’anno abbiamo 38 interni e
86 esterni. Non ne abbiamo dippiù perché la casa non ne comporta ed anche perché il
superiore D. Giordano mi disse di non accettare più per non aumentare il lavoro per lo
scarso personale. Jeri stesso negai di accettarne due di un nosso [sic] buon benefatto-
re. In questo Stato l’unico collegio è il nostro. Esiste un altro diretto da un tale che puz-
za molto di protestante ed in cui la moralità non è molto ben vista. Adesso però si par-
la che si vede obbligato a chiuderlo. Qui noi siamo ben visti non solo dal popolo ma
anche dalle autorità. Il nostro vescovo 36 è ammiratore entusiasta dei salesiani. Si offri
[sic], e venne già varie volte in collegio a confessare i nostri giovanetti. È un santo uo-
mo fatto alla buona e pieno di zelo e salute. In pochi mesi dacché venne in diocesi è in-
calcolabile il bene che ottenne. Che il buon Dio lo conservi per molti anni. Egli consi-
dera il nostro collegio come collegio diocesano. Il presidente 37 dello Stato ci stima
molto. I suoi figli stanno con noi. L’anno scorso per la destribuzione [sic] dei premi
agli alunni nostri, non avendo un salone atto per una piccola accademietta, domandai
a lui un salone ed egli mi diede niente meno che il salone nobile onde si raduna l’as-
semblea legislativa dopo d’averlo fatto adornare con bandiere e fiori. Egli non poté as-
sistere per infermità ma mandò il suo secretario per rappresentarlo e ci diede a nostra
disposizione la banda di musica del battaglione. Il vescovo presiedette ed i nostri gio-
vanetti ebbero un resultato [sic] ammirabile. Tutti i giornali ne fecero i maggiori elogi
e concordemente scrissero che festa cosi [sic] bella non s’era mai fatto in Aracajú. Tut-
to questo contribui [sic] molto ad innalzare il nome Salesiano in questo stato.
Credo che V. R.ma avrà ricevuto la conferenza salesiana fatta dal nostro Vescovo
nella nostra cap[p]ella il giorno di S. Francesco di Sales. Gliela mandai per intiero per
essere pubblicata nel Bollettino, se lo giudica conveniente.
Nella sera del giorno di Pasqua il nostro buon Vescovo venne nella nostra
cap[p]ella ad innaugurare l’arciconfraternità di Maria SS. Ausiliatrice che già conta
con 180 soci. Il Vescovo già aveva emanato il decreto di erezione, volendo che il
primo nome dell’elenco fosse il suo. Perciò a questa mia lettera va unito una copia del
decreto e le lettere commendatizie del Vescovo per essere aggregata a quella di Torino.
In quanto ai nome dei soci che sono tutti registrati in un’apposito libro, V. R.ma mi dirà
se è necessario inviarli a Torino.
Così pure va la domanda per ereggere in questo collegio la compagnia di S. Lui-
35 O Colégio não ficava propriamente no mar e sim na margem direita do rio Cotin-
guiba. Sua foz no Atlântico encontra-se a cerca de cinco km. mais adiante.
36 Tratava-se de Dom José Thomaz Gomes da Silva, nascido no Rio Grande do Norte
em 1873, primeiro bispo da diocese de Aracaju, criada em 1910.
37 Possivelmente Antônio José de Siqueira Menezes (1911), substituído por Pedro Freire
de Carvalho (1911-1914).

2.5 Page 15

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 333
gi Gonzaga. Questi giovanetti meritano questa grazia perché in generale sono così buo-
ni che in nessuna altra parte ho incontratigli alunni così buoni come qui. Ne abbiamo uno
che può stare bene al lato del nostro caro Domenico Savio. È la nostra benedizione.
Siamo nel mese di Maria. La nostra cap[p]ella è frequentatissima tutte le notti.
Alle 7 pom.38 si canta l’Ave Maria, poi segue una predichetta; in seguito se estrae il fio-
retto, si can(ta, ) [...].
7
A don Calogero Gusmano
ASC F 385 Aracaju
Aut. italiano; 2ff. carta bianca rigata; 265 x 202 mm, 1v e 2v bianco; inchiostro nero; inte-
stata Aracaju Sergipe; in alto a sinistra timbro del Collegio Salesiano N. S. Auxiliadora Aracaju.
Inedito.
Recebeu resposta da carta anterior – presença do Pe. L. Giordano na Thebaida – Pe. Solari efe-
tivamente é o diretor – febres palustres – aquele lugar é um matadouro – sobrecarga de trabalho
– diretor absorvido com suas pinturas.
M. Rev. Sig. D. Gusmano
Aracajú-Sergipe, 14 de Luglio de 1912
La gratissima sua del 13 sc. Giugno, in risposta ad una mia diretta al sig. D. Al-
bera mi giunse per intermezzo del sig. D. Solari, che credo si sia accorto di non poter-
la leggere quando già l’aveva letta. Ciò tuttavia speriamo che non abbia ad apportare
discordia, che finora, grazie a Dio e malgrado tutto, non abbiamo mai avuto. Ella mi
dice di mandare frequenti notizie al sig. D. Albera, ed io già l’avrei fatto ma dopo un
lungo procrastinare per mancanza di tempo e tranquillità seppi che fra qualche mese
deve venire il sig. D. Rota e desistii [sic].
Il sig. D. Giordano sta qui in Sergipe, ma nella Thebaida e solo apparisce qui una
o due volte al mese, eppoi anche Egli ebbe varii dissensi con D. Solari. Questi è effet-
tivamente il Direttore della casa; tutti lo tengono e trattano come tale inclusive lo stes-
so sig. D. Giordano. I confratelli sanno che a Torino non fu ancora riconosciuto, ma fi-
no ultimamente D. Solari aspettava il suo riconoscimento ed il Catalogo per certificar-
si. Le febbri non ci ab[b]andonarono ancora e tuttora v’è un alunno in casa propria
in trattamento. Dopo il sig. Piccolo, la cui morte si volle attribuire ad un’indigestione,
invece fu un infezione d’una latrina provvisoria, contro cui due volte reclamò la Ispet-
toria d’Igiene, fu incolto gravemente un giovane che si salvò per la sua tempera robu-
stissima e in ultimo D. Ghislandi, di cui già si era perduta ogni speranza ed è tuttora
in convalescenza, fuori di casa.
D. Ghislandi si disse che prese la malattia in viaggio di qui alla Thebaida, ma il
medico che fu chiamato a consulta, della Thebaida disse “aquelle logar é um mata-
douro”. Ed è uno che non ha alcuna relazione coi Salesiani ma lui parlava del posto in
generale, e ciò è quello che noi sappiamo o dovremmo sapere per esperienza. D. Ghi-
slandi passò la crisi della malattia in casa del Vescovo ed il Vicario Generale con mol-
38 7 pomeriggio corresponde às 19h00.

2.6 Page 16

▲back to top
334 Antenor de Andrade Silva
ta confidenza gli manifestò quello che in città si sa e si dice del collegio e particolar-
mente del Direttore; D. Ghislandi poi le fece osservare prudentemente al Direttore.
Ma se bastasse!
Voltando a noi, un terzo, un maestro, dovette cambiare per incompatibilità col
Dir. e quel che lo supplì non può far scuola. Per non prendere un esterno ancora, che
sarebbe il sesto ci siamo sopracaricati tutti gli altri quattro, che siamo, di lavoro; ma
il Dir. che pure non s’occupa né di amministrazione, né di disciplina se non in quanto
teme che ne sia minorata la sua autorità, di cui è veramente geloso, non fa neppure
un minuto di scuola o di assistenza. Da Aprile in qua vive assorto nelle sue pitture:
dipinse un solio pontificio per la capella, un grande stendardo di M. A. ed ora sta pre-
parando 48 stendardi simbolici delle Litanie per la festa di Maria Aus. in Agosto.
Ma non intendeva dilungarmi.
Preghi per noi il Signore che ci aiuti a passare meno male questi ultimi mesi
dell’anno e mi creda sempre
Suo Dev.mo ed Ob.mo in G. J.
Sac. Lorenzo Gatti
8
A don Paolo Albera [?]
ASC 385 Aracaju-Sergipe
Aut. italiano; 1f. carta bianca rigata; 272 x 223 mm; inchiostro nero; senza data [inizio del 1913]
Nomeado diretor de Aracaju – preocupado – obedeceu cegamente confiando na lealdade do su-
perior – condições edilícias, higiênicas, econômicas e morais da casa – isolamento das demais
obras salesianas – falta de confiança no delegado inspetorial – espera algum conforto – terrível
experiência quanto à saúde.
[Senza data]
Amatissimo Padre,
Le scrivo dalla città di Aracajú, dove arrivai il 26 Gennaio ultimo, mandato im-
provvisamente, di sorpresa ad assumere la direzione della casa Salesiana “Maria Ausi-
liatrice”. [sic] Ricordando che l’anno scorso Lei degnandosi di rispondere ad una mia
lettera mi invitava a ricorrere di nuovo se la mia coscienza ne sentisse il bisogno, spin-
to appunto da terribili ap[p]rensioni, le aprirò il mio cuore, sperando compatimento ed
aiuto efficace. L’ordine mi venne per lettera dal Sig.or Ispettore don Rota e se non era
quella una lettera di ubbidienza, veniva però in termini abbastanza chiari per non po-
ter esimermi dall’ubbidienza.
Il Sig.or Don Giordano fu incaricato di informarmi di tutto, poiché nulla affatto
sapeva io di questa casa: non mi fu lecito fare difficoltà, almeno conoscere lo stato rea-
le della casa: ciecamente ubbidii, fidato nella lealtà del Superiore. Trovai “i varii edi-
fizii affittati mancanti delle comodità indispensabili, sia pel suo ulteriore sviluppo, co-
me per l’igiene e la stessa moralità di una casa di educazione”. Queste parole le ho
estratta dalla “Memoria della visita ispettoriale” dell’anno scorso fatta dal Sig.or Don
Rota. Il calore soffocante per la sua infelicissima posizione e la ristrettezza come an-
che l’infezione che esala dai gallinai etc. che la circondano da tutte parti spiegano, cre-

2.7 Page 17

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 335
do, le febbri dell’anno scorso e la morte del confratello Piccolo Salvatore colpito
di febbre gialla, appena arrivato da due mesi. Epperciò i cinque confratelli di qui si
trovano quasi inetti al lavoro.
Cercare un’altra casa? L’affitto arretrato, sproporzionato alle entrate (mi dicono
le persone prudenti nostre amiche), l’impossibilità di aver elemosine, perché il colle-
gio è puro pensionato e esternato, i debiti urgenti coi fornitori ci inchiodano qua, sen-
za poterci muovere. Al che aggiungerò che, essendosi quest’anno aperto un nuovo col-
legio in Aracajú, ci tolse gran parte degli alunni. Isolati dalle altre case, non si riceve
la posta che con estrema difficoltà, anzi ci vediamo interamente abbandonati, perché i
rari vaporini che arrivano non ci portano notizia alcuna dai superiori. Mi permetta
poi di dirle che mi manca assolutamente la fiducia nel Delegato Ispettoriale, Sig.or
Don Giordano, per il che già l’anno scorso Le domandai di partire per la Cina: oltre
esigere da questa povera casa aiuti per la Colonia Thebaida, le adossò metà dei debiti
della medesima. Ora questa nostra casa già da se stessa e nell’ipotesi di massimo nu-
mero di convittori, non può vincere il deficit e pagare i debiti.
Nell’estrema desolazione in cui ci troviamo, alziamo verso di Lei, amatissimo
Padre, gli occhi pieni di lagrime sperando qualche conforto. L’esperienza passata dai
Salesiani qui è terribile di lezioni, specialmente nella salute. Voglia compatire e non
negare la benedizione a
questo suo povero figlio in J. Ch.
Sac. Lazzari Annibale
9
A don Paolo Albera
ASC F 385 Thebaida
Aut. italiano; 2ff. senza righe; 225 x 180 mm; inchiostro nero; in alto un archivista ano-
nimo ha scritto la data: 10-06-1913, Thebaida S. 389/81 Batataes.
Retorno da Europa – um ano em Campinas – casa de Batatais fechada – transferência
para a Thebaida – a casa vai bem o que falta é dinheiro – alunos – ferrovia – tristeza pelo
fechamento de Batatais.
Thebaida 10/6/1913
Rev.mo Signor D. Albera e Amatissimo Padre,
Figliali e rispettosi ossequii.
Dopo più d’un anno rompo di nuovo il silenzio e conforme la raccomandazione,
che mi suggerì, all’orecchio, nel Presbiterio di Maria Ausiliatrice nell’Ottobre dell’an-
no scorso 1911, per mezzo di questa mi trattengo un poco col Lei.
Ritornato dall’Europa passai ancora un anno nella Casa di Campinas, dove mal-
grado la nostalgia delle ex nostra casa della vicina Batataes, chiusa l’anno prima per un
“qui pro quo” madornale dell’Ispettore etc., di cui le parlai a voce, mi trovava assai be-
ne. Nel principio di quest’anno D. Rota ebbe pel bene di traslocarmi dal Sud al Nord e
qua mi trovo nella Scuola S. Giuseppe della Thebaida in compagnia di D. Giordano
mio antico Direttore della casa di S. Paulo.
Sul principio, epocha [sic] di calore eccessiva, passai alquanto peggio de’ miei

2.8 Page 18

▲back to top
336 Antenor de Andrade Silva
incommodi; adesso però, grazie a Dio, essendo cominciato l’inverno colle piogge pas-
so molto meglio. La casa presentemente va abbastanza bene, c’è salute tranquilla e
spirito. Ciò che manca è il danaro, motivo per cui deve limitarsi molto nell’accettare
interni perché, come poveri, non avrebbe mezzi di mantenerli, e, per pensionisti, ab-
biamo necessità di migliorare la situazione, sia aumentando il personale, sia aspettan-
do che funzioni la ferrovia che già fu inaugurata, ma che per motivi particolari non co-
minciò ancora il libero transito.
Penso però che la Casa, in un futuro non molto remoto, potrà fare avere alla Con-
gregazione, non solo in questa zona, ma in tutto il Brasile.
Speriamo in Dio e nella buone [sic] volontà de’ Superiori che vorranno venire a tem-
po opportuno, in nostro aiuto mandandoci qualche confratello di più di buona volontà.
Amatissimo Padre, mi compatisca se anche in questa mia trasparisce un poco di
acrimonia per la chiusura della casa di Batataes. Sentii e sento tuttora perché, quan-
tunque lontano, ricevere spesso confidenze e proposte da que’ buoni benefattori che sa-
rebbero per fino disposti a ricomprarla pure di avere i Salesiani.
Ho fiducia in S. Giuseppe a cui era dedicata la casa e spero che vorrà far pre-
miare la buona volontà, quando che sia, di quella buona gente.
Grazie a Dio D. Giordano sta molto bene di salute, e con lui alla testa di questa
casa, in breve potremo migliorare e sviluppare l’opera nostra.
La prego di pregare per noi il Signore ma specialmente per questo suo
Aff. figlio in G. M.
Sac. Attilio Cosci 39
10
A don Giordano
ASC F 385 Aracaju
Aut. italiano; carta bianca rigata; 272 x 205 mm; inchiostro nero; f1v bianca, f2v bianca;
in alto a destra Pe. P. Álbera scrisse: “Si può concedergli la licenza che desidera”.
Inedito.
Oratórios de Aracaju – futura Igreja – licença para pedir auxílios para a construção – solicita
interferência do Pe. L. Giordano – confiança em Nossa Senhora.
39 Attilio Cosci, Livorno (Itália) 24-03-1868, São Paulo 09-07-1941. Em fins de 1890, então
clérigo, fez parte do Corpo sanitário italiano enviado para a campanha da Eritréia. Em 1892 che-
ga a Pernambuco, atendendo ao pedido feito pelo Pe. L. Giordano. Trabalhou em Recife, foi fun-
dador e diretor do Colégio de Batatais (São Paulo). Ecônomo em Campinas, onde iniciou a Esco-
la Agrícola. No início de 1913, Pe. P. Rota mandou-o para a Tebaida como Conselheiro e para ten-
tar soerguer um pouco aquela Escola Agrícola. No ano seguinte o Elenco dos salesianos não mais
apresenta seu nome em Sergipe. Dali, seu destino é a paroquia de Luís Alves (SC), de onde
é transferido para Minas Gerais para fundar a paróquia de Araras. Esta cidade, onde trabalhou
seus últimos 17 anos quis mantê-lo junto de si, após sua morte (ASC B 934: Carta mortuária).

2.9 Page 19

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 337
Aracajú, 10 Settembre 1918
Rev.mo Sig.or Don Giordano,40
Le accludo qualche ritaglio di giornale che s’interessa del nostro caro Oratorio
festivo di Aracajú.
Dal principio di Agosto in qua, dopo che furono fatte speciale orazioni in diver-
se parti per la nostra futura chiesa, c’è un movimento di pietà insolito, come pure di
pubblica benevolenza. I cinque giornali di Aracajú annunciarono la Kermesse con se-
gni di interesse; autorità e famiglie mostrarono, specialmente il giorno 7 Settembre, di
compiacersi giubilosamente del bene che si fa nei due Oratorii; il nostro, ed uno per le
ragazzine, poco lontano. È più il bordello che la realtà; ma lasciam dire.
Lei fu il primo che pubblicamente annunziò, qui nella nostra capella, in un gior-
no di grande festa, l’erezione della futura chiesa. Adesso, come dice il Sig.or Vescovo
nell’importante documento ufficiale qui accluso, “a pequena capella que esiste é de
una insufficiencia desoladora”.
Se dunque vorrà dire una parola in proposito al Sig.or Ispettore ed al Sig.or Don
Albera perché concedano l’approvazione, o meglio, che mandino una specie di ordine
per procedere a raccogliere elemosina e così con questa ubbidienza si proceda più si-
curi e benedetti, mi pare arrivato il tempo opportuno. Almeno il continuare inerti da-
vanti a tutto questo movimento, affatto spontaneo, sarebbe scandaloso; tanto più che
appariscono ogni tanto truffatori a raccogliere elemosine in nostro nome e ricevono
sempre. Le grazie che la Madonna ha fatto si sono moltiplicate ultimamente.
Io parlo a Lei così, perché ho più confidenza; ma lei che ha tanto sperato e sof-
ferto in questo Sergipe trovi qualche cammino coi superiori; o, anche, se vuole, man-
di queste povere parole e così concorra al compimento de’ suoi voti. Dopo ciò, la no-
stra Madonna faciliterà anche lì le cose: io chiederò ai nostri Oratori ed alle buone per-
sone di qui che preghino per la sua Missione.
Se vedesse che belle communioni dei nostri garotos nelle principali feste! Se as-
sistesse, tutte le Domeniche, alle communioni generali dell’Oratorio femmi[ni]le!
Ho saputo che è stato ammalato; che i disgusti non le mancano, anche lì: il Si-
gnore si riserva darle molto dopo le consolazioni.
Saluti all’intrepido Don Balzola.
Ci benedica tutti e mi creda in Dio
Aff.mo
Sac. Annibale Lazzari
11
A don Lorenzo Giordano
ASC F 385 Escola S. José
Aut. italiano; carta azurra rigata; 3ff.; 220 x 155 mm.; inchiostro nero; 1v bianco, 2v
bianco, f3v bianco.
Festa de S. Lourenço – inaugurações do refeitório, cozinha, dispensa – festa do S. Coração –
presença do senhor Bispo – do Colégio de Aracaju – inauguração da avenida traçada pelo Pe.
40 Pe. L. Giordano na época se encontrava na Amazônia. Em 1916, tinha sido nomeado
Prefeito Apostólico do Rio Negro.

2.10 Page 20

▲back to top
338 Antenor de Andrade Silva
L. Giordano - presença do batalhão militar de Aracaju - inauguração de moderna casa de farinha.
Revmo. P. Giordani
Escola S. José 23-Ott, 1918
Saluti e rispetti.
Spero che avrà ricevuto la mia del 20 Agosto in cui le augurava posteriormente
felicità pel suo onomastico, e in cui le descriveva una festicciola fatto qui in comme-
rorazione di S. Lorenzo e di D. Lorenzo Giordani.
Cosi i giovani hanno imparato a conoscere il fondatore della nostra scuola. Ab-
biamo inaugurato il nuovo refettorio, cucina, dispensa ecc. dovuti ristaurare perché ca-
devano, anzi erano caduti in parte.
Ora passo a dirli due parole sulla festa del S. Cuore che qui è la maggiore che si
suol fare.
Ci fu Comunione generale, venne il Vescovo 2 giorni prima. Venne pure tutto il
Collegio di Aracaju più di 40 giovani coi 20 della Thebaida 60 giovani. Ci fu Messa
cantata dal Vescovo stesso, processione e inaugurazione della nuova avenida (da lei
tracciata) che dalla porta della Cappella va fino alla Stazione.
Ciò che rese più bella la festa fu il Battaglione 42, accampato da qualche giorno
qui presso il fiume. L’ufficialità partecipò tutta alla festa ed il nostro modesto ban-
chetto, oltre molti soldati e la banda tutta del battaglione. Fu un nuovo trionfo per la
povera e rabugenta Tebaida.
Domenica ventura il Vescovo verrà di nuovo per celebrare Messa Campale
nell’accampamento del battaglione.
Il Comandante di questo è multo delicato e religioso. Ha prodotto ottima
impressione. Visitò le nostre piantagioni e le varie ripartizioni della casa, rimanendo
soddisfatto.
Contuttociò il mio cuore vola costi al Rio Negro!!!…..
Le dirò che abbiamo inaugurato pure la nuova fabbrica di farina, fatta un poco
più alla moderna che quelle che si vedono qui e là.
E lei quali notizie ci manda? Noi qui le aspettiamo ansiosi[.] Suscitano vocazio-
ni. Ci scriva qualche avventura. Il bollettino viene cosi di rado!
Spero che avrà ricevuto [i] libri mandatile. Me ne scriva.
Saluti il caro D. Balzola
Ci benedica
Sempre suo
Pe. Pedro [Ghislandi]
12
A don Paolo Albera
ASC 385 Thebaida
Aut. italiano; carta bianca ingiallita, rigata; 2ff. 177 x 111 mm; in alto alla sinistra f1 e f2
il timbro della “Escola Agrícola Salesiana Thebaida, Sergipe 02-07-19”; alla destra in alto
il saluto: V. J. M. J.; lettera incompleta e senza il nome dell’autore; giù nel f2 si legge:
“Scrisse Att. Sac. COSCI”.
Inedita.

3 Pages 21-30

▲back to top

3.1 Page 21

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 339
Foi escrito pelo Pe. Pietro Ghislandi, diretor da escola, após a partida de Dom L. Giordano
para o alto Rio Negro. O reconhecimento foi realizado através de outros documentos do
mesmo autor.
Inedito.
Não escreveu antes para não importunar o superior – alunos e salesianos – visita e ajuda do
governo – educação agrícola na Escola – sistema preventivo – falta de um edifício adaptado –
construção de uma Capela – desejo de trabalhar na Amazônia com Dom L. Giordano – órfãos
piedosos e bons – jornada dos internos – dias monótonos, monacais – falta um músico para ale-
grar o ambiente – isolamento da obra – dedicação da futura Capela.41
2-7-19
Revmo. Senh.
D. Álbera,
Le bacio la mano
Da molto tempo io doveva compiere il dovere di scriverle dandole notizie di que-
sta povera casa. Ma il pensiero che il Sig. Ispettore la tenesse al corrente di ogni cosa,
e che non valesse la pena disturbare il superiore, per si poca cosa, ho tardato tanto a
scriverle.
Ed ora stesse che cosa le dirò?....
Siam qui 22 giovani e quatrto superiori, due preti e due coadiutori.
Il governo dello Stato ci disprezzò per lungo tempo, ma l’attuale presidente 42
dello stato visitò la scuola e ne rimase cosi soddisfatto che ci ha fatto dar[e] subito un
sussidio.
Se il governo continuerà il suo appoggio credo che ci ristaureremmo um(sic) poco.
Le colture del campo e il sistema di educazione agricola, non temono né fisca-
lizzazione, né analisi, avendo già dato prove di eccellente riuscita, se si considera che
la casa è scuola di contadini e non scuola di formazione superiore.
Il nostro oroscopo 43 è di abilitare i giovani ad esser buoni contadini, vincendo
il profondo empirismo, radicato in questi popoli antiprogressisti. Tutto ciò basato sul
sistema educativo di D. Bosco.
Per ottenere l’effetto desiderato, nulla ci manca, piantagioni, campi tracciati,
campi di esperienze, semenzai, piantonai, orto, ecc. ecc. Ciò che a noi manca è un edi-
ficio un poco più cristiano, anzi proprio, che non ci caschi sopra, come minaccia quel-
lo in cui abitiamo.
A tal fine stiamo raggruzzolando qualche quattrino e speriamo di conminciar
quando prima le pilastre della futura Cappella, sulle fondamenta gettate da Mons. Gior-
dani.
A proposito di Mons. Giordani, oso sperare di rivederlo ancora e di averlo anco-
ra a superiore, non che lui venga qui alla Thebaida, ma che io sia mandato lassù ad aiu-
tarlo nell’Evangelizzazione degli indi.
Questo mi fu promesso, e quando stava per realizzare il sogno dorato, mi capitò
sul cuore il peso esorbitante di governare questa casa fra tante difficoltà.
41 A Tebaida que já tinha sido abandonada pelo governo do Estado. Em 1920 seria mais
uma vez deixada à própria sorte. A Capela ficou tão somente nos alicerces lançados pelo Pe.
L. Giordano.
42 José Joaquim Lobo,1918-1922.
43 Aqui o missivista deve ter se equivocado e usado oróscopo em vez de escopo, finalidade.

3.2 Page 22

▲back to top
340 Antenor de Andrade Silva
Pazienza! 4 anni son passati. Pel 1921 è finito il mio Calvario e senza far vio-
lenza allavolontà dei superiori, lo ripeto, oso sperare di esser mandato al Rio Negro.
Altre notizie consolanti che le posso dare sono: che i nostri orfanelli pietosi e
buonini, pregano per lei Sig. D. Albera, fanno varie Comunioni e per mezzo della pre-
sente domandano la sua benedizione.
Oh! Se li vedesse, al mattino, dopo il caffé (sic), armati dei loro ferri marciar glo-
riosi verso il campo dove li aspettano 2 ore di lavoro, ciascuno nelle proprie aiole, di
cui dovranno presentare i frutti, alla fin d’anno!
Quando tornano del lavoro, senza perder tempo, hanno la loro scuola per altre
due ore, quindi in refettorio dove si fanno onore. Al dopo pranzo mezz’ora di studio,
altra ora di scuola, quindi 2 ore al campo di nuovo, da cui ritornano per la cena e per
lo studio della sera, finalmente orazioni e riposo.
Cosi si passano i giorni, un po’ monotoni, silenziosi, monacali. Ma che farei?
Non abbiamo un chierico che svegli la giovialità, non un confratello 44 che ne rallegri
con un poco di musica, solo il canto degli uccelletti, e lo strillar di qualche insetto.
Di tratto in tratto si va a visitare il Collegio di Aracaju, ma la distanza (18 km.)
le strade alle volte impraticabili, il treno meno veloce della lumaca, insomma il com-
pesso delle difficoltà, fa si che ci rendiamo sempre più isolati.
Quanto alla futura Capella(sic) a chi dedicarla? A S. Giuseppe che è il patrono
della casa? Ma e il S. Cuore il quale, dacchè se me stabili e propagò la devozione
ha dimostrato visibile protezione? E la Madonna? Che ne direbbe D. Bosco?
Per contentar (sic) tutti io direi di dedicarla alla S. Famiglia. Che ne dice lei?…
Ne aspetto la risposta.
Lei domanderà: Come fatte a vivere? Ecco qui il difficile. Nessun pensionista,
entrata fissa nessuna.
Qualche elemosina del Collegio[senza continuazione].
[Don Pietro Blangetti]
13
A don Paolo Albera(?)
ASC F 730 [Manaus?]
Aut. italiano; carta bianca rigata; 3ff., inchiostro nero; 270 x 220 mm; in alto centrato
Don P. Rota scrisse il numero 3 sottolineato e le parole La Tebaide, anche sottolineate;
a destra un’oservazione: Vide S. 319 (81) Recife 1920 V 30.
Il documento ha nove parti iniziate dalle caratteri a fino a i; in alto nell’angolo sinistro delle
carte si trova il segno di strapamento delle fogli dal resto del documento.
As reclamações aos superiores sobre a Tebaida vinham desde 1908 – ponto de vista de Dom
L. Giordano – exageros – insalubridade – problema econômico – problemas com um vizinho –
um novo governo favorável – visita do Pe. Luiz Zanchetta – decisão do Conselho inspetorial –
carta do Pe. Ghislandi ao Governador – explicação da atitude do Pe. Pedro Ghislandi – razões
para o fechamento da casa.45
44 Na época (1919) encontravam-se na Tebaida: o Pe. Pedro Ghislandi (diretor), Pe.
Samuel Galbuseira e os irmãos Coadjutores Mercúrio Floresta e Adalberto Urbanowicz.
No ano seguinte, quando a Escola foi fechada, Pe. S. Galbuseira não mais estava lá.
45 Pe. Rota deixou neste relatório uma das notícias mais rápidas e ao mesmo tempo mais
completas, sobre as vicissitudes por que passou a Escola do Pe. L. Giordano.

3.3 Page 23

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 341
[30 maggio 1920]
La Tebaida
I. Incominciamo dalla Tebaida.46 Certamente saranno giunte più di una volta al-
le orecchie dei Sup.ri lagnanze e proteste del personale del Nord, che conosce questa
Casa. Io ne udii dal 1908 (quando vi andai come visitatore) in qua, costandomi non po-
co sostenere l’opinione del compianto Mons. Giordano pel quale non c’era, sotto la
cappa del sole, niente che si potesse paragonare a quella situazione, ecc. Ed infatti, io
sono il primo a riconoscere che vi erano molte esagerazioni da parte di coloro che pa-
revano aver come diria [,] la delenda Thebaida.
a) Insalubrità del luogo
Tuttavia è vero che è un luogo insalubre, se non nell’alto che si trova la Casa,
certamente nei terreni più bassi, dove per forza bisognava andare a lavorare, essendo
questi precisamente i migliori. Nei tempi in cui c’erano colà gli aspiranti e Novizi,
quasi tutti (e me lo diceva ancor ultimamente D. Britto) ebbero le febbri, qualcuno
morì, ed altri rimasero mezzo rovinati. Ancor ultimamente si dovette ritirare D. Gal-
busera che da due anni stava alle prese colle febbri palustri, periodiche, rimanendo,
perciò, colà soletto D. Ghislandi; e questo non soltanto per scarsità di personale, ma
per le difficoltà da vincersi per ottenere che qualcuno vada colà volontieri. Infatti, in
questi ultimi tempi, si dovette mandare qualcuno da Sud, prima D. Attilio Cosci, che
dopo un anno dovette ritirarsi, e poi il suddetto D. Galbusera. Quando D. Giordano
uscì di la, rimase per qualche tempo D. Ghislandi solo.
b) Questione economica
Vi è poi la questione economica. Ciò che D. Giordano dovette spendere colà
è straordinario: ad onta di tutto, la Sc. Ap.la non poté mai sostenersi da sé. Il Governo
dava un sussidio di 6 contos all’anno (10.000 lire in quei tempi); ma il penultimo
Governatore non diede nulla: l’Ispettoria aiutò, facendo sì che altre Case mandassero
regolarmente qualche cosa, ed il povero D. Ghislandi andava qua e colà a predicare,
per portare in casa qualche cosa. Tuttavia non si è mai cessato di lavorare, e la Scuola
presentava una bella vista, quantunque quasi nessuno si degnava di visitarla. E così
traeva la sua vita meschina e rachitica, sempre aspettando tempi migliori, che non ar-
rivavano mai. Ma, ad ogni modo non si trovava motivo sufficiente per sopprimere
quella Casa.
c) Lite con un vicino prepotente
Sopravvenne un incidente sgradevole. D. Giordano aveva attaccato lite con un
prepotente di vicino, il quale invadeva la nostra proprietà, mettendosi i suoi animali,
rubando legna ecc. La cosa andò ai tribunali: ma, siccome il tal prepotente aveva gran-
di protezioni, la cosa andò avanti per un paio d’anni, con spese non piccole per procu-
ratori, avvocati ecc. Articoli di giornale, da parte a parte, inasprivano sempre di più gli
animi. Tuttavia, la prepotenza era così evidente, e così chiara la nostra ragione, che il
Tribunale finalmente sentenziò contro il tale. Trionfo completo! Piuttosto illusione as-
soluta! La sentenza non fu mai eseguita: il condannato non pagò nulla, non si ritirò dal
46 Vide Antenor de ANDRADE, Brasil: Os Salesianos na Tebaida. Uma História que
durou 20 anos, in RSS 2 (1999) 259-288.

3.4 Page 24

▲back to top
342 Antenor de Andrade Silva
terreno usurpato e... se ne infischiava. Ma, e dove si trovava la giustizia, e che cosa fa-
ceva? Questo domando anch’io; ma il fatto fu quello, e delle spese fatte non si riebbe
nulla. Tutto perduto, eccetto l’onore! Quando Don Giordano andò al Rio Negro, la sen-
tenza favorevole era già stata pronunziata, di modo che egli se ne andò con questa sod-
disfazione. Ma, come già dissi, soltanto l’onore era salvo. Se abbiam voluto ottener
qualche cosa, fu necessario far un appuntamento amichevole col nostro nemico, il qua-
le quasi spontaneamente cercò di avvicinarci, e non essendoci più D. Giordano (col
quale egli era irriconciliabile) si ottenne che egli ci riconsegnasse il terreno di cui noi
avevamo realmente bisogno per avere la nostra strada libera e diritta alla Stazione, e
noi gli cedemmo una parte molto utile per lui, e che per noi non aveva nessun vantag-
gio. E così ci liberammo di un vicino nemico.
d) Nuovo Governo, favorevole
Al principio del 1919 cambiò il Governo. Il nuovo Governatore (l’attuale) 47
pareva uomo di buone intenzioni. Io allora scrissi a D. Ghislandi che si presentasse a
lui e gli facesse vedere l’impossibilità di continuare le cose in simili condizioni; ché,
se le cose non migliorassero, la Congregazione si vedrebbe nella necessità di chiudere
la Scuola Ag.la. D. Ghislandi si presentò, e ne ebbe per risposta la promessa dal Go-
vernatore di andare personalmente a visitare la Tebaida ecc. Infatti vi andò con varie al-
tre autorità: rimase soddisfattissimo, lasciò le sue impressioni nel Libro dei Visitanti, e
promise aiutare. Così fu: incominciò a far pagare qualche cosa degli arretrati. Ma, per
parte nostra, bisognava anche corrispondere con qualche cosa alla sua buona volontà,
e si dovette promettere migliorare un po’ la Casa (che si trova in una veramente de-
plorevole – quasi in rovina) e far qualche altro lavoro. Allora si fece un calcolo, e si vi-
de più tardi che c’era tanta sproporzione fra ciò che bisognava spendere e ciò che si
sperava ottenere, che l’aiuto del Governo veniva ad essere piuttosto un peso per noi.
E così finì il 1919.
e) Visita di Don Zanchetta
Nel Dicembre u. s., non potendo andarv’io, per causa del mio viaggio a Matto
Grosso, incaricai D. Zanchetta che andasse a dettare gli Esercizi a Bahia e Pernambu-
co. Egli ebbe occasione di passare per la Tebaida, e le sue impressioni furono anche
pessimiste, specialmente pel lato della salute, avendo trovato D. Galbusera anzi mala-
to. Oltrecciò, ebbe occasione di udire ciò che gli altri ne dicevano. Allora D. Galbuse-
ra fu trasferito a Lorena, e non fu sostituito alla Tebaida, rimanendo soltanto D. Ghi-
slandi con due conf.lli coadiutori. Frattanto io consultai anche i due Dir.ri della Tebaida
e di Aracajú, per sapere che cosa essi ne pensavano; le loro risposte furono ben poco
favorevoli alla povera Tebaida.
f) Decisione del Consiglio
Si trattò la cosa nel Consiglio, e si decise studiar la questione, vedendo se si po-
teva ottenere che il Governo, senza pigliar la cosa a male, si riprendesse quel terreno,
facendo qualche combinazione favorevole. (Il terreno era stato donato dallo Stato, es-
sendo Governatore un Mons. Olimpio Campos, che più tardi fu assassinato a Rio Ja-
neiro dai suoi nemici politici). Si decise pure che, fatto questo, si sarebbe rimesso tut-
to ai Sup.ri di Torino per averne la loro determinazione.
47 José Joaquim Lobo (1918-1922).

3.5 Page 25

▲back to top
Tebaide e Aracaju. Documenti per la storia 343
g) Lettere di Don Ghislandi al Governatore
Ed ora viene la sorpresa. L’altro ieri, essendo venuto a visitarmi qua un amico no-
stro, naturale di Sergipe, e che occupa a Manaos [sic] un impiego pubblico, mi pre-
sentò un numero del Diario Official di Aracajú, dove si legge una lettera scritta da D.
Ghislandi al Governatore. In detta lettera, senz’altro D. Ghislandi fa la storia della Te-
baida, del personale competente che la Congregazione vi mantenne sempre, delle ingenti
spese fatte senza il relativo compenso, e finalmente delle condizioni di salute ecc. ecc.
E comunica al Governatore che la Congr.ne Sal.a si vede nella necessità di chiudere la
Scuola, destinando i pochi alunni (una ventina) a qualche altra casa nostra, oppure re-
stituendoli alle rispettive famiglie. Questo è ciò che si legge in detta lettera che porta la
data del 24 febbraio; e siccome era impossibile scrivermi di quel tempo in qua, poiché
io mi trovava in questo viaggio, io non potei ricevere nessuna comunicazione, e debbo
soltanto alla coincidenza citata l’aver avuto conoscimento del fatto.
h) Spiegazione del procedimento di D. Ghislandi
Ora, come si spiega questa lettera? Io passai da Bahia il 9 febbraio; colà trovai
lettera di D. Ghislandi il quale chiedeva istruzioni; io gli scrissi in fretta dicendogli
quello che più o meno ho esposto più sopra, e si vede che egli interpretò la cosa in mo-
do più esplicito, ed andò subito al positivo. E consideri che questo egli certamente no
lo fece per vedersi libero di quel peso, poiché D. Ghislandi era abbastanza affezionato
alla Tebaida. Sicuramente egli credette essere autorizzato, anzi incaricato a procedere
in tal modo. Io non posso dire più altro, perché non so come il Governatore abbia pre-
so la cosa, essendo che il Diario Official riporta semplicemente il documento senza
farne il minimo commentario.
i) Ragioni in favore della chiusura
Avendo esposto, persino un po’ troppo prolissamente, questo fatto, ora mi per-
metto alcune osservazioni. Mia opinione è che il futuro della Tebaida sarebbe sempre
oscuro, ed un problema difficile di risolvere. Il terreno ingrato, la salubrità deficiente,
il soccorso delle autorità incerto (infatti, dopo 4 anni verrà un altro Governatore, e co-
me sarà?), la vicinanza della città di Aracajú (a 18 km.) dove abbiamo un piccolo Col-
legio ben incamminato, e che più tardi potrà anche svolgere la sua opera in modo, se
non uguale, almeno equivalente a quella della Tebaida, tutto fa pendere le ragioni in fa-
vore della chiusura di quella Casa. Perciò io credo che i Sup.ri non giudicheranno che
la Congr.ne faccia una gran perdita con questo. Ma io so benissimo che né io, né
D. Ghislandi potevamo prendere questa determinazione, poiché io credo che ci vo-
gliono più motivi per chiudere una Casa che non per aprirla; ed è per questo che de-
ploro sinceramente l’accaduto.
Giungendo a Pernambuco, certamente troverò altre notizie, ed allora potrò ag-
giungere qualche altra cosa.
E siccome ho già abusato troppo della di Lei pazienza, amatiss.mo Padre, lascio per
più tardi toccare il secondo punto, cioè il relativo alla fondazione di Manaos [sic].
Ma può essere benissimo che Elle riceve allo stesso tempo varie mie lettere, poiché è pro-
babile che, quantunque scritte in date differenti, abbiano di partire colla stessa posta.
Mi benedica e mi creda sempre
Umil.o ed aff.o figlio in G. e M.
Sac. Pietro Rota.