Começa o Capítulo


Começa o Capítulo

ANEXO ?..?




CRÔNICA DO CAPÍTULO GERAL 25O

(24 de fevereiro – 20 de abril 2002)



A 24 de fevereiro de 2002 chegam à Casa Geral os 231 membros do CG25 para dar início ao 25o Capítulo Geral, que tem como tema central “A comunidade salesiana hoje” e como tema complementar “A avaliação das estruturas do governo central”.

Eles representam os 16.805 salesianos que trabalham em 128 países do mundo. Para mais de 160 delegados é a primeira vez que participam de um Capítulo Geral. Eles vêm dos cinco continentes: 6 da África, 55 da América, 40 da Ásia, 2 da Austrália e 128 da Europa. A idade média dos capitulares é de 52 anos, entre os 74 do mais idoso e os 27 do mais jovem.

Às 7h30 de segunda feira, 25 de fevereiro, o Vigário do Reitor-Mor, P. Luc Van Looy, preside a solene Celebração de invocação do Espírito Santo. As palavras da homilia explicam o sentido com o qual enfrentar o trabalho de confronto e reflexão do Capítulo: “Não somos nós a orientar esta parte da história salesiana – afirma –. Em linha com quanto Dom Bosco viveu ao longo de sua vida, queremos depor os temores nas mãos de Deus, do Espírito e de Maria Auxiliadora”.

Às 10h30, na Aula Magna do “Salesianum”, renovada e aparelhada

com as mais modernas tecnologias, realiza-se a sessão de abertura do CG25. Estão presentes alguns cardeais e bispos salesianos, além dos responsáveis de alguns grupos da Família Salesiana. Entre os primeiros citamos: o cardeal Antonio M. Javierre Ortás, o card. Oscar Rodríguez Maradiaga, Dom Vincenzo Sávio, bispo de Belluno (Itália), Dom Alois Kothgasser, bispo de Innsbruck, Dom Vartan Boghossian, eparca de S. Gregório de Narek para os fiéis armênios da Argentina, Dom Gennaro Prata, arcebispo emérito de Cochabamba, Bolívia.

Abertos os trabalhos pelo Regulador, P. Antonio Domémech, o P. Luc Van Looy lê a mensagem inaugural do Santo Padre. Nele o Papa, depois de haver lembrado o saudoso P. Juan Vecchi, convida os capitulares a seguir-lhe os passos, pedindo a eles e a toda a Congregação Salesiana que sejam “educadores atentos”, “acompanhadores espirituais competentes”. João Paulo II faz votos ainda para que o Duc in altum seja o lema programático não só deste Capítulo mas de toda a atividade apostólica do futuro próximo para a inteira Congregação.

Após a mensagem do Papa ouve-se a fala do card. Eduardo Martínez Somalo, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e as saudações inaugurais de alguns representantes da Família Salesiana: da Madre Antônia Colombo, superiora geral das Filhas de Maria Auxiliadora, do sr. Rosário Maiorano, coordenador geral dos Cooperadores Salesianos, da senhorita Anita Merteens, responsável maior das Voluntárias de Dom Bosco – em nome também dos Voluntários de Dom Bosco – e do sr. Antônio Guilhermino Pires, presidente da Confederação Mundial dos/das AAS. Segue o discurso de abertura do Vigário do Reitor-Mor.


1 A assembléia capitular dá os primeiros passos

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Às 16h do mesmo dia, segunda-feira, 25 de fevereiro, realiza-se a primeira sessão ordinária de trabalho. O Regulador abre os trabalhos apresentando a agenda dos compromissos que esperam os capitulares; focaliza, em particular, a dinâmica dos trabalhos da Assembléia e das comissões, segundo o Regulamento do Capítulo.

No dia seguinte, terça-feira, 26 de fevereiro, o Vigário do Reitor-Mor apresenta a Relação sobre o estado da Congregação no sexênio 1996-2002. Em síntese, o P. Luc Van Looy descreve o objetivo, o conteúdo, os destinatários e o caráter da relação que contém, entre outras coisas, também os dados estatísticos relativos aos salesianos, às obras, aos colaboradores e aos destinatários de sua missão apostólica.

A partir da leitura dos dados, o Vigário sublinha alguns traços característicos e os problemas mais urgentes relativos às situações em se encontram vivendo e trabalhando hoje as comunidades salesianas. Evidencia ainda alguns acentos que o Capítulo Geral, recém aberto, deve inserir em seu trabalho de reflexão e confronto: a comunidade como lugar de formação ordinária e permanente dos irmãos; o papel chave do diretor na comunidade religiosa e na obra a essa confiada; a significatividade de uma obra, que se reconhece nas prioridades respeitadas e nos destinatários que se privilegiam. Conclui lançando um lema: “Ou seremos míticos ou não existiremos!”.

O Regulador convida os Capitulares a realizar uma leitura atenta da Relação e a preparar, para a semana seguinte, o diálogo de aprofundamento com o próprio Vigário do Reitor-Mor.

À tarde são apresentados dois documentos de trabalho, preparados pela Comissão Pré-Capitular: o documento sobre “A comunidade salesiana hoje”, apresentado pelo P. Francesco Cereda, visitador da UPS, e o documento sobre a “Avaliação das estruturas do governo central”, apresentado pelo P. John Dickson, da Inspetoria da Grã-Bretanha.


2 Começam os Exercícios Espirituais

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Às 19h20min do dia 26 de fevereiro começam os Exercícios Espirituais, em preparação ao trabalho de reflexão e confronto que espera os Capitulares. São pregados e animados por Dom Alois Kothgasser, salesiano, bispo de Innsbruck (Áustria), que apresenta meditações sobre o tema do “Duc in altum”, relacionadas com a Carta apostólica do Papa Novo Millennio Ineunte e com a Estréia que o saudoso P. Vecchi deixou à Família Salesiana para o 2002.

No final deste primeiro dia, os capitulares reúnem-se para o momento da “boa-noite”, dada pelo P. Camillo Maccise, dos Carmelitas Descalços, presidente emérito da União Geral dos Superiores. O P. Maccise concentra a sua breve reflexão sobre os desafios – aponta sete – que se apresentam à vida consagrada na Igreja e no mundo de hoje, no início do terceiro milênio.

Quinta-feira, 28 de fevereiro, concluída a primeira reflexão de Dom Kothgasser, os Capitulares vão em romaria às Catacumbas de São Calisto, onde, além do P. Juan Vecchi, estão sepultados os seus dois antecessores, os Reitores-Mores P. Egídio Viganó e P. Luigi Ricceri. Começa com um momento de oração, presidida pelo P. Luc Van Looy, na capela da comunidade salesiana de São Tarcísio. Em seguida, os Capitulares, dirigem-se processionalmente ao túmulo do Reitor Mor, detendo-se em oração pessoal de sufrágio.

O segundo dia termina com o pensamento de “boa-noite” apresentado pela Madre Antonia Colombo, superiora das Filhas de Maria Auxiliadora, a qual, em vista da próxima recorrência do 125º aniversário da primeira expedição missionária das FMA à América, manifesta sua gratidão, afirmando que, como então, “também hoje sem os salesianos não estaríamos em muitas partes do mundo” e termina utilizando eficaz expressão: “sem vós não seríamos nós”. Madre Antônia trata rapidamente do tema do 21o Capítulo Geral das FMA, que se dará no próximo mês de setembro, sobre: “Na renovada Aliança, o empenho de uma cidadania ativa”.

O dia seguinte começa com a celebração eucarística presidida por Sua Eminência o Cardeal Oscar Rodríguez Maradiaga o qual, fundando-se no tema bíblico das leituras do dia, estimula os Salesianos a serem promotores de uma cultura da vida em meio a a cultura de morte tão presente na sociedade contemporânea.

Sábado, 2 de março, terminam os Exercício Espirituais com a celebração eucarística presidida por Dom Alois Kothgasser. De noite, um grupo de Capitulares participa da reza do terço com o Santo Padre, por ocasião de um encontro organizado pela diocese de Roma com os jovens universitários da cidade.


3 Os trabalhos do Capítulo entram em pleno ritmo

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A segunda semana de trabalhos capitulares começa com a comunicação da nomeação, por parte do Vigário do Reitor-Mor, P. Luc Van Looy, do P. Antonio Martinelli qual Presidente suplente do Capítulo durante o período da sua ausência, causada por um acidente de trânsito que o vitimou no sábado anterior, dia 2 de março.

Em seguida, o Regulador do Capítulo, P. Antonio Doménech, lê a mensagem de agradecimento que o Vigário do Reitor-Mor, em nome dos membros do CG25, enviou ao Santo Padre. Nele, o P. Van Looy escreve: “Estudaremos o tema da ‘Comunidade salesiana hoje’, seguindo as linhas que Vossa Santidade nos traçou, com o desejo de tornar profética a missão de Dom Bosco no novo milênio”, assegurando a fidelidade da Congregação “ao Vosso Magistério e a vontade de colaborar sempre com a Igreja universal e particular”.

A Assembléia, em seguida, passa a votar o Regulamento do Capítulo, que é aprovado por maioria absoluta.

Na parte da tarde completou-se a Presidência do Capítulo com a eleição dos três moderadores de uma lista de nomes apresentada pelo Presidente do Capítulo. Os irmãos eleitos são: o P. Savio Hon Tai-Fai, inspetor de Hong Kong; o P. William John Dickson, da Inspetoria da Grã-Bretanha; e o senhor Cláudio Marangio, da Circunscrição Especial do Piemonte e do Vale d’Aosta.

Terça e quarta-feira, dias 5 e 6 de março, os Capitulares, divididos em 15 grupos lingüísticos, começam a aprofundar o Relatório do Vigário do Reitor-Mor sobre o estado da Congregação e sobre os dois documentos do trabalho relativos ao tema da comunidade salesiana e da avaliação das estruturas de governo.

Cada grupo, de acordo com a própria sensibilidade e experiência, escolhe três prioridades a partir das indicadas na Relação do Vigário do Reitor-Mor; um grupo mais restrito prepara uma síntese que o Regulador apresenta à Assembléia como ajuda para a reflexão a ser feita sobre os temas capitulares.

Após ampla discussão sobre dois documentos de trabalho, na tarde da quarta-feira, 6 de março, ambos são aprovados como base para começar os trabalhos das Comissões e da Assembléia: o documento sobre a comunidade salesiana é aceito quase por unanimidade e com um pouco mais de dois terços o da avaliação sobre as estruturas do governo central.

Desde o início, os trabalhos da Assembléia se caracterizam por numerosas intervenções e pedidos de esclarecimento, dando a entender que o CG25 entra cada dia mais no vivo do tema e que os assuntos são claramente sentidos. Muitos Capitulares tomam a palavra pela primeira vez, outros já se sentem mais à vontade no trato de seus argumentos. Entre as intervenções mais freqüentes, está o pedido de se produzir um documento conclusivo simples, prático, um instrumento para a vida das comunidades, que vise mais o aspecto operativo do que o teórico.



4 As comissões capitulares

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No início da tarde de quarta-feira, 6 de março, o Vigário Geral, P. Luc Van Looy, é submetido a uma cirurgia na Clínica Pio XI, de Roma. Após assegurar à Assembléia o bom êxito da intervenção, o Regulador do Capítulo apresenta a proposta de formação das comissões capitulares. São formadas seis, às quais são confiados estes temas: à primeira, o núcleo temático da vida fraterna; à segunda, o do testemunho evangélico; à terceira, a presença animadora entre os jovens; a quarta estudará o núcleo do diretor e da formação permanente; e a quinta assumirá o último núcleo sobre as novas situações e formas de comunidade salesiana. À sexta comissão é entregue o tema da avaliação das estruturas do governo central e as várias propostas de mudança das Constituições e dos Regulamentos gerais. A estas comissões de trabalho do Capítulo se deve acrescentar a comissão para a comunicação, formada por um capitular de cada região.

Constituídas as comissões, a ordem dos trabalhos prevê o exame da proposta da data de eleição do Reitor-Mor e do seu Conselho, e a apresentação das modalidades do discernimento. Após uma interessante discussão no plenário, a Assembléia aprova o calendário proposto: as eleições se farão na semana de 2 a 8 de abril.

Durante este tempo, os capitulares serão ajudados no processo de discernimento pelo P. Anthony Mc Sweeney, sacramentino, ex-superior geral de sua Congregação e ex-presidente da União Superiores Gerais (USG).

Entrementes, as seis comissões começam a trabalhar e elegem imediatamente os respectivos presidentes, relatores e secretários. Os seis presidentes fazem parte, junto com o Presidente do Capítulo, o Regulador e os três Moderadores, a Comissão Central, que se reúne pela primeira vez às 21h30min de quinta-feira, 7 de março.



5 Uma experiência direta de comunidade

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Os capitulares não só tratam da comunidade, mas a vivem intensamente durante os dois meses do Capítulo Geral. Esta experiência direta cria relações profundas de comunhão, ajuda a partilhar experiências e mentalidades, expressa, sobretudo por meio da oração e das celebrações, as raízes e as fontes da vida em comunidade, torna-nos não só mestres, mas testemunhas.

O horário dos dias do Capítulo prevê, pela manhã a celebração das Laudes e da Eucaristia, normalmente em grupos lingüísticos, menos na quarta-feira, quando todos se encontram juntos para a celebração, vez por vez animada por uma Região. Seguem, de manhã, dois momentos de trabalho: o primeiro das 9h às 10h30min, e o segundo das 11h00 às 12h45. O tempo após o almoço se caracteriza, no entanto, pelo momento de recreio, vivido pelos capitulares de acordo com várias modalidades: há quem passeia pela avenida da Pisana, quem joga basquete ou futebol de salão nos respectivos campos do Salesianum, preparados para a ocasião, quem enfrenta o tradicional jogo salesiano das bochas. De vez em quando, pelas alamedas da Casa Geral, aparece algum capitular com os patins ou com bicicleta. Na parte da tarde, os trabalhos recomeçam às 15h30 para terminar por volta das 19h, com um intervalo de meio hora por volta das 17h. Antes do jantar, a celebração das Vésperas, todos juntos, a “boa-noite”, dada vez por vez pelos Inspetores das várias Regiões, particularmente apreciada pelo clima de comunhão e família que favorece, e finalmente o jantar.

A semana de trabalho termina com alguma proposta de passeio, preparado pelo grupo de animação da vida comunitária; são momentos de fraternidade e também – em algumas oportunidades – de partilha com várias comunidades salesianas (por ex., na Inspetoria meridional ou na Inspetoria Lígure-Toscana).

No inicio de cada semana, os capitulares podem ver uma breve síntese do trabalho da semana anterior, por meio de um vídeo preparado pelo centro Eurofilm da Procuradoria Missionária Dom Bosco, de Turim.



6 O trabalho das comissões

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Voltando à crônica dos trabalhos capitulares, a terceira semana recomeça com o trabalho das comissões. As cinco primeiras, às quais foi entregue o estudo dos vários núcleos do tema sobre a comunidade salesiana, aprofundam as contribuições dos Capítulos inspetoriais e definem os elementos mais relevantes da situação, escolhem os desafios mais urgentes e buscam as orientações operativas mais adequadas para responder a eles. Nesse trabalho alternam-se momentos de estudo pessoal e em pequenos grupos, com momentos de partilha e discussão, juntos, na comissão.

A sexta comissão, entretanto, concentra a sua atenção sobre o estudo das propostas de modificação dos artigos constitucionais que podem interessar as eleições. Na quarta-feira, 13 de março, apresenta à Assembléia algumas opções a respeito do tempo no cargo do Reitor-Mor e dos membros do Conselho Geral, das modalidades de eleição do ecônomo geral, e da subdivisão da Região Austrália-Ásia em duas diferentes áreas, com o relativo aumento do número dos Conselheiros regionais.

Começa no plenário a discussão destas propostas: cada opção recebe numerosas intervenções; no final do debate, a comissão propõe os correspondentes votos de sondagem para sentir a opinião da Assembléia. Esta manifesta-se favoravelmente para a divisão da Região Austrália-Ásia; confirma a modalidade de eleição direta do ecônomo geral; dá parecer positivo quanto à proposta de limitar somente a dois sexênios consecutivos o serviço do Reitor-Mor; e finalmente sugere à comissão encontrar uma diferente formulação às duas propostas de duração no cargo dos membros do Conselho geral e de sua re-eleição para outro dicastério ou região, terminados os dois mandatos no mesmo encargo.

Entrementes, as demais comissões apresentam para a discussão em Assembléia os resultados de seu estudo. Chega-se, assim, ao final da terceira semana de Capítulo.



7 Visita à nova biblioteca da UPS

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Na tarde de sábado, 16 de março, os membros do CG25 visitam a sede estrutural em que funcionará a Biblioteca Dom Bosco, da Universidade Pontifícia Salesiana. A visita, por grupos lingüísticos, é precedida de uma cerimônia presidida pelo Vigário do Reitor-Mor, P. Luc Van Looy, que recebeu alta da Clínica Pio XI nesse mesmo dia.

O Vigário relembra, em suas palavras, como a Biblioteca, nascida da mente do P. Egídio Viganó durante o ano centenário da morte de Dom Bosco e iniciada durante o governo do P. Juan Vecchi, deve ser considerada não só da UPS, mas de toda a Congregação.

Após as palavras do P. Van Looy, fala o Reitor Magnífico da Universidade, P. Michele Pellerey, que apresenta uma breve história da Biblioteca e sublinha as potencialidades e a funcionalidade; fala o P. Francesco Cereda, superior da visitadoria da UPS, lembrando e agradecendo a todos aqueles que quiseram sua realização; fala o Ecônomo Geral, P. Gianni Mazzali, ilustrando a “história econômica”; fala o P. Juan Picca, prefeito da Biblioteca, sublinhando o valor e as novidades peculiares do novo complexo.

O Vigário do Reitor-Mor permanece hóspede da UPS, para uma período de repouso e plena recuperação, até segunda-feira, 18 de março, quando voltará à Casa Geral a fim de retomar o seu lugar no CG25.



8 As discussões em Assembléia

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Segunda-feira, 18 de março, começa a discussão dos vários núcleos do tema sobre a comunidade salesiana, preparados pelas cinco primeiras comissões. No plenário, dezenas e dezenas de intervenções insistem na necessidade de focalizar mais os desafios que surgem das situações descritas, e sobretudo de escolher as orientações capazes de ajudar as comunidades a se tornarem mais significativas e proféticas. As comissões recebem estas sugestões, juntamente com aquelas apresentadas por escrito, e reestudam o tema que lhes foi confiado, reelaborando o documento apresentado.

Entrementes , a sexta comissão reformulou as propostas apresentadas e as reapresenta à Assembléia. A discussão concentra-se mais na separação dos dicastérios da Família Salesiana e da Comunicação Social, com a possível atribuição das responsabilidade da animação da Família Salesiana ao Vigário do Reitor-Mor.

Terminada a discussão sobre as modificações dos artigos constitucionais, a sexta comissão prepara a primeira redação, que apresenta à votação com a possibilidade dos “modos” e sucessivamente a votação definitiva, nos dias antes das festas pascais.

Além destas primeiras votações, a Semana Santa se caracteriza pela apresentação em Assembléia, por parte de todas as comissões, da segunda redação do documento sobre a avaliação das estruturas do governo central, que teve de atrasar para dar prioridade às questões constitucionais que interessam as próximas eleições do Reitor-Mor e dos membros do Conselho.

Nestas semanas, a comunidade do Capítulo vive também outros momentos de fraternidade. Na segunda-feira, 18 de março, chega a notícia do assassinato de Dom Isaías Duarte Cancino, fato que aconteceu na Colômbia, no sábado, 16 de março. Em nome de toda a Assembléia, o Vigário do Reitor-Mor, P. Luc Van Looy, na qualidade de Presidente do CG25, expressa a solidariedade dos Capitulares a Dom Alberto Giraldo Jaramillo, presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, por meio de uma mensagem assinada por todos os membros do CG25.

Nesse mesmo dia, após o jantar, a Aula Magna se transforma em teatro, para acolher a habilidade do “Mago Sales”, o salesiano P. Sílvio Mantelli. Jogos de prestígio, truques, ilusionismo, encantam os Capitulares, que são diretamente envolvidos, prestando-se com entusiasmo para colaborar com o “mago”.

Após a ceia de quarta-feira, 27 de março, vive-se um momento de comemoração do P. Vecchi com a apresentação de um livro, editado pela SEI e aos cuidados do salesiano padre Vittorio Chiari, com o título “Globalizzazione, crocevia della carità educativa”. Trata-se de um texto que resume o pensamento do P. Vecchi sobre o aproveitamento dos menores sob vários aspectos. Ao final da comemoração, após a apresentação de um pequeno show por um clown do grupo do P. Chiari (de Arese), é distribuída também a carta mortuária do padre Vecchi.



9 A pausa da Páscoa

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O intenso trabalho destas semanas está a pedir uma pausa no ritmo capitular, também para permitir uma mais intensa participação no tríduo pascal. Mas antes desta pausa, na quarta-feira santa, na parte da tarde, o padre Anthony Mc Sweeny apresenta à Assembléia o processo de discernimento que será seguido durante todas as eleições e responde, em particular, a algumas perguntas anteriormente preparadas dos capitulares.

Na segunda parte da manhã de quinta-feira santa, o Vigário do Reitor-Mor, P. Luc Van Looy, responde em Assembléia às perguntas sobre a Relação do Estado da Congregação, que foram apresentadas a seu tempo pelos Capitulares, e às quais ele não pudera responder por causa do acidente sofrido e do período de recuperação.

No final dos trabalhos, a Assembléia encontra-se às 18h na igreja para a solene celebração “in Coena Domini”, presidida pelo P. Joaquim D’Souza, Conselheiro regional para a Ásia-Austrália.

Na sexta-feira santa, bom número de Capitulares (mais de 100) parte para a Casa Mãe, de Turim, onde passa os dias da Páscoa em visita aos lugares salesianos de Valdocco, do Colle Don Bosco e de Mornese.



10 A eleição do Reitor-Mor e do Conselho Geral

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Com a presença de todos os Capitulares, após a pausa das festividades pascais, recomeçam os trabalhos a 2 de abril, às 9h, dando início aos processo de discernimento conduzido pelo P. Anthony Mc Sweeny, que levará à eleição do Reitor-Mor e do Conselho Geral.

Na noite de terça-feira, os membros do CG25, após terem refletido todo o dia em grupos lingüísticos sobre os desafios e os pontos fortes da Congregação, sobre as principais qualidades que deve ter o novo Reitor-Mor, reúnem-se na Igreja para invocar juntos o Espírito Santo e preparar-se assim para a hora das eleições. Na manhã de quarta-feira, 3 de abril, a convite do padre Mc Sweeny, cada Capitular entrega uma folha com apenas um nome proposto para o cargo de Reitor-Mor. Às 11h é comunicada a lista dos nomes propostos para a reflexão pessoal de cada Capitular.

A eleição dá-se na tarde desse dia, às 16h. No primeiro escrutínio é eleito por grande maioria o padre Pascual Chávez Villanueva.

Com a solene celebração das Vésperas, em que se canta o Te Deum, pelo novo Reitor-Mor, seguindo-se com a primeira “boa noite” e a ceia, termina o primeiro dia das eleições. No refeitório, ao final da ceia, vive-se um simples, mas sincero momento de família, em que os vários grupos regionais manifestam com cantos nas diferentes línguas a sua alegria pelo novo Reitor-Mor.

Quinta-feira, 4 de abril, começa com a Concelebração eucarística presidida pelo Reitor-Mor e continua no discernimento para a eleição do Vigário do Reitor-Mor.

A eleição acontece no final da tarde, às 17h30min. No segundo escrutínio, com grande maioria é confirmado o P. Luc Van Looy.

Nos dias de sexta-feira e sábado, são eleitos sucessivamente os Conselheiros dos diferentes setores. Sexta-feira, 5 de abril, são eleitos: o P. Francesco Cereda para o setor da Formação e o P. Antonio Doménech para a Pastoral Juvenil. Sábado, 6 de abril: o P. Tarcísio Scaramussa para a Comunicação Social; o P. Francis Alencherry, para as Missões, e o P. Giovanni Mazzali, para Ecônomo Geral.

Chegados a este ponto, os Capitulares suspendem os trabalhos para retomá-los na tarde de domingo, com o discernimento para a eleição dos Conselheiros regionais, cuja lista – preparada por cada Região – é apresentada à Assembléia na noite do mesmo domingo.

Na segunda-feira, 8 de abril, a Assembléia dos Capitulares confirma o P. Albert Van Hecke para a Europa Norte, o P. Joaquim D’Souza para a Ásia Sul, o P. Helvécio Baruffi para a América Latina – Cone Sul, o P. Filiberto Rodríguez Martín para a Europa Oeste. São escolhidos os quatros novos Conselheiros regionais: o P. Adriano Bregolin, inspetor da Vêneta Oeste, para a Itália-Oriente Médio; o P. Esteban Ortiz González, inspetor do Equador, para a Interamérica; o P. Václav Klement, inspetor da Coréia, para a Ásia Leste e o P. Valentin de Pablo, da Delegação do Moçambique, para a África-Madagascar.



11 Uma semana muito intensa de experiências e de trabalho

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Encerrada a semana das eleições, em que se deu à Congregação o novo Reitor-Mor com o seu Conselho, o Capítulo retoma o trabalho de reflexão, redação e apresentação dos temas.

De terça-feira, 9 de abril, à tarde de sexta-feira, 12 de abril, discute-se a segunda redação dos documentos das cinco comissões, as quais entrementes, a partir das observações recebidas, puseram em redação definitiva dos respectivos documentos. A sexta comissão também apresenta a segunda redação do próprio documento, oportunamente revisto, após as contribuições recebidas em Assembléia.

Na manhã de sexta-feira, 12 de abril, os Capitulares do CG25 são recebidos em audiência pelo Sumo Pontífice, João Paulo II. Minutos depois das 11h15 da manhã, entram pelo Portão de Bronze para chegar à Sala Clementina no Vaticano. Às 11h40min, o Santo Padre entra na sala e saúda pessoalmente o Reitor-Mor, P. Pascual Chávez. Um caloroso e longo aplauso manifesta a alegria dos Capitulares por terem sido recebidos na casa do Papa. O encontro tem a duração total de 25 minutos. O Papa em suas palavras convida os Salesianos a serem santos: «Queridos salesianos – diz-nos –, sede santos! É a santidade – vós bem o sabeis – a vossa tarefa essencial, como, de resto, também o é para todos os cristãos!».

Fortalecidos

pelas palavras do Papa, de tarde os Capitulares continuam o trabalho do Capítulo, que já se encaminha para o final. Com a finalidade de tornar mais homogêneos os textos de cada comissão, e dar unidade de estilo aos diferentes núcleos que constituem o documento sobre ‘a comunidade salesiana hoje’, começa a trabalhar um pequeno grupo de redação, formado por três capitulares.



12 O presente das beatificações

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Quase no final do CG25, no domingo 14 de abril, a Igreja presenteia toda a Família Salesiana com o dom da beatificação de três de seus membros: o P. Luís Variara, fundador das Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e Maria; a Ir. Maria Romero Meneses, Filha de Maria Auxiliadora; e o Sr. Artêmides Zatti, coadjutor salesiano.

Em preparação a esta data, o Capítulo quer fazer uma reflexão sobre a figura do salesiano coadjutor, seguindo as indicações e o convite do saudoso P. Juan Vecchi, em sua carta “A beatificação do coadjutor Artêmides Zatti: uma realidade avassaladora”. Divididos em grupos lingüísticos, buscam os Capitulares sugestões e experiências para estimular a Congregação e a Família Salesiana a conhecer melhor e a propor com mais convicção esta forma concreta da vocação salesiana.

Na tarde de sábado, 13 de maio, os Capitulares foram ao Templo Dom Bosco, de Cinecittà, para participar de uma vigília de oração com a Família Salesiana do Lácio e com aqueles que já se encontram em Roma para a celebração do dia seguinte.

Os três Bem-aventurados reúnem na Praça de São Pedro, na manhã de domingo, muitos peregrinos vindos de várias partes do mundo salesiano. Da celebração participam o Reitor-Mor, P. Pascual Chávez, o Conselho geral e os membros do Capítulo Geral 25. Estão presentes também muitas personalidades religiosas e civis, entre as quais os Presidentes da Costa Rica e da Nicarágua, altos representantes da Argentina e Colômbia, os prefeitos das cidades italianas onde nasceram os bem-aventurados, os cardeais salesianos Miguel Obando Bravo e Oscar Rodríguez Maradiaga, e muitos bispos salesianos. À celebração estima-se a presença na Praça de São Pedro de mais de 15.000 fiéis. Participam da celebração também as três pessoas miraculadas. São elas que levam para o altar as relíquias do seu milagroso Bem-aventurado intercessor.

Na parte da tarde, o Reitor-Mor com os Capitulares participam da comemoração dos novos Bem-aventurados na Aula Paulo VI, no Vaticano.



13 Compassos finais do Capítulo

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O Capítulo encaminha-se para o fim. Na última semana as diferentes comissões apresentam os textos para a primeira votação, com possibilidade de modificações por meio dos “modos”, e depois os textos definitivos para a votação final.

Na tarde de segunda-feira, 15 de abril, no Teatro Dom Bosco, de Cinecittà, em Roma, dá-se a comemoração oficial do centenário da criação da Inspetoria Salesiana Romana. Do evento participam o Reitor-Mor, P. Pascual Chávez e os membros do CG25. Numerosa a presença de personalidades religiosas e civis, entre as quais o cardeal salesiano Javierre Ortás, os arcebispos Tarcisio Bertone e Gennaro Prata, e outros bispos salesianos presentes em Roma por ocasião da beatificação do P. Luigi Variara, Sr. Artêmides Zatti e Ir. Maria Romero.

Nestes mesmos dias, são apresentados à Assembléia os textos das Mensagens dirigidas à Família Salesiana, aos Organismos Internacionais que se preocupam pelos problemas juvenis, aos Jovens e, finalmente, também uma mensagem do Capítulo aos SDB sobre a figura do salesiano coadjutor, fruto da reflexão da Assembléia, que se realizou na semana anterior. Dada aos Capitulares a possibilidade de expressar as próprias observações e dar sugestões, as Mensagens são aprovadas pela Assembléia.

O Capítulo termina sábado, dia 20 de abril, com a sessão de encerramento. Realizadas as últimas formalidades previstas pelo Regulamento, o Reitor-Mor lê o discurso final, em que apresenta uma síntese do caminho percorrido e indica a todos algumas indicações para a aplicação das orientações capitulares.

A Concelebração eucarística representa o ato final do CG25; nela cada região se compromete a transmitir aos irmãos e às comunidades a experiência e a mensagem do Capítulo; todos juntos confiam a Nossa Senhora Auxiliadora o fruto do trabalho feito.